sábado, 11 de dezembro de 2010

Lula anestesiou o povo brasileiro

Faltam 19 dias para Lula deixar a presidência da República. Desde o dia 1º de janeiro de 2003 nós ouvimos Lula falar o que quer e ter uma platéia aplaudindo. Lula grita, fala palavrões, xinga antecessores (apesar que dois ex-presidentes sejam seus aliados) e se acha um iluminado, um ser que veio do céu para salvar o povo brasileiro. Por falar em céu, graças a Deus só faltam 19 dias para acabar com todo esse discurso grosseiro que tomou conta da política brasileira nestes últimos oito anos. 

Lula discursou diversas vezes sobre a Ferrovia Norte Sul. Se exaltou, é claro. Chegou a exaltar até o ex-presidente José Sarney, o criador da obra. Quem diria que, um dia, nós veriamos Lula elogiando José Sarney. Mas a Ferrovia Norte Sul só funciona nos discursos de Lula. A realidade é bem diferente. Os jornais Diário da Manhã e O POpular de hoje falam sobre o atraso das obras da ferrovia aqui em Goiás. Um editorial do Popular até cobra dos empresários e políticos goianos mais pressão pelo cumprimento das promessas lulistas. Mas Lula anestesiou o Brasil inteiro. Desde a população dependente do Bolsa Família até os empresários que nunca lucraram tanto como no governo Lula. Quero ver se vai ter alguém batendo na porta do Palácio do Planalto e cobrar do presidente o cumprimento das promessas feitas num dos seus inúmeros discursos recheados de palavrões e xingamentos de ex-presidentes. 

Lula está de mudança para São Bernardo do Campo. Será que algum empresário ou político goiano vai atravessar as mobílias lulistas que já estão embaladas para mudança e conversar com o homem que prometeu acabar com a Ferrovia Norte Sul? Infelizmente não vai ter cobrança. Lula anestesiou o povo brasileiro. Até o empresariado que tinha medo dele em 1989 ficou encantado nestes últimos anos. E é este encanto que faz com que Lula não precise ser cobrado pelos seus discursos. Vai demorar muito para o povo brasileiro desligar o som deste canto insuportável que sai do Palácio do Planalto desde o dia 1º de janeiro de 2003.

"Meu adeus como colunista" por Diogo Mainardi

Esta é minha última coluna.
Eu passei oito anos zombando do lulismo. Se agora eu passasse a zombar do dilmismo, que é uma mera pantomima do lulismo, eu me tornaria uma mera pantomima de mim mesmo.
— Diogo é um Arlecchino! Diogo é um Pantalone! Diogo é uma Colombina!
O lulismo queria que eu fosse embora do Brasil. Eu fui. O lulismo queria que eu me desinteressasse do presidente da República. Eu me desinteressei. O lulismo queria que eu renunciasse à minha coluna. Eu renunciei. Eu sou igual a um marido que, para poder se livrar da mulher amarga e rancorosa, cede todos os seus bens e vai morar num flat. Eu fui morar num flat mental. Eu fui morar numa kitchenette existencial. Eu sei que o lulismo está feliz de se separar de mim, mas garanto que eu estou incomparavelmente mais feliz de me separar dele.
Rubens Barrichello compreendeu a natureza do dilmismo. Quando lhe perguntaram o nome da presidente eleita, ele respondeu sabiamente:
— Como é que se chama a mulher?
A partir de hoje, esse é meu lema. Eu posso falar sobre Bartolomeo Bon. Eu posso falar sobre Anco Marcio. Eu posso falar sobre Cosmè Tura. Quem mais? Eu posso falar sobre Sexto Empirico. Eu posso falar sobre Pavel Chichikov. Eu posso falar sobre Pepe Le Pew. Só a presidente eleita está proibida de entrar em meu flat mental. Sobre ela, minha resposta será sempre a mesma:
— Como é que se chama a mulher?
Além de compreender a natureza do dilmismo, Rubens Barrichello compreendeu também a natureza do automobilismo. Ele demonstrou que, se é para guiar devagar, ninguém precisa de uma Ferrari. VEJA é uma Ferrari. Para poder me livrar do dilmismo, estou pronto a ceder minha vaga na escuderia. O que eu quero, neste momento, é pilotar um kart. De agora em diante, escreverei apenas um artigo mensal para VEJA. Renuncio à coluna, portanto, mas continuo aqui, em marcha lenta. Milan Kundera disse que quem anda devagar contempla as “janelas de Deus”. Rubens Barrichello anda devagar e contempla as janelas de Deus. Sou bem mais modesto do que ele. Para mim, basta poder contemplar as janelas da minha kitchenette existencial.
O primeiro ato de um espetáculo grotesco, como aquele encenado pelo lulismo até 2006, pode despertar algum interesse. O segundo ato é inevitavelmente mais sonolento. Mas é o terceiro e último ato, repetindo as mesmas galhofas dos anteriores, que realmente entedia e aporrinha o espectador. Foi para poupar o público desse constrangimento que resolvi sair do palco.
— Onde está o Arlecchino? Onde está o Pantalone? Onde está a Colombina?
(Um espectador aplaude. Outro atira um tomate. Outro ronca. Luzes.)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dia do Palhaço



Cada dia que passa tenho certeza que Lula e seus petralhas tratam a gente como se a gente fosse o Bozo

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

E o aeroporto de Goiânia...

Lula vai deixar a presidência sem cumprir a promessa de concluir a reforma do aeroporto de Goiânia. Ele que fez tudo que não tinha sido feito na história destêpaiz vai deixar de fora uma reforma que precisa ser feita urgentemente. Quando Lula deixar a presidência Goiânia continuará oferecendo aos seus moradores e visitantes uma aeroviária de quinta categoria, sem espaço e conforto aos seus usuários.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Briguinhas internas

O deputado do DEM Rodrigo Maia responsabilizou o ex-candidato tucano José Serra pelo fraco desempenho da oposição. Esta briga entre DEM e PSDB não vai levar a nada. Ou melhor, só mostra que a oposição não está correspondendo ao recado emitido por 44 milhões de brasileiros que não concordam com o lulo-petismo.
Ao invés de unir forças, ao invés de denunciar a forma covarde que PT e PMDB dividem os ministérios do futuro governo Dilma, Maia prefere atacar Serra. Enquanto democratas e tucanos trocam farpas os futuros aliados de Dilma fazem o que bem entendem na Esplanada dos Ministérios. Essas briguinhas internas não levam a nada, mas os oposicionistas insistem em brigar entre si. 

30 anos sem John Lennon

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Herança maldita

Sei não, mas Lula vai deixar uma herança maldita para Dilma Rostock. Vemos os futuros ministros falando em cortar isso, economizar aquilo. O ano de 2011 deve nos apresentar muitas surpresas.

Quem deve controlar

O lulo-petismo não cessa com sua ânsia de controlar a imprensa. A turminha do Franklinstein Martins ainda insiste em controlar o que deve e o que não deve sair na imprensa. Imagino Franklistein sentado na sua mesa analisando o que vai e o que não vai ser publicado neste ou naquele jornal.
Não quero que o governo interfira na imprensa. Quem pode e quem deve interferir é o telespectador ou assinante. Se o assinante da Veja não quer mais ler a revista que ele cancele a assinatura. Não quero que um governo diga o que um telespectador ou assinante leia ou veja. 
É um absurdo discutirmos liberdade de imprensa bem no ano que comemoramos 25 anos do fim da Ditadura Militar. Mas, o lulo-petismo insiste no autoritarismo e no fim da liberdade de imprensa.

Governo estuda regular conteúdo de rádio e TV

Por Andreza Matais
na Folha



A primeira versão do projeto do governo para o setor de telecomunicação e radiodifusão prevê a criação de um novo órgão, a ANC (Agência Nacional de Comunicação), para regular o conteúdo de rádio e TV.
A Folha teve acesso à minuta da proposta, batizada de Lei Geral da Comunicação Social. O texto tem cerca de 40 páginas e vem sendo mantido em sigilo.
É resultado do grupo de trabalho criado há seis meses e coordenado pelo ministro Franklin Martins para discutir um novo marco regulatório para o setor.
A nova agência para regular conteúdo substituiria a Ancine (Agência Nacional do Cinema) e teria poderes para multar empresas que veicularem programação considerada ofensiva, preconceituosa ou inadequada ao horário.
O presidente da Ancine, Manoel Rangel, disse à Folha que não tem "opinião formada" sobre a mudança.
O texto prevê ainda a proibição que políticos com mandato sejam donos ou controlem rádio e TV. A atual legislação proíbe apenas que eles ocupem cargos de direção nas empresas.
Não está claro no anteprojeto se a vedação atingiria quem já tem concessões.
Levantamento da ONG Transparência Brasil aponta que 160 parlamentares têm concessões de rádio e TV.
O ministro já afirmou que o governo Lula não vai encaminhar o projeto ao Congresso, e sim entregá-lo a Dilma Rousseff como sugestão.
Caso Dilma decida enviar a proposta ao Congresso, o texto pode sofrer alterações e passar por consulta pública. Se a lei for aprovada, o funcionamento da agência será detalhado em decreto.
Na semana passada, Lula disse, em entrevista, que Dilma fará a regulação.
O processo de outorga de novos canais ou renovação também passará pela nova agência, além do circuito Ministério das Comunicações-Congresso, e se tornaria mais transparente, com o passo a passo publicado na internet.
A Folha apurou ainda que a proposta incorpora vários pontos do PL 116, que cria novas regras para o mercado de TV por assinatura e de conteúdo audiovisual, mas não trata de regras para cumprimento do limite de participação de capital estrangeiro nos meios de comunicação.
Será mantida a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que cuida de questões mais técnicas, como a elaboração de planos e distribuição de canais.
Para o governo, a agência não significa censura, porque o conteúdo será analisado depois de veiculado.
Representantes do setor, porém, avaliam que a proposta abre brechas para cercear jornalismo e dramaturgia. Além disso, dizem, a Constituição já prevê punição para os abusos.
A criação da agência para regular conteúdo tem apoio de entidades que defendem o "controle social da mídia".