sábado, 15 de maio de 2010

"O Chamberlain de Macaé" por Diogo Mainardi

Lula foi ao baile funk de Mahmoud Ahmadinejad assim como Vagner Love foi à Rocinha. Vagner Love confraternizou com os assassinos do Comando Vermelho? Lula está confraternizando com os assassinos da Guarda Revolucionária iraniana. Vagner Love faz trabalho humanitário no morro? Lula, segundo Dilma Rousseff, faz trabalho humanitário no Golfo Pérsico. Vagner Love foi festejar os dois gols que marcou contra o Macaé? Lula está festejando os dois gols que marcou contra o Brasil.

O Brasil é uma espécie de Macaé do mundo. Isso é uma sorte. Se o Brasil fosse a Inglaterra, Lula já estaria consagrado como o nosso Chamberlain. Sempre que alguém quer guerrear, surge algum pateta tentando ser intermediário da paz. Em 1938, o primeiro-ministro da Inglaterra, Chamberlain, viajou para a Alemanha para negociar olho no olho com Hitler. Depois de alguns encontros, eles assinaram um tratado de paz, pelo qual Hitler se comprometia a ocupar apenas uma parte do território da Checoslováquia. Chamberlain voltou à Inglaterra comemorando a paz. Seis meses mais tarde, Hitler atropelou Chamberlain e ocupou o resto da Checoslováquia. Em seguida, ocupou a Europa inteira.

Se Lula é o Chamberlain de Macaé, Mahmoud Ahmadinejad só pode ser o Hitler de Macaé. Como Hitler, ele mata seus opositores. Como Hitler, ele persegue as minorias. Como Hitler, ele tem um plano para eliminar todos os judeus. Só lhe falta o poder de fogo, porque um Macaé, felizmente, é sempre um Macaé. O papel de Lula é esse: dar-lhe algum tempo para que ele possa obter uma arma nuclear. Na semana passada, um articulista do Washington Post chamou Lula de "idiota útil" de Mahmoud Ahmadinejad. O articulista está certo. Mas há outros "idiotas úteis", além de Lula. O G15, reunido neste domingo no baile funk iraniano, conta também com a Venezuela, de Hugo Chávez, com o Zimbábue, de Robert Mugabe, e com a Indonésia, de Susilo Bambang Yudhoyono, eleito pela Time, em 2009, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. Time é uma espécie de VEJA de Macaé.

O apoio ao programa nuclear iraniano é o maior erro que o Brasil já cometeu na área internacional. Só a vaidade de Lula ganha com isso. Ao desafiar os Estados Unidos e a Europa, tornando-se cúmplice de Mahmoud Ahmadinejad, ele pode sentir-se um tantinho maior do que realmente é. Trata-se da síndrome de Macaé. Mas alguém tem de dizer a Lula que seu tempo já se esgotou. Ele representa o passado. A esta altura, sua autoridade é meramente protocolar. Um novo presidente será eleito daqui a cinco meses. Só ele poderá decidir sobre assuntos estratégicos. Em vez de atuar como um quinta-colunista da bomba nuclear iraniana, Lula deveria pensar apenas em esvaziar as gavetas de seu gabinete. Acabou, Lula. Chega. Fim. Xô.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

É por isso que eu gosto de eleição

É muito bom acompanhar uma eleição. Ver os candidatos fazendo de tudo para conquistar um voto. Eles fazem de tudo mesmo. Vejam esta foto aí. Pelos votos dos eleitores nordestinos José Serra coloca na cabeça um chapéu de cangaceiro. Que beleza! Daqui a pouco ele vai dançar o Rebolation.

E Collor está de volta! Com a ajuda de Lula

Estou lendo a nova edição da Isto É. Tem uma reportagem que fala da volta de Fernando Collor de Melo à disputa pelo governo de Alagoas. Collor foi eleito governador em 1986. Quatro anos depois subia a rampa do Palácio do Planalto como o primeiro presidente da República eleito democraticamente depois da ditadura militar.
Collor ficou um bom tempo sem prestígio político. Só em 2006 consegiu voltar à cena política se elegendo senador por Alagoas. Ele é um grande aliado de Lula. Isso mesmo. Uma das heranças do lulismo vai ser o renascimento de trastes da política brasileira que nós pensavamos ter sepultado. A Isto É fala que a entrada de Collor na disputa alagoana pode embaralhar o palanque de Dilma Rustoff. Mas deixem que Lula dá um jeito. Os dois são amigos e conversas entre amigos resolvem grande problemas.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O CAMPEÃO VOLTOU!

O São Paulo jogou muito bem. Voltou a ser um time que deseja sim ser campeão. Os outros jogos do São Paulo foram lamentáveis. Fernandão deu mais mobilidade para o time. Acho que ele vai tomar o lugar de Washington. Se o Goiás não soube aproveitar o futebol de Fernandão, que o São Paulo saiba.
Teremos o segundo jogo em São Paulo. Tomara que a mesma raça vista hoje se repita no gramado do Morumbi.
Sim, o campeão voltou! E isso é muito bom.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Após denúncias, Tuma Jr. anuncia que vai tirar férias para preparar defesa

Na Folha online

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, afirmou nesta terça-feira que irá pedir alguns dias de férias para preparar a defesa das denúncias que apontam sua ligação com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, preso em setembro de 2009, acusado de contrabandear equipamentos eletrônicos de seu país.

"Estou pensando em pedir férias. Eu pretendo tirar alguns dias de férias sim. Mas você pode ter certeza de que eu vou voltar com a alma lavada e com a honra restabelecida", afirmou o secretário em entrevista ao programa "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes.

Para o jornalista José Luiz Datena, Tuma disse que as investigações do caso já foram encerradas e que o ministro da Justiça pediu para que ele não saísse do cargo.

"Eu tenho que mostrar paras pessoas que acreditam em mim que eu não cometi nenhum ilícito, nenhuma irregularidade. Eu estou pensando seriamente [em pedir férias], até pelas minhas filhas que estão muito amarguradas", afirmou.

Em fevereiro deste ano, parecer da Corregedoria da Polícia Federal em São Paulo foi favorável a abertura de inquérito para investigar Tuma.

"Não estou acima da lei, respeito a PF e tenho carinho por essa instituição. Tudo isso que se pretende apurar nesse inquérito é algo que já foi apurado. Se a PF entender que tem que investigar novamente, não tem problema", disse.

Na segunda-feira, em reunião que durou mais de três horas, e que terminou no começo da madrugada de hoje, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e Tuma Jr. conversaram sobre as denúncias.

O presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Sepúlveda Pertence, anunciou que o órgão decidiu abrir procedimento preliminar para apurar se o secretário agiu de forma irregular ao manter ligação com o chinês. "Pedi para ser ouvido", afirmou Tuma Júnior.

Segundo a PF, Tuma não fazia parte dos investigados nem teve seu telefone grampeado. A polícia informa que após a prisão do chinês em setembro de 2008, Tuma procurou a PF para prestar declarações sobre sua relação com ele.

Investigação da PF mostra que há suspeitas de que Tuma Jr. ajudou Paulo Li a regularizar a situação de imigrantes ilegais e interveio para liberar mercadoria apreendida. Nas gravações, Tuma Jr. trata da compra de um celular e de videogame. Li foi assessor de Tuma Jr. quando ele era deputado estadual.

Em entrevista à Folha, Tuma Jr. que a investigação da PF cometeu abusos. "Não da PF, mas de pessoas da PF. Fui investigado e chegou-se à conclusão que eu não deveria ser denunciado. O caso foi "arquivado", afirmou. Ele disse que o caso foi encerrado no ano passado e voltou à tona por causa de seus ataques ao crime organizado.

Pauli Li

A prisão do chinês e de mais 15 pessoas ocorreu em setembro de 2009, após a PF deflagrar as operações Wei Jin (em chinês, trazer mercadoria proibida) e Linha Cruzada. Juntas, as duas operações tinham o objetivo de combater o contrabando de mercadorias e o vazamento de informações sigilosas, desarticulando uma quadrilha especializada no contrabando de celulares falsificados chineses.

De acordo com a PF, além de Paulo Li, a organização era integrada por despachantes aduaneiros, lojistas, gráficos, um ex-oficial do Exército Brasileiro e até mesmo um ex-membro do Serviço Secreto do Chile. Na época, a PF acusou "um conhecido mestre de kung fu" de ser um importante membro do grupo, responsável por movimentar mais de R$ 1 milhão mensais revendendo os aparelhos que recebia da China.

Além de ter sido instrutor de Kunf Fu de Tuma Júnior, Paulo Li deu aulas na superintendência paulista da PF quando o pai do secretário, o atual senador Romeu Tuma (PTB-SP), era superintendente do órgão. Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" publicou uma matéria apontando a ligação de Tuma Júnior com Li. Em uma conversa telefônica gravada pela PF, ele pergunta ao chinês se um jogo eletrônico contrabandeado estaria à venda na Avenida Paulista, em São Paulo.

Ainda segundo o jornal, a PF também teria encontrado indícios de que Tuma Júnior auxiliou Paulo Li a regularizar a situação de chineses que viviam clandestinamente em São Paulo. À Agência Brasil, contudo, a assessoria da PF se limitou a informar que o secretário não foi investigado e que suas conversas com Paulo Li só foram gravadas porque os telefonemas do chinês estavam sendo monitorados com autorização judicial.

Quem vai para a Copa

Veja aqui quem vai representar o Brasil na Copa do Mundo da África do Sul.