sábado, 16 de outubro de 2010

"Borat Rousseff" por Diogo Mainardi

Se Borat tem o potássio, Dilma Rousseff tem o pré-sal. Um é igual ao outro. Da mesma maneira que Dilma Rousseff louva nossas reservas de petróleo do pré-sal, Borat louva as reservas de potássio de seu país. Para estimular o sentimento nacionalista do eleitorado, Dilma Rousseff pode até tentar adaptar o hino de Borat:

O Brasil é um país glorioso!

É o exportador número um do pré-sal.

O resto da América do Sul tem um pré-sal inferior

O pai de Dilma Rousseff nasceu em Gabrovo, na Bulgária. O vilarejo romeno de Glod está localizado ali perto. Foi em Glod que Sacha Baron Cohen filmou Borat. Se o pai de Dilma Rousseff tivesse permanecido na Bulgária, a atual candidata a presidente do Brasil, com um tantinho de sorte, poderia ter sido uma das protagonistas do filme, exatamente como Spiridom Ciorebea.

Spiridom Ciorebea é um dos moradores de Glod. Sacha Baron Cohen escalou-o para o papel de Livamuka Sakonov, o aborteiro do vilarejo de Borat. Spiridom Ciorebea acabou processando os autores do filme. Assim como Dilma Rousseff, ele recusou-se a aceitar que o caracterizassem como um fautor do aborto. Assim como Dilma Rousseff, ele foi desmentido publicamente e perdeu o processo.

Borat é sempre acompanhado por Azamat Bagatov, seu produtor, que foi treinado no Ministério da Propaganda soviético. Dilma Rousseff é sempre acompanhada por José Eduardo Dutra, presidente do PT. Recentemente, José Eduardo Dutra disse que o debate sobre o aborto pertence à Idade Média. O que pertence à modernidade, para o PT, é a Casa Civil de Erenice Guerra e de seu filho Israel.

Israel? Borat, em sua viagem aos Estados Unidos, tenta comprar uma pistola para se proteger dos judeus. Impossibilitado de comprar uma pistola, resolve comprar um urso. O urso de Dilma Rousseff é Mahmoud Ahmadinejad, o ditador iraniano que prometeu resolver o problema dos judeus, riscando Israel do mapa.

Na hierarquia de Borat, Deus ocupa o primeiro lugar. Depois: o homem, o cavalo, o cachorro, a mulher, o rato e o inseto. Na hierarquia de Dilma Rousseff, Deus era um retardatário, mas durante a campanha eleitoral Ele foi empurrado rapidamente para a frente, ultrapassando até mesmo o inseto e o rato.

Borat abandona a mulher e os filhos em seu vilarejo e, depois de tentar raptar a playmate Pamela Anderson, arruma outra mulher nos Estados Unidos. Nesse ponto, seu caso é semelhante ao do pai de Dilma Rousseff. Quando saiu de Gabrovo, ele abandonou sua mulher, grávida de oito meses, e casou-se novamente no Brasil.

Dilma Rousseff conta com o apoio de Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Fernando Morais. Borat, por sua vez, conta com o apoio de Urkin, o estuprador de seu vilarejo.

O Brasil é um país glorioso! Borat para presidente!

Preconceito contra Dilma? Conta outra

Lula disse que os ricos tem preconceito e medo da Dona Laquestoff. É mesmo? Vamos ver quem está doando dinheiro para campanha dela. Com certeza tem muito rico na lista.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Será que ela topa?

Dilma Rostock segue o roteiro neste segundo turno: detonar o governo Fernando Henrique Cardoso levando José Serra junto. Segundo a propaganda petista, o governo FHC foi o pior de todos os tempos. Será que foi pior que o governo Sarney? Será que foi pior que o governo Collor? Dilma está perto destes, como posso dizer, "estadistas" e pode muito bem fazer a comparação.
Não vou ficar enrolando muito aqui. Queria fazer um desafio para a Dona Laquestoff. Será que ela topa rejeitar as alianças com todos os políticos que a apoiam hoje e que apoiaram o governo Fernando Henrique Cardoso? Ora, o discurso dela ficaria muito mais coerente se ela desse um pé na bunda de Michel Temer. O vice dela foi aliado de FHC. Como pode Dilma Laquestoff fazer tantas críticas à FHC se o vice dela assinava embaixo todos os feitos do governo tucano? Não é só Michel Temer que apoiou FHC. Jader Barbalho, Renan Canalheiros (este foi até ministro de FHC), Romero Jucá (este era um dos líderes de FHC no Congresso e ajudou a enterrar os infinitos pedidos de CPI vindos do PT quando este era oposição).
Dilma Laquestoff precisa deixar de ser hipócrita e praticar o que ela diz (e olha que eu nem meti o dedo no tema religião, hein?). Se ela fala que FHC afundou o Brasil por que não rompe relações com aliados dela que foram aliados de FHC e apoiaram todos os atos do governo tucano?
Como viram, é muito simples apontar as mentiras, as contradições, as enganações do discurso petralha. Resta saber se José Serra vai deixar Dilma Laquestoff difundir a idéia de que o governo FHC foi um desastre e que ele afundou junto.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O que assombra Dilma

Acabo de ler o texto que segue abaixo no blog do Augusto Nunes. Se José Serra começar a bater forte na tecla Sarney e Collor perto da Dilma Rostock é capaz dela partir "pros tapas":

No debate transmitido pela Band, José Serra brandiu por poucos segundos a arma que, acionada com firmeza e pontaria, liquidará de vez a aventura de Dilma Rousseff: o confronto entre os ex-presidentes que apoiam cada candidato. O palanque da sucessora que Lula inventou é assombrado por José Sarney e Fernando Collor. A campanha da oposição tem Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Sarney conduziu o país à falência com o Plano Cruzado, levou a inflação às nuvens e saiu do Planalto pela porta dos fundos. Fora o resto. Collor conseguiu catapultar os índices inflacionários para o espaço sideral, apadrinhou uma quadrilha federal só igualada em gula e desfaçatez pelo bando do mensalão e foi despejado do Planalto por ter desonrado o cargo. Fora o resto.

Itamar Franco resgatou a nação da UTI e lançou o Plano Real. Fernando Henrique sepultou a inflação para sempre, modernizou o país com a privatização de mamutes estatais, enquadrou os perdulários malandros com a Lei de Responsabilidade Fiscal e consolidou as diretrizes da política econômica que Lula, por instinto de sobrevivência, cuidou de manter intocadas. Com tamanho zelo que nomeou para o comando do Banco Central, em 2003, o deputado federal Henrique Meirelles, eleito pelo PSDB de Goiás.

O Brasil, ensinou Ivan Lessa, esquece a cada 15 anos o que aconteceu nos 15 anos anteriores. E milhões de jovens nem conheceram o país atormentado pela inflação medonha e agredido pelo primitivismo das estatais devastadas pela inépcia e pela corrução. Alguns programas eleitorais e debates na TV bastarão para recordar aos amnésicos crônicos como foram os governos de Sarney e Collor — e descrever didaticamente para as novas gerações o inferno de que se livraram graças aos governos de Itamar e FHC.

Collor e Sarney simbolizam o antigo, o coronelismo de terno e gravata, a roubalheira federal anabolizada pelo turbilhão inflacionário. Itamar e Fernando Henrique representam o país que pensa e presta. Dilma quer falar do passado? Seja feita a sua vontade. Os eleitores aprenderão que Lula, depois de malbaratar as safras plantadas pelos dois antecessores que apoiam Serra, pretende alojar no Planalto uma fraude que reverencia a dupla que arruinou o Brasil.

Imprensa só é boa quando favorece Dilma e o PT

A Folha de hoje fala de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de Engenharia da Dersa. Ele foi citado por Dilma Rostock durante o debate da Band. Ela disse que Souza fugiu com R$ 4 milhões da campanha tucana. Na reportagem, Paulo Vieira exige que Dilma apresente provas e que José Serra o defenda.
Quem denunciou a tal fuga de grana na campanha do PSDB foi a revista Isto É.
Dilma disse, por meio de sua assessoria, que as referências foram publicadas pela imprensa e que são de conhecimento público. Ah, é? Interessante! Quando a imprensa denuncia alguma coisa no ninho tucano não vejo ninguém criticando a imprensa, não vejo Lula acusando a imprensa de ser um partido. Quando a denúncia pode render alguns pontinhos para Dilma Rostock a imprensa é boa, merece citação já no primeiro debate na televisão. Mas se a imprensa denuncia as tretas da ex-assessora de Dilma na Casa Civil aí é o fim do mundo. Imprensa boa para o petismo é aquela que acusa o adversário.
Franklin Martins disse recentemente que a liberdade de imprensa não garante uma imprensa boa. Depois dessa reportagem da revista Isto É ele vai rever seus conceitos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eles estão descontrolados

É impressão minha ou os petistas estão descontrolados? A propaganda do PT mostrou trechos do debate na Band ontem. Mostrou Dilma Laquestoff atacando as privatizações, os feitos do governo FHC e, como não poderia deixar de ser, se fez de vítima na polêmica sobre o aborto. A Dona Laquestoff tá possessa de raiva. Não sei se essa agressividade vai dar resultado, mas que demonstra um certo desespero do PT isso demonstra. Demonstra que eles estão descontrolados.

Sobre o debate

Assisti ao debate da TV Bandeirantes ontem. José Serra e Dilma Rousseff decidiram deixar o clima "paz e amor" nos bastidores e partiram para o ataque. Dilma estava muito nervosa, já Serra estava mais tranquilo. Não sei se a estratégia do ataque vai render alguma coisa para Dilma.
Claro que as privatizações seriam abordadas. Dilma criticou as privatizações realizadas no governo FHC. Serra defendeu as privatizações e disse que o PT fez o mesmo. Ufa! Pensei que o Serra fosse vestir uma jaqueta com os logotipos das estatais e deixar Dilma atacar. Fez bem em defender o que foi bom para o Brasil. Graças às privatizações que temos telefone celular.
Acho que falta a Serra se valorizar mais. Quando Dilma detonava a administração tucana em São Paulo Serra deveria ter dito que, se a administração tucana era tão ruim por que Geraldo Alckmin fora eleito governador já no primeiro turno? Aliás, o próprio Serra foi eleito no primeiro turno para governador em 2006.
Falaram sobre o aborto. Dilma ainda não explicou pra gente se ela é realmente contra ou a favor. Ela disse que era a favor num debate realizado pela Folha de São Paulo em 2007. Três anos depois ela fala que é contra. Vai entender.
O debate demonstrou que o clima esquentou. Vamos ver no que vai dar. Vamos analisar também. Acho que Serra foi melhor no debate. Resta saber se ele vai aguentar a pressão vindo do lado de lá.

domingo, 10 de outubro de 2010

Outro blog bom

Aí ao lado tem a lista de alguns blogs que este blogueiro acompanha. Segue mais uma sugestão: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/ É o blog do Augusto Nunes. O cara é bom.

Eles na TV

Assisti ao primeiro programa eleitoral do segundo turno. O programa do José Serra melhorou. Finalmente o PSDB percebeu que aquele negócio de "fiz-em-são-paulo-vou-fazer-no-brasil" não dá certo. Geraldo Alckmin tentou fazer isso em 2006 e perdeu para Lula. O programa tucano, depois de 8 anos, resolveu mostrar Fernando Henrique Cardoso, valorizar o Plano Real e mostrar que Lula deu continuidade à política econômica do governo FHC. Que demora, hein? Vamos ver o desenrolar da propaganda. Se brincar o Serra pode voltar a dizer "fiz-em-são-paulo-vou-fazer-no-brasil".
O programa de Dilma Rousseff tentou mostrar que ela saiu fortalecida depois do primeiro turno. Falou da quantidade de votos recebidos. E, como não poderia deixar de ser, fez comparações entre o governo Lula e o governo FHC. Para os petistas, FHC governou só para os ricos. Pois é. Só não falaram o recorde de lucros dos banqueiros no governo Lula. E olha que o Lula sempre falou mal dos banqueiros quando era opositor. Imagina o que ele faria se elogiasse?
Vamos ver o desenrolar desta história. Vamos acompanhar. Não vamos fazer o que os diretores dos institutos de pesquisa fizeram durante o primeiro turno. É melhor acompanhar, analisar do que se fazer de Mãe Diná das eleições.