no Diário da Manhã
Ex-vice prefeito de Goiânia e atual secretário da Fazenda do Distrito Federal, Valdivino de Oliveira (PMDB) admitiu possibilidade de aliança entre PMDB, PSDB e DEM para 2010. A chapa, formada para disputa do governo do Distrito Federal, refletiria tendência que já se traça no cenário federal. Em Goiás, no entanto, diz que o PT tem o compromisso de apoiar o PMDB e que o nome forte é o de Iris Rezende. O secretário recorreu ao discurso comumente utilizado após as eleições de 2008, de que "ainda é cedo para qualquer definição". Entretanto, apontou para negociações entre tucanos e peemedebistas. "É possível a união entre PMDB e PSDB, mas há caminho longo a ser traçado para esta aproximação". A aliança foi confirmada pelo governador do DF. Econômico nas palavras, contudo, José Roberto Arruda preferiu não estender o assunto. “É provável, mas é hora de falar em gestão, não em política”. A possível união entre PMDB e PSDB em plano nacional pode não ter ressonância em Goiás, onde o surgimento de novo eixo sinaliza disputa polarizada entre PT e PMDB com a base aliada. "O PT tem um compromisso de apoiar o PMDB em Goiás que, ao meu ver, não se restringe a 2008. Acredito que em 2010 essa aliança será mantida. Eu como peemedebista defendo a tese de que o partido lance candidato próprio e nosso nome forte e ídolo é o Iris Rezende", disparou Valdivino.O pensamento é acompanhado pelo presidente regional do PSDB, Leonardo Vilela. “Aqui em Goiás está claro que a disputa será entre PMDB e a base aliada, da qual o PSDB faz parte. Esta parceria é possível em Brasília porque lá o relacionamento entre os dois partidos não é tão problemático como aqui”. Vilela argumentou ainda que a tendência de união entre peemedebistas e tucanos, que se consolida em vários Estados, não encontra respaldo em Goiás e defendeu a verticalização partidária. “A conjuntura local torna difícil a aliança, somos adversários históricos. Não há como ignorar as particularidades políticas de cada região, mas sou a favor da verticalização. Só assim a balbúrdia ideológica diminuiria”. A verticalização defendida pelo tucano é condenada pelo presidente regional do PMDB, Adib Elias. “Esta medida nos atrapalha. O que acaba com a política é o pluripartidarismo, precisamos de uma reforma neste sentido”. Adib refuta qualquer possibilidade de parceria com tucanos em Goiás e corrobora que a união do PMDB com PT a cada dia encontra terreno mais sólido. “Estabelecemos aliança com PT, estamos extremamente satisfeitos, não há como cogitar qualquer outra coisa por agora. Brasília e Goiás são cenários distintos, independentes”. Apesar de rivais no campo político, em Goiás, peemedebistas e tucanos têm discurso afinado sobre disparidades de articulações. Ambos corroboram que o cenário político e as peculiaridades regionais são determinantes nos acordos.
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