sábado, 7 de março de 2009

O bisbilhoteiro de volta

Chego, neste fim de semana, a conclusão que os políticos são farinha do mesmo saco. Isso é razão para acomodar, dizer: “Ah, não muda mesmo, então para que se preocupar?”. Muito pelo contrário. É aí que se deve bater neste saco. Bater sem dó e nenhuma piedade. A tapas e pontapés.

Vejam o que está no Estadão de hoje:

A bordo do Aerolula, no voo que o levou de Campinas a Brasília na última segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado explícito para uma plateia de petistas e assessores palacianos sobre o nome da sua preferência para disputar o governo de São Paulo, em 2010: é o do deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP).

Certo de que Palocci não será responsabilizado no Supremo Tribunal Federal (STF) pela violação direta do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, Lula já discute com aliados a candidatura do deputado ao governo paulista.

O presidente da República tem tratado do assunto com regularidade. No voo para Campinas, ele reiterou a sua posição em favor de Palocci numa conversa em que o interlocutor direto era o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) - mas o diálogo foi mantido diante de vários ministros e assessores especiais.


O bisbilhoteiro do PT, que quebrou ilegalmente o sigilo bancário do caseiro Francenildo, é o candidato de Lula para o governo de São Paulo nas eleições do ano que vem. Lula já tem plena certeza que o STF irá inocentar Palocci. E quem disse para o Apedeuta que o bisbilhoteiro tem chance de ser absolvido? Eu pensava que o STF era comandado por Daniel Dantas, hehehe...

Nesta semana nós vimos José Sarney e Renan Canalheiros articulando a volta de Fernando Collor de Melo aos holofotes do cenário político destêpaiz. Vimos um Lula não muito surpreendido com a escolha do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado. Vimos o silêncio indecente daqueles que pintaram as caras em 1992 para tirar Collor do poder e que volta com tudo neste ano. Terminamos a semana com Lula apoiando a candidatura de Antônio Palocci para o governo de São Paulo. A política brasileira está bem armada. O PMDB ocupando o Congresso Nacional, um presidente corrupto voltando ao cenário político e um ministro bisbilhoteiro sendo escolhido pelo cara, cuja ética não poderia ser questionada segundo os intelekituwaiwais do petralhismo. Este é o Brasil! Esta é a terra onde os políticos são todos iguais. Se eu me acomodo com isso? Que nada! Eu me incomodo e partirei para o ataque sem dó e nenhuma piedade.

"A inteligência brasileira" por Diogo Mainardi

– Chester.
– Copo de polipropileno.
– Chinelo de dedo.
Uma empresa internacional de assessoria, Monitor Group, publicou uma lista com as 101 maiores descobertas brasileiras. É um retrato da engenhosidade nacional. Quem precisa de Arquimedes, se nós criamos a lombada eletrônica? Quem precisa de Leonardo da Vinci, se nós criamos a caipirosca engarrafada? Quem precisa de Thomas Edison, se nós criamos o fast-food de bobó de camarão?
Chu Ming Silveira é autora de uma das 101 maiores descobertas brasileiras: o orelhão. A ideia é particularmente inovadora porque, em vez de diminuir o barulho da rua, como todas as outras cabines de telefone espalhadas pelo mundo, o orelhão, funcionando como uma grande orelha, tem a singularidade de captar os ruídos externos e amplificá-los.
Antes que Chu Ming Silveira desenvolvesse o projeto do orelhão, o Brasil teve outros inventores. O maior deles: Alberto Santos Dumont. Ele é reconhecido por todos os brasileiros como o inventor do avião. Mas sua verdadeira proeza foi conseguir inventar o avião três anos depois de o avião ter sido inventado pelos irmãos Wright. Inventar algo que nunca existiu, como os irmãos Wright, é incomparavelmente mais simples e rudimentar do que inventar algo que já existe, como Santos Dumont. Ele está para a aeronáutica assim como Al Gore está para a internet. Santos Dumont é o Al Gore dos céus.
No ano passado, Dilma Rousseff declarou que a descoberta de petróleo na camada pré-sal "foi produzida pela inteligência brasileira e pela tecnologia brasileira". De fato, o petróleo descoberto no pré-sal consta da lista do Monitor Group, ao lado de outros triunfos da inteligência brasileira e da tecnologia brasileira, como a macarronada pré-cozida da cadeia de restaurantes Spoleto. Para perfurar o terreno até o pré-sal, a Petrobras arrendou duas sondas. A primeira, Ocean Clipper, foi fei-ta em Kobe, pela Mitsubishi, e pertence à Diamond Offshore. A segunda, Paul Wolff, foi feita em Mississippi, pela Ingalls, e pertence à Noble Corporation.
Quando se analisam os contratos assinados pela Petrobras para explorar o petróleo na camada pré-sal, despontam nomes de companhias genuinamente brasileiras como Schlumberger, Aker Solutions, Halliburton, Subsea 7, FMC Technologies, Technip e Mitsui Ocean Development. Em janeiro, um engenheiro estrangeiro disse à revista Offshore que o Brasil é inexperiente no assunto e que "tem um monte de problemas pela frente". Mas quem é capaz de fazer uma macarronada pré-cozida seguramente também é capaz de fazer um buraco no solo para retirar o petróleo do pré-sal.
A inteligência brasileira e a tecnologia brasileira produziram, na Bahia, o orelhão em forma de berimbau. Como é que a gente pode falhar?

"A paz é fruto da justiça". Será?

O título deste post é o lema da Campanha da Fraternidade deste ano que a CNBB promove. O tema em questão é a segurança pública. A Comissão Pastoral da Terra é um dos braços da CNBB. Ontem, ela divulgou uma nota criticando duramente o presidente do STF Gilmar Mendes por conta das suas críticas aos repasses que o governo dá ao MST. A pastoral, é claro, defende os bandidos do MST e ainda relembra o caso Daniel Dantas.

Estou começando a perceber que a Campanha da Fraternidade deste ano não cumprirá seus objetivos. Como pode a paz ser fruto da justiça se uma das pastorais da CNBB apóia um movimento que nem reconhecido pela Justiça é? A Justiça e a paz tem que estar acima da luta de classes, coisa que os bispos da Pastoral da Terra parecem não querer. Aí vem aquele lixo marxista que infesta a Igreja Católica desde o surgimento da Teologia da Libertação, esse negócio de que fulano é da elite e é contra o pobre coitado do MST que invade propriedade alheia.

A comissão deveria estar satisfeita ao ver Gilmar Mendes disposto a acelerar os processos sobre conflitos agrários. Isso poderia investigar as mortes que acontecem no campo, mas a Comissão Pastoral da Terra quer mesmo é que os processos que beneficiem os baderneiros do MST obtenham vantagem.

A CNBB contradiz o que propõe na Campanha da Fraternidade deste ano. Justiça para a entidade tem que beneficiar aqueles que estão debaixo da sua asa. Caso contrário será alvo de notas nojentas que ainda tem o destempero de citar o Santo Evangelho. Amar o próximo como a ti mesmo, o principal ensinamento de Jesus, está longe da comissão dos bispos.

Será que a paz é mesmo fruto da Justiça? A CNBB não cobra que o MST exista legalmente. Pelo visto, o fruto que a CNBB tanto espera vai demorar a amadurecer.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Tem que obedecer a lei

No Estadão:

A promotora da Vara Agrária de Castanhal, região nordeste do Pará, Ana Maria Magalhães Carvalho, encaminhou ontem ao procurador-geral do Estado, José Ibrahim Rocha, e ao secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo, recomendação para que cumpram imediatamente todas as liminares de reintegração de posse de fazendas invadidas pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) e outros grupos similares em 30 áreas na rodovia Belém-Brasília.

Ela ameaça Rocha e Araújo com ações criminais e civis, caso não seja obedecida. A decisão foi tomada depois de a promotora fazer vistoria em várias fazendas invadidas e constatar que os sem-terra e os "sem-tora" estão derrubando florestas inteiras para produção de carvão
. (Leia mais aqui).

A promotora está certa. Decisão da Justiça tem que ser cumprida. E o Estado não pode ser conivente com as ações criminosas do MST.

Dinheiro público para o MST

Na Folha:

De R$ 8,2 milhões em verbas da Educação, repassados em 2003 e 2004 à Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola), R$ 7,3 milhões (90%) foram distribuídos às secretarias regionais do MST em 23 Estados, diz o Tribunal de Contas da União, baseado na contabilidade das entidades.
O movimento não existe como empresa e, portanto, não pode receber dinheiro público.
Os dados do TCU contradizem afirmações do ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), que havia dito que não há provas da ligação entre a Anca e o MST. A afirmação ocorreu após o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, chamar de ilegal a destinação de verbas ao movimento
. (Leia mais aqui)

Pois é... O MST não existe judicialmente. Não existe para invadir e não ter que responder na Justiça pela sua bandidagem. E mesmo assim Lula continua abrindo a torneira para os baderneiros. Até quando?

Era a leitura bíblica do dia

Na Folha:

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) usou ontem um trecho da Bíblia para pedir "um discurso atraente, quando estiver diante do leão". A leitura em forma de pedido foi feita para 15 mil pessoas, durante a missa do padre Marcelo Rossi, no Santuário do Terço Bizantino, uma das mais tradicionais agendas de campanha dos candidatos em São Paulo.
Escolhida pelo presidente Lula para concorrer a sua sucessão, mas ainda sem se assumir oficialmente pré-candidata do PT à Presidência em 2010, Dilma foi convidada pelo padre a ler uma passagem do Antigo Testamento: "Põe em meus lábios um discurso atraente, quando eu estiver diante do leão, e muda o seu coração para que odeie aquele que nos ataca, para que este pereça com todos os seus cúmplices. E livra-nos da mão de nossos inimigos. Transforma nosso luto em alegria e nossas dores em bem-estar", diz o trecho do capítulo 4 do livro de Ester lido por Dilma.
Foi a participação mais ativa da ministra no evento. Ela sentou na primeira fila da área reservada para personalidades públicas, no palco. Ao seu lado estavam o deputado Jilmar Tatto (PT-SP) e o vereador Gabriel Chalita (PSDB-SP).
Os organizadores não informaram quem escolheu qual passagem bíblica seria lida pela ministra. Dilma não comungou, não cantou músicas -apesar de em muitos momentos ter acompanhado com palmas. Na parte final da missa, ela segurou uma vela, como fez grande parte da plateia. Sua assessoria não confirmou se é católica.
A ministra também não participou das brincadeiras do padre Marcelo, tradição das missas. Quando ele pediu para que levantasse a mão "quem já teve o coração partido", Dilma não se moveu. Ao seu lado, Chalita ergueu as mãos. Mas, ao final, ela não fugiu da chuva de água benta distribuída pelo prelado.
Dilma não quis falar com a imprensa e deixou o local assim que o evento se encerrou.
Segundo pessoas que a acompanharam, a ministra teria decidido participar da missa após ouvir do vice-presidente, José Alencar, que os encontros "são especiais" e que ele teria ficado muito impressionado com a participação popular no evento. Ela teria entrado em contato com o padre, que a convidou. Foi a primeira vez que Dilma participou da missa no local.
Chalita disse que a ministra comentou, antes de deixar o evento, que "adorou" a missa, e que a celebração a teria feito "muito bem". Segundo o vereador, ela recebeu de presente da mãe de Marcelo Rossi uma coleção de 50 terços para "distribuir a pessoas que quer bem".
Questionado se se tratava de um evento de campanha, o deputado Jilmar Tatto afirmou que "a campanha é só em 2010". Disse que a ministra aproveitou uma agenda em São Paulo, na tarde de ontem, para participar do evento.
O apoio de padre Marcelo Rossi, fenômeno multimidiático da Igreja Católica, é um dos mais cobiçados pelos candidatos em São Paulo.


A ex-guerrilheira leu o trecho da Bíblia indicada para o dia de ontem. Ela leu a primeira leitura. Nos dias de semana, durante a missa, lê-se uma leitura, um salmo responsorial e o Evangelho, ao contrário dos domingos na qual duas leituras antecedem o salmo e o Evangelho. A leitura é do livro de Ester capítulo 4, versículo 17. É um bonito louvor ao Deus de Abraão. Não sei porquê a organização da missa celebrada pelo Padre Marcelo Rossi não explicou para a reportagem da Folha de São Paulo o rito litúrgico que Dilma Rousseff seguiu. Segue abaixo a leitura do texto bíblico de ontem:
Naqueles dias, na rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no Senhor. Prostrou-se por terra desde a manhã até o anoitecer, juntamente com suas servas, e disse:“Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor, pois eu mesma me expus ao perigo. Senhor, eu ouvi, dos livros de meus antepassados, que tu libertas, Senhor, até o fim, todos os que te são caros.
Agora, pois, ajuda-me, a mim que estou sozinha e não tenho mais ninguém senão a ti, Senhor meu Deus. Vem, pois, em auxílio de minha orfandade. Põe em meus lábios um discurso atraente, quando eu estiver diante do leão, e muda o seu coração para que odeie aquele que nos ataca, para que este pereça com todos os seus cúmplices. E livra-nos da mão de nossos inimigos. Transforma nosso luto em alegria e nossas dores em bem-estar”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Os dinossauros

Ontem teve programa eleitoral do PCB. Este partido ainda existe? Existe e continua com o mesmo discurso de antigamente. Só o comunismo pode salvar o mundo da crise. O capitalismo já era. Os dinossauros continuam aparecendo na TV e ainda dizendo que o partido que representam é “o partido do século XXI”. O mundo muda, as pessoas mudam, mas só o PCB continua o mesmo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Ainda sobre o Bolsa Família e a oposição

Lula criticando a oposição por causa do Bolsa Família (ver post abaixo deste)? Quem pegar a origem de tal programa verá que é a unificação dos programas sociais iniciados no governo Fernando Henrique Cardoso. Mas Lula não é besta de dividir os louros eleitorais do Bolsa Família com FHC.
Na campanha presidencial de 2006, o então candidato tucano Geraldo Alckmin nunca confrontou Lula sobre o Bolsa Família. Deixou o Apedeuta se vangloriar, se achar o novo “Pai dos Pobres”. Com uma oposição dessas Lula criticando-a... Ele deveria agradecer ao PSDB e ao DEMO que não fazem nada para lembrar do que Lula juntou e continuou do governo Fernando Henrique Cardoso

Não tem saída

Na Folha online:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira a execução dos programas sociais colocados em prática governo federal. Sem citar a oposição que o acusa de utilizar esses programas com objetivos eleitorais, Lula disse que foram essas políticas sociais as responsáveis pelo crescimento econômico no país.

Atualmente, o presidente e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) são alvos de uma ação na Justiça Eleitoral sob a acusação utilização de ações governamentais com fins eleitorais.

"No Brasil, toda vez que se faz políticas sociais para os pobres é chamado de assistencialista", afirmou Lula, na presença de ministros, parlamentares e empresários que participam de um seminário econômico organizado pelo CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) --que é um órgão consultivo da Presidência da República.

Para o presidente, não restam dúvidas de que os programas sociais são responsáveis pelo crescimento econômico brasileiro. "Foi exatamente a quantidade de políticas sociais que nós criamos no país que fez o Brasil crescer", disse ele, relacionando os programas Bolsa-Família, Luiz para Todos, entre outros.

No mês passado, o DEM e PSDB representaram contra o presidente e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acusando-os de lançarem um "pacote de bondades" --definindo uma série de medidas para os municípios-- como pré-campanha eleitoral.

A AGU (Advocacia Geral da União), que defende Lula e Dilma na ação, negou a realização de pré-campanha eleitoral --mesmo a ministra sendo virtual candidata à sucessão presidencial. Para o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), o governo federal cumpre suas funções ao executar programas e para com essas ações seria levar à estagnação.

O Bolsa Família é um programa eleitoreiro. O programa não tem porta de saída para quem entra. Quem entra deseja ficar recebendo a esmola de Lula até quando puder.
Nunca vi Lula criticar os bacanas que fazem seus malabarismos para pegar dinheiro do Bolsa Família. Várias denúncias foram feitas a respeito. Será que existe investigação a caminho? Será que Lula sabe disso? É que as denúncias saíram nos jornais e não sei se Franklin Martins selecionou as matérias a respeito para o chefão ler.

Acostumando com tudo

Do site G1:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (5), em Brasília, que não recebeu com “surpresa” a eleição do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) para o comando da Comissão de Infraestrutura do Senado.
Com o apoio do PMDB, mais explicitamente do presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP) e do líder do partido na Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que compõem a base de apoio ao governo, Collor venceu a disputa contra a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
Se a tradição de divisão do comando das comissões fosse levado em conta, o PT teria direito de comandar a comissão, que é importante para o acompanhamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Em entrevista após a abertura da reunião do Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento, realizada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Lula disse que o PMDB apenas cumpriu um acordo feito com Collor à época da eleição de José Sarney. “Os votos que elegeram o Collor foram os votos que elegeram o Sarney. Não vejo isso com surpresa não”, afirmou Lula.
Lula não endossou as críticas do PT à eleição de Collor pela quebra do princípio da proporcionalidade, que garantiria regimentalmente a vaga para a petista Ideli Salvatti. Tradicionalmente, a distribuição das comissões é feita privilegiando as maiores bancadas.
Como o PT tem a quarta maior bancada, e o PTB, a quinta, o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) chamou o acordo que elegeu Collor de "espúrio". “O PT tinha direito [a assumir a comissão] se a proporcionalidade tivesse sido respeitada desde o começo. Não foi. Vivendo e aprendendo. E fazer disso uma boa salada”, afirmou Lula.


Ah, se fosse em outros tempos. Naqueles tempos em que o PT batia no peito e dizia ser o único partido ético do Brasil. Lula não sentiria esta mesma tranqüilidade ao ver Fernando Collor de Melo assumir a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado. Ao dizer que a eleição de Collor não causou nenhuma surpresa só demonstra os tempos lulistas que o país atravessa: acostumado com tudo. O brasileiro está assim hoje: recebendo notícias políticas sem nenhuma surpresa.

Continuemos! Incomodemos!

Comprei hoje o jornal O Globo. Acabo de ler a coluna do Merval Pereira. Faz um retrospecto dos notáveis que estampam as páginas políticas dos jornais de hoje. José Sarney era aliado dos militares. Seu final de governo foi melancólico. Fernando Collor de Melo e Lula atacavam sem dó e nenhuma piedade o primeiro governo civil pós-ditadura. Sem falar que os próprios candidatos se atacavam. Merval relembra as falas de Lula quando Collor caiu em 1992 e deste quando Lula via seu esquema do mensalão ir por água abaixo. O colunista do Globo relembra também Renan Canalheiros e o suspeito dinheiro que ele usou para pagar pensão da filha que teve com uma amante. Na coluna é lembrado até o pedido de desculpas que o então candidato a Prefeitura do Rio Eduardo Paes mandou para Lula e Marisa Letícia por causa das duras críticas que fizera ao governo na época da CPI dos Correios. Paes criticava a transformação repentina de Lulinha de um simples trabalhador de zoológico para um grande empresário.

Lendo a coluna de Merval Pereira hoje no Globo percebemos como está a política brasileira. Podre, cheia de políticos sujos que roubaram dinheiro público ontem e que hoje ganham altas posições nos poderes da Banânia. Reparem nos rostos de José Sarney, Renan Canalheiros e Lula se eles se sentem culpados pela baixa qualidade e produtividade na política do Brasil? Eles sempre aparecem sorrindo, como se a realidade fosse assim mesmo e que nada mudaria. São eles os formadores de quadrilha que roubam estêpaiz. São eles que merecem tapas e pontapés. São eles que procuram sempre se dar bem não se importando o meio utilizado.

E, para concluir, quem critica hoje a nefasta política brasileira é taxado de “hipócrita”, “falso moralista”, “indignação seletiva”. Pois é... Além de assistir ao deprimente quadro político brasileiro sempre aparece algum petralha mandando os incomodados com todo este teatro sujo se calarem. Mas eles não conseguirão calar as poucas, mas ainda existentes vozes que resistem a tudo que está acontecendo no Brasil. Continuemos! Incomodemos!

Que mamata!

No Estadão:

Beneficiada nos últimos cinco anos com R$ 10 milhões em verbas federais oriundas de convênios ou emendas parlamentares, a União Nacional dos Estudantes (UNE) garante que "mantém sua independência e não é comprável por nenhum governo". Quem afirma é a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, que atribui a abertura das torneiras - os repasses aumentaram em mais de 20 vezes - ao maior acesso oferecido pelo governo Lula: "Nos anos de Fernando Henrique, tínhamos muita dificuldade de diálogo."

Pois é... Talvez, se Fernando Henrique Cardoso tivesse repassado alguma bufunfa para a UNE não haveria tantos protestos contra seu governo. Lula oferece as tetas estatais para os esquerdopatas que infestam o meio acadêmico. Alguém já viu a UNE criticar Lula? Para que, né? Aliás, o que a senhorita Lúcia Stumpf tem a nos dizer sobre a volta de Fernando Collor de Melo aos holofotes nacionais depois da sua eleição para a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado? Em 1992, a UNE puxava as manifestações contra o caçador de marajás. O que ela tem a nos dizer agora? Nada! Mamando nas tetas lulistas não tem jeito de falar alguma coisa.

Injustiças? Que injustiças?

No Estadão:

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse ontem que respeita as afirmações do senador Jarbas Vasconcelos (PE) contra o PMDB, mas criticou a generalização das denúncias, que, segundo ele, pode levar a injustiças. "Acho que apontar nomes e fatos específicos seria um passo além da denúncia que atinge a todo um aglomerado partidário. Portanto, eu respeito as denúncias do senador Jarbas, mas em qualquer atividade, em especial na vida pública, a generalização, a meu ver, pode levar a algumas injustiças."

Depois de afirmar, em entrevista à revista Veja, que "boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção" e "a maioria de seus quadros se move por manipulação de licitações e contratações dirigidas", Jarbas, em discurso da tribuna do Senado anteontem, voltou a atacar o próprio partido. Ele cobrou uma auditoria oficial nos fundos de pensão de estatais e disse que "os acontecimentos" no Real Grandeza "são uma prova clara e inequívoca" das práticas que denunciou.

O PMDB costuma ser apontado como possível plano B de Aécio caso ele não consiga se viabilizar como presidenciável do PSDB em 2010. Ele nega que tenha intenção de deixar o partido.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) apoiou ontem o senador pernambucano. "Jarbas expressou um sentimento que estava parado no ar. As pessoas estão cansadas de corrupção e impunidade. Quem tem amor ao País dará razão a Jarbas. As coisas estão demais", disse, após de participar de evento da ONG Alfabetização Solidária em São Paulo.


Como assim? Depois da entrevista de Jarbas Vasconcelos alguém se prontificou a dizer que era um peemedebista que não se encaixava na parte que só quer mesmo corrupção? Na semana seguinte a entrevista, a revista Veja ressaltou o silêncio do PMDB perante a entrevista e apontou vários nomes do partido que estão sendo investigados. Se Aécio Neves que nomes de corruptos no PMDB eu o ajudo a refrescar a memória: Renan Canalheiros, Jader Barbalho, José Sarney...
O que Aécio quis mesmo foi dar um recado ao PSDB. Ele quer ficar de bem com todo mundo, inclusive com o PMDB. Se o ninho tucano não o escolher como candidato a presidência quem sabe o governador mineiro não vá procurar apoio na boa parte do PMDB que só quer saber de corrupção para a sua candidatura?

Marconi deixou Dilma pautar o depoimento

Fernando Collor de Melo é o novo presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado. Vai assumir a vaga de Marconi Perillo. O que será que Marconi fez nesta comissão? Um trecho de uma reportagem de hoje da Folha de São Paulo: Como presidente de comissão, Collor terá poder para convocar reuniões, definir a pauta de votações e indicar relatores de projetos. Seu antecessor foi Marconi Perillo (PSDB-GO), que articulou a convocação de Dilma para depor sobre o dossiê de gastos da era FHC.

Peraí! Marconi não articulou a convocação de Dilma Rousseff para depor sobre o dossiê anti-FHC. Quando o senador goiano era presidente da Comissão que o famigerado ex-presidente assume convocou Dilma para falar sobre o PAC. Marconi deixou para os colegas da comissão os questionamentos sobre o dossiê. Marconi deixou Dilma pautar aquela sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado. Aliás, no dia 6 de maio do ano passado escrevi aqui:

Marconi Perillo já quer aliviar a barra de Dilma Rousseff no Senado. Ele disse: Vamos conduzir a sessão de forma equilibrada, respeitosa. O objetivo é debater o PAC, mas também não vamos cercear a liberdade de cada senador, nem podemos fazer isso. Vou manter a imparcialidade. Parece até que Marconi é da base aliada. Ele é presidente da Comissão de Infra-Estrutura do Senado. Ele é do PSDB. Ele vai deixar que Dilma só fale do PAC, mas vai deixar os senadores perguntarem o que quiserem. Como assim? Que oposicionista é esse? Ao invés de dizer, com todas as letras, que Dilma vai ter que responder perguntas sobre o dossiê anti-FHC produzido na Casa Civil, Marconi fica em cima do muro. Este é o grande herói de Goiás. Este é o cara que as marconetes tanto defendem. Marconi Perillo demonstra como é a oposição do PSDB: sempre aliviando a barra dos petistas. Oposição mesmo só o DEMO. Oposição mambembe, mas bem melhor que o PSDB. Marconi é o tucano-lulista que, apesar de estar na oposição, sempre procurar defender o governo, enxergar o “lado bom” do governo.

Será que Marconi articulou mesmo a convocação de Dilma?

Farinha do mesmo saco

Na Folha:

Tidas como órgãos vitais do Poder Legislativo, as 31 comissões permanentes do Congresso serão comandadas por 11 parlamentares investigados ou processados no Supremo Tribunal Federal. Alguns deles receberam doações de campanha de empresas diretamente interessadas em temas tratados nas comissões que vão dirigir.
Os presidentes das 20 comissões permanentes da Câmara e 11 do Senado foram eleitos ontem, depois de designados pelos partidos. Entre eles, 17 não têm formação profissional relacionada aos assuntos usualmente discutidos nas reuniões, segundo suas biografias.
Não à toa, as indicações foram precedidas de grande disputa. As comissões são responsáveis pela análise prévia dos projetos. Lá pode ser agilizada ou emperrada a tramitação de uma proposta. Elas também têm poder de convocar autoridades, como ministros, a prestar esclarecimentos.
Alguns presidentes indicados pelas legendas estão envolvidos em novas denúncias. À frente da Comissão da Amazônia, Silas Câmara (PSC-AM), já fora acusado de por ex-funcionários de seu gabinete de ter embolsado parte de seus salários. Agora é suspeito de falsificar a certidão de nascimento da filha adotiva do parlamentar para inscrevê-la no plano de saúde de funcionários da Casa.
No Senado, o tucano Eduardo Azeredo (MG), agora presidente da Comissão de Relações Exteriores, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por envolvimento no mensalão mineiro, esquema de desvio de verba supostamente ocorrido no período em que ele tentava se reeleger ao governo de Minas, em 1998.
A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que comandará a Comissão de Assuntos Sociais, responde a inquérito por crime de responsabilidade, do tempo em que foi prefeita de Mossoró, suspeita de favorecer uma empresa em uma obra na cidade.
Além dos três, também são investigados os deputados Roberto Rocha (PSDB-MA), Sabino Castelo Branco (PTB-AM), Eduardo Sciarra (DEM-PR), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Eduardo Gomes (PSDB-TO); e os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Fernando Collor (PTB-AL).


Tanto o governo como a oposição tem políticos devendo explicações na Justiça e mesmo assim são escolhidos para comissões no Senado. Vai ver ninguém sabe de nada lá na Casa, não é mesmo?
Quando o PT era oposição não me lembro de falarem da relação Roberto Teixeira – Lula. Aliás, para saber mais sobre as armações petralhas no período em que a turma batia no peito e se dizia ética sugiro a leitura do livro Já vi esse filme de Luiz Maklouf Carvalho.
Já que todo político está no mesmo saco, tratemo-os a tapas e pontapés.

Podcast do Diogo Mainardi: "Prestando Contas"

Eu já elogiei Barack Obama. Como é? Nunca elogiei? Nunca mesmo? Nesse caso, elogio aqui, agora, pela primeira vez.
Alguns dias atrás, Barack Obama anunciou seus planos para o Iraque. Ele reconheceu plenamente o sucesso militar dos Estados Unidos, que garantiu aos iraquianos "a oportunidade de ter uma vida melhor". Mais importante do que isso, ele contrariou suas promessas eleitorais e se comprometeu a manter no país, por um período indeterminado, até 50 mil soldados, mesmo depois da retirada oficial das tropas, em 31 de agosto de 2010.
Nos últimos anos, fiz um monte de comentários sobre a guerra no Iraque. Dei uma espiada em meus artigos a respeito do tema, para contabilizar acertos e erros, e prestar contas aos meus leitores. Em
29 de outubro de 2003, afirmei:
"Os iraquianos tiveram sorte. Só um presidente suicida como Bush poderia ter entrado numa guerra dessas. A guerra foi ruim para os americanos e boa para os iraquianos, [com] o fim de Saddam Hussein. Espero que Bush seja reeleito e cumpra seu dever de reconstruir o que ajudou a destruir, ainda que isso aumente o buraco financeiro americano. Minha previsão é que Bush será reeleito no ano que vem e, por causa do elevado custo da aventura iraquiana, sairá da Casa Branca em 2008 como o presidente mais impopular da história".
Retomei o assunto em
20 de outubro de 2004, ao comentar a disputa entre George Bush e John Kerry:
"Eu só torceria por um candidato que se comprometesse a mandar mais soldados para o Iraque. [Para] Bush, significaria admitir que a guerra foi pessimamente planejada. Se os Estados Unidos pretendem garantir a transição política no Iraque, e impedir que o país entre numa guerra civil, precisam se mexer sozinhos. O futuro dos iraquianos depende da disponibilidade do próximo presidente americano de mandar mais soldados para o sacrifício".
Dois anos e meio depois desse artigo, o presidente reeleito George Bush seguiu minhas ordens e mandou mais tropas para o Iraque. Fui um dos primeiros comentaristas a proclamar o sucesso dessa estratégia. Em
31 de outubro de 2007, eu disse:
"Os americanos alarmaram-se tanto com o número [de mortes no Iraque] que aceitaram mandar mais 30 000 soldados para lá. Resultado? Em fevereiro de 2007, quando as novas tropas desembarcaram no país, registraram-se 3 014 mortes. Em agosto, elas já haviam diminuído para 1.674. Em setembro, 848. Em outubro, até a última quinta-feira, morreram 531 iraquianos".
Repeti alguns desses argumentos em
26 de março de 2008:
"A guerra no Iraque acaba de completar cinco anos. Os americanos erraram militarmente, erraram politicamente, erraram estrategicamente. George W. Bush tem de ser responsabilizado por isso. Mas eu topo dizer que os Estados Unidos acertaram ao derrubar o tirano genocida Saddam Hussein. E topo dizer também que a guerra no Iraque pode e tem de ser vencida".
Em
6 de agosto de 2008, durante a última campanha presidencial, antecipei alguns dos fatos mais recentes:
"A guerra no Iraque acabou. Só que ninguém parece ter notado. Ao contrário do que dizia Barack Obama, os Estados Unidos derrotaram os tártaros. Ao contrário do que dizia John McCain, seus soldados já podem se preparar para a retirada".
Eu já elogiei Diogo Mainardi? Já. Até demais.

Tem que investigar mesmo

No Jornal do Brasil:

O Conselho Nacional de Justiça, com o voto de minerva do corregedor-geral de Justiça, ministro Gilson Dipp, aprovou ontem uma recomendação aos tribunais ­ proposta pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes ­ para que "priorizem e monitorem constantemente o andamento de processos judiciais envolvendo conflitos fundiários" e "implementem medidas concretas e efetivas objetivando o controle desses andamentos". O ministro Gilmar Mendes ­ que passara a presidência da sessão do CNJ para o ministro Dipp ­ disse, mais tarde, que a providência nada tinha a ver com críticas veladas que fizera à atuação do Executivo e do Ministério Público no combate às invasões de fazendas pelo Movimento dos Sem-Terra e similares: ­ É bom que haja uma atuação do MP, fazendo a distinção entre repasses legítimos e ilegítimos a esses movimentos. Mas é preciso haver decisão. Já estamos a dois anos do final do governo Lula. Essas investigações vão ser feitas no próximo governo? Os recursos públicos não são recursos do governo, e a sociedade não tem de pagar por isso. Não podemos esperar mais.

O presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes é uma das poucas vozes lúcidas no Brasil. É preciso investigar com urgência as verbas que Lula passa para os “movimentos sociais”. É preciso saber de tudo! E Gilmar Mendes tocou num ponto interessante: será que o próximo governo vai dar andamento às investigações sobre os repasses aos baderneiros de plantão?

quarta-feira, 4 de março de 2009

A tapas e pontapés

Na Folha online:

A aliança firmada entre o PT e o PSDB nas eleições para a presidência do Senado não conseguiu garantir a vitória da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) para presidir a Comissão de Infraestrutura do Senado. Apesar de três senadores tucanos terem declarado apoio à petista na comissão, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-SP) foi eleito com 13 votos para o cargo com o apoio do DEM e do PMDB --partido do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A vitória de Collor fortaleceu o PMDB no Senado, especialmente o líder do partido, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan conseguiu mobilizar aliados para aprovar a indicação de Collor depois que o PMDB prometeu a presidência de uma comissão permanente da Casa para o ex-presidente --em troca do apoio do PTB na campanha do senador José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa.

O PT, que se uniu ao PSDB na campanha do senador Tião Viana (PT-AC) para a presidência do Senado, votou unido em favor de Ideli na comissão --que obteve o total de dez votos. O PSDB, com quatro vagas na Infraestrutura, concedeu apenas três votos a petista --uma vez que o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), aliado de Sarney, se ausentou da votação.

Além da chamada "tropa de choque" de Renan na comissão, Collor ainda contou com o voto da bancada do DEM --que se uniu ao PMDB na campanha de Sarney. DEM e PSDB seguiram caminhos opostos desde a disputa pelo comando do Senado, quando os dois partidos de oposição concederam separadamente apoios a Tião e Sarney.


Que bela oposição nós temos. O PSDB apóia o PT e o DEMO apóia Fernando Collor de Melo. Collor é do PTB, partido da base aliada de Lula que, por sua vez, é do PT. Todos são iguais, não é mesmo? Portanto, devem receber o mesmo tratamento: a tapas e pontapés.

PS: Por que o senador goiano Marconi Perillo (PSDB) se ausentou da votação. Por falar nele, para ressaltar que, na política, todo mundo é igual, a reportagem fala que o ex-governador de Goiás é aliado de José Sarney. Este é do PMDB e o PMDB de Goiás é adversário de Marconi Perillo. Mais tapas e pontapés neles!

Com ajuda do amigo Renan

Fernando Collor de Melo é o novo presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado (ver post abaixo deste). Mas ele contou com a ajuda do seu velho amigo Renan Canalheiros. Como é bom ter amigos, não é mesmo? Renan era o braço direito do então presidente Collor no Congresso.

E Collor vence o PT

Na Folha online:

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) venceu nesta quarta-feira a queda-de-braço com a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) pela presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado. Collor foi eleito com 13 votos contra dez recebidos por Ideli, numa disputa que dividiu aliados do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o grupo de Ideli.

Em 1992 foi o PT que venceu Fernando Collor de Melo colaborando e muito na campanha pelo impeachmeant do então caçador de marajás. Dezesseis anos depois é Collor que vence o PT ao ser eleito presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado.
Cadê os cara-pintadas? Não vão fazer nada? Pelo visto, a mamata dada por Lula aos “movimentos sociais” fizeram com que os aqueles que protestavam contra os corruptos se calassem, ou melhor, deixassem correr solto o que sempre aconteceu sistematicamente nestêpaiz. Collor está de volta e derrotando o PT de Ideli Salvatti.

Perguntem a eles

Seria interessante perguntar a opinião de José Sarney e Delfim Netto sobre o editorial da Folha que classifica a ditadura militar brasileira de “ditabranda”. Eles fizeram parte dos governos militares, tem muito a nos dizer.

Roseana vence, mas no tapetão

Na Folha:

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou na madrugada de hoje, por 5 votos a favor e 2 contrários, o mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e do vice dele, Luiz Porto (PPS), sob o argumento de que nas eleições de 2006 houve compra de votos e abuso de poder econômico e político, com uso da máquina do Estado. Cabe recurso.
No julgamento, que começou por volta das 19h20 de ontem, os ministros do TSE decidiram também dar posse à segunda colocada nas eleições daquele ano, a senadora Roseana Sarney (PMDB), que está em tratamento médico.
Assim como aconteceu com o ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB), que também foi cassado pelo TSE, Lago ficará no cargo até que seus recursos sejam julgados.
Os ministros do TSE se dividiram ao apreciar o voto do relator, ministro Eros Grau. Ricardo Lewandowski somente reconheceu a existência de compra de votos. Já Felix Fischer, Fernando Gonçalves e o presidente do tribunal, Carlos Ayres Britto, entenderam que também ocorreu abuso do poder econômico e político.


Como disse num post anterior: Pobre, Maranhão! Voltando de novo para as mãos da clã Sarney. O velho tomando conta do Senado e a filha voltando ao governo maranhense para prolongar o atraso, uma das marcas dos Sarney. Jackson Lago usou e abusou da máquina do Estado? Roseana Sarney também já fez isso. É como diz aquele velho ditado: “Sai do espeto para cair na brasa”.

Só pode ser brincadeira

No Diário da Manhã:

O PMDB deu ontem novo indício de que endurecerá de fato, na Assembleia Legislativa, a oposição ao governo de Alcides Rodrigues (PP). Na terceira tentativa de votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que adéqua a Constituição goiana à federal e mantém vetos da governadoria, os peemedebistas esvaziaram o plenário e as duas sessões extras na noite de ontem foram suspensas.

Havia 25 deputados em plenário no início da sessão, a qual eles recebem salário extra para comparecer. Mas a líder do PMDB na Casa, Mara Naves, se retirou, alegando que a matéria, por sua importância, exigiria presença maior de colegas.

A PEC altera 110 artigos da Constituição de Goiás, revoga 62 dispositivos e acrescenta 10 novos artigos. O artigo 38, considerado o mais importante, porque concedia anistia aos ex-servidores da Caixego, foi derrubado na Comissão de Constituição e Justiça semana passada.

Pela manhã, o prefeito Iris Rezende se reuniu com o presidente regional do PMDB, Adib Elias, para traçar caminhos que intensifiquem a oposição. Este seria um dos primeiros passos para pavimentar a candidatura de Iris ao governo em 2010. A outra meta é realizar encontros regionais no interior. Segundo Adib, Iris demonstrou entusiasmo e comprometimento em participar. Indício da disposição de intensificar apoio para coroar candidatura que tem evitado confirmar.

Enquanto no Paço discutia-se 2010, as paredes do Palácio Pedro Ludovico testemunhavam encontro discreto entre o ex-líder do PMDB na Assembleia, José Nelto (foto), e Alcides. Nelto garante que temas administrativos ditaram a conversa. Afirma que acordaram parcerias do Estado com a prefeitura e que a reunião, iniciativa do governador, foi pautada na confirmação de que Alcides daria tratamento igual a prefeitos de oposição e situação.


O PMDB fazer oposição ao governo Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, nesta altura do campeonato só pode ser brincadeira. Como mostra a reportagem, José Nelton é um exemplo de como o PMDB faz oposição: morde e depois assopra. Nelton é um dos peemedebistas que elogiam Cidinho. Será que Adib Elias irá puni-lo por não seguir a orientação do partido? Ora essa, punição dentro do PMDB? Só pode ser brincadeira.
Os peemedebistas acham que esquecemos rápido os abraços calorosos, as palavras de carinho que dirigiram a Cidinho alguns dias atrás. Não me venham com este discursinho besta de querer fazer oposição agora só para pavimentar a candidatura de Iris Rezende ao governo no ano que vem.

O Rio de Eduardo Paes

No Jornal do Brasil:

Parece até que foi praga de quem reclamava do enorme buraco aberto no asfalto da Rua Luís Coutinho Cavalcante, em Guadalupe, na Zona Norte. O caminhão da operação Tapa Buraco da prefeitura que participava da operação para eliminar a cratera acabou por cair dentro dela. Passada por um leitor, a informação era a de que o reparo feito pelos funcionários da prefeitura não aguentara o peso do veículo e cedera.

– A cratera estava lá havia meses – contou o leitor, que pediu para não ser identificado. – Depois de muita reclamação, mandaram um pessoal lá para tapar o buraco com entulho e passar uma camada de asfalto por cima. Quando terminaram o trabalho, o caminhão passou por cima e afundou no buraco. Tiveram de tirar o caminhão com a ajuda de um trator.

A assessoria da Secretaria Municipal de Obras desmentiu a informação e disse que ocorrera, na verdade, uma barbeiragem do motorista do veículo. Uma equipe da prefeitura estava providenciando o conserto da cratera quando, depois de uma manobra desastrada, o caminhão acabou caindo no "açude", como os moradores da rua carinhosamente o apelidaram.


Eis o Rio de Janeiro do traira Eduardo Paes. Que maldade a minha culpar uma administração que mal começou, não é mesmo? Agora Paes tem outro alvo além de César Maia quando acontecer alguma coisa de errado na cidade: a culpa é do motorista que é um barbeiro.

Vergonhoso!

É vergonhoso ver a disputa entre os partidos pelas presidências das comissões do Senado. No meio desta suruba toda, vemos a volta de Fernando Collor de Melo aos holofotes da mídia. Cadê os cara-pintadas? Ninguém vai reclamar da volta do marajá? O DEMO apóia Collor. Collor é do PTB, partido aliado de Lula. Não é nenhuma confusão o que está acontecendo no Senado. É suruba mesmo. Depois que Renan Canalheiros transformou aquilo ali numa extensão do banheiro da sua casa tudo pode acontecer.
Enquanto isso, este honrado e ético senador de Alagoas afasta Jarbas Vasconcelos da Comissão de Constituição e Justiça por conta da sua entrevista à revista Veja da semana passada. “Boa parte do PMDB só quer mesmo é corrupção”.
Canalheiros e Collor voltam a dar as cartas na política brasileira enquanto que Jarbas Vasconcelos é deixado de lado. Sabe como é o país dos petralhas: quem hoje cobra o mínimo de decência na política ou ataca os ladrões sem vergonha é tachado de “hipócrita” e sua indignação é seletiva. Cada país tem os políticos que merecem.

Jarbas Vasconcelos está certo

No Jornal do Brasil:

O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, foi afastado em definitivo no cargo ontem pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), após as acusações de que teria usado o irmão para esconder da Justiça a propriedade de uma casa avaliada em cerca de R$ 5 milhões. Sarney aceitou o pedido de afastamento de Agaciel, encaminhado por meio de carta escrita pelo funcionário. Sarney disse que o Senado não pode prejudicar sua imagem em consequência de denúncias que envolvem servidores da Casa. ­ Lamento que esse episódio tenha levado a isso, mas reconheço que, para a imagem do Senado, nenhum de nós tem o direito de prejudicá-la ­ afirmou Sarney. O peemedebista disse que o afastamento transitório de Agaciel não solucionaria o problema, por isso decidiu que o diretor-geral deve deixar o cargo em definitivo. ­ O afastamento transitório neste momento manteria o problema latente. Essa é uma solução definitiva. Com isso encerramos esse assunto que, lamentavelmente, prejudicou a imagem do Senado. Sarney vai designar o diretor-geral adjunto do Senado, Alexandre Gazineo, para substituir Agaciel no cargo. Agaciel vai permanecer como funcionário na Casa Legislativa, onde é servidor efetivo. O ex-diretor entrou no Congresso como datilógrafo no final da década de 1970. Galgou alguns postos desde então e tornou-se em 1995 o servidor mais poderoso do Senado. Foi nomeado naquele ano para o cargo de diretor-geral pelo próprio Sarney, em outra passagem do senador pela presidência da Casa. Antes de entregar sua carta de demissão a Sarney, Agaciel disse hoje que não queria ser "empecilho" para as investigações na Casa e, por isso, pediu para deixar o cargo em definitivo. ­ Quero ir além. Se estão pedindo para eu me afastar, quero me afastar em definitivo. Sou funcionário da Casa, não caí aqui de paraquedas ­ se defendeu.

Eis um integrante da turma de José Sarney. Um entre tantos que só querem saber mesmo de corrupção. Imaginem o grupo de Renan Canalheiros. Isso sem contar os peemedebistas lá da Câmara. Além de deixar de fora os outros integrantes do partido que pularam das páginas políticas para as policiais. Orestes Quércia que o diga. Mesmo assim ele é disputado pelo PT e pelo PSDB de São Paulo.
Voltemos a Agaciel Maia. Será que as investigações que pesam sobre suas costas vão continuar ou Sarney vai deixar seu pupilo escondido, esperando esfriar a notícia? É, pessoal, Jarbas Vasconcelos está certo: “boa parte do PMDB só quer mesmo é corrupção”.

terça-feira, 3 de março de 2009

Ele sumiu e voltou. E o salário continua o mesmo?

Na Folha online:

Depois de quase um mês desaparecido da Câmara, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) apareceu novamente nesta terça-feira no plenário da Casa. O parlamentar foi notificado na segunda-feira (3) pela corregedoria da Câmara para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de uso irregular da verba indenizatória --no valor mensal de R$15 mil.
Moreira sumiu de Brasília depois de renunciar aos cargos de corregedor-geral e segundo vice-presidente da Câmara sobre uma série de acusações. Entre as denúncias contra ele, está o fato de não ter declarado a existência de um castelo no interior de Minas, no valor estimado em R$ 25 milhões.
Antes de voltar ao plenário nesta terça-feira, a última vez que Moreira havia sido visto na Câmara foi no dia 4 de fevereiro.


O dono do castelo voltou ao Congresso. Como a reportagem acima anuncia, estava fora da Câmara desde o dia 4 de fevereiro. Resta saber do presidente da Casa Michel Temer (PMDB) se vai ter corte no salário do deputado encastelado.

Ditadura doce?

Reinaldo Azevedo publicou no seu blog um trecho de um texto escrito por um petralha que detesta a ditadura militar do Brasil, mas adora a ditadura cubana. Para mim, petralha gosta mesmo é do charuto de Fidel Castro.
O camarada chama a ditadura comunista cubana de “doce”. É mesmo? Deve ser uma doçura para os irmãos Castro colocarem seus adversários no paredão e mandarem bala. Deve ser doce controlar os meios de comunicação não permitindo qualquer tipo de crítica ou opinião que não seja favorável aos vermelhinhos que comandam a ilha desde 1959.
Quando falam em “ditabranda” aqui no Brasil a petralhada toda fica atiçada. Mas quando falam da ditadura de Fidel aparece um monte de gente para defender.
É este doce mel que vem de Cuba que Barack H. Obama deseja manter diálogo.

A iniciativa não é da prefeitura

Ainda a respeito da reportagem publicada no Diário da Manhã de hoje (ver post abaixo deste) tem uma coisa que me chamou atenção:

Já em 2009, ainda de acordo com o Departamento de Relações Públicas do Paço, o prefeito teria participado de apenas três eventos oficiais – dentre eles, a cerimônia de posse dos novos secretários, ou seja, uma formalidade política. Eventos como reabertura dos trabalhos da Câmara e outros encontros para projetar Goiânia como sede da Copa não constam no registro por não serem iniciativa da prefeitura.(grifo meu)

Viram só? Nem mesmo a Prefeitura de Goiânia está botando fé que a cidade vai sediar jogos da Copa de 2014. A prefeitura não tomou nenhuma iniciativa. E ainda tem gente que acredita piamente que sediaremos alguma coisa.

O prefeito sumiu

No Diário da Manhã:

A agenda do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), “desacelerou” após sua reeleição. Levantamento feito pelo Diário da Manhã com base na agenda oficial, fornecida pelo Departamento de Relações Públicas do Paço, revela que o peemedebista cumpriu, este ano, um número de atividades 75% menor na comparação com o mesmo período do ano passado (12 contra 3).

Apertem os cintos! O prefeito sumiu! Cadê ele? Iris Rezende, durante a campanha eleitoral do ano passado, disse que focaria apenas na administração da capital e não se envolveria nos preparativos para a campanha de 2010. Pois é... Já estamos em março e a tão propalada agenda cheia do prefeito ainda não existe. Ele sumiu.
Iris Rezende deve estar queimando os fusíveis para agrupar todos os seus aliados no Paço Municipal e garanti-los ao seu lado na campanha do ano que vem.
Enquanto isso, enquanto Iris some, Goiânia continua capengando, empurrando seus problemas com a barriga como sempre fez.

Direita golpista?

A governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius (PSDB) usa do mesmo artifício petista para se defender: tudo é golpe. Não é só a esquerda psolista que deseja dar o golpe. A direita também. Está na Folha:

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), atribuiu à "direita golpista" e à "esquerda pseudorrevolucionária" as denúncias de corrupção feitas contra ela e integrantes de seu governo. As denúncias reacenderam, no mês passado, a crise política atravessada pelo governo.

Se Yeda disser isso tampando o nariz vai parecer Paulo Henrique Amorim.

Só isso?

Na Folha:

O presidente Lula classificou de "inaceitável" o argumento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de legítima defesa para o assassinato de quatro seguranças das fazendas Jabuticaba e Consulta, em Pernambuco, na semana passada. "É inaceitável a desculpa de legítima defesa para matar quatro pessoas", disse, durante coletiva de imprensa na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Ele participou da recepção ao primeiro-ministro dos Países Baixos, Jan Peter Balkenende.
Ele disse que o movimento já ganhou a "maturidade" e sabe o que é legal e o que é ilegal. Lula não quis polemizar declarações do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes. Na semana passada, o presidente da corte criticou o financiamento público de entidades ligadas ao MST, alegando que esses fundos são utilizados para patrocinar invasões.
"A lei é muito clara. Não pode haver dinheiro público para subsidiar tais movimentos, que agem contra o Estado de Direito. Dinheiro público para subsidiar ilicitude é ilicitude", disse.
Sobre a declaração, Lula afirmou ser apenas a opinião de um "cidadão" e que, se estiver à frente de qualquer processo criminal, como o caso dos assassinatos de seguranças, "dará o seu voto".


Quer dizer que é só isso? Lula fala que é “inaceitável” o argumento dos baderneiros do MST e pronto? Não vai ter nenhuma punição ou suspensão das verbas que o Palácio do Planalto manda para os baderneiros se armarem e matarem? Já faz tempo que Lula faz isso. Só repreende os sem terra com palavras, mas continua recebendo seus amiguinhos vermelhos a escondidas na Granja do Torto.

Canalheiros em ação

No Estadão:

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), destituiu ontem o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A medida foi tomada como retaliação pelos ataques de Jarbas a seu próprio partido, a quem acusou de corrupção, sem citar nomes.

A punição ao senador e ex-governador de Pernambuco coincidiu com o anúncio de que ele ocupará hoje a tribuna para atacar a corrupção e a impunidade. Jarbas disse ontem que não pretendia retomar os ataques diretos ao PMDB, mas admitiu a intenção de se manifestar sobre a tentativa do partido de assumir o comando do Real Grandeza, o fundo de previdência dos funcionários da estatal Furnas. A articulação dos peemedebistas, capitaneada pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, foi barrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após manifestações de protesto dos empregados da empresa. "Isso é briga do PT e do PMDB para ver quem fica perto do cofre", comentou Jarbas.

Eu pensei que fosse piada, mas não é. Renan Canalheiros destituindo Jarbas Vasconcelos da Comissão de Constituição e Justiça por conta das críticas que Jarbas fez ao PMDB. Renan Canalheiros tem alguma moral para fazer isso? Ou será que todo mundo esqueceu do que ele fez em 2007 quando era presidente do Senado? Não é uma piada. É a realidade. No país dos petralhas os canalheiros sempre tentam barrar quem denuncia seus esquemas de corrupção. E o pior é que ninguém faz barulho. Seria a tal “indignação seletiva”?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Brasil: Um país de todos os terroristas

Como se não bastassem os terroristas de esquerda que estão no Palácio do Planalto e mais um terrorista italiano que conseguiu o aval do Ministério da Justiça para permanecer na Ilha Brasilis, o ministro de Direitos Humanos Paulo Vannuchi disse que é favorável ao Brasil receber alguns terroristas que Barack H. Obama vai soltar da prisão de Guantanamo. Que maravilha! O Brasil está de braços abertos para aqueles que pegam em armas por algum motivo. A Ilha Brasilis vai receber com muito carnaval aqueles que planejaram ataques contra a, como é que eles chamam?, civilização judaico-cristã ocidental.
O Brasil é um país de todos. De todos os terroristas.

Indo para o mesmo fim

Na Folha online:

A CPI dos Grampos Telefônicos vai ser concluída sem apontar supostos responsáveis pelo grampo telefônico que flagrou conversa do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), no ano passado. O relator da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), não vai sugerir indiciamentos no relatório final da CPI, apesar de a cúpula da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) ter sido afastada em consequência do grampo.

A Folha Online apurou que Pellegrino já informou integrantes da comissão sobre a sua disposição de não sugerir indiciamentos no texto final. Como a maioria dos membros da CPI integra a base aliada do governo, a expectativa é que o texto de Pellegrino seja aprovado sem resistências pela comissão na quarta-feira (4), quando deve ser apresentado oficialmente.


Pois é... Mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito indo para o mesmo fim de outras Comissões Parlamentar de Inquérito: pizza. Ninguém vai ser indiciado. Os grampomaniacos fora da lei ganharam mais uma.

Por que não uma CPI do PMDB?

Ver o PMDB pedir CPI para investigar os fundos de pensão é uma piada. Será que o partido apoiou as investigações da CPI dos Correios e do Mensalão que mencionaram tais fundos?
Por que não criar uma CPI do PMDB? Como disse o senador Jarbas Vasconcelos: o PMDB quer mesmo é corrupção. Jarbas só deu o pontapé inicial. Que tal começar investigando a clã Sarney? Depois poderíamos seguir para Jarder Barbalho, Orestes Quércia e assim vai...

Pobre, Maranhão!

No Estadão:

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve mesmo cassar, amanhã, o mandato do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e do vice, Pastor Porto, por abuso de poder e compra de votos na eleição de 2006. Com isso, a segunda colocada nas eleições, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), assumirá o governo do Estado.

Pobre, Maranhão... De novo nas mãos dos Sarney. É vergonhoso, lamentável. José Sarney volta para a presidência do Senado e sua filha Roseana para o governo do Maranhão. Quanto mais os Sarney se fortalecem, mais o Brasil enfraquece. Não temos futuro. Os Sarney sim, tem um longo futuro pela frente.

domingo, 1 de março de 2009

Não vou esperar o TSE

Pelo visto os políticos estão nem aí para o TSE. Não importam o calendário eleitoral. Para eles, o agora pode decidir as eleições do ano que vem. Lula continua fazendo de Dilma Rousseff seu boneco de Olinda. José Serra e Aécio Neves prometem entrar no ringue e disputar a vaga do PSDB.
Aqui em Goiás tem gente que até aposta na popularidade do governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, para coordenar a campanha que se aproxima. Cidinho popular? Quem diria...
Não vou esperar um alô do TSE. Já desliguei o telefone. E nem aceito retorno. Aqui em casa tem bina.

Collor, Renan, governo e oposição... Que nojo!

Por Kátia Correia
no Jornal do Brasil

A base governista tenta, esta semana, dar uma solução ao nó em que se transformou a escolha dos presidentes das 11 comissões técnicas do Senado, assunto que paralisa a Casa desde o início do ano legislativo e ameaça azedar o relacionamento entre governo e partidos aliados justo onde o Palácio do Planalto não pode contar com maioria dos votos entre parlamentares. O pivô da discórdia é o acordo pré-eleitoral firmado entre a ala do PMDB engajada em levar José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado e o PTB, que apoiou Sarney em troca da promessa de postos na Mesa Diretora da Casa e no comando de comissões.
A adesão à candidatura peemedebista rendeu à legenda a segunda secretaria da Mesa, ocupada pelo senador João Claudino (PI). Dono de sete votos no Senado, o PTB almeja ainda a presidência de uma comissão técnica de destaque. Escalado para a missão, o senador Fernando Collor (AL) desistiu de concorrer com o PSDB pelo comando da Comissão de Relações Exteriores e volta suas atenções, no momento, para a Comissão de Infraestrutura, onde a bancada do PT e o Planalto pretendem abrigar a senadora Ideli Salvatti (SC).
É nesse ponto que mora a maior ameaça de sequelas para a base aliada no processo de definição das comissões. Collor conta com o apoio do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), para quem a ligação com o colega de bancada estadual tem valor considerável. Collor tem nas mãos o controle de um dos maiores jornais do estado, a Gazeta de Alagoas. Elegeu-se senador com apenas 28 dias de campanha em 2006. De olho nesse peso político e no que essa aliança pode significar em 2010, Renan tem sido seu interlocutor frequente e principal articulador de sua candidatura na comissão de Infraestrutura, por onde passarão projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – vitrine da candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), à presidência da República.
Justamente por conta da relevância dessa comissão que o Planalto tem se empenhado para colocar em seu comando um nome do PT e de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tarefa de costurar um acordo menos traumático para a base está com o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).
– Estamos trabalhando para chegar a um entendimento – diz o parlamentar.
Votação


Jucá e o PT batalham por um acordo para não ter de encarar a eleição direta na comissão, onde Renan e Collor acreditam ter a maioria dos votos entre os 23 membros. Uma das soluções aventadas para evitar o confronto de uma votação naufragou na semana passada. Collor iria para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), prometida ao ex-presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Este ficaria com o comando da Comissão Mista de Orçamento, a título de prêmio de consolação. Garibaldi, contudo, antecipou o movimento e driblou a articulação.
Diante da fragilidade do governo, a oposição aliou-se a Collor em sua campanha pela Comissão de Infraestrutura. O DEM já controla a Comissão de Constituição e Justiça, que tem na presidência Demóstenes Torres (GO). O PSDB conseguiu acordo para comandar a Comissão de Relações Exteriores e colocou o senador Eduardo Azeredo (MG) à frente da comissão. Uma de suas primeiras medidas será convocar audiência pública sobre o caso da prisão do italiano Cesare Battisti – assunto especialmente incômodo ao governo. Com o apoio da oposição e mágoa pela resistência do Planalto, Collor pode ser um problema para o governo.
O que dizer sobre este cenário lá no Senado Federal? Fernando Collor de Melo voltando com tudo, Renan Canalheiros articulando como se não tivesse transformado a Casa numa extensão do seu banheiro. O governo tentando emplacar seus nomes nas comissões sem afetar os aliados. E a oposição... Bem, a oposição está ao lado de Fernando Collor de Melo. Depois reclamam do meu pessimismo.

Alô, TSE!

- Alô! Tem alguém no Tribunal Superior Eleitoral?
Estão querendo adiar a campanha presidencial do ano que vem. Lula mostra Dilma Rousseff e o PSDB tenta apaziguar a luta entre José Serra e Aécio Neves.
É preciso o tribunal se posicionar logo sobre os recentes acontecimentos. É ou não é campanha precipitada? Calma lá, gente! Tudo tem seu tempo e sua hora.

E fora do PT?

A Folha de São Paulo de hoje fala que 81% da cúpula petista apóia a candidatura de Dilma Rousseff para as eleições presidenciais do ano que vem. Até aí nenhuma novidade. Lula manda no PT. Se ele quer tal coisa, os militantes abaixam a cabeça e fazem o que ele quer. Lula é o chefe.
E fora do PT? Será que os partidos aliados apóiam a candidatura de Dilma? O PMDB está, como sempre, dividido. Uns apóiam a ex-guerrilheira. Outros preferem José Serra.
Como o PMDB está com fome de cargos públicos e o PT não quer largar o osso vai ser difícil Dilma conseguir algum apoio fora do partido.