sábado, 22 de novembro de 2008

Os Embalos de Sábado à noite

Amigos, estou de saída. Vou aproveitar Os Embalos de Sábado à noite.
Volto mais tarde!

Cai nada

Lula assinou um decreto que vai dar a Daniel Dantas dois bilhões de reais. Como assim? O Dantas que lavou dinheiro. O Dantas que fez escutas ilegais para aniquilar inimigos. O Dantas que ajudou Marcos Valério no mensalão. O “banqueiro bandido” como disse o delegado maluquinho Protógenes Queiroz. Ele mesmo! Ao autorizar que a Brasil Telecom se junte com a OI, Lula acabou deixando Daniel Dantas muito feliz.
Recebi um comentário dizendo que Daniel Dantas era livre para fazer o que quisesse com suas ações da Brasil Telecom. Daniel Dantas livre? Não! Daniel Dantas preso!

E o pessoal que acusava jornalistas de estarem a serviço do “banqueiro bandido”? Eles acusavam os jornalistas que se posicionaram contra a fusão. Mas a fusão agora é real. Real não. Reais. Bilhões de reais para o bolso de Dantas. A casa vai cair mesmo? Cai nada. A gente sempre dá um jeitinho para tudo. Até colaborar com “banqueiro bandido”.

Descontração de Sábado

Deus salve o You Tube. No site econtra-se além de vídeos bizarros do mundo inteiro, muita coisa boa, muita coisa rara. Sempre estou assistindo aos vídeos de Elvis, Beatles e Roberto Carlos. Tem vídeo dos três em várias fases das suas carreiras.
No momento, assisto ao Elvis in concert que mostra os últimos shows de Elvis ainda vivo. Acho que já falei disso aqui antes. Bem, Elvis já está no palco e Charlie Hodge lhe entrega o violão. Vou ali vê-lo cantar "See see rider" e o resto do especial.
Volto mais tarde!

Quanto será?

Lula assinou decreto autorizando a união entre a Brasil Telecom e a OI. Uma operação que vai ajudar e muito Daniel Dantas. Quanto será que o banqueiro pagou para Lula assinar tal decreto? Dantas é realmente um cara muito poderoso. Manda o presidente do STF liberar um habeas corpus para ele sair da prisão, ajuda deputados a pagarem suas contas de campanha e agora obtém do presidente da República o decreto que irá colocar alguns bilhões de dólares no bolso.

E Lula beneficia Dantas

Pois é... Lula aceitou a união da Brasil Telecom com a OI. Lula beneficia Daniel Dantas, o banqueiro bandido. Do que adiantou a Operação Satiagraha? Do que adiantaram as denúncias contra Dantas? Olhe o próprio presidente da Ilha Brasilis beneficiando o lavador de dinheiro, o “orelhudo” como gosta de dizer Mino Carta.
Daniel Dantas vai ficando mais rico. Daniel Dantas mais rico significa uma ala petista feliz, o que não dizia Mino Carta. Luiz Eduardo Greenhalg também deve estar com o sorriso de orelha a orelha.
Um dia saberemos das falcatruas cometidas por Daniel Dantas? Um dia algum delegado da Polícia Federal vai pegar o caso Dantas com mais lucidez e não com a visão “porta voz dos oprimidos” de Protógenes Queiroz?
Daniel Dantas venceu a parada. Sem ajuda de jornalistas. Conseguiu com a ajuda do cara que comanda estêpaiz.

Um direitista no diálogo freireano

Quinta feira foi corrida. Como o pior deste período de final de curso já passou posso voltar à intensidade dos escritos aqui.

Estava eu quinta de manhã apresentando um trabalho no núcleo livre de Educação de Jovens e Adultos (núcleo livre é matéria fora da área do seu curso que, tipo assim, não é obrigatória, mas se você não a fazer no mínimo doze, não forma). Escolhi este núcleo livre porque era o único que tinha vaga. Fazer o que? Já esperava o que iria enfrentar.

Há um tempo atrás eu acreditava muito nas palavras de Paulo Freire. Se não li todos, pelos menos 90% da obra dele eu já li. É muito bonito. Um mundo onde todos são irmãos, onde todos são autônomos, não existem desigualdades e o amor está no coração de todo mundo. Dos meus 17 aos 22 anos eu acreditava nas palavras dele. Depois, com a finalização do meu processo de “desesquerdização”, critico, discordo. Esta idéia vinda de Rousseau de que o homem é bom, mas a sociedade o corrompe não cola. Não quero viver isolado numa floresta. Quer fazer trilhas numa floresta, mas isolar da sociedade só se for para um Mosteiro Beneditino. E por vontade própria. Esta história de que a culpa é da sociedade não cola. Sigamos.

Quinta era dia do grupo que fazia parte apresentar o seminário que valia nota. E, repetindo José Trajano que, por sua vez, repete Zé Trindade, “vejam vocês o que é a natureza”. Adivinhem o tema que caiu nas mãos do meu grupo? “Os movimentos sociais e a educação do campo”. Um dos alvos prediletos deste blog. A galera que está aí no poder defende e tem suas origens nestes tais movimentos sociais. Eles se acham no dever de rasgar a Constituição para implantar a justiça social que eles acham ser ideal. É claro que eu ia mostrar minhas críticas, minhas discordâncias.

Via o pessoal na sala. A maioria era mulher, pois o curso de Eja é ministrado na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Enquanto meus colegas expunham seus pontos, via a cara de sono das meninas, a cara de desânimo, a vontade louca de acabar tudo aquilo e ir embora. Sei lá o que elas fizeram na noite anterior. Só sei que estavam nem aí para o que era dito. E o que os movimentos sociais pregam sobre a educação? Aquela frase que já virou chavão no curso de Pedagogia: “Compreender a realidade do aluno”. Até isso a esquerda quer roubar: a realidade do aluno. (Senhor, piedade desta alma que escreve este texto porque acreditou nestas porcarias).

Chegou minha vez de falar. Falei o que o livreto com as referências para políticas educacionais no campo do governo federal (isso mesmo, dinheiro nosso) bancou. Primeiro falei o que o livreto escrevia, descrevendo cada passo. Aí chegou a hora da polêmica. Eu disse: “Professora, eu tenho algumas críticas a fazer, mas, já deixo claro, que são minhas as críticas e não do grupo. Não sei se o grupo concorda.” E lá vou eu questionar desde o livreto pago com dinheiro público e que beneficia apenas a patota governista até a massificação que os líderes esquerdistas desejam ardentemente. Minha professora me olhava meio de lado, como quem não estava concordando. Toquei num ponto que o livreto falava que sua elaboração partiu do debate entre os vários grupos que estavam ligados ao campo. E elogiava os grupos como MST e Comissão Pastoral da Terra. Aí perguntei: “Cadê a UDR, a União Democrática Ruralista? Ela também não é um grupo que atua no campo? Por que a UDR não participou da elaboração deste livreto?”. Minha professora respondeu que a UDR faz parte sim dos grupos que atuam no campo, mas não estão interessados em alfabetizar os trabalhadores do campo para a sua libertação. Enquanto a professora exaltava os movimentos sociais em detrimento da UDR eu olhava o ânimo da turma. Pensei que não poderia alongar minhas críticas porque além da turma querer acabar logo com aquilo eu tinha que resolver outros problemas. A professora é uma entusiasta da compreensão da realidade do aluno. E a realidade do aluno naquele momento era sono, cansaço, desinteresse. E ela continuava falando dos movimentos sociais.

Não que eu defenda a UDR, mas acho que, baseado nas palavras do livreto de referências para uma política de educação do campo bancada com dinheiro público não deveria privilegiar apenas os movimentos sociais amigos dos cupanheros de Brasília. Mas somos nós os direitistas que não sabemos dialogar e temos preconceito do MST. Eles sim sabem dialogar. Sabem tanto que excluem o adversário de uma roda bancada com dinheiro “dupovu”. Voltarei a este assunto de “diálogo”.

Depois critiquei a massificação que estes movimentos sociais fazem. Defendi o indivíduo, não o cara com o boné do MST. O indivíduo que aprende a ler e escrever e procura com seus próprios esforços melhorar de vida, que possa ler a Constituição e saber quais são seus deveres e direitos e que não seja manobrado por João Pedro Stédile que nunca sai da direção do MST (seria uma ditadura?). Meus colegas de grupo já me cutucavam para encurtar a conversa. A professora retruca. Eu escuto. A sala dorme. “O indivíduo é importante, mas ele sozinho faz pouca coisa, é preciso se unir...” e todo aquele blá-blá-blá esquerdopata-freireano. Eu sou o preconceituoso. Os movimentos sociais não são preconceituosos com seus adversários. Eles querem o diálogo amoroso com todo mundo... da sua patota. Fechei minha fala questionando o que sairia de um debate entre Ronaldo Caiado, representando a UDR e João Pedro Stédile do MST. A professora acredita que deste diálogo pode-se extrair coisa interessante. Bem, sabendo que Stédile não anda sozinho e que só participa de eventos onde possa levar sua torcida, dificilmente uma voz oposta ao líder dos sem terra seria ouvida.

Depois da apresentação um colega da turma me procurou. Disse concordar comigo sobre o indivíduo contra a massa. E acrescentou uma coisa bem interessante: a esquerda prega uma coisa e faz o contrário. Perguntei que curso ele fazia. Jornalismo. Ainda bem que existem indivíduos com pensamento próprio se formando neste curso.

Um direitista no diálogo freireano nunca terá vez. Ou sono da platéia, ou justificativas para os tais dos movimentos sociais excluírem seus adversários das discussões sobre referência de políticas educacionais do campo financiado pelo governo federal. É muito bonito falar de amor. Mas este amor escrito pela esquerda tem direção: seus cupanheros. Os adversários que fiquem com o sono dos ouvintes.

"Penso, mas existo?" por Diogo Mainardi

Descartes pode me arruinar. Ele mesmo, René Descartes, o pensador francês do século XVII, do Discurso do Método. Na última semana, ele se materializou em meu escritório, com aquele seu aspecto de lateral-direito do Boca Juniors, e ordenou que eu aplicasse imediatamente todas as minhas economias na bolsa de valores. O que fiz? Fechei os olhos e obedeci.
Eu já tinha pensado em fazer o mesmo em meados de outubro, quando Warren Buffett, num artigo para o New York Times, anunciou que aplicaria todo o seu dinheiro no mercado acionário dos Estados Unidos. Ele ditou uma regra simples para orientar os investimentos na bolsa de valores: "Tenha medo quando os outros estão gananciosos, e seja ganancioso quando os outros estão com medo". Do dia em que o artigo de Warren Buffett foi publicado até este momento, o Dow Jones já despencou mais de 15%. Em vez de contrariar o senso comum, obedecendo à regra de Warren Buffett, tive medo quando os outros tiveram medo e me dei tremendamente bem.
Mas Warren Buffett é Warren Buffett e Descartes é Descartes. Em latim, o truísmo soaria melhor. Se Descartes ordena, estou pronto a me sacrificar. Ele determinou meus investimentos na bolsa de valores por meio do livro Os Axiomas de Zurique, de um certo Max Gunther. Retificando: ele determinou meus investimentos na bolsa de valores por meio de um trecho do press release de Os Axiomas de Zurique, porque nem precisei ler o livro. O trecho dizia que, para especular com sucesso na bolsa de valores, é preciso fazer como Descartes, duvidando sempre das verdades estabelecidas. Dito de outra maneira: se todos estão fugindo da bolsa de valores, pode ser uma boa oportunidade para entrar nela. O que eu fiz? Entrei.
"Penso, logo existo." Em latim, soa melhor: "Cogito, ergo sum". Segundo Os Axiomas de Zurique, o principal enunciado de Descartes sugere que o investidor pense por conta própria. Eu fiz o oposto: deixei que Descartes pensasse por mim. Assim como as ações da Aracruz, a metafísica cartesiana atingiu um novo mínimo. A única certeza que eu tenho é: "Descartes pensa por mim, logo Descartes existe". A rigor, nem isso. Eu só posso afirmar sem titubear o seguinte: "O vulgarizador de Descartes me meteu nessa baita enrascada da bolsa de valores, logo o vulgarizador de Descartes existe". De fato, seguindo o método de Descartes, nada impede que eu seja apenas um produto da mente de Max Gunther, o autor de Os Axiomas de Zurique. Nesse caso, quem arcará com o prejuízo não serei eu, e sim ele. Quem terá de mendigar nas ruas não serão meus filhos, e sim os dele. Por isso, para mim não importa se os aloprados do governo brasileiro decidiram aumentar o salário dos servidores em mais de 40 bilhões de reais. Com toda a probabilidade, eu nem existo.

Vereadores desistem de indicar administradores

Por Larissa Bittar
no Diário da Manhã

A falta de autonomia financeira para as futuras administrações regionais fez com que os vereadores perdessem interesse de indicar os administradores. “Depois que foi apresentada a reforma e percebeu-se que o administrador regional seria apenas um gestor, caiu o interesse. Sem autonomia e verba própria, administrar uma regional trará mais desgaste do que favorecimento”, afirma um vereador que não quis se identificar. “Depois que chegou a notícia de que em Curitiba, dentre os administradores regionais que lançaram candidatura, apenas um se elegeu vereador, o desânimo foi total. Constatou-se que as administrações não proporcionam vitrine política”, completa.Com isso, as indicações devem mesmo ser feitas pelo prefeito Iris Rezende (PMDB). O modelo de Curitiba foi escolhido pela Prefeitura de Goiânia como referência. Apesar de mencionar no projeto apresentado à Câmara que a intenção é descentralizar e desconcentrar a administração pública, Iris optou por não conferir independência às regionais, que serão subordinadas à Secretaria de Governo (Segov). Caso a escolha do prefeito tivesse sido outra, as administrações regionais certamente seriam alvo de desejo. “Existia imensa preocupação entre os vereadores em ocupar as regionais, mas depois da informação de que não haverá a estrutura e autonomia que imaginávamos, houve descontentamento”, relata outro vereador. Ocupar a regional Centro com autonomia financeira, por exemplo, significaria ter nas mãos o controle de área de 37,46 km, com 282.559 habitantes, eleitores em potencial. Diante da realidade menos atrativa apresentada, não deve haver obstáculos às indicações do prefeito. “Esta indicação de cargo é da prefeitura, vereador que quiser isso é por mesquinharia, são os mais ambiciosos. Não temos que meter a colher, temos que fiscalizar”, avalia Robson Alves (PSDB).O também tucano Geovani Antônio declarou que as indicações do prefeito devem passar por critérios técnicos e não políticos, de modo a não impulsionar candidaturas. Disse ainda que vai apresentar emenda quanto às atribuições das administrações. “Vou contestar. O projeto apresenta a criação das regionais, mas diz que as atribuições de cada uma serão regulamentadas por decreto. A emenda vai estipular que passem por votação da Câmara, dentro da lei.”
Emendas
Segundo o vereador Josué Gouveia (PTC), muitas emendas deverão ser apresentadas à reforma, mas nenhuma que altere o projeto significativamente. Este é o discurso dos vereadores da base. “Falei com Elias Vaz (PSol) para evitar emendar, senão vira colcha de retalhos, atrasa e muda a eficiência”, declara Santana Gomes (PMDB). Juarez Lopes (PTN) disse que vai apresentar emenda contra a extinção da Câmara Técnica de Regularização Fundiária, pertencente à Secretaria de Planejamento (Seplan). Também pretende apresentar cláusula pedindo a manutenção do Cidadão 2000. “Mas evitar a extinção não dá. Se o Iris quiser exterminar, basta não renovar o convênio”. Virmondes Cruvinel (PSDC) apresentará emenda estipulando que cada regional ofereça curso de capacitação profissional e convênio com Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) para ofertas de estágio. A extinção da Compav deve ser contestada por Elias. A emenda deve reivindicar a manutenção das gratificações salariais dos funcionários da Companhia. Mas Bruno Peixoto (PMDB) anunciou que toda emenda apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça será retirada pela Comissão de Trabalho, composta por Bruno, Djalma Araújo (PMDB), Izídio Alves (PMDB) e Amarildo Pereira (PRP) da situação e Geovani Antônio, Juarez Lopes (PTN) e Robson Alves, oposição . “Somos maioria na Comissão de Trabalho. Sete contra quatro. Qualquer emenda feita pela CCJ não será acatada.”Robson, presidente da Comissão de Trabalho, alerta Bruno a não alimentar a segurança. “Em votação na Câmara já vi de tudo acontecer. O que mais tem é gente da situação votando contra o prefeito. Pode dar empate e o voto de minerva é meu”. Quanto à disposição a barrar ou acatar emendas, garante: “Até hoje não tive acesso ao projeto. Não sei nem quantas regionais serão. Elias não me passou nem a cópia. Membros da CCJ estão temerosos com perda de cargos. Depois que chegar em minhas mãos, vou trabalhar com responsabilidade, não trabalho sobre pressão.”

Hillary aceita ser secretária de Estado, dizem assessores ao ''NYT''

Por Peter Baker
no Estado de São Paulo

Hillary Clinton decidiu desistir da cadeira no Senado e aceitar o posto de secretária de Estado, o que a tornará, em todo o mundo, o rosto público do governo de Barack Obama - que a derrotou na disputa pela indicação democrata à presidência dos EUA, informaram ontem duas fontes que têm acesso a assuntos confidenciais da senadora.Hillary tomou a decisão depois de manter novas conversações com o presidente eleito sobre a natureza do seu papel e sobre os planos de Obama para a área de política externa, disse uma das fontes, sob condição de anonimato. O escritório de Obama disse na quinta-feira aos repórteres que a nomeação estava "bem encaminhada", mas pessoas próximas de Obama só confirmaram ontem à tarde que ela havia decidido."Ela está disposta", disse a fonte. Hillary se sentiu mais tranqüilizada depois de conversar novamente com Obama, pois a primeira reunião em Chicago, na semana passada, "foi muito geral", acrescentou. O objetivo do novo encontro não foi obter concessões especiais, mas "apenas sentir-se confortável" com a idéia de trabalharem juntos. Uma segunda pessoa ligada a Hillary confirmou que seus assessores acreditam que eles chegaram a um acordo. Conselheiros de alto escalão de Obama disseram ontem pela manhã que a oferta não havia sido formalmente aceita e nenhum anúncio será feito até depois do Dia de Ação de Graças (quinta-feira). Mas afirmaram estar convencidos de que a nova aliança agora está prestes a ser concluída.O aparente acordo entre as duas figuras de maior destaque do Partido Democrata constituiu o ápice de um drama que durou uma semana e dominou as atenções de Washington. Obama e Hillary travaram a batalha mais competitiva da indicação democrata dos tempos modernos, que polarizou o partido durante meses e deixou rancor em ambos os campos. Mas ao convidar Hillary para fazer parte de seu gabinete, Obama indicou que queria tornar sua antiga rival em parceira, e ela chegou à conclusão de que poderá exercer uma enorme influência dando seu consentimento. A decisão foi tomada após dias de intensas investigações e negociações cuja finalidade foi eliminar possíveis obstáculos a sua nomeação ao cargo por causa dos negócios e das atividades filantrópicas globais do marido. Os advogados de Obama e do ex-presidente Bill Clinton vasculharam as finanças deste e elaboraram uma série de diretrizes para suas futuras atividades, buscando evitar toda e qualquer aparência de conflito de interesses no caso de ela ser nomeada.Pessoas que estão por dentro da investigação disseram que Clinton apresentou os nomes dos 208 mil doadores de sua fundação e biblioteca e concordou com todas as condições exigidas pela equipe de transição de Obama, como as restrições aos pagamentos de seus discursos no futuro e de sua função em sua fundação internacional.Como secretária de Estado, Hillary terá uma poderosa plataforma para viajar pelo mundo e tentar reparar as relações com outros países abaladas nos oito anos da política externa do presidente George W. Bush. Mas, ao mesmo tempo, terá de subordinar sua agenda e ambições às de Obama e sacrificar a independência proporcionada pela cadeira no Senado e pelos 18 milhões de votos que obteve durante a árdua batalha das primárias com o presidente que acaba de se eleger.

Brasil convoca embaixador em Quito

Por Agnaldo Britoo e Fábio Maisonave
na Folha de São Paulo

O governo brasileiro anunciou ontem, em São Paulo, a convocação para consultas do embaixador Antonino Marques Porto, chefe do corpo diplomático do Brasil em Quito. A medida, que representa um gesto hostil da diplomacia, rebaixa a representação oficial no Equador.Segundo ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, o gesto é um protesto do Brasil pela decisão unilateral do presidente equatoriano Rafael Correa de recorrer a Corte Internacional de Arbitragem de Paris para suspensão do pagamento de uma dívida de US$ 243 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou ontem do encerramento da Conferência Internacional de Biocombustíveis, em São Paulo, não quis comentar o assunto. "Sobre o Equador, o Celso [Amorim] já falou. A minha palavra é a palavra do ministro. O que o Celso disse foi exatamente o que eu ia dizer", afirmou.O empréstimo ao Equador foi concedido pelo banco para a construção da hidrelétrica San Francisco, obra da construtora brasileira Norberto Odebrecht contratada pelo governo equatoriano paralisada um ano depois de iniciar a operação devido a problemas estruturais.Amorim disse que recebeu a informação do governo equatoriano "com muita preocupação", além de ter considerado a atitude pouco amistosa. "A decisão foi anunciada em evento público, sem prévia consulta nem notificação ao governo brasileiro. Nós achamos que a natureza e a forma da adoção dessa medida não se coadunam com a relação de amizade, espírito de diálogo e a cooperação ampla que existe entre os governos do Brasil e do Equador."O ministro não quis antecipar quais medidas de retaliação poderão ser adotadas, mas deu indicações de que todos os acordos de cooperação poderão ser afetados. "A primeira providência é essa, o embaixador brasileiro em Quito está sendo chamado para consultas. Quem conhece as práticas diplomáticas sabe exatamente o que isso significa. Eventualmente [tomaremos] outras. Temos uma ampla cooperação com o Equador e vamos examinar essa cooperação com a luz dessas decisões [do governo do Correa]."Amorim classificou o episódio de "sério" e disse que a decisão do Itamaraty é a primeira em anos. "Acho que [a convocação do embaixador] fala por si só. Acho que vamos examinar com a seriedade devida um fato que de alguma maneira não corresponde com o que achamos que devem ser as relações entre dois países amigos. Repito, não só pela natureza da medida, mas também pela forma como foi tomada", explicou.Segundo ele, o Brasil está sempre "aberto ao diálogo", como mostram outros casos recentes. Foi o que ocorreu com as decisões do governo boliviano contra instalações da Petrobras. "O governo brasileiro -e muitas vezes a política externa- foi até criticada por uma atitude, digamos, de compreensão em relação a certas situações. Nós achamos que agimos corretamente em todas as outras ocasiões do passado em que revelamos essa compreensão, porque isso era bom para o Brasil, para a integração."O chanceler também vê prejuízo à integração: "Nenhuma dessas ações unilaterais contribui para a integração. O Brasil tem procurado trabalhar da maneira mais construtiva".Logo após as declarações de Amorim, o Itamaraty divulgou uma nota confirmando a retirada do embaixador brasileiro.
Equador
A decisão brasileira pegou de surpresa a Chancelaria equatoriana, segundo uma fonte diplomática do país ouvida pela Folha. Durante todo o dia de ontem, nenhum membro do governo Correa se pronunciou sobre o assunto -uma nota oficial seria emitida à noite.Durante toda a crise, porta-vozes do governo Correa negaram haver crise diplomática com o Brasil e insistiram em que se tratava de um problema comercial entre o Estado equatoriana e uma empresa privada.

Gilmar compara MPs a "roleta russa"

Por Luiz Orlando Carneiro
no Jornal do Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, evitou comentar se seria inconstitucional a decisão tomada pelo presidente do Senado Garibaldi Alves (PMDB-RN), de devolver a Medida Provisória 446, que anistiou mais de duas mil entidades filantrópicas ameaçadas de perder o direito a isenção fiscal, por suspeitas de irregularidades. No entanto, Mendes reafirmou posicionamento crítico à forma pela qual as medidas provisórias estão sendo utilizadas, comparando o instrumento a uma "roleta russa". O presidente do STF disse que está nas mãos do Congresso - por meio de emenda constitucional - evitar o excesso de edição de MPs pelo Executivo, sobretudo por que, atualmente, "foi expropriado do seu direito de agenda".
– Eu dizia que teríamos uma roleta russa com todas as balas nos revólveres – disparou Gilmar.
– Se continuarmos com esse modelo, esse número excessivo de MPs combinado com o trancamento da pauta, o Congresso vai continuar a só decidir dentro daquelas janelas fechadas pelas MPs.
Para o presidente do STF, as MPs não podem ser dispensadas quando se enquadram nas exigências constitucionais de "urgência e relevância", e citou a atual crise financeira internacional como propícia ao uso do mecanismo previsto no artigo 62 da Carta Magna. Contudo – ainda segundo Mendes – é preciso encontrar um "justo equilíbrio", a fim de que o Parlamento não continue em estado de" letargia". O artigo 62 dispõe que "em caso de relevância e urgência, o presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional". A Constituição não prevê a devolução pelo Congresso de uma MP.

Senado quer excluir renda de critérios para cotas nas federais

Por Denise Madueño
no Estado de São Paulo

A reserva de vagas em universidades federais para estudantes de famílias que ganham até um salário mínimo e meio por pessoa aprovada na quinta-feira pela Câmara encontra resistência no Senado. A cota por renda foi incluída no projeto que reserva 50% das vagas em universidades federais para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. As vagas serão preenchidas com reservas para negros, pardos e indígenas na proporção da população de cada etnia nos Estados, de acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).As regras da cota valem também nas instituições federais de ensino técnico de nível médio para os estudantes que cursaram o ensino fundamental em escolas públicas.A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), autora do projeto aprovado pelo Senado e alterado na Câmara, discorda da cota por renda aprovada pelos deputados e afirmou que vai defender a manutenção do texto dos senadores em nova votação na Casa.Ex-ministro da Educação, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a cota por renda é uma forma de "enganar a população", porque ela não terá aplicação na prática. "As pessoas pobres não terminam o ensino médio. Essa cota só será preenchida quando toda criança puder estudar, quando a Bolsa-Família se transformar em Bolsa-Escola e quando o ensino médio for obrigatório no País, o que não é", afirmou Cristovam."É uma cota enganosa para desviar o assunto e dizer que, agora, os pobres podem entrar na universidade. Vai beneficiar muito pouco", criticou. O senador disse que também vai defender a restituição do projeto de Ideli na nova votação do projeto no Senado.A senadora petista argumentou que a reserva para os estudantes que cursaram escolas públicas já vai atender os alunos de famílias de baixa renda. "O critério de corte por renda vai restringir o acesso dos estudantes", afirmou a senadora. "Aparentemente, é muito justo, mas é muito injusto."Ideli lembrou que o projeto do Senado foi construído por consenso e, por isso, acredita que o texto da Câmara deverá ser rejeitado pelos senadores. O projeto da senadora previa inicialmente a criação de cotas para estudantes de escolas públicas apenas nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Nas discussões, por proposta do PSDB, foi incluída a cota também nas universidades. Está na proposta original da senadora o critério de preenchimento das vagas por etnia, mantido pelos deputados.

Desembargadora do TRF pede sindicância sobre Protógenes

Por Rubens Valente
na Folha de São Paulo

A Corregedoria da Polícia Federal abriu, a pedido da desembargadora federal Maria Cecília Pereira de Mello, sindicância para investigar o delegado da PF Protógenes Queiroz, que em julho deixou a coordenação da Operação Satiagraha. A juíza é a relatora, no TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, dos processos gerados pela Operação Chacal, desencadeada em 2004 pela PF.A Chacal investigou suposta espionagem praticada pela Kroll a mando do grupo Opportunity. O principal réu é o banqueiro Daniel Dantas. Há 20 dias, a turma de Cecília Mello no TRF anulou todos os atos decisórios e enviou para a Justiça comum uma das três ações decorrentes da Chacal, a que investigava a contratação do militar reformado israelense Avner Shemesh em suposta espionagem contra desafetos de Dantas, como o empresário Luís Roberto Demarco.Além da sindicância aberta a pedido da desembargadora, o delegado Protógenes é alvo de um inquérito na PF.O advogado de Protógenes, Luiz Gallo, refutou as suspeitas dos dois procedimentos. "Meu cliente sempre agiu estritamente dentro da lei. Isso ficará provado", disse Gallo.A desembargadora pediu à PF que indague o delegado, entre outras coisas, sobre as circunstâncias em que foi produzida interceptação telefônica divulgada em julho pela Folha. Na Satiagraha, a PF interceptou, com ordem judicial, diálogo entre o advogado de Dantas, Nélio Machado, e Humberto Braz, réu, junto com Dantas, no processo que apura corrupção.Nesse telefonema, Machado disse a Braz que a desembargadora havia lido o "inquérito", suposta referência à Satiagraha, e considerado o assunto "gravíssimo". Machado chama a desembargadora de "amiga".O telefonema ocorreu num momento em que a defesa de Dantas buscava informações a respeito de um inquérito policial sobre o Opportunity, cuja existência fora revelada dias antes em reportagem da Folha.A desembargadora disse ontem que, para ela, os fatos estão esclarecidos. "Conversei com o doutor Fausto [De Sanctis]. Não tenho mais dúvidas, o tribunal não foi interceptado", disse Cecília Mello. A juíza contou ter recebido também a visita de Machado em seu gabinete, após a divulgação do telefonema. "Ele veio me pedir desculpas", disse Cecília. Após consulta, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) eximiu a juíza de irregularidade.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Encontro Marcado

Eu pensei que eu fosse escrever tanta coisa aqui hoje. Tirar o atraso. Agora que já passou o trabalho mais difícil da faculdade neste fim de ano. Tudo bem. O mundo não vai acabar derretido e sim quando Cristo voltar do céu. É, pessoal, creio mais em Deus do que no Al Gore.
Estava escrevendo um texto, mas tive que parar. Tenho que sair agora. E sair com pessoas que eu amo e cuja companhia é maravilhosa o blog, tão parado nestes últimos dois dias, não será prejudicado se parar só por mais algumas horas.
Não sei se volto ainda hoje, ou seja, antes da meia noite. Mas antes de dormir termino o que estava escrevendo e, se já estiverem publicados, leio, seleciono e "copio e colo" aqui as matérias dos jornais.
Eu não quero massa. Não quero massa crítica. Quero indivíduos, pessoas com rostos, pensamentos próprios e corações. Só isso. E quando indivíduos que se querem bem se encontram, não é uma massa e sim, um encontro marcado. Aliás, leiam O Encontro Marcado de Fernando Sabino. É muito bom "puxar uma angústia" com uma pessoa que a gente ama e não "socializar" isso para que "os sujeitos da história" ditem o que deve ser feito.
Volto mais tarde!

Meninos, eu vi!

Setembro foi um mês maravilhoso para este que vos escreve. Procurem no arquivo o que foi escrito aqui no período de 20 à 28 de setembro de 2008. Fui ao Rio de Janeiro e ali, sozinho, fui contemplando suas belezas.

Fiquei hospedado num hotel bem no centro da cidade. No segundo dia de estadia na cidade maravilhosa fui fazer uma caminhada. Queria conhecer a região. Olhei um prédio com uma arquitetura arrojada, bem bonita mesmo. Tirei várias fotos. Tenho sangue japonês e todo japonês que vai a um lugar novo não pára de tirar fotos. Tirei um monte de fotos. Realmente o prédio da Petrobrás é muito bonito. Meninos, eu vi! Vão lá também. Vale a pena.

Mas aí, com os pés na realidade, fora do mundo arquitetônico, pensei comigo mesmo: “Eis aí o grande mecenas da cultura brasileira”. Meninos, eu vi!

E eu com isso?

Ah, quer dizer que a Petrobrás achou mais alguma coisa no pré-sal? E achou justamente no momento em que a empresa anuncia que não vai realizar todos os projetos programados por conta da crise econômica mundial. Quer dizer: eles anunciam a descoberta e depois falam que não podem descer as profundezas do oceano porque não tem condições financeiras para tal. As antas botocudas do petismo vêm aqui ler minhas bobagens. Ler as bobagens da Petrobrás elas não lêem porque sabem que é lá que está a grana que sustenta os intelekituwaiwais destêpaiz.

A Petrobrás descobriu algo mais no pré-sal? E eu com isso?

Dívidas com o BNDES

Da Folha online de hoje:

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) disse nesta sexta-feira em São Paulo que convocou o embaixador brasileiro no Equador para estudar medidas a serem tomadas em relação ao anúncio de que o país vizinho quer suspender o pagamento de dívida contraída com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O Equador conseguiu empréstimo de US$ 243 milhões para a construção no país da usina hidrelétrica San Francisco.

Neste post eu poderia descer a lenha no Menino Maluquinho do Foro de São Paulo, não é mesmo? Poderia falar do prazer que o Brasil sente quando algum bolivarianinho passa a mão no traseiro.

Mas falo de outra coisa. Falo da preocupação do governo brasileiro com a suspensão do pagamento da dívida que o Equador contraiu com o BNDES e eu o filho do foro não quer pagar.

Isso me lembra certas pessoas que fazem a mesma coisa; pegam dinheiro emprestado do BNDES e não pagam. E ainda têm a coragem de dizer que Daniel Dantas comprou jornalistas. Tem horas que eu acho bom que essa gente fique na sarjeta. Mas depois eu penso que o dinheiro é público me dá uma vontade de ir lá cobrar... Deixar ou não deixar na sarjeta. Eis a questão quando uma pessoa pega dinheiro do BNDES e não paga. Temos vários dossiês na praça. Por que não um dossiê BNDES? Veríamos Paulinho da Força e certas pessoas que hoje posam de moralistas do jornalismo.

A hard day's night

Estes dias estão difíceis. Correndo com os últimos trabalhos da faculdade. Mas o pior já passou e cá estou eu inteiro!

Volto mais tarde!

Eu adoro você também

Mil perdões! Eu, sem querer, apaguei comentários amigos!
Por minha culpa, minha tão grande culpa!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Exageradamente dedicado

Vamos ao dicionário. A Anta Botocuda me chama de fanático, não é mesmo? Tenho um dicionário que me acompanha desde a 6ª série, desde os velhos tempos do Colégio Agostiniano. É o dicionário Silveira Bueno (vejam, nomes de pessoas começam com letras maiúsculas). Ainda está encapado. Minha mãe adorava encapar meus cadernos e livros.

Vamos ao que interessa. Vamos ver o que o dicionário diz sobre a palavra “fanático”: que se dedica exageradamente a alguém ou alguma coisa; apaixonado, passional.

Pronto! Silveira Bueno respondeu por mim. Se a Anta Botocuda visita este blog e o do Reinaldo Azevedo (que é infinitas vezes melhor) é porque ele se dedica exageradamente aos tais reacionários de merda.

Ele entra aqui todos os dias e escreve umas bobagens. Umas eu respondo, outras mando pro lixo. Deve ser triste acordar todos os dias e dedicar exageradamente a alguma coisa que detesta. Realmente é muito triste.

Cabeça vazia, casa do diabo!
Vou trabalhar e terminar meus últimos trabalhos da faculdade.

Várias correntes

Vejam que já existe um estudo sobre as correntes de pensamento. Eu não quero correntes, quero liberdade.

Pelo menos eu começo frases com letra maiúscula

Uma Anta Botocuda me manda um comentário delicado, educado e cheio de elegância:

vc é fanático da seita dos reacionários de merda !... vc é fanático da seita dos reacionários de merda ! existe a corrente do reinaldo azevedo, que tem como dogma a baixaria e a venda de matérias para banqueiros e a corrente do olavo de carvalho, que tem como dogmas as teorias rídiculas de conspiração mundial (não me espanta a mídia ignorá-lo nos programas, assim como faz com o inri cristo, exceção é claro para os programas de humor). vc transita nas duas correntes ! apela para as baixarias e segue teorias ridículas e hilárias do olavo ! esses livros que vc compra servem para que afinal ? para vc olhar as gravuras ? porque para te dar discenimento e inteligência, pelo visto, nada !!!!!

Não, meu filho. Eu leio livros para aprender sempre a começar uma frase com a letra maiúscula. Ah, nomes de pessoas também começam com letras maiúsculas. Pelo visto, livros passam longe dos seus olhos.

Um herege

Vejam como sou um herege. As Antas Botocudas do petismo falam que eu sou um fanático da seita Reinaldo Azevedo. Vejam quem escreveu o texto abaixo? Olavo de Carvalho. Sou um herege mesmo. Não sei parar em nenhuma seita.

Um herege que volta mais tarde.

"Um ditador na Casa Branca" por Olavo de Carvalho

Sendo o presidente da República um funcionário pago com o dinheiro do Estado, é direito inalienável de qualquer contribuinte certificar-se de que o beneficiário dos seus impostos preenche todas as condições para ocupar o cargo, condições que não se resumem à vitória eleitoral, mas abrangem também as exigências constitucionais definidas dois séculos antes das eleições. Tal como em qualquer concurso público, o ônus da prova aí incumbe integralmente ao candidato: cabe a ele apresentar os documentos que atestem suas qualificações, não ao Estado ou ao contribuinte provar que ele não as tem.
Se alguns juízes têm sentenciado ao contrário, é porque os cidadãos americanos que vêm questionando a eleição de Obama nos tribunais erram ao usar como argumento principal as dúvidas quanto à nacionalidade do presidente eleito. Mesmo que Obama houvesse nascido no Capitólio em 4 de julho, seria dele a obrigação de prová-lo com documentos válidos. A simples recusa de atender a essa obrigação bastaria para evidenciar o desprezo do candidato pela Constituição, desqualificando-o automaticamente para o cargo de supremo defensor dela e das leis. Colocando no centro da discussão o problema da nacionalidade em vez da falta de documentos, os queixosos atraem sobre si próprios o ônus da prova, enfraquecendo uma cobrança que, sem isso, nenhum juiz teria como deixar de atender.
Por mais razoáveis que sejam em si mesmas, dúvidas são apenas isso: dúvidas. A recusa de mostrar documentos, ao contrário, é um fato, o fato mais comprovado ao longo de todo esse episódio. Na verdade, é mais que simples recusa: é toda uma engenharia da ocultação, montada simultaneamente nos EUA e no Quênia, para impedir qualquer acesso não só à certidão de nascimento, mas a quase todos os documentos do presidente eleito, sem os quais nada que sua propaganda afirme sobre ele pode aceitar-se como verídico, exceto por um ato de fé irracional.
A anormalidade da situação não consiste tanto na possível presença de um estrangeiro na presidência, quanto no fato de que esse ato de fé vem sendo exigido de todos os cidadãos americanos como se fosse um dever óbvio e inquestionável, ao ponto de qualquer tentativa de resistir a ele por via judicial ser condenada oficialmente como "lixo" (sic) pela assessoria de Obama.
Diante desse estado de coisas, não tem sentido perguntar se o novo presidente "vai" ou "pretende" instalar na Casa Branca um governo ditatorial. Antes mesmo de ele tomar posse, um gigantesco esquema ditatorial, concebido deliberadamente para colocá-lo fora do alcance da Constituição e das leis, já está em pleno funcionamento, com a cumplicidade ativa da grande mídia inteira e de uma boa parcela do Partido Republicano. Mais grave ainda: tão logo o comando obamista se certificou de que a blindagem montada em torno de seu líder fora aceita passivamente pela maioria do eleitorado, a proibição de perguntar foi imediatamente ampliada para outros domínios. Primeiro, o Federal Reserve anunciou que não ia mais divulgar os nomes dos recebedores de US$ 2 trilhões em "empréstimos de emergência", tornando virtualmente impossível a identificação dos responsáveis pela crise financeira. Segundo, a Comissão Federal Eleitoral recusou-se a investigar os US$ 63 milhões em contribuições ilegais do exterior recebidas pela campanha de Obama.
Inacessível e intocável, o homem que não pode ser investigado já tem livre acesso aos mais altos segredos de Estado e prepara-se para reinar sob a dupla proteção da militância armada, transfigurada em "força civil de segurança pública", e da Fairness Doctrine, que acabará com os programas radiofônicos de oposição.
Enquanto isso, os candidatos às 7 mil vagas abertas no funcionalismo público federal são esquadrinhados nos mínimos detalhes das suas vidas (vetando-se desde logo os proprietários de armas), e toda expressão de hostilidade a Obama surgida na internet é vasculhada pelo serviço secreto em busca de sinais de "racismo".

Os "Clintonistas" estão de volta

Continuo não acreditando nas promessas de Barack Obama. Continuo achando que seu governo será um fracasso. Eu não acredito em sonhos alheios. Isso é coisa de palestrante de auto-ajuda. Eu acredito nos meus sonhos. Será que acredito mesmo? Na verdade o único sonho que realmente é possível é aquele vendido na padaria.

Barack Obama, bem lentamente, como qualquer outro governo que está prestes a começar, anuncia seus ministros. Um dele é James B. Steinberg que já trabalhou no governo Bill Clinton. Leiam a reportagem da Folha de São Paulo de hoje que fala sobre ele.

É mais um “clintonista” no governo Obama. Cadê a “change”, pessoal? Vocês caíram na conversa mole do Barack. Esse negócio de mudança não passa de charlatanismo. Obama não vai mudar nada nos Estados Unidos. São os “clintonistas”que voltarão para a Casa Branca. Os Estados Unidos não estão mudando. Eles estão regredindo. Regredindo para os anos Clinton. Não se esqueça que entre os anos Clintons existiam dois Bush’s. Um antes e um depois.

Um João Ninguém

Uma Anta Botocuda perguntou se eu era vidente ou Mãe Dinah. Na hora eu lembrei da música Al Capone de Raul Seixas. No final ele canta: Eu sou astrólogo e vocês precisam acreditar em mim/ Eu sou astrólogo e conheço a história do princípio ao fim. Acho que eu vou rever meus conceitos depois do que li no Diário da Manhã de hoje. Acho que eu tenho o dom de prever o futuro. Vejam como começa a matéria intitulada “Goiás está pronto para investir”:

Goiás está pronto para investir. Depois de cumprir meta de zerar déficit de R$ 100 milhões até o final de 2008, o governador Alcides Rodrigues (PP) projeta transformar o Estado em canteiro de obras no próximo ano, com frentes de trabalho atuando em diferentes regiões.

No dia 16 de novembro, às 09:47, publiquei aqui um post intitulado “Agora é o tocador de obras”. Destaco um trecho:

Agora que zerou o déficit, o governador de Goiás Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, não será mais visto pela imprensa goiana como um cara inerte e calado. O Cidinho que surge nas páginas políticas é o tocador de obras, o governador que vai transformar Goiás num verdadeiro canteiro de obras, num governante que vai acabar com as desigualdades em todas as áreas do Estado.

Se eu sou Mãe Dinah, Robério de Ogum, ou algum outro astrólogo ou vidente que preveja o futuro? Não! Sou simplesmente um blogueiro insignificante que faz seus planos para ninguém (The Real Nowehere Man). E olha que eu nunca pisei numa redação de jornal, nunca troquei idéias com autoridades ou fontes super informadas do poder. Apenas escrevo aqui o que penso, como vejo as coisas e, de vez em quando, o que eu sinto (emoções mesmo para mim só nos shows do Roberto Carlos, com minha família, com meus amigos e minha amada).

Ao contrário do que pensou a Anta Botocuda, eu não tenho nenhum contato com os astros, nem com estrelas e muitos menos com poderosos e/ou pessoas muitos importantes que, a qualquer momento, podem contar algum segredo que irá explodir o governo. Sou um capiria de Goiás que não faz do seu caipirismo uma forma de se sentir igual ou superior ao eixo Rio-São Paulo.

Sou um João Ninguém. Um blogueiro insignificante que faz seus planos para ninguém. E não recebo nada por isso. Mas, confesso, sou assim e sou feliz (sem ponto com e nem br).

O juiz se vendeu

Até tu, De Sanctis? Ele se vendeu à Daniel Dantas. Quanto será que ele levou? O que fez o juiz mudar de idéia assim tão rapidamente? Meses atrás o juiz queria colocar Dantas na cadeia sem nem deixar que os advogados do banqueiro tivessem acesso aos processos. Mas agora ele decidiu ouvir o que os advogados têm a dizer.

E o que os advogados vão dizer? Ora, as trapalhadas do delegado maluquinho Protógenes Queiroz. Concordo quando Gravataí Merengue, lá do blog Imprensa Marrom, escreveu que Protógenes estragou uma operação da Polícia Federal que tinha tudo para dar certo. Acusações não faltam contra Daniel Dantas. Mas na ânsia de satisfazer a vontade dos oprimidos que queriam dar um basta na corrupção (Ah, essas antas que se acham representantes “duzoprimidu”), Protógenes fez coisas ilegais como colocar a Abin neste caso.

Agora o juiz Fausto De Sanctis quer saber o que os advogados de defesa têm a dizer. De Sanctis querer ouvir o que defensores de Daniel Dantas têm a dizer? Ihhhh, já se vendeu!

Inflação em alta, renda em baixa

Por Ana Cecília Americano
no Jornal do Brasil

A renda do trabalhador brasileiro, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou em outubro a maior queda desde janeiro de 2006 (-1,3%). Economistas do IBGE atribuem o desempenho à aceleração da inflação nos últimos meses. Pesadelo da economia do país nas décadas de 80 e 90, a alta do custo de vida corrói o poder de compra dos salários, o que tem municiado o Banco Central (BC) de argumentos em defesa das recentes altas dos juros. Economistas ouvidos pelo JB entendem que o impacto da inflação sobre a renda nacional evidencia os efeitos da crise internacional sobre os indicadores econômicos do país. Pressionados pela alta do dólar, que encareceu as importações, os preços atravessaram os dois últimos meses sob pressão.
Na contramão da má notícia, o mesmo IBGE anunciou ontem que a taxa de desemprego do país caiu para 7,5% também no mês passado, o melhor resultado para outubro desde o início da série, em 2002. Aparentemente contraditórias, as duas constatações revelam ainda, de acordo com o próprio IBGE, o tradicional aumento da oferta de vagas, principalmente no comércio, como reflexo das festas de fim de ano. Temporárias, segundo o IBGE, as vagas também pesaram sobre as estatísticas da renda em outubro, ao representar uma oferta de salários mais baixos.

Boas e más notícias

Em outubro, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.258,20. O recuo é o maior já apurado de um mês para o outro na série desde janeiro de 2006.
– Em parte, houve um ligeiro aumento na inflação. O INPC de outubro foi de 0,5%, ante o de setembro, de 0,16% – justifica Adriana Beringuy, economista do IBGE, ao lembrar dos efeitos colaterais sobre os índices do aumento da oferta de vagas. – Eles têm um rendimento inferior, o que influencia a média.
Para Adriana, nesta época do ano há o estímulo para quem está fora do mercado de trabalho buscar emprego. As oportunidades sazonais, diz a economista, têm a característica de não oferecer maiores exigências quanto à experiência anterior ou qualificação. Nem só de más notícias, no entanto, viveu o país em outubro. A economista faz questão de ressaltar que o rendimento do trabalhador no mês de outubro registrou aumento de 4,5% em relação ao mesmo mês de 2007 – classificado por ela como um dos mais expressivos da série.
Outros indicadores apurados também são positivos. A taxa de pessoas ocupadas nas seis regiões metropolitanas acompanhadas pela pesquisa – ou 22,2 milhões – aumentou 0,8% em relação a setembro. E 4,0% quando comparado outubro de 2008 com outubro de 2007.

Obama nomeia linha-dura para plano de segurança

Por Andrea Murta
na Folha de São Paulo

Políticas progressistas em relação a imigrantes, reformistas na economia e linha-dura na segurança nacional são as linhas de atuação sugeridas pelas últimas indicações do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para as equipes que vão elaborar projetos setoriais para o próximo governo.Para liderar a área de segurança nacional, Obama selecionou ontem o advogado e acadêmico James B. Steinberg, 55, ex-vice-conselheiro de Segurança Nacional de Bill Clinton (1993-2001). Steinberg defendeu a renovação do Ato Patriótico -que ampliou, em 2001, os poderes do Executivo e das agências de informação, por vezes em detrimento de direitos civis dos americanos.Ele afirma que a maior comunicação das agências de segurança proporcionada pela ato é imprescindível para proteger os EUA, e sugere uma integração ainda maior dos aspectos domésticos e internacionais do contraterrorismo.Steinberg também defende o uso de ataques preventivos em caso de suspeita de ameaça aos EUA, tese incluída na chamada Doutrina Bush. "Um exame cuidadoso da história, dos motivos, dos custos e dos benefícios da força preventiva sugere que, apesar de rara, ela tem um papel legítimo na abordagem de alguns dos problemas de segurança que os EUA enfrentam", escreveu.Ele ressalvou, porém, que ataques preventivos não devem ser usados para mudança de regime -o que o diferencia, por exemplo, dos neoconservadores, influentes no primeiro mandato de Bush- e devem ser coordenados com outros países. O advogado defende a importância da diplomacia.Steinberg ajudou a elaborar em junho um discurso linha-dura do então candidato Obama sobre o Oriente Médio. O discurso defendia a indivisibilidade de Jerusalém -os palestinos reivindicam o setor oriental da cidade como sua futura capital- e reforçava que seria feito "tudo" para impedir o Irã de obter armas nucleares.Outra indicada de Obama para a equipe de políticas de segurança nacional é Susan Rice. Também ex-membro da Casa Branca de Clinton, Rice segue o chamado "internacionalismo liberal" -prega o multilateralismo, mas defende intervenções por razões humanitárias, como em Darfur (Sudão).
Economia
Para o programa econômico, Obama contará com outro advogado, Daniel K. Tarullo - especialista em economia internacional, regulamentação e sistema bancário. A nomeação poderá trazer boas notícias para o Brasil, já que o nomeado defende a conclusão da Rodada Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio).Também interessam ao Brasil as críticas de Tarullo ao governo Bush por exigir práticas trabalhistas semelhantes às dos EUA em acordos comerciais. Segundo ele, os acordos devem incluir apenas princípios (liberdade de associação, respeito ao direito de negociação coletiva, eliminação do trabalho forçado e infantil e fim da discriminação no trabalho).Tarullo ainda é favorável à reforma do Banco do Mundial e do FMI -propondo o aumento de cotas de votação neste último para países emergentes.Ele é cotado para liderar o Conselho Econômico Nacional da Casa Branca. É membro do Centro para o Progresso Americano, entidade na qual Obama tem buscado vários assessores. Como outros membros da equipe do próximo governo, ele trabalhou no governo Clinton, como conselheiro de política econômica internacional.
Reforma migratória
Na área da imigração, as escolhas de Obama sinalizam visão favorável à reforma migratória. Os dois nomes indicados para a elaboração de propostas têm orientação progressista: Alexander Aleinikoff e Mariano-Florentino Cuéllar.Cuéllar já indicou ver com bons olhos a anistia para os imigrantes em situação ilegal: "Pesquisas indicam que a maioria dos americanos crê que é preciso (...) criar um caminho para a cidadania para imigrantes sem documentos que paguem uma multa", afirmou.Aleinikoff defende que os Estados devem adotar políticas que garantam cidadania para imigrantes de terceira e segunda gerações, com base no direito de solo, e que o processo de naturalização não deve requerer período de residência nos EUA acima de cinco anos.Ele também defende a melhor administração da dupla cidadania (algo que os EUA hoje tentam evitar), a integração política dos imigrantes e o acesso destes a benefícios sociais. "A permanência presumida, e não a cidadania, deve garantir acesso a benefícios de bem-estar social", escreveu.

Juiz adia decisão sobre ação contra Dantas

Por Ana Flor e Flávio Ferreira
na Folha de São Paulo

Acusado pela defesa de ser parcial, o juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, decidiu ontem examinar novos pedidos dos advogados de Daniel Dantas e não encerrou a fase de coleta de provas do processo em que o banqueiro é acusado de corrupção ativa.Entre outras provas novas, os advogados querem que o juiz acrescente nos autos a gravação da reunião da Polícia Federal que afastou o delegado Protógenes Queiroz da coordenação da Operação Satiagraha. Pedem ainda a inclusão na ação de toda a investigação de vazamento de informações da Satiagraha e que sejam ouvidos Protógenes e o diretor afastado da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda.A intenção da defesa é ressaltar possíveis irregularidades nas investigações que deram origem às ações contra Dantas.Caso De Sanctis aceite esses pedidos -pelo menos dois deles já negados anteriormente pelo próprio juiz-, a ação se estenderá por tempo indefinido. Se não concordar, encerra-se o prazo de coleta de provas e, em até dez dias, o juiz dará a sentença. Ele poderá ainda negar os pedidos da defesa quando anunciar a sentença.A audiência na manhã de ontem na Justiça Federal teve a presença de Dantas e dos outros dois réus no processo -Humberto Braz e Hugo Chicaroni-, acusados de serem emissários do banqueiro na suposta tentativa de suborno a um delegado da PF.O primeiro a chegar foi Chicaroni. Braz chegou sob forte esquema de segurança. Dantas foi o último a entrar.Os principais elementos da acusação são as gravações das conversas de Braz e Chicaroni com delegados da PF e o dinheiro apreendido na casa de Chicaroni -R$ 865 mil.Ao chegar à audiência, o advogado do banqueiro, Nélio Machado, afirmou que "confia no Judiciário, mas não no juiz De Sanctis, que criou uma situação de "apaixonamento" com este caso", e que Dantas tinha se transformado "em troféu". Depois, saiu elogiando a decisão do juiz. "É possível que um magistrado possa tomar uma atitude de serenidade que ele não tem tido até agora."
Outros crimes
O Ministério Público Federal, autor da ação, também vai denunciar à Justiça os acusados por crime de lavagem de dinheiro e outros delitos financeiros investigados na Satiagraha, disse Rodrigo de Grandis, procurador da República.De Grandis afirmou que a apuração está em "fase preliminar", mas deixou claro que os acusados serão denunciados. "Temos certeza que haverá uma denúncia por lavagem de dinheiro e crimes financeiros."A estratégia de ganhar tempo, mesmo que pouco, dá chances de a defesa conseguir, em instâncias superiores, desde o afastamento do juiz até a nulidade de todo o processo. Em habeas corpus e outros pedidos, o banqueiro pede o afastamento do juiz por parcialidade no caso. Foi De Sanctis que decretou, duas vezes, a prisão de Dantas -revogadas no STF (Supremo tribunal Federal).Além de ter sua parcialidade discutida na Justiça, o juiz pode ter, na próxima semana, processo administrativo aberto no Conselho Nacional de Justiça.Os advogados de Dantas e dos outros dois réus no processo também insistem que houve participação da Abin na operação que reuniu as provas. A colaboração desses agentes nas investigações da PF é questionada pelos advogados de defesa como inconstitucional.Há ainda a tentativa de desclassificar todo o processo como parte de um "triunvirado de acusação", como diz Machado, em que PF, MPF e juiz se uniram para condenar Dantas.

PF desmoralizou Abin, diz general em carta a Tarso

Por Felipe Seligman e Lucas Ferraz
na Folha de São Paulo

O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Jorge Felix, afirmou em carta destinada ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que o cumprimento pela Polícia Federal de mandados de busca e apreensão na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) "causou profunda estranheza" e "indignação" e que o fato "desmoraliza" o órgão perante outros países.Na carta, Felix usa um tom duro para reclamar a Tarso, responsável pela Polícia Federal, que só foi informado da ação "quase duas horas após a chegada" de policiais federais na Abin e que o vazamento da investigação "revela falta de cuidado na condução de um inquérito sigiloso, comportamento incompatível com a seriedade do tema envolvendo uma agência que trabalha em benefício do Estado e do Presidente da República".A Folha teve acesso a correspondências, algumas sigilosas, trocadas por Tarso Genro e Jorge Felix, além de ofícios encaminhados aos diretores da Abin, Wilson Trezza, e da PF, Luiz Fernando Corrêa. As cartas são reveladoras do grau de animosidade entre a Abin e a PF que se seguiu após a apreensão feita pela polícia.A ação, ocorrida no dia 5 e autorizada pela 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, foi solicitada pelo delegado Amaro Vieira Ferreira, responsável pela inquérito da Corregedoria da PF que apura o vazamento de dados da Satiagraha.Além da Abin, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de investigadores da Satiagraha, como o delegado Protógenes Queiroz, que coordenou a operação.Conforme escreveu Felix a Tarso no dia 11, a apreensão dos equipamentos "poderiam ter sido solicitados administrativamente e que certamente seriam atendidos de imediato". Além de um furgão na sede da Abin, os policiais recolheram computadores no Centro de Operações do Rio.Felix diz na carta que a ação da PF "inviabiliza ações em curso", "expõe nomes, valores recebidos e dados de informantes, que podem até mesmo colocar suas integridades físicas em risco", além de impossibilitar a continuação do trabalho com eles e tornar "extremamente difícil o recrutamento de novos" agentes.O chefe do GSI expõe ainda ao ministro da Justiça que a busca "desmoraliza" a Abin junto a outros países, "que provavelmente restringirão o intercâmbio de informações estratégicas com o Brasil"."Trata-se de um trabalho desenvolvido pessoalmente por mim, e pelos diretores-gerais da Abin, junto a países de vital interesse estratégico para o Estado brasileiro, durante seis anos, que considero ter ficado muito prejudicado", disse.A correspondência selou acordo entre os ministros -até então, Felix aventava acionar a AGU (Advocacia Geral da União) para, judicialmente, resguardar o sigilo das informações. Tarso concordou com a solicitação de Felix de que uma equipe da Abin acompanhasse a perícia da PF nos documentos apreendidos.Dessa forma, avaliou o ministro, se resolveria politicamente uma questão sensível e que desgastava tanto o chefe do GSI como o ministro da Justiça. Corrêa e Trezza, na troca de ofícios, apenas ratificam a decisão dos superiores.Trezza, diretor da Abin em exercício, informa à Polícia Federal que quatro servidores foram destacados para acompanhar o trabalho. O delegado Amaro Ferreira informa ao chefe da PF que todo o material recolhido na Abin ficaria lacrado, à espera dos agentes da agência de inteligência.Na semana passada, porém, o acordo ruiu após decisão do juiz Ali Mazloum, o mesmo que cedeu os mandados de busca e apreensão, que considera crime compartilhar dados sigilosos, como ocorreu entre PF e Abin. Ele proibiu a Abin de participar da perícia. Só então a AGU foi oficialmente acionada, elaborando um pedido de reconsideração encaminhado a Mazloum.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

E o jogo é em Brasília

Quem lê este blog sabe o que eu acho da campanha de Goiânia para ser sede de algum jogo da Copa do Mundo de 2014 que será realizada aqui no Brasil. O jogo da seleção hoje é lá em Brasília, ou melhor, em Gama, cidade satélite. Lá estão construindo um baita estádio para sediar algum jogo. Com certeza sediará porque é a capital federal.
E Goiânia? O que tem feito para ter condições de sediar algum jogo da copa? Aqui nós só ouvimos palavras, palavras e mais palavras. Só vimos pessoas se reunindo com Felipão e dizendo que ele defende a candidatura de Goiânia para sediar algo em 2014. Projetos? Novos estádios? O que estão fazendo?
As obras de ampliação do aeroporto de Goiânoa estão paradas. O trânsito ao redor do Estádio Serra Dourada é um caos. A BR-153, que passa em frente ao estádio, não possui passarelas para a travessia dos pedestres. Mesmo faltando tudo e sem nenhum projeto Goiânia sonha com a Copa. Sonhar é permitido. E a realidade será bem longe daqui enquanto continuaremos sonhando.

Estranha demais

Goiânia é uma cidade muito estranha. Só agora que eu fui lembrar que a seleção brasileira está jogando contra a seleção portuguesa. O Brasil está ganhando o jogo por 2 a 1. Nos dois gol da seleção canarinho teve gritos e comemorações. E olha que o jogo é amistoso. Quando é jogo pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, Goiânia fica num silêncio danada. Êta cidade estranha...

Os mensaleiros tucanos e petistas

Trecho da Folha online:

O Ministério Público Federal em Belo Horizonte denunciou na segunda-feira (17) o empresário Marcos Valério e outras 26 pessoas --incluindo diretores e ex-diretores do Banco Rural-- por crimes relacionados ao mensalão mineiro. A denúncia apresentada refere-se a um suposto esquema criminoso que colaborou com a campanha à reeleição do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas em 1998.

As denúncias oferecidas pelo Ministério Público são desdobramentos do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) por conta do foro privilegiado de alguns denunciados, como o próprio Azeredo. Na ocasião, as denúncias foram feitas pela Procuradoria Geral da República.

De acordo com o Ministério Público, o esquema denunciado nesta semana foi repetida posteriormente por Valério em âmbito nacional.


As Antas Botocudas do petismo devem estar felizes, não é mesmo? Como se o ex-carequinha Marcos Valério não tivesse nenhuma relação com um certo Delúbio Soares e Daniel Dantas. Detalhe: Aqui em Goiânia, Delúbio Soares é tratado como uma vítima da imprensa nacional e direto é visto em bares tomando aquela cervejinha. É tratado como figurinha de coluna social.

O PSDB errou ao não expulsar Eduardo Azeredo quando o mensalão mineiro veio à tona. Agindo assim, tentando fazer acordos com o PT para que ninguém que pegou dinheiro de Marcos Valério fosse preso, os tucanos acabaram dando a chance para Lula ressurgir das cinzas depois que Duda Mendonça disse que recebeu dinheiro da campanha petista no exterior. O PT poderia finalmente dizer que todo mundo fazia o que sempre foi feito sistematicamente nestêpaiz. Ah, se tivessem dado um chute no traseiro do Azeredo. Mas eles preferiram aceitar aquela conversa que todo mundo é igual na política.

Agora, que os mineiros que mexeram no dinheiro do ex-carequinha respondam seus processos. Enquanto as Antas Botocudas farão seus tico e teco trabalharem para inventarem um golpe que a direita conservadora e a imprensa estão bolando dar em Lula. Eles inventam golpes, tramóias e tramas para encobrir a roubalheira lulista.

Trabalho e trabalhos

Estava trabalhando e depois fui fazer alguns trabalhos da faculdade. Sabe como é final de curso. Vamos ao blog.

Corrigindo

Estava olhando alguns posts escritos anteriormente e corrigi vários erros de português. Confesso meus erros, mas corrijo-os. Não tenho orgulho disso. Mas sempre que eu verificar algum erro eu corrigirei na hora.

Volto mais tarde.

Fala, fala, é agora, fala, fala

Na Veja do dia 16 de julho deste ano:

Foi assim, como empresário privado de patrimônio público, que Dantas despontou como o mais astuto entre os inúmeros capitalistas brasileiros cujo sucesso se deve a privilégios oficiais obtidos pela bajulação e, principalmente, pela corrupção de autoridades de plantão. Ele é expoente entre os negociantes e sistemas empresariais que nunca se expuseram ao poder purificador da concorrência, que se escondem sob as asas estatais para fugir dos rigores da lei e do vento trazido pela abertura econômica. Nada sabem sobre inovação ou produtividade, os reais motores da criação de riqueza no sistema capitalista. Nessa condição, Dantas envolveu-se em praticamente todos os grandes escândalos de economia mista – estatal e privada – da última década no Brasil.
O primeiro deles, revelado por VEJA em 1998, mostrou grampos telefônicos em que o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros e o então presidente do BNDES, André Lara Resende, discutiam formas de beneficiar Dantas na aquisição do melhor quinhão do leilão de privatização da Telebrás, a até então empresa monopolista de telecomunicações no país. Ambos saíram do governo depois das revelações de VEJA. Em 2004, já no governo Lula, descobriu-se que o banqueiro Daniel Dantas havia contratado a empresa de espionagem Kroll para bisbilhotar, ao espanto da lei, autoridades, jornalistas e juízes. Com isso, pretendia convencer o governo a manter sob seu controle os fundos de pensão estatais – o que conseguiu até 2006. Com o mesmo propósito, o de agradar, corromper e ameaçar o poder, o banqueiro destinou 152,4 milhões de reais para abastecer o duto do mensalão, esquema por meio do qual o governo comprava deputados da base aliada. Ainda pagou à Gamecorp, empresa de jogos eletrônicos do filho do presidente Lula, 100 000 reais mensais para fornecer conteúdo ao portal de internet da Brasil Telecom.

Bem que ele poderia dizer

Pois é, Daniel Dantas bem que poderia contar tudo pra gente o que ele sabe, o que ele fez, quem ele ajudou. As Antas Botocudas não querem saber o que ele fez de errado de 1998 até sabe lá quando. Só querem apontar quais são os jornalistas que estariam na lista do banqueiro. Bem que Dantas poderia fala para gente se ele pagou algum jornalista. FALA, DANTAS! FALA AGORA, É AGORA, FALA, FALA, FALA!!!!

Eu só quis dizer

Um leitor me perguntou se eu estava ironizando o fato de 12 mil telefonemas estarem sendo grampeados legalmente apesar da CPI dos Grampos dizer que eram 140 mil. Bem, se a CPI falou isso são os seus integrantes que devem responder. Mas já está mais do que mostrado que tem gente metendo a orelha onde não é chamado.

O que eu quis dizer no post sobre a quantidade de telefones grampeados é se isso vai chegar a algum lugar. Se os suspeitos que estão tendo seus telefones grampeados vão ser processados. Quero saber se os telefonemas confirmarão ou não tal esquema de corrupção, ou narcotráfico, ou seja lá qual crime estiver sendo investigado.

Não é ironia não. É apenas cobrar que a investigação siga adiante dentro da Lei. Só isso, como diria Cirilo da novela Carrossel, “que eu só quis dizer”.

Será que Dantas vai falar?

O Daniel Dantas fala ou não fala? A Polícia Federal já vai pedir a prisão do banqueiro. Dizem que tem provas convincentes para colocá-lo atrás das grades. Espero que desta vez a operação seja feita dentro da lei. Fala aí, Dantas! Conta pra gente os esquemas que você operou. Ah, não se esqueça do mensalão e do Lulinha, tá?

Polícia Federal pretende pedir prisão de Dantas novamente

Por Fausto Macedo e Vannildo Mendes
no Estado de São Paulo

Mudou o comando do inquérito da Operação Satiagraha, mas não mudou a disposição da Polícia Federal de prender o banqueiro Daniel Dantas. Novo titular do caso, o delegado Ricardo Saadi pretende culminar a investigação com o pedido de prisão do fundador do Grupo Opportunity. Ainda não há prazo para a conclusão da devassa, que depende de algumas medidas, como perícia em HDs do banco de Dantas.Saadi recebeu da cúpula da PF a missão de "desidratar" o relatório do delegado Protógenes Queiroz, afastado do caso em julho, em meio a acusações de irregularidades na operação, inclusive vazamentos, e de ter produzido um relatório contaminado por considerações tidas como "românticas" e "subjetivas".Desta vez, o pedido de prisão deverá ser sustentado por um texto objetivo, baseado em provas robustas e técnicas, acrescidas de fatos novos levantados na segunda fase do inquérito, determinado para corrigir as falhas do original. Será o terceiro pedido de prisão de Dantas feito pela PF. Saadi tomou cuidado para não criar mais um fato político, na avaliação de seus superiores.Com 240 páginas, o relatório parcial foi entregue à 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que ainda não deliberou sobre algumas medidas solicitadas pelo delegado. Faltam também os resultados das últimas perícias em documentos.No final do inquérito, Dantas será indiciado pelos mesmos crimes do primeiro parecer produzido por Protógenes: lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude financeira e formação de quadrilha.O pedido de prisão, que pode ser temporária (cinco dias, renováveis por igual período) ou preventiva (pelo tempo que durar a instrução criminal), será baseado no mesmo fundamento dos dois anteriores: poder de Dantas de obstruir a Justiça, pressionar testemunhas e corromper autoridades.As prisões anteriores foram decretadas pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal, mas ambas foram revogadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O próximo pedido também será julgado por De Sanctis. No último dia 12, Saadi entregou ao juiz o relatório parcial, apontando novos indícios sobre atividades ilícitas do grupo criminoso supostamente comandado por Dantas. O relatório, cuja essência será mantida no texto final, foi elaborado com base na análise de documentos bancários e contábeis recolhidos em 8 de julho, durante a operação, e em depoimentos tomados nos últimos três meses.
DEFESA
"Creio que qualquer medida desse gênero, se realmente a Polícia Federal solicitar a prisão de Daniel Dantas, mostrará postura de justiça medieval", reagiu o criminalista Nélio Machado, defensor do controlador do Opportunity. "Seria a continuação do cipoal de violências e arbitrariedades que estamos assistindo de maneira flagrante desde o dia 8 de julho, quando o juiz (De Sanctis), que na verdade é um verdugo e o justiceiro de uma milícia forense, decretou a prisão por duas vezes."Machado disse que, se de fato a PF requerer a custódia de Dantas, "será um ato lamentável". "E contra ele vamos fazer a resistência legal com base nos princípios legais e na Constituição."Destacou que o banqueiro "jamais deixou de atender a qualquer intimação ou convocação ou convite de autoridades para depor, fosse na policia, na Justiça ou no Congresso".Machado avalia que "não há uma única prova de envolvimento com crime organizado". Ele suspeita que seu cliente é alvo de "uma perseguição desmedida" e argumenta que o Opportunity é uma instituição que trabalha sob fiscalização do Banco Central.

Gravação mostra como PF afastou Protógenes

Por Rubens Valente e Alan Gripp
na Folha de São Paulo

Na reunião realizada em 14 de julho passado na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, dois superiores do delegado Protógenes Queiroz o afastaram do comando da Operação Satiagraha -que seis dias antes levara à prisão o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas.O delegado foi acusado, no encontro, de conduzir uma ação repleta de irregularidades e "fora dos padrões", além de omitir informações sobre os mandados de prisão. Foi questionado também se privilegiou a Rede Globo quando da prisão do ex-prefeito Celso Pitta.Quando Protógenes deixou a investigação, a direção da PF vazou trechos de quatro minutos da gravação do encontro, que tem duas horas e 55 minutos, e divulgou a versão de que o delegado saiu porque quis. À época, a PF lamentou em nota "a distorção dos fatos".A íntegra da gravação revela que o delegado tentou se manter por mais 30 dias no comando da operação, ao mesmo tempo em que freqüentaria um curso de formação profissional na academia da PF, em Brasília.Tentou também continuar auxiliando formalmente os novos delegados do caso. Os dois pedidos foram negados. Num dos trechos vazados pela PF em julho, Protógenes aparecia pedindo "desculpas" aos seus chefes e dizendo que decidira participar do curso em Brasília. Mas o vazamento suprimiu um trecho fundamental da reunião que esclarece a decisão subseqüente do delegado.O áudio registra que primeiro houve longo e tenso debate de mais de duas horas, que girou basicamente em torno do vazamento da operação no dia em que foi deflagrada. Houve cobranças do ministro da Justiça, Tarso Genro, para que fosse apurado o vazamento.Protógenes tentou contemporizar, mas não conseguiu demover os chefes da idéia de abrir inquérito sobre o vazamento. Vencida essa etapa, o superintendente da PF em São Paulo, Leandro Coimbra, e o diretor de combate ao crime organizado da direção geral da PF, Roberto Troncon Filho, entraram na fase mais delicada da discussão, a permanência ou não de Protógenes no caso.A decisão começa a ser tratada às duas horas e 19 minutos de gravação. Coimbra perguntou se Protógenes e os delegados que o apoiavam, Carlos Pellegrini e Karina Murakami, teriam condições de concluir o inquérito "até sexta-feira". A reunião ocorreu numa segunda-feira. Protógenes respondeu: "30 dias".A idéia do delegado era intercalar o curso na academia com seu trabalho no inquérito que averiguava suposta gestão fraudulenta do grupo Opportunity.Nesse período, aguardaria os resultados da análise do material apreendidos em buscas e apreensões nas casas dos investigados. Contou aos superiores que já havia combinado com advogados de defesa que poderia tomar depoimentos aos domingos, "inclusive para preservar a imagem" dos réus. O superintendente imediatamente opôs-se à idéia. Primeiro disse que havia aulas aos sábados.Em seguida, argumentou que Protógenes estava "personificando" a investigação. Ele afirmou: "Sábado tem aula. O problema é parecer que é pessoal".Nesse momento, interveio Troncon. Pouco antes, havia feito duro diagnóstico sobre o que acreditava ser "uma paranóia" de Protógenes. Disse que ele estava disseminando "uma virose" que estaria "contaminando" a PF. Falava ainda em "resolver" o assunto. Disse ter ficado "chateado" com os delegados da Satiagraha pois fora mantido à parte da operação.Protógenes argumentou que queria "preservar" o delegado.Disse que ele e equipe foram "perseguidos" em Brasília, o que justificaria sua prevenção.O áudio demonstra que Troncon não aceitou discutir a possibilidade de Protógenes continuar à frente da investigação. Contou que havia "conversado" com o delegado Coimbra, momentos antes do encontro.Troncon usou como argumento as críticas que a imprensa vinha fazendo ao trabalho de Protógenes. Mas deixou claro que o delegado deveria deixar o caso. "Tem que despersonificar a investigação. A investigação é do órgão (...) Ainda que você [Protógenes] dê a sua colaboração, porque você é o cara que mais sabe desse negócio, mas assim ó, fora dessa situação", disse Troncon, que exerce uma das cinco diretorias vinculadas ao diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.Protógenes argumentou: "É muito pelo contrário. Não está personificada, tem quatro delegados nessa investigação". Troncon reagiu. "Não, a gente tem que pensar. Eu concordo com o Leandro (...) A gente discutiu um pouco antes. A gente tem que sair desse foco da personificação. (...) Quem está no período da dedicação exclusiva ao curso, a freqüência das aulas.Por que vamos abrir para o Queiroz? (...)", disse Troncon. Mais adiante, Troncon afirmou: "Se você conseguir relatar até sexta-feira, mas prosseguir numa situação... É dar lenha na fogueira. Certamente prosseguirá como fonte de consulta, como apoio. (...) Mas continuar tocando o inquérito...".

Massa crítica

As Antas Botocudas do petralhismo me fazem rir. Eles querem que a pessoa tenha "massa crítica". Isto é o "céleblo" deles. Eles não pensam sozinhos nem criticamente, tudo tem que ser em massa. Enquanto a massa deles está crítica eu atualizo o meu blog.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Resultados e uma história

Quer dizer então que existem doze mil telefonemas sendo grampeados legalmente. Beleza, hein? Viva a legalidade, não é mesmo? Não! No país dos petralhas é viva a ilegalidade. Mas eu não fico feliz com esta revelação. Quero saber os resultados destas escutas, se os suspeitos que podem estar tendo a conversa ao telefone gravada será investigado LEGALMENTE, se forem comprovadas as provas será preso. Quero resultados e não os números dos grampos. Tem grampo autorizado pela Justiça? Avisem ao delegado maluquinho Protógenes Queiroz.

Tem uma história interessante para contar sobre esse negócio de grampos. Está no livro Ministério do Silêncio de Lucas Figueiredo (Editora Record, 591 páginas). Fala sobre a atuação do serviço secreto brasileiro desde 1927 até 2005. Ulysses Guimarães e Tancredo Neves eram as grandes figuras políticas da campanha pelas Diretas. Sim, meus caros, tinha gente boa nestêpaiz que lutou contra a ditadura sem pegar em armas. É lógico que o serviço secreto queria ouvir o que os dois falavam ao telefone. Eles sabiam que os telefones estavam grampeados, mas Tancredo era mais raposa que Ulysses. Em 1984, Ulysses viajava para o Piauí e telefonou para Tancredo que, na época, era governador de Minas Gerais:

- Tancredo, circulam aqui no Nordeste insistentes rumores de intranqüilidade no meio militar. Estou muito preocupado. Você está sabendo de alguma coisa?
- Ih, Ulysses, a ligação está péssima. Não dá para falar, porque não estou nem ouvindo direito.
- Pois eu estou ouvindo muito bem. Há intranqüilidade no meio militar? O que está acontecendo aí, Tancredo?
- Ah, quer dizer então que você também não está me ouvindo, não é? Que coisa mais estranha. Onde você está?
- No Piauí, Teresina. Você se esqueceu?
- Vá tomar banho de mar, Ulysses! Por favor, desligue-se, Ulysses. Desligue!
- Mas aqui em Teresina não tem mar, Tancredo.
- Nem aqui em Belo Horizonte, uai.

E assim a democracia foi restabelecendo aqui no Brasil. Tancredo e Ulysses não pegaram em armas para combater os militares. Quando a coisa estava pesada demais eles desligavam e tomavam um banho de mar.

Ninguém responde

Muito se falou nesta reforma administrativa do governo de Goiás, mas pouco se falou da sua origem. Por que fazer uma reforma sendo que o atual governo é continuação de um projeto que, foram eles que disseram, estava dando certo? Não foi o Tempo Novo, que este governo faz parte, que colocou as contas do Estado em dia, que estava tudo uma maravilha e com Alcides Rodrigues reeleito (ele assumiu o governo em abril de 2006 depois da saída de Marconi Perillo para concorrer ao Senado) as maravilhas continuariam. Mas depois da posse para o segundo mandato, Cidinho jogou um banho de água fria nos seus eleitores e temor nos aliados.

Sabe aquele negócio de Tempo Novo? Pois é, era tudo mentira! Era tudo propaganda! Os cofres estavam vazios e era necessário fazer uma reforma administrativa. Como assim? Não estava caminhando tudo bem de 1999 até 2006? O que aconteceu neste último ano que as coisas mudaram? É aí a raiz do problema. Tanto que depois que tomou posse em 2007, começaram os boatos de que Cidinho e Marconi haviam rompido. Imagino: Cidinho assume de uma vez o cargo de governador e não encontra nada nos cofres. É de ficar “p” da vida mesmo.

E Cidinho não falava como se desenvolveria esta reforma. Ele falava que anunciaria num dia e no outro viajava para sua fazenda no Pará. Não se a quantidade de vezes que o anúncio da reforma administrativa foi anunciada e depois cancelada. Mas a situação não era grave? Por que demorar tanto assim? Tinha alguma coisa no meio deste silêncio todo. Mas pouca gente questionava. Preferiram aguardar. Talvez este blog, na sua insignificância, tenha sido o que mais cobrou explicações. Nada de respostas.

Eis o problema deste governo: falta de respostas. Não sou do time que admira o silêncio do político, que ficar rouco de tanto ouvir é uma virtude. Para mim não. Político pode até ser sisudo, como é Cidinho, mas se não fizer nada aí vira um problema.

Mas a reforma administrativa foi anunciada. Houve um chororô aqui e outro acolá. Nada de acabar com a burocracia. Nada de melhorar o atendimento ao cidadão. Só reforma mesmo nos cargos. Junta aqui, descola de lá. É o mexe- mexe para enganar bobo. Sai a maioria tucana para a galera do PP, partido de Cidinho, entrar de com força na máquina estadual.

Dia desses o governador de Goiás falou que, graças a reforma administrativa, o déficit tinha sido zerado. O fato foi bastante comemorado pela imprensa daqui. Eu não comemorei. Eu ainda questiono o que aconteceu em 2006 para o cofre do Estado estar vazio. Ninguém responde? Ninguém responde. Agora que o governo zerou o déficit vai sobrar dinheiro para publicidade. Aí que ninguém vai responder mesmo. Aí, em 2011, ouviremos o próximo governador dizer que o estado está um caos e que precisa de reformas. Reformas, reformas, reformas... Alguém explica? Ninguém responde.

Nada de extraordinário

Quase que eu passei batido. É isso que dá deixar para depois. O jornal O Popular de ontem mostrou que as secretarias extraordinárias criadas pelo governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, são apenas cargos para abrigar aliados políticos. Não possuem função definida. Pois é, e o governo Cidinho fez uma reforma administrativa, mas mantém estes cargos extraordinários. E ganham verbas, carros, estrutura. Para quê? Nunca acreditei nesta reforma. Sempre a encarei como a saída da turma ligada a Marconi Perillo e a entrada dos aliados de Cidinho. Ou será que a burocracia no Estado acabou? Ou será que o Estado de Goiás presta um serviço de qualidade para a população? De extraordinárias estas secretarias não tem nada.

Já achei a origem

Não tenho fontes. Faço este blog sozinho e com muito prazer. Escrevo, aprovo os comentários, jogo no lixo algumas porcarias e respondo alguma anta botocuda.

Fiz uma busca na internet e achei os locais de onde vêm alguns comentários ofensivos. São os sites pagos pelas verbas do Palácio do Planalto. São os bombeiros que sempre apagam o incêndio quando o fogo se aproxima da rampa do Palácio do Planalto. Foi assim no mensalão e está sendo agora no caso Daniel Dantas.

Vi a origem de onde vêm estas coisas e concordo: temos que ignorá-los. Lixo a gente joga no lixo, não fica remoendo.

Seria ele um canalha?

Eu tenho este livro na minha biblioteca. É a base do filme Fahrenheit 11 de setembro. Quando assisti ao documentário de Michael Moore deu vontade de esganar George W. Bush. O documentário foi lançado em 2004, ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos. Bush tentava a reeleição. E venceu. O documentário foi visto em todo lugar, bastante comentado e premiado. Mas o ator principal, o vilão, acabou vencendo a batalha.

Michael Moore mostrou os podres do primeiro governo Bush e, mesmo assim, mesmo milhões de americano assistindo ao documentário, o presidente amaldiçoado foi reeleito. É muito fácil criticar Bush. Eu mesmo já fiz isso diversas vezes. Mas vai você criticar Barack Obama.

Obama já está blindado. Não pode ser atacado porque seu exército de militantes está nas ruas e na internet policiando o que é escrito sobre ele. Na segunda de madrugada escrevi um texto já anunciando a derrocada de Obama. Me chamaram de canalha. Só por que eu critiquei Obama? Só por que na acredito no seu sonho?

Michael Moore teve toda a liberdade do mundo para fazer o documentário anti-Bush. Livremente ele pode tentar entregar aos congressistas americanos um formulário para que os filhos deles fossem mandados para o Iraque. Ninguém quis.
Se na condição de presidente eleito Obama já é blindado imagine quando ele for presidente de fato? Ainda lerei muitos militantes do “Oba-Obama” escrevendo aqui: “Canalha!”. Aí eu pergunto: Ao criticar George W. Bush do jeito que criticou nos seus livros e nos documentários seria Michael Moore um canalha ou tal adjetivo vale apenas para quem quer que o próximo presidente dos Estados Unidos seja mais realista e pare de se achar o messias?

Fala, Dantas!!!

Vocês já repararam que as antas botocudas do petismo não falam das acusações contra Daniel Dantas? Só falam que tem jornalistas que estão a serviço do banqueiro. É mesmo? Como diz um botocudo: “Cadê os documentos?”. Um blogueiro sustentado por um banco estatal resolveu dizer que este e aquele jornalistas estavam a serviço de Dantas. Tadinho dele! Foi desmentido na hora.

Eu quero saber se vão retomar as investigações contra o banqueiro. O delegado maluquinho disse que Daniel Dantas é bandido. Cadê os documentos? Sempre se lembre que Dantas estaria respondendo na Justiça os processos que pesam nas suas costas se Protógenes Queiroz seguisse a risca o que manda a regra. Mas ele quis ser o herói, o porta voz dos oprimidos cansados de tanta corrupção. Balela! Nunca acredite em quem se diz representante de oprimido.

Eu faço coro: FALA, DANTAS!!! FALA TUDO O QUE VOCÊ SABE!!! Muitos petistas também podem entrar no coro, mas na hora que o caso começar a tender para as relações de Daniel Dantas com Lulinha aí o coro começa a diminuir.

Não eram eles que mudariam tudo?

Será que a gente é que é diferente
Será que os outros são tão iguais
Honestidade é marca da gente
Ser diferente é bom até demais


Eis o trecho de uma música bastante tocada pelos petistas aqui em Goiás. Nas suas constantes passeatas contra isso e contra aquilo, nos seus horários eleitorais gratuitos sempre essa musiquinha embalando imagens dos petralhas contra o FMI, contra os Estados Unidos, contra FHC, contra a corrupção. O PT passou 22 anos prometendo ética na política caso fossem eleitos. O PT sempre se dizia melhor do que “os que estão aí”. De 2003 até hoje, quando Lula tomou posse na presidência, o PT não mudou nada do que prometeu mudar. Só podemos concordar com a permanência da política econômica iniciada em meados dos anos 1990 e que foi alvo da ira petista. Já imaginou se o PT resolve botar para quebrar assim que colocasse suas patas no Banco Central? Neste ponto devemos aceitar a não mudança.

Quem vê Tarso Genro falando que o sistema partidário político está falido só pode rir. Ele não sabia que o sistema político brasileiro era podre quando ele e seu partido eram da oposição. Ele não sabia dos esquemas, de tudo de ruim que rolavam e ainda rolam no meio político. Agora eles querem adotar a postura da pureza. Vamos purificar, vamos mudar... Ah, tenham a santa paciência.

Quem é que disse que foi sempre assim em 2005, quando os lulistas foram flagrados fazendo fila para pegar dinheiro sujo para pagar dívidas de campanha? Quem é que disse que o PT fez o que sempre foi feito sistematicamente nestêpaiz? Mas não era este o partido da mudança? Quem é o PT para falar que o sistema político está falido?

As antas e os petralhas não são diferentes. Eles mentiram. Passaram 22 anos mentindo para chegar no poder e não fazer o que prometeram. Eles usaram e abusaram dos esquemas sujos e ilegais do sistema político, tão combatido por eles, e agora querem acabar com isso. Aliás, algum mensaleiro festeiro foi punido? Pois é, quem pedia punição aos corruptos do passado inventam mil e uma desculpas (Epa! Desculpa não! Tramas, teorias conspiratórias) para justificar os seus erros. E pior: abraçam os corruptos do passado como se fossem amigos de infância.

O melhor não é a reforma política. O melhor é a reforma dos políticos. Políticos que cumpram o seu papel, que sejam fiscalizados diariamente, que sejam obrigados a prestarem contas dos seus serviços não somente em épocas eleitorais, mas em qualquer momento, em qualquer hora, a qualquer pedido de qualquer cidadão. O problema não é a política que está falida, mas sim quem contribuiu para a sua falência. Querem saber quem são os responsáveis? Um deles admite que o sistema político está falido. O outro ocupa a cadeira de presidente do Brasil. Este disse que haviam 300 picaretas no Congresso. Ao afirmar isso não poderíamos comparar com este sistema falido que Tarso Genro admite?

O link

Falei do Blog do Leonardo Barros e não deixei o link. É este: http://www.leonardobarros.com/

Volto mais tarde.

Os Reis

Antes de almoçar e ir ao trabalho, escrevo mais um pouquinho. Me manda uma anta botocuda:

já tem seu entendimento sobre a frase do tio rei no blog do leonardo ? eu já tenho minha conclusão ! vai esperar o tio rei se pronunciar ? não tem massa crítica ?

Deixa eu explicar, já que a anta não explicou. Ontem, Reinaldo Azevedo estava em Belo Horizonte batendo um papo com o pessoal e depois autografando o livro O País dos Petralhas. Tem fotos lá no blog. Reinaldo colocou o link do blog do Leonardo Barros que esteve presente ontem. Ele destacou uma frase dita por Reinaldo Azevedo: Aqueles que cedem ao inimigo o direito que ele não lhe cede, não é um democrata é um imbecil. Mandei um comentário para o blog do Leonardo. Dividi com ele a alegria de participar de uma noite de autógrafos com o blogueiro de política mais influente do Brasil. Ah, como o sucesso do adversário deixam as antas e os petralhas nervosos.

A anta acima citada me mandou um comentário mais o menos com o mesmo teor anteriormente. Exclui. Mandou agora mesmo. Quer que eu comente a frase, baby? Vai ficar querendo. Se você já tem a sua conclusão o problema é seu.
Vejam como ele trata Reinaldo Azevedo. Ele o chama de Tio Rei. E depois o seguidor da seita sou eu. Eu seu que ele é fã do Reinaldo e de mim, não largam do nosso pé. E tenho certeza que a anta vai mandar suas “conclusões” para o blog do Leonardo Barros. É a praga petralha que se espalha. Recebi um comentário ontem me aconselhando a não ligar para estes botocudos. Alguns eu nem ligo, mas outros precisam de resposta.
A anta adora escrever Tio Rei. Meus reis? Roberto Carlos, Elvis Presley e The Beatles (os reis do iê-iê-iê).

Pronto! Enquanto a anta vai incomodar os blogs que ela detesta eu vou almoçar e depois trabalhar.

Direitistas conservadores do Brasil inteiro, uni-vos

Em outubro o PT exigiu que Gilberto Kassab provasse que era casado e que tinha filhos, ou seja, que tinha uma família. Para eles, este era um bom motivo para não votar nele. Afinal, cadê a moralidade destêpaiz? Prefeito tem que casar e ter filhos, constituir uma família, não é mesmo? Se a candidata deles torna público o seu romance com um argentino deixando um choroso marido (cornudo?) reclamando em tudo quanto é lugar da separação aí já é invasão de privacidade. Condenemos quem não é casado e escondamos quem é infiel.

E lá vem o PT outra vez com um discurso moralista. Quem diria... Lula disse que a TV contribui para a degradação da estrutura familiar. Não separo Lula do PT. Os dois estão juntos, nunca se separarão.

Eu pensava que só a direita conservadora fosse a defensora da família. Os tempos mudaram. A esquerda que antes se dizia libertária, que tudo era permitido, começa a querer defender o que criticou no passado. Como assim? Como mudar o discurso desta forma sem nem pedir autorização para quem defende a família há muito tempo? Estão invadindo o nosso espaço. Nós, direitistas conservadores, não podemos deixar que essa gente tome o nosso lugar. Quem defende a estrutura da família somos nós e não eles. Os camaradas chegam agora e já querem sentar na janela.

E quem disse à Lula que o processo educativo passa pela televisão? Por um acaso a TV virou professora? Resta saber se pagam bem, não é mesmo? Aí já é coisa da CUT reclamar. Já a direita conservadora tem que reclamar para si a defesa da família, do matrimônio, dos valores. Não vamos deixar qualquer pangaré tomar conta de um discurso que é nosso.

A esquerda já roubou demais. Roubou a verdade histórica, roubou com as indenizações e mensalões. Agora quer roubar o discurso de defesa da família que pertence à direita conservadora? Não! Isso nós não deixaremos. Portanto, nós, da direita conservadora, temos que continuar defendendo os nossos valores, os nossos ideais e o nosso discurso. Não podemos deixar a esquerda roubar o que é nosso. Direitistas conservadores do Brasil inteiro, uni-vos.

Eu sou criminoso

Em menos de 24 horas passo da condição de canalha para criminoso. É o que disse o delegado Carlos Eduardo Pellegrini Magro ontem. Quem critica os erros da Operação Satiagraha é do crime organizado. Nossa, de canalha a criminoso em menos de 24 horas deve ser uma façanha. Será que eu deveria me orgulhar disso?

Quer dizer então que não se pode criticar o delegado maluquinho? Quer dizer então que não se pode acusar as ilegalidades que abortaram a prisão de Daniel Dantas? É dessa gente que nós devemos sempre nos preocupar. Na minha curta passagem pela esquerda, eu vi que estes defensores do povo, da ética, do combate à corrupção não passam de um bando de farsantes. Eles fazem de tudo para conseguir seus objetivos até entrar no submundo, na ilegalidade, na declaração de que a vontade do povo é maior que a Constituição. E como é que eles sabem o que o povo quer? Uai, com escutas telefônicas clandestinas, é claro. Com a Abin desviando da sua função e exercendo outra coisa que não condiz com o seu trabalho. Assim, os valentões da ética, os Luiz Francisco de Souza do século XXI vão jogando no lixo a Constituição para jogar na cadeia seus inimigos. E ainda posam de super heróis. E ainda querem que a sociedade aplauda. Bem, quem só aplaudiu a atuação destes valentões foram os jornalulistas e o PSOL.

Quem critica as ações ilegais da Polícia Federal é do crime organizado. No país do pensamento único temos que aplaudir tudo, até quem diz que a vontade do povo deve ser maior que a Constituição. No país dos petralhas, quem defende as ações ilegais da Polícia Federal é herói e quem defende o cumprimento da Justiça é criminoso. Na Ilha Brasilis eu sou criminoso. Canalha? Será que eu ainda continuo sendo canalha? Tomo mais um gole de Coca Zero. Sim, continuo sendo um canalha.

País já injetou R$ 158 bi contra crise

Por Célia Froufe e Sérgio Gobetti
no Estado de São Paulo

O governo já injetou aproximadamente R$ 150 bilhões para aumentar a liquidez no mercado de crédito e combater os efeitos da crise financeira no Brasil. Segundo dados divulgados ontem pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, só na atuação no câmbio foram injetados US$ 46,5 bilhões (R$ 106 bilhões, pela cotação de sexta-feira). Esse valor inclui desde leilões de dólares e venda da moeda no mercado à vista a empréstimos para o comércio exterior.Nas últimas semanas, o governo injetou cerca de R$ 52 bilhões para ajudar a restabelecer o crédito em outros setores - incluindo os R$ 8 bilhões do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, de financiamento imobiliário para servidores públicos , anunciados ontem.A conta total deixa de fora os R$ 56 bilhões de depósitos compulsórios dos grandes bancos. Esses recursos estavam bloqueados no BC e foram liberados para incentivar a compra de carteiras de crédito de bancos pequenos e médios.A conta dos R$ 158 bilhões inclui, porém, os recursos colocados à disposição pelo governo para normalizar o crédito. Não se sabe quanto desse total será usado. Tudo vai depender da demanda de empresas e consumidores.De acordo com Meirelles, de US$ 46,5 bilhões usados pelo governo para tentar conter a alta do dólar, US$ 30 bilhões foram destinados pelo BC para leilões de swaps (contratos de dólar). Para empréstimos voltados a linhas de comércio exterior, os recursos somam US$ 4,1 bilhões. No caso de vendas de dólares com compromisso de recompra, foram US$ 5,8 bilhões e para o mercado à vista, US$ 6,1 bilhões. Meirelles enfatizou que quando atua no mercado o objetivo não é controlar a tendência da taxa de câmbio. "Esse é um tipo de ação que no passado fracassou, inclusive no Brasil", comentou Meirelles, que participou de um evento, em São Paulo.Atualmente, o objetivo do BC é prover liquidez ao mercado. Entre as operações citadas por Meirelles, ele disse que a injeção de dólares à vista no mercado é a única que afeta as reservas internacionais, mas, apesar disso, elas ainda são superiores a US$ 200 bilhões.Entre as medidas estão incluídos R$ 7 bilhões do FGTS para capitalizar o BNDES; R$ 10 bilhões do BNDES para financiar capital de giro; R$ 5 bilhões do Banco do Brasil também para financiar capital de giro; R$ 4 bilhões do BB para bancos de montadoras; R$ 5 bilhões em antecipação de crédito rural pelo BB; R$ 8,1 bilhões de ampliação de crédito rural; R$ 2 bilhões da Caixa Econômica Federal para o varejo; e R$ 3 bilhões da Caixa à construção civil. O governo ainda tem margem de manobra com os compulsórios. Até sexta-feira, os bancos mantinham R$ 215,9 bilhões no BC. Meirelles já sinalizou que, se necessário, poderiam ser anunciadas novas liberações desses recursos