segunda-feira, 28 de março de 2011

ROGÉRIO 100NI


É claro que estou muito feliz com a vitória do São Paulo ontem diante o Corinthians. Quebramos um tabu de quatro anos. Tempo demais ouvindo os corinthianos enchendo o nosso saco. Agora é a nossa vez de retribuir. 
Mas ontem o dia foi especial. Foi diante num clássico que Rogério Ceni fez seu centésimo gol. Infelizmente não vi o gol ao vivo (estava na missa), mas vi pela internet a pintura feita por Rogério e que está, a partir de ontem, em exposição na história do futebol mundial. É por estes feitos que eu me orgulho de ser são-paulino. 
É lógico que a vitória sobre o Corinthians me deixou muito feliz. Sempre é bom quebrar um tabu. Espero que a vitória motive ainda mais o time rumo ao título do Paulistão que não conquista desde 2005. Mas espero que o exemplo de Rogério Ceni inspire cada um que trabalha neste time maravilhoso a busca sempre quebrar tabus, vencer desafios e sempre com vontade de ser campeão. 
Rogério 100ni? Só nós temos!

domingo, 27 de março de 2011

O elefante branco de Alcides no "Globo"

O jornal O Globo deste domingo traz uma reportagem sobre o caos no Sistema Único de Saúde. A reportagem fala de desvio de verbas entre outras coisas que só fazem a gente crer que dinheiro tem de sobra para a saúde. O problema é fazer este dinheiro não ser desviado para bolsos de gente indecente.
O jornal mostra o caso do Hospital de Urgências do Sudoeste de Goiás. Localizado em Santa Helena de Goiás, terra do ex-governador Alcides Rodrigues, o hospital virou um grande elefante branco. A reportagem lembra das palavras do ex-governador no dia da inauguração. O hospital estaria "pronto para funcionar".
Aí eu me lembro que há um ano atrás, Alcides Rodrigues dizia que não teria tempo de entregar tanta obra que estava sendo realizada no seu governo. Pois é. Cidinho saiu do Palácio das Esmeraldas sem entregar nenhuma obra importante e as inoperantes que ele deixou estão inacabadas. Não foi nenhum jornal goiano que mostrou isso. Foi um dos mais importantes do país. Querem ver que o Diário da Manhã vai "aprofundar o caso"?

terça-feira, 15 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Criar Comissão da Verdade pode gerar tensões, diz Exército

Na Folha



Em documento enviado ao Ministério da Defesa, o Comando do Exército critica a criação da Comissão da Verdade, alegando que "poderá provocar tensões e sérias desavenças ao trazer fatos superados a nova discussão".
A comissão foi proposta pelo Executivo ao Congresso para reconstituir a história da época da ditadura militar (1964-1985). Está em tramitação e pode ser votada ainda neste semestre.
Segundo o texto, comissões desse tipo "costumam ser criadas em um contexto de transição política, o que não é o caso". Alega que se passaram quase 30 anos do fim do regime e que muitos envolvidos já morreram.
"Testemunhas, documentos e provas praticamente perderam-se no tempo, é improvável chegar-se realmente à verdade dos fatos", acrescenta o texto.
Sendo assim, continua, "o argumento de reconstrução da história parece tão somente pretender abrir feridas na amálgama nacional".
Apesar de defender o direito das famílias dos desaparecidos políticos de buscar seus corpos, o documento do Exército faz críticas: "O que não cabe é se valer de causa nobre para promover retaliações políticas e manter acesa questão superada".

DEFESA
Em nota distribuída ontem, em resposta ao jornal "O Globo", que divulgou a informação, a Defesa informa que o documento não foi redigido no atual governo, mas sim em setembro de 2010.
Foi, segundo a nota, resposta a pedido do ministério às três Forças -"praxe" quando se trata de tema da pasta levado ao Congresso.
A Defesa diz também que "a manifestação do Exército foi superada, ainda no ano de 2010, em face da posição inequívoca do ministro da Defesa [Nelson Jobim] a favor" da criação da comissão.
Acrescenta que "há entendimento perfeito entre ministros da Defesa, da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos no encaminhamento da matéria, com a qual as Forças Armadas estão em absoluta consonância".
As críticas, porém, refletem posição de oficiais e comandos das três Forças, que consideraram necessário "marcar posição", mas não devem bater de frente com a autoridade civil.
A secretária nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, a quem a comissão será subordinada, disse que não comentaria o documento, cuja existência disse conhecer só pela imprensa.

Comentário
Eu sou favorável à criação da Comissão da Verdade. Mas que a verdade seja dita nesta comissão. Que mostrem as atrocidades cometidas pelos militares e pelos esquerdistas. Muitos destes esquerdistas que fazem cara de santo defendiam uma ditadura do proletariado aqui no Brasil. E muitos destes esquerdistas defendem a ditadura de Fidel Castro. Que estranho essa gente falar em democracia aqui no Brasil e beijar a mão de um tirano que está no poder há quase 52 anos. 

quinta-feira, 3 de março de 2011

O programa do PCB

Tô sumidinho, né? Não poderia passar batido o programa do PCB hoje. O programa é mais engraçado que o Zorra Total. Ver aqueles comunistas velhos de guerra atacando o imperialismo, o capitalismo e exaltando os trabalhadores só me fez rir. O que mais me fez rir foi a crítica feita à não abertura dos arquivos da ditadura militar no Brasil. Os meus cinco leitores sabem muito bem que cobro aqui a abertura completa dos arquivos. Desde as atrocidades cometidas pelos militares às mãos sujas de sangue destes comunistas que aparecem na televisão pedindo liberdade, igualdade e o paraíso aos trabalhadores. É muito engraçado ver essa gente criticar a ditadura militar aqui e se calar perante as ditaduras cubanas e chinesas. 
Fecho este post com um trecho do livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil de Leandro Narloch:

Se o governo e a sociedade brasileira mantiveram o país longe dos comunistas, existe aí um motivo para nos sentirmos aliviados: o país pode avançar livre dos perigosos profetas da salvação terrena. Também há motivo para festejarmos: nos últimos cinquenta anos, enquanto a população quase triplicou, os índices de qualidade de vida mais que dobraram. Existe aí até mesmo um motivo para trair a proposta deste livro e expressar um êxtase de patriotismo. Viva o Brasil capitalista. 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ninguém puxou a orelha do Lula

Ontem teve comemoração pelos 90 anos da Folha de São Paulo. Dilma Rostock estava lá. Vários políticos petistas estavam lá. E eles louvavam a liberdade de imprensa. Em pensar que há meses atrás essa turminha queria criar um conselho para regular a imprensa.
Estou procurando tanto na edição da Folha de hoje como no site do jornal se alguém puxou a orelha do Lula. Ele atacou a imprensa sem piedade. Ele queria censurar a imprensa, queria que jornais e revistas só publicassem matérias favoráveis ao seu governo. 
Infelizmente não tem ninguém que aponte o dedo para Lula e critique suas estripulias.

Eles continuam de olho no nosso bolso

Dilma Rostock encontrou com governadores do Nordeste ontem. Todo mundo presente nesta reunião estavam doidos pela volta da CPMF. Êta povinho que não para de olhar para o bolso do contribuinte. Quando a CPMF existia, como estava a saúde no Brasil? Estava na UTI. Alguém acredita que, agora, a presidente e os governadores estão realmente a fim de investir em saúde? Genival Lacerda cantava: Ele tá de olho é na butique dela. Já Dilma e os governadores ontem reunidos estavam de olho no nosso bolso.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Governo retribui apoio do PMDB com cargos na Caixa

Por Valdo Cruz, Ranier Bragon e Maria Clara Cabral
na Folha



Depois de exibir força ao votar unido pelo salário mínimo de R$ 545, o PMDB espera ser recompensado pela presidente Dilma Rousseff na distribuição de cargos na máquina federal. O governo entendeu o recado e promete começar a pagar antes da votação do projeto no Senado.
A cúpula peemedebista decidiu trabalhar para ter o apoio integral da sua bancada de 77 deputados para ficar credora e cobrar compromissos do Palácio do Planalto.
A tática funcionou e nomeações solicitadas pelo partido na Caixa Econômica Federal devem ser efetivadas nos próximos dias, antes da votação do projeto do salário mínimo no Senado, prevista para a próxima quarta-feira.
O PMDB sugeriu os nomes do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima e do ex-governador da Paraíba José Maranhão para as vice-presidências de Crédito da Pessoa Física e de Fundos e Loterias da Caixa.
O PMDB já possui seis ministérios no governo Dilma, mesmo número que tinha no fim do governo Lula. O partido ocupa Agricultura, Minas e Energia, Defesa, Previdência Social, Turismo e Assuntos Estratégicos.
A grande briga agora é por cargos no segundo escalão. Além da Caixa, o PMDB quer diretorias do Banco do Brasil, de empresas estatais do setor elétrico e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
A estratégia peemedebista na votação de anteontem foi montada pelo vice-presidente Michel Temer e pelo líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN), diante da conclusão de que não bastava garantir maioria, mas era preciso aparecer como o partido mais fiel para ter força na divisão de poder.

RECONHECIMENTO
Temer disse ontem à Folha que o PMDB "não votou pensando em cargos". Em seguida, deixou implícito que o partido espera reconhecimento. "Agora, está nas mãos do governo fazer o que deve ser feito e o que achar melhor", afirmou.
Logo após a votação, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, ligou para Alves e lhe cumprimentou. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse ontem que o "PMDB saiu fortalecido e tem o reconhecimento do governo".
Em reunião com a bancada anteontem, Temer afirmou aos peemedebistas que "não adiantava estar unido pela metade", diante da expectativa inicial de conseguir 55 dos 77 votos do partido para o governo.
Em sua opinião, "outra posição enfraqueceria o partido", que precisava demonstrar união num momento que é acusado de fisiologismo e criticado por causa de suas divisões.
Temer disse que o PMDB "surpreendeu" e que os deputados entenderam que dar "uns 50 votos ao governo era o mesmo que zero para efeito de força política".
O vice-presidente afirmou que na votação de quarta-feira o PMDB buscou "demonstrar que é governo, quer ser tratado como governo e continuará sendo governo".

Aí fica fácil demais

O Diário da Manhã mostra na sua edição de hoje que dois principais nomes do governo Alcides Rodrigues pularam das páginas políticas para as policiais. Jorcelino Braga e Ernesto Roller tiveram que comparecer à sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos na Operação Sexto Mandamento. Os dois são acusados de tráfico de influência. 
É fácil chutar cachorro morto. É fácil ficar acusando integrantes de um desgoverno que acabou com Goiás e que tinha ligações com o atual governador. Aí fica fácil demais. Queria ver estes mesmos jornalistas criticando o antigo governo quando ainda estava no poder. Infelizmente a imprensa goiana (boa parte dela) ou é omissa, ou fica jogando confetes na cabeça de quem está no trono maior do Palácio das Esmeraldas. 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Eu achei que o PSDB era inimigo do trabalhador

Viu o post abaixo? Pois é. Vicentinho sendo vaiado por sindicalistas. Será que alguém vai apontar o dedo e dizer que ele é inimigo do trabalhador? Agora estou vendo que o PSDB só é inimigo do trabalhador em época de campanha eleitoral. Quando o governo petista vai fazer alguma coisa que incomoda o trabalhador sempre tira o dele da reta e sempre encontra alguém disposto a dar o remédio amargo e ouvir pacientemente as reclamações do paciente. 

Vicentinho vaiado

Na Folha online



Ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o deputado Vicentinho (PT-SP) foi vaiado por dezenas de representantes das centrais sindicais ao finalizar a leitura de seu relatório, que acata o valor do salário mínimo de R$ 545, como quer o governo.
O deputado ressaltou, porém, que representantes da própria CUT não estão no local. Ele afirma ainda que o sindicato do qual realmente faz parte, dos Metalúrgicos do ABC, defende a manutenção do acordo, que fixa o valor do mínimo com base na variação do PIB de dois anos antes mais a inflação do ano anterior.  
"Meu compromisso é com o trabalhador. Tenho certeza que as vaias de hoje vão se transformar em aplausos em janeiro do ano que vem, quando o valor vai chegar a mais de R$ 600", disse.
Em seu relatório, Vicentinho acata integralmente as propostas do governo, que além de estabelecer a política e o salário de R$ 545 para este ano, diz que os valores dos próximos anos serão fixados por decreto, ou seja, sem passar pela aprovação do Congresso. Leia mais aqui.

Para comitê, censura está em um nível preocupante

Por Uirá Machado
na Folha



Os casos de censura à imprensa na América Latina estão nos níveis mais altos desde a redemocratização, afirma Carlos Lauría, coordenador do CPJ (Comitê para Proteção de Jornalistas).
Segundo Lauría, responsável pela apresentação do relatório "Ataques à Imprensa em 2010", divulgado ontem, a situação é preocupante em vários países da região.
"Houve um aumento significativo dos casos de censura em todo o continente, seja por censura judicial, seja pela violência do crime organizado, seja por pressão do Estado", diz Lauría.
De acordo com ele, o principal problema no Brasil é a censura judicial, embora tenha dito que existam outros problemas, como a pressão política sobre veículos de comunicação e ameaças do crime, "sobretudo de traficantes de droga".
O caso mais emblemático é o do jornal "O Estado de S. Paulo", proibido de publicar reportagens que contenham informações da Operação Faktor (antiga Boi Barrica) que envolve familiares de José Sarney (PMDB-AP).
O relatório, que traz um levantamento global sobre o estado da liberdade de imprensa, menciona 44 jornalistas mortos no exercício da profissão e 145 presos. Segundo Lauría, é o maior número nos últimos 15 anos.
Apresentado ontem em diversos países no mundo inteiro (no Brasil, com o apoio da Abraji -Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), o relatório do CPJ é considerado pela entidade um mecanismo para ajudar nas discussões sobre a liberdade de imprensa.
"Quando há censura, não é um problema da imprensa, mas um problema de toda a sociedade", disse Lauría.
O representante do CPJ deve se reunir hoje com Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, e com ministros de Estado para discutir os dados do relatório.

OUTROS PAÍSES
O relatório apresentado ontem por Lauría traz outros dados sobre a situação da imprensa na América Latina.
Para o CPJ, a situação é particularmente preocupante em Honduras, onde nove jornalistas teriam sido assassinados no exercício da profissão só no ano passado.
Lauría também cita o México e a Venezuela como dois exemplos negativos. No primeiro caso, por causa das crescentes ameaças do crime organizado, e, no segundo, devido à pressão do Estado.
"[No Brasil] houve uma relação muito ríspida entre imprensa e governo nas eleições, mas é normal, o governante tem o direito de falar. O que não pode é passar à ação, como fez [Hugo] Chávez [na Venezuela]", disse.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Envolvido em violação de sigilo vira assessor de Dilma

Por Bernardo Mello Franco
na Folha



O Planalto nomeou Jeter Ribeiro de Souza, envolvido na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, para assessorar a presidente Dilma Rousseff.
Ex-gerente da Caixa Econômica Federal, ele acessou e imprimiu uma cópia do extrato do caseiro a pedido do então presidente do banco, Jorge Mattoso, que responde a ação penal pelo caso.
O escândalo derrubou o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, em março de 2006. O petista foi reabilitado por Dilma e hoje é chefe da Casa Civil da Presidência.
Souza foi convocado a depor na Polícia Federal, mas não chegou a ser indiciado na investigação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele afirmou à Folha que Palocci não teve influência em sua indicação e disse ter vivido situação "desagradável" pelo envolvimento no caso. Leia mais aqui.

Comentário
Até hoje não vi nenhum petista envolvido em escândalo de corrupção atrás das grades. Para o PT, o crime só é crime quando o adversário está envolvido. 
Dilma Rostock cobrou ética dos seus subordinados. A nomeação deste senhor só é uma amostra da ética petralha. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que Ronaldo fez está na história

Graças a Deus vi Ronaldo jogar. Ele não era Ronaldo. O xará gaúcho ainda não tinha aparecido na Rede Globo. Ronaldo era o Ronaldinho. Em 1997, a seleção brasileira veio fazer um amistoso aqui em Goiânia contra a Polônia. Eu estava no Estádio Serra Dourada vendo aquela fantástica seleção que tinha na frente Ronaldinho e Romário. Era a dupla Rô-Rô infernizando a zaga adversária. A Copa que aconteceria no ano seguinte seria fichinha para os dois. Infelizmente nós sabemos o que aconteceu na Copa da França. 

Ronaldo se aposentou hoje. Não aguentava mais as graves contusões. Lamentável. Aos 34 anos, seu organismo já não é o mesmo de dez anos atrás e que lhe permitia se recuperar como poucos. A idade pesou, o peso literalmente pesou. Dizem que o que também pesou foi a pressão da torcida corinthiana. Será? Pelas lágrimas que o Fenômeno soltou durante a entrevista coletiva hoje não parecia ressentimento.

A aposentadoria de Ronaldo deixa o futebol brasileiro um pouco mais pobre. Ainda mais agora que os craques estão voltando para a terra natal. Mas precisamos respeitar a decisão dele. Ele não merece ficar se arrastando em campo. Está na hora dele rever o que fez, valorizar os acertos (que foram muitos), aprender com os erros e seguir em frente. Sua aposentadoria não significa seu desaparecimento. Ele ainda vai dar muito as caras por aí. Afinal, quem é bancado pela Claro, Nike e um monte de patrocinadores não pode se afastar de tudo e de todos. 

Assim como não vai afastar da minha memória aquela noite maravilhosa no Estádio Serra Dourada. A seleção dava show na sua terra e não no estrangeiro. E a Copa que se seguia não foi do Fenômeno. Foi do Zidane. O mesmo Zidane que humilharia o amigo Ronaldo na Copa de 2006. O mesmo Zidane que já se aposentou. Ora, se Zidane que é Zidane se aposentou e o futebol continuou seu destino sendo escrito por outros craques por que Ronaldo não pode se aposentar? Estou triste sim, mas o futebol continua sendo uma arte. Arte esta que tem muitas pinceladas de Ronaldo ou Ronaldinho. O que Ronaldo fez está na história e ninguém lasca

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Só faltam os comumianistas

Aos poucos os ditadores que ainda restam neste mundo estão caindo. Hoje foi a vez de Hosni Mubarack se juntar às múmias egípcias. Agora é hora de esperar o "carnaval", como descreveu a Folha online, que os egípcios estão promovendo para comemorar a queda do agora ex-ditador e ver o que vai acontecer. Deste humilde blog desejo que eles escolham a pessoa certa para conduzir o país à democracia. Que os extremistas islâmicos fiquem longe do poder. 
Resta agora outras múmias partirem para o mesmo lugar de Mubarack. São os comunistas que estão no poder há muito mais tempo que  ex-ditador do Egito. Estes são os comunianistas. Estão em Cuba, na China e na Coréia do Norte. Que o carnaval do Egito possa estremecer as cadeiras dos Irmãos Castro, dos comunistas chineses e do doidinho da bomba coreano. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sarney eterno

Reportagem de hoje da Folha nos mostra que José Sarney retoma cargo estratégico no Senado. Eis o seu grande sacrifício. 



O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidiu trocar o diretor-geral da Casa e outros cargos estratégicos na área administrativa e pôr pessoas de sua confiança nessas vagas. As mudanças podem atingir 20 cargos.
A Folha apurou que Sarney convidou Doris Marize Peixoto para a Diretoria-Geral. Ela trabalhou como chefe de gabinete de Roseana Sarney no Senado até 2009, quando saiu para a diretoria de Recursos Humanos.
O atual diretor foi indicado para o cargo pelo ex-senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que não se reelegeu, no momento em que Sarney estava enfraquecido com uma sucessão de escândalos na Casa. Agora, a vaga volta a ser controlada por Sarney.
Cabe ao diretor-geral definir nomeações na área administrativa, contratos e pagamentos da Casa.
A indicada de Sarney entrou no Senado em 1984 no chamado "trem Dala" -referência ao trem da alegria feito pelo ex-senador Moacyr Dala, que também levou ao Senado Agaciel Maia e dezenas servidores sem concurso.
Agaciel ficou na diretoria por 14 anos, apoiado por Sarney e só deixou o cargo após a Folha revelar que ele não registrou uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília.
Também na Diretoria-Geral foram editados os chamados "atos secretos", por meio dos quais Sarney e seus colegas nomearam parentes. Como adiantou o Painel, ele tentou emplacar um aliado na Diretoria-Geral: Sebastião Fernandes Neto, o Tião. 

CÂMARA
Tião perdeu força após a imprensa divulgar o apoio.
Agora Agaciel tenta fazer dele o novo diretor da Gráfica do Senado. A Folha apurou que Sarney estuda duas opções: Tião ou Julio Pedrosa, ex-diretor da Gráfica.
Na Câmara também há mudanças. O presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), nomeou ontem Sérgio Sampaio para o cargo de secretário-geral da Mesa.
Sampaio, até então diretor-geral da Casa, substitui Mozart Viana, que comandou a secretaria por cerca de 20 anos. O novo diretor-geral ainda não foi anunciado.
A secretaria é de extrema importância para o presidente. É responsável, por exemplo, pela distribuição de projetos às comissões e pela condução das votações.
Sérgio Sampaio foi secretário da Comissão de Constituição e Justiça da Casa e chegou à Diretoria-Geral em 2001, nomeado pelo então presidente do Senado, Aécio Neves (PSDB-MG).
Já Mozart Viana deixou o posto para assumir o comando do gabinete de Aécio Neves, no Senado. Integrantes da secretaria esperavam que alguém que já trabalhava lá dentro fosse escolhido.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Contra Natal

O Diário da Manhã está cruzando os dedos para que Natal (RN) não seja sede da Copa de 2014. Já faz algum tempo que o jornal gora a capital potiguar. A alegação é que as obras por lá estão bastante atrasadas. Pelo que eu sabia nenhuma cidade que será sede em 2014 está bem na fita. 

O Diário diz que, caso Natal perca a sede, Goiânia teria chances. É mesmo? E faltando um pouco mais de três anos para o início da Copa do Mundo esta cidade conseguiria cumprir um cronograma curto? Não haveria atraso? Se os dirigentes destêstado não tiveram uma proposta quando ainda não havia decidido quais as cidades seriam sede seria justamente agora que Goiânia teria um plano maravilhoso debaixo da manga? Imagine o quanto a Fifa estaria de olho nesta, como posso dizer, "alternativa" a Natal. 

O tempo de Goiânia para sediar alguma coisa da Copa do Mundo de 2014 acabou. Aqueles que deveriam fazer alguma coisa não fizeram. E é muito feio ficar torcendo contra uma cidade sede só para destroná-la do lugar. 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

As múmias estão caindo

As múmias estão caindo. Lá no Oriente Médio, várias delas que estavam no poder há mais de 30 anos estão caindo. Faltam cair as múmias do comunismo que habitam o poder em Cuba e China. Mas calma. A hora delas ainda vai chegar.

Na saída do governo, Lula turbinou prefeituras do PT

Por Silvio Navarro e Ranier Bragon
na Folha



No último ano do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cidades administradas pelo PT e por partidos que integram a coalizão governista foram as mais beneficiadas na distribuição de investimentos da União.
Levantamento feito pela Folha mostra que, dos 20 municípios que mais receberam recursos federais em relação ao número de eleitores, 7 são chefiados pelo PT e 6 pelo PMDB -o restante, por aliados (PP, PSB, PDT, PC do B e PR). As siglas têm cargos no governo.
O levantamento foi feito com base nos dados do Portal da Transparência da CGU (Controladoria-Geral da União). O total de verba repassada foi dividido pelo número de eleitores.
A Folha selecionou as 80 maiores cidades brasileiras que, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, têm hoje mais de 200 mil eleitores -a única capital que não atinge o número é Palmas (TO).
Esses recursos são distribuídos por meio de convênios firmados pelos prefeitos com ministérios em Brasília.
O dinheiro é usado para obras de saneamento, habitação e construção de hospitais, escolas e quadras esportivas, entre outros.
As próximas eleições municipais serão no ano que vem. As obras que poderão ser capitalizadas eleitoralmente pelos prefeitos já estão em execução e serão inauguradas na véspera das eleições.

CAMPEÕES
A Prefeitura de Maringá (PR) foi a que mais recebeu verbas no ano passado: R$ 103,3 para cada um dos seus quase 248 mil eleitores. A cidade é administrada pelo PP.
A maior fatia dos recursos trata de obras na linha férrea e em rodovias, por meio do Ministério dos Transportes.
O prefeito da cidade é Sílvio Barros (PP), irmão de Ricardo Barros (PP), ex-vice-líder e influente articulador do governo na Câmara.
Três cidades administradas pelo PT se destacam na lista: Porto Velho (RO), com R$ 86,6 por eleitor; São Bernardo (SP), com R$ 79,2; e Canoas (RS), com R$ 65,3.
Para visualizar o salto, em 2009, esses valores foram, respectivamente: R$ 31,5, R$ 2,4 e R$ 21,3.
Em Canoas, o maior montante é para construção de escolas. Em Porto Velho, a verba é diversificada.
São Vicente, no litoral paulista, também tem ótima média: R$ 99 por eleitor. Mas a maior parte é de convênio de R$ 15 milhões assinado pelo prefeito Tércio Garcia (PSB) com o Ministério de Ciência e Tecnologia, cota do PSB no governo até 2010.
A finalidade é a implantação de um portal de gestão em "tecnologia e inovação".
Por outro lado, o ranking aponta que, das 10 cidades que estão no rodapé da tabela, 4 são do PSDB. A mais bem colocada entre as gestões tucanas é São Luís (MA), com R$ 14,9 por eleitor. No caso do DEM, a melhor posicionada é Blumenau (SC) -R$ 23,9. Administrada pelo DEM, São Paulo é a 69ª no ranking, com R$ 4,8.
Nesse grupo dos 80 maiores municípios, o PT governa 21, seguido de 16 do PMDB. Os tucanos têm dez cidades.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A culpa é do FHC também?

Ontem, vários estados do nordeste tiveram apagões. Até agora o Ministério de Minas e Energia não sabe o que causou. Quer ver que vai ter petralha culpando o governo Fernando Henrique Cardoso? Há dez anos atrás enfrentávamos uma crise energética. Passado o governo Lula que, como dizem por aí, fez tudo que tinha que ser feito desde a chegada de Pedro Álvares Cabral, ainda existem apagões. Vale lembrar que a atual presidente destêpaiz foi ministra de Minas e Energia.
Aos poucos nós vamos vendo que Lula não fez tantas coisas que deveriam ser feitas desde a chegada de Pedro Álvares Cabral no Brasil.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Infidelidade?

O PMDB goiano quer expulsar Thiago Peixoto porque aceitou o convite de Marconi Perillo para ser secretário da Educação. Quem é o PMDB goiano para exigir fidelidade de algum correligionário?
Em 2004, o PMDB de Iris Rezende disputou a eleição para a Prefeitura de Goiânia contra o PT de Pedro Wilson. A disputa foi acirrada, com críticas ácidas dos dois lados. Quatro anos depois o mesmo Iris Rezende disputava a reeleição tendo Paulo Garcia como vice. Um petista na chapa de um peemedebista.

Como se não bastasse este exemplo de infidelidade, o PMDB de Iris Rezende recebeu de braços abertos o apoio do então governador Alcides Rodrigues e do seu candidato derrotado Vanderlan Cardoso. Foi em 2010. Em 2006, ou seja dois anos antes, o PP de Cidinho e o PMDB de Iris não poderiam nem sentar perto porque poderia sair fogo.

Se Thiago aceitou o convite de Marconi é porque não via no seu partido nenhum espaço para amadurecer politicamente e desenvolver seus projetos na área da Educação. O PMDB ao expulsar Thiago mostra que nunca vai respirar ares novos e vai sempre continuar debaixo do braço de Iris Rezende. 

Te vira, Marconi!

Assim como Paulo Maluf apoiou a candidatura de Celso Pitta à Prefeitura de São Paulo em meados da década de 1990, Marconi Perillo apoiou a candidatura de Alcides Rodrigues ao governo de Goiás em 2006. Maluf chegou ao cúmulo de dizer que, se Pitta não fosse um bom prefeito o povo paulistano não precisava mais votar nele. Marconi não ousou tanto. Quando ganhou a fácil eleição para o senado naquele ano, ele mergulhou de cabeça na campanha de Alcides. O adversário era do PMDB, Maguito Vilela. O apoio marconista valeu a pena: Alcides foi eleito (ou melhor, reeleito porque ele já ocupava a cadeira de governador quando Marconi renunciou para se candidatar ao Senado).

Mas em 2007, depois da posse, Alcides começou a dizer que o negócio não estava tão bom como ele mesmo disse na campanha. O Estado estava quebrado e era preciso fazer reformas. Cidinho passou quatro anos dizendo que havia feito reformas e que o Estado estava enxuto. Eis que Marconi retorna ao governo e diz que o Estado não está enxuto como dizia Alcides Rodrigues, seu antigo aliado.

Alcides foi vice de Marconi de 1999 até 2006. Foi intervetor em Anápolis. Marconi sabia muito bem o produto que estava oferecendo ao eleitorado. Se Cidinho traiu o problema é dos dois. Não vou ficar aqui adulando Marconi. Já temos o Diário da Manhã que está fazendo isso muito bem. O que digo a Marconi é: "Te vira!"

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Só o PSDB que não sabe disso

Chico Buarque elogia Fernando Henrique Cardoso. Até ele, um dos principais porta-vozes do petismo na MPB. Só o PSDB, partido de FHC, não sabe elogiar o ex-presidente. Segue um trecho do que está no Estadão online:


Em uma entrevista ao jornal espanhol ‘El País’, o cantor, compositor e escritor Chico Buarque, que sempre se mostrou crítico de Fernando Henrique Cardoso, desta vez teceu elogios ao ex-presidente.
Após enaltecer a prioridade do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tirar o maior número de pessoas da miséria e dizer que isso continua com a presidente Dilma Rousseff, Chico afirmou que os méritos desses avanços também vieram “das bases da política econômica empreendida por Fernando Henrique Cardoso”.
Segundo ele, esta “foi a chave sem a qual não se poderia avançar. Toda essa transformação foi levada a cabo com as regras do capitalismo para criar uma riqueza que devia ser distribuída. Alguns esquerdistas podem pensar que não foi suficientemente humanitário, mas ninguém pode negar que foi o mais inteligente.”

O PT não quer CPI

O PT não quer CPI. Nem CPI sobre Furnas. Se algum tucano ou democrata estivesse enrolado em alguma acusação aí sim veríamos muitos petistas pedindo não somente ética na política como comissões parlamentares de inquérito para investigar as irregularidades. Tem muita coisa podre em Furnas que podem incriminar tanto o PT como o PMDB.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tem gente que bota fé no deputado das bolachas

Aqui em Goiás, muitos jornalistas fazem de tudo para mostrar serviço aos seus políticos. Tem jornalista apoiando a candidatura de Sandro Mabel à presidência da Câmara. Meu Deus! Só por que ele prometeu um prédio novo para os gabinetes de suas excelências? E no quesito trabalho? O que Sandro Mabel vai contribuir para agilizar o andamento de projetos de lei? 
O deputado das bolachas só tem apoio de alguns jornalistas desta terra mesmo.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Oposição dura? Vamos ver

Apesar de, quantitativamente, nós estarmos mais frágeis do que estávamos na legislatura anterior, eu acho que temos plenas condições de qualificar a nossa oposição. O papel da oposição tem que ser propositivo, além do papel fiscalizador que faremos em profundidade.

Quem disse o que está acima foi o senador Aécio Neves. É engraçado ver a oposição falando em ser dura com Dilma Rostock. Como ela vai fazer alguma coisa se os dois partidos que fazem oposição ao governo estão divididos? O PSDB quer reformular deixando José Serra fora da discussão e o DEM altera documento para que favorecer Rodrigo Maia e "obrigar" Gilberto Kassab a migrar para o PMDB. 
Aécio Neves fala em qualificar a oposição. Como qualificar se ela está toda rachada e ninguém se dispõe a uni-la. Vamos ver.

Sarney outra vez?

É... Pelo visto José Sarney vai mesmo comandar o Senado Federal pelos próximos dois anos. Há dois anos atrás ele afundava a Casa na sua pior crise. Ninguém foi punido, nenhuma reforma foi feita e os vícios continuam.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Não podemos esquecer

O primeiro mês do ano está acabando. E nós não podemos jamais nos esquecer da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. Aos poucos o noticiário vai deixando de lado o que aconteceu em Petrópolis, Nova Friburgo e região porque outros assuntos também relevantes vão surgindo e precisam ser noticiados e analisados. Porém, não podemos jamais nos esquecer de cobrar dos governantes se as medidas prometidas estão sendo cumpridas.
Precisamos sempre cobrar do governador do Rio Sérgio Cabral o que ele está fazendo para que não se repita o que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro no primeiro mês deste ano. 

'Preciso desencarnar da Presidência', diz Lula

Por Eduardo Kattah
no Estadão



Empenhado em não fazer declarações de conteúdo político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que precisa "desencarnar da Presidência" e "reencarnar como cidadão brasileiro".
Depois de receber o título de doutor honoris causa na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na noite de sexta-feira, o ex-presidente foi agraciado neste sábado com uma comenda oferecida pela prefeitura de Ubá, em Minas.
Durante uma rápida cerimônia no aeroporto da cidade, Lula evitou responder às abordagens de jornalistas e reiterou que pretende se manter em "férias" até o fim do carnaval.
"É a minha primeira atividade depois que eu deixei a Presidência. Eu, na verdade, não quero ter atividade até março, vou esperar o carnaval. A companheira Dilma (Rousseff) está montando seu time e eu preciso desencarnar da Presidência. Então, quanto mais quieto eu ficar, quanto menos falar, melhor será para todos nós", disse o ex-presidente.
Questionado pelo Estado, ele não quis fazer nenhum prognóstico em relação ao caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti. No seu último dia de mandato, o ex-presidente negou a extradição pedida pela Itália. A defesa de Battisti, condenado por assassinatos em seu país, já pediu sua libertação, o que deverá ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro. Lula também evitou falar sobre o governo de sua sucessora.
Críticas. Menos comedido que o ex-presidente, a quem acompanhou na visita a Minas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, reagiu às recentes críticas do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), que usou o Twitter para criticar o "vexame" do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os problemas verificados no portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Haddad não escondeu a irritação com o ataque feito na rede de microblogs pelo ex-candidato do PSDB à Presidência. "Serra tem de responder pela administração dele", rebateu o ministro da Educação. "Acho pequeno a pessoa que pretendeu governar o País se aliar ao que tem de menor para fazer uma crítica desse tipo. Está havendo enchente em São Paulo, as pessoas estão morrendo na zona leste (da capital) há anos. Acho que é muito mais grave isso." 

Comentário
Fernando Haddad só fica uma fera mesmo quando está perto de Lula. Ao lado de Dilma Rostock, ele cancela as férias e tem que dar entrevista para esclarecer os problemas no Enem e no Sisu. 

Egito ignora promessas e volta às ruas

Por Samy Adghirni e Rebeca Rocha
na Folha



A promessa de reformas feita anteontem pelo ditador do Egito, Hosni Mubarak, 82, teve efeito contrário no país de 80 milhões, o maior do mundo árabe.
Ontem, os egípcios tomaram mais uma vez as ruas, exigindo a saída de Mubarak, há 30 anos no poder. Pelo menos 102 pessoas morreram em cinco dias.
Cerca de 50 mil pessoas voltaram à praça Tahir, centro do Cairo. Houve manifestações em Alexandria, Suez e Rafah, na divisa com a faixa de Gaza.
No fim do dia, Mubarak, numa nova cartada, nomeou o diretor de inteligência do país, Omar Suleiman, para um novo posto de vice-presidente. Já o novo premiê será um militar da confiança do ditador, Ahmed Shafik.
As nomeações podem significar um desejo de endurecer a repressão aos manifestantes. Mas alguns analistas especulavam que Mubarak na verdade escolheu pessoas próximas para herdar o país após uma eventual renúncia.
A internet continuava precária ontem. Mas os celulares, depois de ficarem fora de serviço por ordem do governo, voltaram a funcionar.

CAOS NO AEROPORTO
Ao cair da noite, Cairo e outras cidades registraram uma onda de saques.
No aeroporto da capital, houve caos. Mais de mil turistas e funcionários de embaixadas tentavam sair do país.
Ontem à noite, os passageiros que chegavam não conseguiam deixar o local devido ao toque de recolher (das 16h às 8h).
Para piorar, não era possível encontrar água nem comida. Carrinhos de bagagem eram usados como cama.
Além disso, havia boatos de que gangues leais a Mubarak estariam circulando com facas e armas de fogo. O objetivo seria criar uma sensação de desordem para que o ditador argumente que seu regime é necessário para manter a ordem pública.
Hoje, dia útil no país, a Bolsa de Valores estará fechada. O acesso a pontos turísticos como as pirâmides foi restrito, e há relatos de que duas múmias do Museu do Cairo foram danificadas.
Por conta das limitações, muitas pessoas estão com dificuldades de encontrar suprimentos e se apressam para criar estoque, inflacionando os preços.
"Estou rodando toda a cidade em busca de gasolina e não acho mais. O governo acha que vai nos impedir, mas não vai conseguir", declarou o empresário Haiderf, que não deu o sobrenome.
Além de privar os cidadãos de recursos, o governo tem omitido informações.
A agência estatal divulga só imagens de ruas vazias ou lugares supostamente queimados pelos manifestantes, além de contar prejuízos.
A reação internacional ao movimento teve o efeito colateral irônico de aproximar EUA e Irã.
O governo norte-americano pediu reformas a Mubarak e pode rever sua ajuda militar ao país, de US$ 1,5 bilhão ao ano.
Já o governo do Irã, rival regional do Egito, pediu que se "permita o despertar da onda islâmica".

Atrasos e cortes ameaçam obras propostas por Dilma

Por Gustavo Patu
na Folha



Atrasos herdados da administração anterior e a necessidade de cortar investimentos para equilibrar as contas do governo ameaçam algumas das principais promessas da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff.
Manter em dia o cronograma de realizações significa construir, só neste ano, 3.288 quadras esportivas em escolas, 1.695 creches, 723 postos de policiamento comunitário, 2.174 Unidades Básicas de Saúde e 125 Unidades de Pronto Atendimento, além de centenas de milhares de moradias subsidiadas para a população de baixa renda.
As metas constam do planejamento oficial que embasou a elaboração do Orçamento deste ano -até hoje não sancionado pelo Planalto, o que reduz a virtualmente zero a possibilidade de liberar dinheiro público para novos projetos.
Fora os compromissos de apelo popular mais imediato, há ainda R$ 7 bilhões destinados a novas obras em rodovias, ferrovias, portos, irrigação e saneamento, igualmente incluídas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, batizada de PAC 2.
Completar um mês sem iniciar investimentos é usual para um começo de administração, mesmo no caso de um governo de continuidade. A equipe econômica, porém, já prepara o terreno para uma demora maior.
É preciso combinar dois objetivos: o fiscal -bloquear despesas e elevar os recursos para o abatimento da dívida pública, desde 2009 abaixo do prometido- e o gerencial -encerrar a lista de obras e projetos prioritários inacabados, grande parte deles coordenados pela própria Dilma nos tempos de ministra-chefe da Casa Civil.
Em um cenário de recursos escassos, as obras já em curso ganham primazia, como já indicaram a Fazenda e o Planejamento. Mais delicado politicamente seria citar pelo nome os candidatos a serem preteridos.
O exemplo de maiores proporções é o da segunda etapa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que pretende viablizar a construção e a aquisição de 2 milhões de casas e apartamentos até 2014.
Há R$ 12,7 bilhões autorizados no Orçamento de 2011 para a iniciativa, de longe o maior volume destinado a um programa de caráter não permanente nem obrigatório.
Mas, ainda que escape dos cortes a serem anunciados até março, a verba terá de acomodar também R$ 9,5 bilhões em despesas que ficaram por ser executadas da primeira etapa do Minha Casa -na qual as moradias efetivamente concluídas não chegaram a um quarto do 1 milhão contratado no papel.
O mesmo acontece com as novas Unidades de Pronto Atendimento, os prontos-socorros 24 horas que estrelaram a plataforma petista para a saúde. Os recursos reservados para iniciar as 500 UPAs programadas até 2014 terão de disputar espaço com a conclusão das outras 500 que deveriam ter sido entregues até 2010.
Pelos dados do Ministério da Saúde, apenas 91 UPAs estavam em funcionamento até o início de dezembro.
Sintomaticamente, a bancada governista no Congresso ajudou a promover, sem alarde, um corte de 15% nos recursos para as UPAs e a construção de postos UBS (Unidades Básicas de Saúde) durante a tramitação do projeto de lei orçamentária.
Maior ainda, de quase 35%, foi a redução da verba para a construção e adequação de quadras esportivas nas escolas de ensino médio, ação também classificada como prioritária, incluída no PAC 2 e repetida na campanha eleitoral.
Outro complicador é que todas essas metas -incluindo a construção de creches e de postos de policiamento- dependem da participação de governos estaduais ou prefeituras para elaboração de projetos, cessão de terrenos e custeio das unidades.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ele continua reclamando

Lula ganhou o título de doutor honoris causa na Universidade Federal de Viçosa, na Zona da Mata mineira. O seu discurso teve desde uma homenagem ao ex-vice presidente José Alencar até críticas aos antecessores que fizeram nada pela educação. Mesmo fora do Palácio do Planalto, mesmo não sendo presidente, Lula continua com o discurso do ódio. Para que isso? 

Pena que não teve nenhum estudante na cerimônia que transformou Lula em "dotô" para lembrá-lo que dois ex-presidentes destêpaiz apoiaram seu governo e apóiam o governo de Dilma Rostock e muitos aliados do governo Fernando Henrique Cardoso (alvo das críticas dos petralhas mais enraivecidos) apoiaram Lula e hoje lambem os tamancos que Dilma. 

Governo Lula bateu recorde de gastos

Por Adriana Fernandes e Célia Froufe
no Estadão



O governo Lula prometeu conter o avanço dos gastos como instrumento auxiliar de combate à inflação, mas terminou seu último ano com despesas em nível recorde: 19,14% do Produto Interno Bruto (PIB). Em oito anos, os gastos do chamado Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, engordaram 4 pontos porcentuais do PIB.

Boa parte dessa gordura ocorreu nos dois últimos anos, quando a equipe econômica resolveu expandir as despesas para estimular a economia e também acelerar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal vitrine de Lula nas eleições de 2010.
O ano eleitoral foi decisivo para a expansão dos gastos no ano passado, mas os dados das despesas desde 2003 mostram um peso cada vez maior nas contas do governo. No primeiro ano do governo Lula, as despesas representavam 15,14% do PIB, nível semelhante aos dos quatro anos do segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso. De 2009 para 2010, subiram R$ 128 bilhões e atingiram R$ 700,12 bilhões, com alta de 22,4%.
Com o uso de várias manobras contábeis, que abalaram a credibilidade da política fiscal brasileira, as receitas subiram 24,4%. Não foram suficientes, no entanto, para garantir o cumprimento da chamada meta cheia de 3,1% do PIB de superávit primário das contas do setor público, que inclui também o resultado dos Estados e municípios. Como antecipou o Estado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem que será necessário abater despesas do PAC para cumprir a meta.
Receitas. Embora as contas do Governo Central tenham fechado o ano dentro da meta de 2,15% do PIB, com superávit de R$ 78,96 bilhões em 2010, os Estados e municípios não conseguiram cumprir a meta de 0,95% do PIB, segundo Mantega. "Então, vai faltar alguma coisa para completar os 3,1% do PIB, e isso se dará por uma parte do PAC", disse Mantega, que passou o ano validando a aposta de que a meta cheia seria cumprida.
Apesar das promessas recorrentes de controle dos gastos, o governo sustentou a política fiscal muito mais com base no aumento das receitas, em movimento puxado pelo crescimento maior da economia. Além disso, desde 2008 passou a adotar uma política mais agressiva de arrecadação, que incluiu uma intrincada engenharia financeira e garantiu o ingresso de R$ 31,9 bilhões aos cofres do Tesouro com a capitalização da Petrobrás.
No fim do ano, o governo pôs o pé no freio nas despesas, principalmente de investimentos, para conseguir um resultado melhor nas contas do Governo Central em dezembro, que fecharam o mês em R$ 14, 44 bilhões - o maior superávit da série para o mês de dezembro. 

Waldomiro Diniz vira réu por suspeita de corrupção e extorsão

Na Folha



Pivô de um dos maiores escândalos do governo Lula, o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz virou réu ao lado de sete pessoas em uma ação em que é acusado de extorsão e corrupção.
Waldomiro, que assessorou o ex-ministro José Dirceu, é apontado como um dos intermediários que negociaram, mediante propina, a renovação em 2003 de contrato da Caixa Econômica Federal com a multinacional GTech para a gestão do sistema de loterias.
Em 2009, na esfera cível, Waldomiro foi condenado pela mesma denúncia, mas por improbidade administrativa.
O juiz rejeitou denúncia contra o ex-diretor da CEF Paulo Paixão Bretas. O Ministério Público vai recorrer.
Os envolvidos não foram localizados pela Folha.

Protestos ameaçam ditadura no Egito

Na Folha

O ditador Hosni Mubarak, 82, que governa o Egito desde 1981, anunciou a dissolução de seu gabinete de ministros, na tentativa de conter os maiores protestos contra o seu regime em três décadas. 
Mubarak não deu, porém, nenhuma indicação de que pretenda sair do governo, principal reivindicação das manifestações que tomaram o Egito. Em discurso na TV, ele disse que era seu papel manter a segurança no país e que havia uma tênue linha entre a liberdade e o caos. 
Antes do pronunciamento, feito por volta da meia-noite de ontem (20h, no horário de Brasília), o ditador havia decretado toque de recolher e, em uma medida inédita, mandado o Exército para conter as manifestações nas ruas das principais cidades. 
Dezenas de milhares participaram de protestos na capital, Cairo, e em grandes centros como Alexandria e Suez. As informações sobre mortes são desencontradas, mas fontes médicas estimam que, no país todo, 18 pessoas tenham morrido. No Cairo, o total de feridos supera 1.030, segundo a agência Reuters. 
Inicialmente válido para Cairo, Alexandria e Suez, o toque de recolher, que vai até as 7h de hoje (3h de Brasília), foi estendido ao país todo. 
Apesar disso, na noite de ontem, ainda era grande a circulação de pessoas pelas ruas das principais cidades. 

REVOLTA NA REDE 
Os conflitos de ontem, dia de orações para os muçulmanos, foram os mais violentos desde terça, data dos protestos iniciais contra a ditadura. 
Carros e prédios como o escritório do partido governista no Cairo foram incendiados, e soldados do Exército tiveram de conter uma tentativa de ocupar a TV estatal. 
Em Suez, uma delegacia foi invadida, e os presos, soltos. A polícia reprimiu os protestos com gás lacrimogêneo, cassetetes, canhões d'água e balas de borracha. 
Segundo forças de segurança egípcias, o ex-diretor da agência nuclear das Nações Unidas e Nobel da Paz Mohamed ElBaradei foi colocado em prisão domiciliar. 
ElBaradei estava entre os manifestantes atacados com gás lacrimogêneo e canhões d'água na saída de uma mesquita na capital. 
Outro líder oposicionista, Aymad Nour, foi hospitalizado após levar uma pedrada na nuca, segundo seu filho. 
Em entrevista à Folha, um ativista egípcio que mora no Brasil afirmou que os protestos vêm sendo planejados pela internet há um ano. No Cairo desde quarta para participar das manifestações, ele pediu para não ser identificado por questões de segurança. Ontem, o governo egípcio bloqueou o acesso à rede. 
Entre as principais causas da revolta no Egito estão fatores semelhantes aos que derrubaram Ben Ali, ditador da Tunísia, duas semanas atrás: crise econômica, com 40% da população do país vivendo abaixo da linha da pobreza, e corrupção endêmica. 
Mubarak nunca indicou substituto, e há rumores de que prepara seu filho Gamal para a sucessão, ideia que é vista com maus olhos pela elite militar do Egito. 
Raro caso de país árabe que mantém boas relações com Israel, o Egito é um dos principais aliados dos EUA na região e recebe dos americanos grande montante de ajuda militar e auxílio financeiro. 
O Departamento de Estado recomendou a cidadãos americanos que, por enquanto, evitem viajar ao Egito. Ontem, a companhia aérea Egypt Air suspendeu voos que partiam do Cairo. 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vingança

Olha o governardo Marconi Perillo se vingando do seu antecessor e ex-aliado Alcides Rodrigues. Primeiro foi a revista Veja que mostrou o quanto que o Palácio das Esmeraldas gastou com bebidas alcoolicas. Hoje o Estãdão amplia. Em pensar que Marconi e Alcides foram tão amigos... Alcides passou seu mandado inteiro culpado Marconi pelas dívidas que o governo teria herdado. Marconistas de plantão defendiam seu chefe. Agora que a mira mudou de lado quero ver se vai ter alcidista defendendo o governo anterior. 

Eduardo Cunha ameaça petistas e relembra caso dos aloprados

No Globo


Pressionado diante das denúncias de tráfico de influência em Furnas , que atribui a integrantes do aliado PT, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) começou a ameaçar petistas e até o antigo aliado e companheiro de partido Anthony Garotinho, ex-governador e deputado federal eleito. Em mensagens no Twitter, referindo-se à série de reportagens publicadas no GLOBO desde segunda-feira, Cunha fez ameaças até a Valter Cardeal, diretor de Engenharia e Planejamento da Eletrobras e homem de confiança da presidente Dilma Rousseff. Leia mais aqui.

Furnas compra ação após veto do BNDES

Por Hudson Correa e Rodrigo Rotzsch
na Folha



O BNDES vetou financiamento de R$ 587,8 milhões à hidrelétrica Serra do Facão, em Goiás, após a empresa Companhia Energética Serra da Carioca 2, ligada ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entrar no negócio no começo de 2008.
O empreendimento era tocado por Furnas, estatal do setor de energia.
Em julho de 2008, pouco mais de um mês após o veto do BNDES, Furnas resolveu comprar a parte da Serra da Carioca no negócio.
A compra está sob suspeita porque a estatal pagou R$ 73 milhões a mais pelas ações em relação ao valor pelo qual a empresa as havia adquirido oito meses antes de outra companhia, chamada Oliveira Trust.
A transação foi divulgada ontem pelo jornal "O Globo". Em nota, a estatal negou prejuízos ou irregularidade.
Ao comprar ações por R$ 6,89 milhões em janeiro de 2008, a Serra da Carioca passou a ser sócia de Furnas na construção da hidrelétrica. O financiamento do BNDES para esse projeto do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estava aprovado desde outubro de 2007.
A Folha apurou que o BNDES justificou sua decisão de suspender a ajuda financeira, em 2008, com o fato de que sócios e investidores na Serra da Carioca haviam sido investigados pela CPI dos Correios, que em 2005 apurou o mensalão e suposta corrupção em estatais.
O banco argumentou ainda que "constatou-se que a declaração de renda" de João Alberto Nogueira, dono da empresa, "era incompatível com as alegadas atividades exercidas e sua participação nas empresas não aparecia na declaração de bens".
Conforme documentos da Junta Comercial de São Paulo, um dos diretores da Gallway, controladora da Serra da Carioca, à época era o ex-presidente da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio) Lutero de Castro Cardoso.
Ele foi indicado para a estatal carioca por Eduardo Cunha, o mesmo padrinho político do atual presidente de Furnas, Carlos Nadalutti.
O grupo ainda teria o doleiro Lúcio Bolonha Funaro como um dos representantes. Cunha morou num flat de Funaro em 2005, mas afirma que pagava as despesas.

Novos governadores levantam fichas de antecessores por autopreservação

Por João Domingos
no Estadão



A troca de poder em oito Estados desencadeou a busca por sinais de má gestão e excesso de gastos dos derrotados para municiar ou imunizar politicamente os novos governadores.
Na Paraíba, ao constatar que herdou um Estado com R$ 1,3 bilhão em dívidas e comprometimento de 57% da receita do Executivo com as despesas de pessoal, o governador Ricardo Coutinho (PSB) fez chegar à presidente Dilma Rousseff um pedido de compreensão com quem assumiu o governo há menos de um mês - quase um pedido de clemência com o aliado.
Ele não quer ser o primeiro governador da nova safra a sofrer uma intervenção do governo federal por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Sabe que hoje Dilma Rousseff poderá reter o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e de verbas de convênios do governo federal com a Paraíba.
Coutinho acha que em seis meses a situação mudará, porque fez um corte de custeio de 30% e impediu aumentos salariais para si, o vice e os secretários. Espera, pelo menos, chegar ao máximo de comprometimento de 46,55% da receita com a folha de pagamentos, o que é o limite prudencial estabelecido pela LRF.
Outros sete governadores que estavam na oposição venceram o pleito e assumiram o governo de seus Estados em situação um pouco melhor, porque não foram ultrapassados os limite da irresponsabilidade fiscal como a Paraíba, mas ainda assim periclitante. Quase todos tomaram uma mesma atitude: fazer auditorias nas contas deixadas por seus antecessores.
Alguns, como o tucano Marconi Perillo, de Goiás, encomendaram radiografias que buscam comprometer seus adversários com gastos estranhos. No levantamento feito por Perillo, consta que o ex-governador Alcides Rodrigues (PP) comprou R$ 1,38 milhão em bebidas alcoólicas durante seu mandato. E que, durante os últimos quatro anos e nove meses de governo, ele teria contratado 684 voos para locais onde tem fazendas (leia matéria abaixo).
As auditorias revelam suspeitas de irregularidades e má gestão ou completo desconhecimento da realidade do Estado.
No Amapá, o governador Camilo Capiberibe (PSB) encontrou uma dívida de R$ 1,7 bilhão e o comprometimento de R$ 205 milhões com gastos somente em janeiro. Mas a arrecadação total prevista do Estado no mês é de R$ 167 milhões.
Significa que somente no primeiro mês de governo Capiberibe terá de administrar um acréscimo de R$ 38 milhões na dívida do Estado. A melhor saída que ele encontrou foi suspender temporariamente os pagamentos referentes ao exercício de 2010 e fazer auditorias na esperança de forçar a baixa no valor dos contratos.
Caos
Em Brasília, onde a crise política e administrativa imperou nos últimos 14 meses, levando à prisão do governador José Roberto Arruda (DEM) e cassação de seu mandato, o governador Agnelo Queiroz (PT) encontrou o caos, com R$ 600 milhões de créditos a serem pagos em janeiro.
Havia ainda falta de prestação de contas em convênios e inscrição de órgãos do governo na dívida ativa da União, no Cadastro Único de Convênio do Tesouro Nacional e com pendências na Receita e no INSS.
Agnelo contingenciou R$ 1,5 bilhão do orçamento e demitiu 10 mil dos 20 mil conveniados, o que poderá resultar numa economia anual de R$ 40 milhões. Isso, no entanto, não resolverá nada. Terá de apertar a máquina de fiscalização e dar incentivos à economia local, para que ela possa crescer, fazendo a arrecadação subir, disse a secretária de Imprensa do governo, Samantha Sallum.
No Pará, o governador tucano Simão Jatene encontrou à sua espera uma dívida de R$ 700 milhões e a máquina pública inchada com a nomeação de cargos de confiança em excesso. Havia ainda uma armadilha deixada pela antecessora Ana Júlia Carepa (PT). Ela enviara à Assembleia Legislativa projeto de lei concedendo aumento para o funcionalismo e gratificação para as polícias militar e civil. Jatene mandou retirar os projetos e determinou a auditoria nas contas do governo anterior.
No Tocantins, onde o ex-governador Carlos Gaguim (PMDB) nem chegou a passar a faixa para o sucessor, Siqueira Campos (PSDB) - ele a entregou para um cinegrafista e foi embora -, a situação encontrada também é muito grave, de acordo com o atual governo.
Além de R$ 220 milhões em dívidas, havia um excedente de 15,6 mil funcionários comissionados no governo. Todos foram demitidos. E, como já é comum nestes casos, Siqueira Campos abriu auditoria nas contas do ex-governador.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Prédio novo vira caça-votos de deputados

Por Maria Clara Cabral
na Folha



Na corrida para presidir a Câmara, Sandro Mabel (PR-GO) e Marco Maia (PT-RS) apresentaram propostas que podem pesar no bolso do contribuinte, como a construção de novos anexos na Casa, com previsões de gastos de cerca de R$ 74 milhões apenas neste ano.
Segundo Mabel, se eleito no próximo dia 1º de fevereiro, as obras terão início no mesmo dia. "Vocês já viram um gabinete de um senador? Cabem ao menos cinco deputados. Vocês acham que é justo?", disse.
Marco Maia usou a mesma proposta para convencer o PTB a apoiá-lo. Prometeu ainda que, caso eleito, Nelson Marquezelli (PTB-SP) comandará as negociações sobre as construções.
A promessa de aumentar a estrutura da Casa é antiga, foi apresentada por Arlindo Chinaglia (PT-SP) em 2007. Na previsão orçamentária deste ano constam a ampliação do anexo 4, para gabinetes, por R$ 47,9 milhões, e a construção do 5º anexo, por R$ 26,1 milhões, para biblioteca e museu.
Não ficou claro nas promessas dos candidatos quais dos anexos eles defendem.
O argumento deles é que o projeto inicial do Congresso foi pensado para 432 gabinetes, não comportando os atuais 513 deputados. O dinheiro, segundo a assessoria, sairia da venda da folha de pagamento da Casa, feita em 2007, que já contabiliza R$ 270 milhões.
Outra promessa feita por Mabel é garantir critérios permanentes para a remuneração dos congressistas, vinculando-a à dos ministros do Supremo. O candidato não conta com apoio nem de seu próprio partido.
Marco Maia, candidato oficial de Dilma Rousseff, já conta com 21 das 22 legendas -faltando apenas o PSOL.

Peemedebistas atacam PT e chamam de "ridícula" pasta de correligionário

Por Leonardo Souza
na Folha



Durante almoço ontem, em Brasília, um grupo de dez deputados do PMDB lançou fortes críticas contra o PT e integrantes da própria sigla.
Sem saber que um repórter da Folha estava na mesa ao lado, disseram que o PT tenta marcar o PMDB como o partido do "fisiologismo" e que o governo repassou à sigla só ministérios irrelevantes.
A reunião ocorreu no restaurante Fritz, o mesmo em que a "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff se reuniu para traçar estratégia de espionagem contra o PSDB em 2010.
Estavam no encontro Ibsen Pinheiro (RS), Osmar Serraglio (PR), Osmar Terra (RS), Edinho Bez (SC), Gastão Vieira (MA), Raul Henry (PE), Geraldo Resende (MS), Mauro Mariani (SC), Manoel Júnior (PB) e o deputado eleito Alceu Moreira (RS).
Eles batizaram o grupo de "Afirmação Democrática".
Osmar Terra era um dos mais exaltados. Classificou o ministério de seu correligionário Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) como "ridículo" e disse que a pasta de Garibaldi Alves (Previdência) é "presente de grego".
Um dos participantes, não identificado quando falou, disse que a Agricultura é "a única pasta que serve".
Terra disse também que, "como todos já esperavam, esse [a gestão da presidente Dilma] vai ser o governo do PT", ainda mais do que foi o do ex-presidente Lula.
Ibsen Pinheiro ressaltou que o PMDB tem uma imagem "horrível" perante à opinião pública e que o PT ajuda a difundir a ideia de fisiologismo do partido.
Todos concordaram, porém, que colegas, como o deputado Eduardo Cunha (RJ), reforçam essa imagem.
Procurado pela Folha, Terra disse que o grupo começou a se reunir no fim de 2010 e pretende levar propostas ao governo. "Nem todos no PMDB defendem o fisiologismo", afirmou.
Disse que as classificações que deu às pastas do PMDB foram para ilustrar a pouca influência do partido. "A área de serviços, educação, saúde, está toda na mão do PT. O PT está com 70% dos cargos no governo. E o PMDB que é fisiológico? Isso ninguém fala sobre o PT."


Deu a louca no ninho tucano

A cada dia que passa tenho a plena certeza que oposição pra valer ao lulo-dilmo-petismo só mesmo aqui na internet. Se a gente depender dos partidos oposicionistas estamos fritos. Reportagem de hoje da Folha de São Paulo só comprova que deu a louca no ninho tucano. Ao invés de pregarem união, juntar as forças visando a construção de uma oposição firme contra o governo, puxa-sacos de Geraldo Alckmin e Aécio Neves fazem de tudo para deixar José Serra de lado. Acho isso um absurdo. Tudo bem que a campanha de Serra ano passado não foi lá essas coisas, mas os mais de 34 milhões de votos recebidos não podem ser desprezados. O ninho tucano insiste em desprezar a voz destes milhões de brasileiros que não estão contentes com o lulo-petismo. 
É hora de unir forças e não de rupturas. É hora de oposição ao governo e não adesismo. Enquanto alckmistas e aecistas fazem de tudo para excluir os serristas da direção do partido, o PSDB já tem alguma posição formada sobre as denúncias de corrupção envolvendo a Funasa? 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Presidente do TCU dá aula paga a órgãos que fiscaliza

Por Rubens Valente
na Folha



Órgãos públicos e entidades submetidos a fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) pagaram ao menos R$ 228 mil ao presidente do tribunal, ministro Benjamin Zymler, por palestras e cursos de um ou dois dias entre 2008 e 2010.
Após as palestras, Zymler seguiu como relator de seis procedimentos e participou de ao menos cinco julgamentos de processos de interesse dos contratantes. Em nenhuma das vezes entendeu que havia motivo para se declarar impedido.
As palestras, os custos e as agendas de Zymler não são divulgados pelo site do TCU.
No final de 2008, ele ministrou a servidores da Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil), por R$ 21,5 mil, curso de dois dias intitulado "Licitações e Contratos sob a Ótica do TCU".
Zymler é ou foi relator de 41 processos que têm relação direta com a Eletronorte. São provenientes de denúncias de irregularidades, auditorias e acompanhamento.
Meses depois da palestra, Zymler relatou um processo de monitoramente de obras da Eletronorte na usina de Tucuruí (PA). Ele concordou com a área técnica do tribunal e mandou reclassificar os indícios de "irregularidades graves com retenção de pagamento" para "irregularidades graves com recomendação de continuidade".
No ano passado, Zymler recebeu R$ 59 mil por um curso de dois dias, segundo pesquisa realizada a pedido da Folha no Siafi (sistema de acompanhamento de gastos do governo) pelo site Contas Abertas. O pagamento foi feito pela UFABC (Fundação Universidade Federal do ABC), de Santo André (SP), vinculada ao Ministério da Educação.
Zymler abriu uma empresa, a EMZ Cursos e Treinamento, que passou a ser contratada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), para uma série de sete palestras em várias capitais. Cada uma custou R$ 13 mil.
Por R$ 20.232,16, o Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) contratou Zymler para um curso de oito horas de duração, realizado num único dia, no Rio.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), vinculada ao Ministério da Agricultura, pagou R$ 14,6 mil por um curso de 16 horas proferido a 66 servidores.
Na AGU (Advocacia-Geral da União), o evento custou R$ 9,6 mil, e foi acompanhado por "cerca de 500 servidores", segundo o órgão, num total de oito horas.
O ministro foi contratado após a dispensa de licitações, sob o argumento de que havia notória especialização, quando se considera a competição inviável ou inexigível. Dispensas de licitação na gestão federal são focos frequentes de críticas do TCU.
O ministro afirmou à Folha, em nota, que os eventos dos quais participou eram "atividades docentes" e também recorreu a uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de 2007.
Contudo, o TCU não é ligado administrativamente ao Judiciário, pois atua como braço do Legislativo na atividade do controle externo, e o CNJ não tem poder de fiscalizar ministros do TCU.
Consultado pela Folha, o CNJ informou que não tem sobre as palestras "resolução ou norma sobre o assunto em questão".

Lula defenderá a volta de Delúbio, diz dirigente do PT

Por Bernardo Mello Franco
na Folha



O secretário de Comunicação do PT, André Vargas, disse ontem à Folha que o ex-presidente Lula defenderá a volta ao partido do ex-tesoureiro Delúbio Soares, acusado de operar o mensalão.
Ele afirmou que o ex-companheiro "foi injustiçado" e que a direção da sigla deve votar seu pedido de refiliação em março ou abril.
"Se for questionado, Lula vai dizer que é favorável", disse Vargas, que é deputado federal pelo Paraná e integra o Diretório Nacional do PT.
O ex-presidente evitava falar do escândalo, mas mudou o tom no fim do mandato, quando chamou o mensalão de "tentativa de golpe" e prometeu reavaliá-lo depois de deixar o Planalto.
Ontem, Vargas disse que os petistas não têm condições morais para barrar a refiliação de Delúbio, que foi expulso da legenda em 2005 e é um dos réus no processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal).
"Como é que nós vamos dizer que ele não pode se filiar? Nenhum de nós tem condição moral ou política de dizer que ele não pode militar no PT", declarou o dirigente.
"Se qualquer evidência de caixa dois servir para excluir alguém do PT, tem que dar uma excluída boa, geral", afirmou. "Do PT ou do PTB, do PMDB", acrescentou.

INJUSTIÇADO
Para Vargas, o ex-tesoureiro merece voltar ao partido porque estava em "função política" quando, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, teria intermediado pagamentos para garantir apoio de parlamentares ao governo.
"Delúbio foi injustiçado. Ele estava numa função política. Se ele fez algo individualmente, foi tentar, talvez erradamente do ponto de vista legal e eleitoral, dar suporte político às campanhas", afirmou o deputado.
"Ele tem o direito de militar no PT. Outros companheiros que estão envolvidos naquele processo estão militando no partido, participando da direção. Ele quer se filiar ao partido, é só isso."
O secretário de Comunicação do PT reafirmou a tese de que os operadores do mensalão não teriam usado dinheiro público no esquema. O Ministério Público Federal sustenta que houve desvio de recursos do Banco do Brasil.
"Foi uma crise política, não uma crise moral", disse Vargas. "O julgamento será feito, mas nossa avaliação é que foi uma crise política. Havia a vontade de desestabilizar o governo."
Nos bastidores, Delúbio faz campanha desde o fim de 2010 para ser readmitido no partido. No entanto, ele evita qualquer declaração pública sobre o assunto.
O ex-tesoureiro já havia tentado voltar em 2009, mas o movimento foi abortado pelo atual ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), então chefe de gabinete de Lula.
Os aliados de Delúbio defendem que seu caso pode voltar à pauta agora, após a saída do ex-presidente e a posse de Dilma Rousseff.
Questionado, Vargas disse não saber a posição da presidente sobre o tema. O líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT-SP), já defendeu o retorno do ex-companheiro ao partido.
O pedido de refiliação de Delúbio deve ser discutido informalmente na semana do 31º aniversário do PT, no dia 10 de fevereiro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Imprensa boa é só aquela que denuncia o PSDB

Os jornais questionam a doação que o senador Álvaro Dias (PSDB) fez a uma instituição de caridade. Os jornais questionam as atitudes suspeitas do cunhado do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). Os jornais questionam a nomeação de um tucano envolvido no mensalão de Minas Gerais. Troque o nome dos políticos por alguma figura petista e a sigla PSDB por PT. Imagine agora o barulho que seria feito contra os jornais. Imagine o tanto de gente que estaria questionando o papel da imprensa. Como os políticos acima assinalados são do PSDB ninguém questiona o papel da imprensa. A imprensa só tem seu trabalho questionado quando algum petista é flagrado com a mão na massa.

Sucessão interrompe programas nos Estados

No Estadão



Em Estados onde os governadores não foram reeleitos, a falta de continuidade administrativa vem provocando corte de programas e suspensão de projetos. A interrupção mais brusca ocorreu em Tocantins, Estado que está parcialmente paralisado após a demissão de 15,6 mil dos 24 mil funcionários comissionados.
O tucano José Wilson Siqueira Campos, no quarto mandato como governador de Tocantins, suspendeu praticamente todos os programas do antecessor, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), e o acusou de cometer "irresponsabilidades e crimes".
Em carta aberta, Siqueira responsabilizou o ex-governador por dívidas que ultrapassariam R$ 60 milhões na Saúde, R$ 35 milhões na Educação, R$ 25 milhões em contrapartida estadual nas obras de construção da ponte que liga Lajeado a Miracema e de 12 mil casas populares, R$ 30 milhões para o Banco Mundial e R$ 70 milhões referentes a empréstimos consignados não repassados aos bancos e contribuições sociais dos servidores, entre outras pendências.
Gaguim afirma que deixou R$ 400 milhões em recursos vinculados e que o Tocantins recebeu, dia 10, a primeira parcela de R$ 135 milhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e dia 20, a segunda. Para ele, as denúncias não passam de "desculpa de quem não consegue cumprir as promessas".
No Rio Grande do Norte, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) decidiu acabar com o programa chamado Cheque Reforma, implantado na administração de Wilma de Faria (PSB) e continuado no governo Iberê Ferreira (PSB). "É um programa de grande assistencialismo que não se enquadra na nossa diretriz", comentou o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes.
O Cheque Reforma distribuía recursos para famílias carentes realizarem reformas em residências. Fernandes afirmou que a continuidade ou não de programas depende de "análise criteriosa". "Vamos dar seguimento ao Restaurante Popular (refeições subsidiadas) e ao Programa do Leite (que distribui leite para famílias carentes)."
"A falta de continuidade administrativa é um problema e quase estrutural", disse Roberto Piscitelli, economista da Universidade de Brasília. "O fenômeno ocorre mesmo quando a sucessão se dá entre o mesmo grupo político."
"No Brasil praticamente não há estudos para se avaliar a eficácia dos programas governamentais. Assim, fica difícil saber se eles devem ser mantidos", avaliou Armando Cunha, professor de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas.
No Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro (PT) pode suspender dezenas de convênios assinados pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) com prefeituras do interior do Estado no final da gestão anterior, de Yeda Crusius (PSDB), por falta de previsão orçamentária para obras como asfaltamento de avenidas e construção de canteiros.
A ideia inicial dos novos gestores é continuar as obras já iniciadas e reavaliar as demais. O secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque (PSB), vai procurar os administradores municipais para apresentar a má notícia e pedir compreensão.
Becílio Silva, chefe da Casa Civil no governo anterior. reconhece que o fluxo de assinatura de convênios foi interrompido durante o processo eleitoral e que houve diferenças por "atrasos burocráticos" na entrega de propostas pelos municípios, mas sustenta que havia previsão de recursos.
No Pará, o governador Simão Jatene (PSDB) decidiu retirar da Assembleia Legislativa todos os projetos do governo anterior. Ao todo, doze propostas saíram de pauta e devem ser reexaminadas pelos assessores de Jatene. Um dos projetos era um pedido da ex-governadora Ana Júlia Carepa (PT) de empréstimo de R$ 1 bilhão.
Para o líder do PSDB na Assembleia, deputado José Megale, o governador agiu com "extrema responsabilidade" ao mandar retirar os projetos de tramitação, pois é precio reavaliar seu impacto financeiro. Carepa chamou a decisão de Jatene de "autoritária e absurda".