sábado, 30 de maio de 2009

Acabou!

Alcides Rodrigues e Marconi Perillo se encontraram ontem em Corumbaíba, interior de Goiás. Os jornais de hoje falam do encontro frio entre os dois. Alguém duvida que o Tempo Novo acabou?

Lula e os vigaristas

Este país pode ser diferente. Se a gente aprender a não eleger mais vigarista nesse país, e aprender a eleger pessoas que têm compromisso com o povo, pessoas que não tenham medo de pegar na mão de um doente, abraçar o pobre, o negro.
Eis uma fala de Lula durante um evento no Rio de Janeiro. Lula quer que o povo aprenda a não eleger mais vigarista nesse país? É mesmo? Os vigaristas estão com Lula. Jader Barbalho está com Lula, Paulo Maluf está com Lula, José Sarney está com Lula, Renan Canalheiros está com Lula. Ah, não posso esquecer de Fernando Collor de Melo. Que bela parceria, hein?

Quem está por trás de Sérgio Cabral...


"Ética em transe" por Diogo Mainardi

Kim Jong-Il liga o DVD:
Porfirio Diaz e Paulo lutam na escadaria. Porfirio Diaz está armado. Paulo o esbofeteia e se afasta. Em off, rajadas de metralhadora. Ópera. Porfirio Diaz grita, em lágrimas: "Sozinho! Paulo! Sozinho! Paulo! Sozinho!".
Kim Jong-Il, irritado, desliga o DVD. Dá uma olhada na capa: Terra em Transe. Dá uma olhada no comentário do diretor: "Terra em Transe é um documentário sobre a metáfora. Crítico, e mais do que isso, dialética da metáfora X realidade. Uma chave: ópera e metralhadora". Kim Jong-Il é tomado pelo desejo de exterminar aquela gente insensata, e manda direcionar um de seus foguetes dotados de ogiva nuclear contra o país que originou o filme – o Brasil. Quem pode recriminá-lo?
É isso que acontecerá quando pudermos mandar nosso homem para a Coreia do Norte. Seu nome é Arnaldo Carrilho. Nesta semana, ele iria abrir a embaixada brasileira em Pyongyang. Os planos tiveram de ser adiados porque na mesma data, desafortunadamente, Kim Jong-Il decidiu detonar uma bomba nuclear. E disparar meia dúzia de Taepodong-2, seu míssil balístico. E desencadear uma guerra contra o resto do mundo. Arnaldo Carrilho declarou que, chegando à Coreia do Norte, presentearia os DVDs de Glauber Rocha a Kim Jong-Il. Que é um "cinéfilo", segundo nosso diplomata. Chamar um sociopata como Kim Jong-Il de cinéfilo equivale a chamar Hitler de vegetariano.
A abertura de uma embaixada brasileira na Coreia do Norte, na mesma semana em que Kim Jong-Il detonou uma bomba nuclear, é só a última de uma série de desfeitas do Itamaraty. Lula e Celso Amorim defendem as escolhas ultrajantes de nossa diplomacia com o argumento de que o Brasil topa fazer negócios com qualquer um. Depois de suprimir os valores éticos da política interna, o PT suprimiu igualmente os valores morais da política externa. Kim Jong-Il, para o petismo, é uma espécie de Banco Rural – uma simples fonte de receita. O resultado de tanto despudor é que passamos até a abrigar terroristas da Al Qaeda no território nacional.
Mas há também um parentesco ideológico entre o PT e a Coreia do Norte. No ano passado, na festa do partido, o representante norte-coreano disse o seguinte: "O PT está construindo um socialismo de tipo brasileiro. Nós, do Partido do Trabalho da Coreia, temos a mesma finalidade". É isso: Kim Jong-Il quer construir um socialismo de tipo brasileiro. Sozinho! Kim! Sozinho! Kim! Sozinho!
Nelson Rodrigues só gostou de uma cena de Terra em Transe. É aquela na qual Glauber Rocha esfrega na cara da plateia que "o povo é débil mental". O cinéfilo Lula e o cinéfilo Celso Amorim entenderam perfeitamente a mensagem do filme.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Entre as páginas

O governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, disse ontem que sua vida e seu governo são um livro aberto. Eu gostaria de ler este livro. Me ateria nas entre-páginas. Principalmente aquelas que mostram a virada do ano de 2006 para 2007. É ali que eu prestaria mais atenção. Foi na virada do ano, ou melhor, na virada de página, que Cidinho começou a revelar que o tal Tempo Novo não estava tão bem assim. O Estado estava quebrado, endividado. Marconi Perillo havia deixado um abacaxi para Cidinho descascar. Mas Cidinho não era vice de Marconi? Cidinho não havia assumido o comando do Palácio das Esmeraldas em abril de 2006? Já sei! Ele não sabia de nada.
O que eu acho interessante é que ninguém questiona ao governador que ele prometeu durante a campanha de 2006 dar continuidade ao governo do Tempo Novo implantado por Marconi em 1999. Por que o rompimento? Por que não dar continuidade a um governo tão bem avaliado? É, alguma coisa aconteceu, ou melhor, alguma coisa rompeu.
É fato: Cidinho e Marconi estão rompidos. Quando aconteceu o rompimento? Em qual página do livro do governador Alcides Rodrigues estará registrado? Bem que este livro poderia estar a disposição de cada um. Mas do jeito que este governo é lento, talvez demore muito tempo para sair da editora.

Oposição usa CPI das ONGs como arma contra governo

Por Fernanda Odilla
na Folha

A oposição no Senado assumiu ontem o controle da CPI das ONGs para transformá-la na principal arma contra o governo federal. Além de prorrogar por mais seis meses os trabalhos da comissão, prevista para acabar em julho, o presidente da CPI, Heráclito Fortes (DEM-PI), nomeou como relator o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).No comando dessa CPI, DEM e PSDB já se preparam para colocar na pauta a convocação do assessor especial da presidência da Petrobras, Rosemberg Pinto, responsável pelo repasse de R$ 1,4 milhão para ONG ligada ao PT que organizou festas de São João na Bahia.Será a primeira estratégia casada com a CPI da Petrobras, onde a oposição terá dificuldade para enfrentar a tropa de choque governista.O tucano assumiu a vaga de Inácio Arruda (PC do B-CE) na relatoria da CPI das ONGs após um erro dos governistas. Como o regimento exige que os senadores sejam titulares só de uma CPI, Arruda precisou assumir como suplente na CPI das ONGs para defender a Petrobras e a ANP (Agência Nacional de Petróleo) na outra comissão. Leia mais aqui.

PEC do 3º mandato cai por falta de assinaturas

Por Ana Paula Scinocca e Vera Rosa
no Estadão

Bombardeada pelo PT e pela oposição, uma proposta que abria brecha para um terceiro mandato presidencial durou poucas horas na Câmara dos Deputados. Protocolada na tarde de ontem, a proposta de emenda constitucional caducou à noite, depois que vários parlamentares retiraram as assinaturas de apoio à iniciativa.O deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) apresentou a emenda - que convocava referendo sobre a possibilidade de os governantes disputarem duas reeleições - com 194 assinaturas. Dessas, apenas 183 foram reconhecidas como válidas pela Mesa. O passo seguinte para sepultar o assunto foi a mobilização do PSDB e do DEM, que levou 12 oposicionistas a retirar o apoio à proposta. Com 170 assinaturas, a emenda ficou inviabilizada - 171 é o mínimo necessário para que comece a tramitar.Barreto não escondeu que seu objetivo era beneficiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A iniciativa é um reconhecimento do povo do Nordeste ao trabalho do presidente Lula e às políticas públicas dele. Em momento de crise, é melhor que sejamos conduzidos por alguém com credibilidade externa e interna", afirmou.Mal o peemedebista terminou de falar e o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), avisou que a proposta não passaria. "Vou orientar a bancada a votar contra", insistiu. "O presidente está preocupado com o País e a nossa candidata é Dilma." O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), também criticou a iniciativa. "Somos contra o terceiro mandato e essa é a posição do próprio presidente Lula."O projeto de Lula não é ficar mais quatro anos no poder agora, mas se candidatar novamente em 2014. "Podem ficar tranquilos: ficará tudo como está", disse o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. "Temos de nos orgulhar da Constituição e de um presidente que tem 84% de popularidade e é o maior guardião dela." Se Jackson Barreto insistir na tentativa de aprovar um terceiro mandato, terá de começar do zero. Ele precisará coletar outras 171 assinaturas para reapresentar a proposta. Leia mais aqui.

Acuado após derrotas, Minc vai a Lula reclamar de colegas

Por Eduardo Scolese
na Folha

Acuado por seguidas derrotas da área ambiental, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) foi ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamar de colegas de Esplanada que, segundo ele, fecham acordos nos gabinetes e depois, à revelia do que fora decidido, vão com suas "machadinhas" ao Congresso para "esquartejar" a legislação ambiental.Minc também colocou na mesa de Lula temas que, por ora, não terão o apoio do Meio Ambiente: licenciamento ambiental prévio da BR-319 (Manaus-Porto Velho), inclusão do entorno do Pantanal na área do zoneamento da cana-de-açúcar e construção de hidrelétricas na bacia do rio Araguaia."Uma série de questões estavam tirando a sustentabilidade ambiental e política do ministério. (...) Ele [Lula] afirmou que isso não era aceitável. Que o que fosse combinado entre os ministros e ele [Lula] não dava direito a cada um, a cada Dnit da vida, ir lá atrás de um deputado pra desfazer tudo aquilo que tinha sido combinado aqui", disse, numa referência ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, ligado à pasta dos Transportes.Os ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) foram citados por Minc na conversa com Lula. Na entrevista, evitou dar nomes. Leia mais aqui.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Carlos Alberto Leréia estava na lista

O PSDB e do DEMO pressionaram seus deputados que assinaram a Proposta de Emenda Constitucional do terceiro mandato para Lula tirasse suas assinaturas. Um tucano que estava na lista dos golpistas é o goiano Carlos Alberto Leréia. Falei dele hoje cedo. Ele está causando o maior reboliço na base aliado do governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, ao criticar o atual governo. Deve estar cumprindo o papel que seu dono Marconi Perillo mandou. Leréia e Cidinho tem algumas coisa em comum. Os dois apóiam Lula. Leréia apóia Lula mais que Cidinho tanto que assinou a PEC do terceiro mandato.
Nunca acreditei em Carlos Alberto Leréia e sempre vou continuar duvidando dele.

Podcast do Diogo Mainardi:"Protógenes, blogueiros lobistas e telefonemas"

Protógenes Queiroz acaba de ser indiciado criminalmente pelo juiz Ali Mazloum. Num dos trechos da denúncia, informa-se que, no período anterior à Satiagraha, houve uma troca de 50 telefonemas entre o delegado e as empresas pertencentes a Paulo Henrique Amorim e a Luiz Roberto Demarco.
Em 23 de julho de 2008, quando meu nome foi emporcalhado por um relatório de Protógenes Queiroz, eu disse o seguinte:
O relatório da PF sobre a imprensa, apesar de seu caráter grotesco, merece ser analisado porque ele mostra claramente quem foi o inspirador do inquérito. De um jeito ou de outro, todos os jornalistas citados pisaram no pé de Luiz Gushiken e seu bando. Eu pisei. Um bocado. Luiz Gushiken até mandou a PF me investigar. Pisei no pé também de seus blogueiros de aluguel. E no do atual diretor da Abin, Paulo Lacerda. E no de seu antecessor no cargo, Mauro Marcelo. E no de Luiz Roberto Demarco, denunciando a montanha de dinheiro que ele ganhou como lobista da Telecom Italia. Aliás, desconfio que o próprio Demarco tenha ajudado a fabricar o relatório sobre a imprensa. É um acerto de contas com alguns de seus maiores desafetos, tanto profissionais quanto pessoais, como Guilherme Barros, cuja única culpa foi ter se casado com sua ex-mulher.
Passaram-se dez meses e, agora, com todo o candor, posso esfregar o focinho dos cachorros sarnentos do petismo no carpete molhado. Minha suspeita, baseada na lógica mais elementar, foi robustecida pelo inquérito policial. Comicamente, Protógenes Queiroz, em seu relatório, chegou a reproduzir um de meus artigos. Qual? Aquele em que apontei a parceria entre Paulo Henrique Amorim e Luiz Roberto Demarco.
O juiz Ali Mazloum, depois de relacionar os 50 telefonemas entre Protógenes Queiroz, o blogueiro e o lobista, observou: "Esse inusitado fato deverá ser investigado, com rigor e celeridade, para apurar eventual relação de ligações com a investigação policial em questão, vez que inadmissível e impensável que grupos econômicos, de um lado e de outro, possam permear atividades do Estado".
Desde meados de 2005, quando comecei a narrar a disputa pelo controle da telefonia nacional, eu repito aborrecidamente que as atividades do Estado foram permeadas por interesses comerciais. De um lado e do outro. Do lado de Daniel Dantas. Do lado da Telecom Italia. Do lado da Oi. Denunciei José Dirceu, homem de Daniel Dantas. Denunciei Luiz Gushiken, homem dos fundos. Denunciei Lula e Lulinha.
Luiz Roberto Demarco, para defender os interesses comerciais da Telecom Italia, ganhou 500 mil dólares. Por mais que eu esfregue seu focinho no carpete molhado, ele continuará sendo apenas um tarefeiro que se serve de outros tarefeiros - na imprensa, na polícia, no Ministério Público, no governo. Mas é seguindo seu rastro, de poste em poste, que podemos chegar ao seu dono.

A tuma da Xuxauí dando seu alô

O mensalão não existiu? Hummm... Daqui a pouco vão retomar a tese da Dona Marxilena Xuxauí de que o mensalão foi uma invenção da mídia.

Quanta sensibilidade!

Quer dizer que o PT já prepara direcionar a CPI da Petrobras para o governo Fernando Henrique Cardoso? Isto já era esperado. O mais engraçado (e muito interessante) é que os interlocutores de Lula no Senado para controlar a CPI já apoiaram o governo FHC. Romero Jucá (este já foi até tucano) e Renan Canalheiros apoiaram as iniciativas do governo anterior. Querem atacar os oito anos de FHC no Palácio do Planalto? Podem atacar, mas não esqueçam daqueles que deram corda para FHC fazer o que hoje o PT encontra para justificar seus erros. Ou vocês acham que Jucá e Canalheiros eram bonzinhos e viraram vilões depois que apoiaram Lula?

Depois do desabafo poderiam vir as revelações

Os jornais daqui de Goiânia falam do "desabafo" do governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho. Ele responde aos ataques do deputado federal tucano Carlos Leréia. O pau-mandado de Marconi Perillo ataca não somente o governador como o secretário Jorcelino Braga. Alguém duvida que a base aliada que comanda o Estado de Goiás desde 1999 acabou?
Cidinho é chamado pelos marconistas de traíra por conta da sua aproximação com o PMDB de Iris Rezende e Maguito Vilela. Desde o começo do seu governo, em 2007, que o governador tem se afastado de Marconi e se aproximado do PMDB. Este afastamento e esta aproximação não foram por acaso. Mais uma vez volto a repetir: muita coisa importante, que deveria ser mostrada para a opinião pública está escondida debaixo do tapete do Palácio das Esmeraldas. Será que vamos esperar as eleições de 2010 para que esta sujeira finalmente saia debaixo do tapete?
Cidinho diz que quer colaborar com o Estado. Poderia fazer isso revelando o lado obscuro do Tempo Novo (que ele foi aliado). Que tal começar pela Celg? Será que Cidinho teria coragem? Se ele mexer na estatal da luz vai acabar manchando Iris e Maguito, seus novos aliados. Enquanto eles esperam 2010 eu vou tentando descobrir alguma coisa.

O desabafo de Alcides

No Diário da Manhã

Em tom de desabafo, o governador Alcides Rodrigues (PP) afirmou que se sentiu “ofendido” com as declarações do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB), de que teria traído a base aliada e o senador Marconi Perillo (PSDB). “Olha, traição é aquele que não dignifica a confiança do povo. É aquele que não cumpre compromissos. É aquele que fala uma coisa e faz outra”, disparou Alcides ao assinar ontem pela manhã duas ordens de serviço autorizando investimentos para a Universidade Estadual de Goiás (UEG), no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.O pepista declarou que os atritos com Marconi foram causados ainda na época pela “busca do poder”. “Alguns são muito vaidosos. Têm de estar à frente em tudo. Têm de ser considerados o melhor, o mais bonito, o mais-mais de tudo. E não é assim”. Disse ainda que a imprensa foi testemunha de sua insistência em procurar não antecipar o debate sucessório de 2010 e classificou a discussão como “inoportuna, inconveniente, indesejável” e que vai contra os interesses administrativos de Goiás.Sem citar nomes, o governador concordou em “gênero, número e grau” com as declarações do secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, de que existe um grupo que “trabalha 24 horas por dia para desestabilizar o governo”. Apesar da tensão na base, deputados estaduais do PTB, PR, PSDB, PDT e PSB estiveram reunidos junto com o pepista durante a solenidade. Leia mais aqui.

Reforma? Que reforma?

Na Folha

O plenário da Câmara não votou ontem o requerimento de urgência para análise do projeto da reforma política, que tinha sido acordado na semana passada. Com isso, o financiamento público de campanha e a votação em lista fechada (em que o eleitor vota no partido e não no candidato) não serão analisados neste momento pela Casa.Os principais partidos de oposição ao presidente Lula criticaram a quebra do acordo para votar ontem o requerimento, que foi assinado apenas por DEM, PSDB e PPS. Pressionados pelas pequenas e médias legendas -PP, PTB e PR-, as siglas da base resolveram não apoiar o documento, que não conseguiu as assinaturas suficientes para ir ao plenário.Diante de mais um fracasso da reforma política, deputados falam agora da possibilidade de votar a emenda, de autoria do deputado José Genoino (PT-SP), que propõe a instituição de um congresso revisor. Ele seria feito apenas em 2011, com a função de modificar pontos do sistema político-eleitoral.O texto que deveria ter sido apreciado ontem estava sob responsabilidade de Ibsen Pinheiro (PMDB-RS).
Comentário
Sabem quando a reforma política vai voltar à tona? Quando outras denúncias envolvendos congressistas inundarem os jornais e as revistas. À reforma política nós dizemos: "Até o próximo escândalo".

PF vê ligação de libanês com a Al Qaeda

Por Lucas Ferraz
na Folha

Investigações da Polícia Federal sobre a atividade do libanês K. chegaram à conclusão de que ele tem ligações com a organização terrorista Al Qaeda.K., acredita-se, é o responsável mundial pelo "Jihad Media Battalion", uma organização virtual que é usada como uma espécie de relações públicas on-line da Al Qaeda, propagando pela internet, em árabe, ideais extremistas e incitando o povo muçulmano a combater países como os EUA e Israel. Para a PF, K. não é membro da alta hierarquia da Al Qaeda.De São Paulo, sempre segundo a avaliação da cúpula da PF, o libanês mantinha contato com pessoas ligadas à organização terrorista em pelo menos quatro países, um deles da Ásia.Sua função não estava ligada ao braço armado da organização, mas a PF suspeita de que ele tenha tratado, em discussões pelo fórum, de alvos potenciais de atentados, chegando a distribuir tarefas a outros membros da organização.Segundo as investigações, K. agia só, o que descarta, portanto, para as autoridades, a participação de algum brasileiro.Nas intercepções feitas pela PF, o libanês foi flagrado dizendo ser integrante da Al Qaeda, que tem como líder máximo Osama bin Laden, o terrorista mais procurado do planeta.As autoridades brasileiras foram informadas da atuação do libanês em fevereiro, em informações repassadas pelo FBI, o equivalente norte-americano da PF. Na ocasião, o FBI já tinha a identificação do IP do computador de onde o libanês coordenava a rede. Leia mais aqui.

Como foi dito aqui: PT ameaça investigar gestão da Petrobrás no governo FHC

Por Eugênia Lopes
no Estadão

Futuro integrante da CPI da Petrobrás, o senador João Pedro (PT-AM) defendeu ontem que a comissão de inquérito investigue supostas irregularidades ocorridas na estatal no governo Fernando Henrique Cardoso. Com ampla maioria na CPI, o governo deixou claro que vai para o enfrentamento com a oposição: indicou sua tropa de choque para participar das investigações e blindar a Petrobrás e, agora, faz ameaças. A comissão parlamentar de inquérito será instalada na terça-feira, quando serão escolhidos presidente e relator. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), era ontem o mais cotado para assumir a relatoria. Leia mais aqui.

Quem diria...

Na Folha

Indicado pelo PTB para integrar a CPI da Petrobras, o senador Fernando Collor (AL) acabou renunciando à Presidência em 1992 após ser acusado de cometer crime de responsabilidade pela CPI sobre PC Farias.A comissão foi criada em razão de uma disputa familiar. Em 1991, o empresário Paulo César Farias -caixa da campanha de Collor em 1989- comprou o jornal "Tribuna de Alagoas", para concorrer com a "Gazeta de Alagoas", de Pedro Collor, irmão do presidente.Logo Pedro passou a questionar a origem dos recursos de PC até que, em maio de 1992, disse à revista "Veja" que PC era o testa-de-ferro do presidente e ficava com 30% das propinas recolhidas de empresários -fato negado por Collor. A Polícia Federal instaurou um inquérito e, em 1º de junho, o Congresso instalou uma CPI. Leia mais aqui.

Sistema Petrobras privilegia PT em doações a candidatos

Por Fábio Zanini e Alan Gripp
na Folha

Pelo menos nove empresas ligadas à Petrobras doaram R$ 8,53 milhões para campanhas eleitorais em 2006 e 2008, a maior parte em benefício de petistas, embora a estatal seja proibida por lei de financiar candidatos e partidos.As empresas integram o que a estatal chama de "Sistema Petrobras": na maioria delas, a petrolífera tem participação acionária, indica diretores e participa de conselhos. Em pelo menos uma, a petroquímica Braskem, representantes da Petrobras no conselho de administração participaram da aprovação de doações. A estatal tem 23,78% do capital da empresa.A legislação eleitoral proíbe estatais de doar, mas é omissa quanto às contribuições das empresas das quais elas são acionistas minoritárias. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, para que a corte tenha uma posição firmada sobre o assunto será preciso que seja provocada em um caso específico.Outra empresa ligada à Petrobras, a Petroquímica União, foi a responsável pelo maior valor doado a um candidato em 2008: R$ 800 mil. O beneficiado foi o petista Luiz Marinho, eleito prefeito de São Bernardo do Campo (SP). Indústria de plásticos sediada na região do ABC, a Petroquímica União é uma subsidiária da Quattor Participações, na qual a Petrobras tem 40% do capital. Outras três subsidiárias da Quattor fizeram doações menores.Nas duas últimas eleições, a Petroquímica União repassou R$ 3,91 milhões a políticos. Em 2006, foram R$ 504 mil para o presidente Lula e R$ 251 mil para Geraldo Alckmin (PSDB).Já a Braskem deu R$ 3,02 milhões para campanhas nas duas últimas eleições. O PT recebeu 37% desse montante (R$ 1,12 milhão), partido mais beneficiado pela empresa. O PSDB, em segundo, teve R$ 765 mil. Leia mais aqui.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bangladesh, Bangladesh

Ao ler o post abaixo lembrei de George Harrison. Ele foi o primeiro músico a fazer um show de rock beneficente. Foi em 1971, em Nova York para as vítimas de um cicline que atingiu Bangladesh. Tenho um DVD aqui em casa que mostra a entrevista de George a Ditt Cavvet. Ele fala da dificuldade de mandar o dinheiro arrecadado para as vítimas, a preocupação de que algum centavo fosse desviado. Sem contar as gravadoras que colocaram vários empecilios para que seus artistas não gravassem o disco com as músicas cantadas no show.
Bangladesh ainda sofre com os ciclones. Então vamos cantar com George Harrison:
My friend came to me, with sadness in his eyes
He told me that he wanted help
Before his country dies
Although I couldn't feel the pain, I knew I had to try
Now I'm asking all of you
To help us save some lives
Bangla Desh, Bangla Desh
Where so many people are dying fast
And it sure looks like a mess
I've never seen such distress
Now won't you lend your hand and understand
Relieve the people of Bangla Desh
Bangla Desh, Bangla Desh
Such a great disaster - I don't understand
But it sure looks like a mess
I've never known such distress
Now please don't turn away, I want to hear you say
Relieve the people of Bangla Desh
Relieve Bangla Desh
Bangla Desh, Bangla Desh
Now it may seem so far from where we all are
It's something we can't neglect
It's something I can't neglect
Now won't you give some bread to get the starving fed
We've got to relieve Bangla Desh
Relieve the people of Bangla Desh
We've got to relieve Bangla Desh

Bangladesh

No Estadão

Mais de 126 pessoas morreram no Estado de Bengala Ocidental, leste da Índia, durante a passagem do ciclone Aila. Em Bangladesh, país vizinho da Índia, o ciclone deixou pelo menos 200 mortos, segundo estimativas do governo bengali. Calcula-se ainda que o ciclone tenha provocado o deslocamento de milhares de pessoas nos dois países do sul da Ásia.Muitas crianças morreram afogadas por causa das ondas de até quatro metros de altura formadas pelo ciclone. Índia e Bangladesh lançaram ontem uma ampla operação de socorro aos milhares de desabrigados. Soldados distribuíram comida, água potável e cobertores. Calcula-se que 430 mil pessoas perderam suas casas no litoral sul de Bangladesh e pelo menos 110 mil em povoados de Bengala Ocidental.

PF investiga estrangeiro por racismo na internet

Por Rubens Valente, Andrea Michel e Lucas Ferraz
na Folha

A Polícia Federal manteve preso por 21 dias o libanês K., comerciante de equipamentos de informática que mora em São Paulo, sob suspeita de que ele propagava na internet material com conteúdo racista.Na edição de ontem da Folha, o colunista Janio de Freitas informou que um integrante da alta hierarquia da Al Qaeda tinha sido preso no Brasil.O jornalista escreveu que, para preservar o sigilo, a PF atribuiu a prisão, inclusive internamente, a uma investigação sobre células de neonazistas.O comerciante nasceu no Vale do Bekaa, no Líbano, é considerado "estrangeiro permanente" no Brasil e tem mulher e filha brasileiras. Ele foi preso em 25 de abril por ordem do juiz da 4ª Vara Federal Criminal, Alexandre Cassettari.A ordem de soltura foi dada pelo mesmo juiz no último dia 18, por entender que a prorrogação da prisão já não era mais necessária para o andamento das investigações no Brasil.Em nota divulgada ontem, a procuradora federal Ana Letícia Absy informou que as investigações "não comprovaram que o preso em São Paulo é membro da Al Qaeda".A procuradora relatou, na nota, que o libanês foi alvo de um inquérito aberto pela PF com base em informações do FBI, o equivalente norte-americano da PF, "sobre a existência de um fórum fechado da internet, publicado em língua árabe, com mensagens discriminatórias e anti-americanas".Em decisão contrária a um habeas corpus impetrado por K., o desembargador do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região Baptista Pereira citou, de modo genérico, que as investigações da PF vinculavam esse fórum da internet a "grupos como Al Qaeda". Leia mais aqui.

Oposição promete parar votações se não dividir comando da CPI

Por Eugênia Lopes
no Estadão

Em represália à decisão do governo de ficar com os dois postos de comando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades na Petrobrás e na Agência Nacional de Petróleo (ANP), o DEM e o PSDB resolveram ontem entrar em obstrução para tentar impedir a votação de propostas de interesse do Palácio do Planalto. A ideia dos oposicionistas é não deixar votar medidas provisórias como a que cria o Fundo Soberano e a que autoriza a União a emprestar R$ 100 bilhões ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ambas as MPs perdem validade já na segunda-feira. "Se eles (governistas) têm número para eleger o presidente e designar o relator da CPI da Petrobrás, nós vamos fazer valer nosso ponto de vista e entrar em obstrução", afirmou ontem o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). "O entendimento era para que ficássemos com a presidência. Suspenderam o entendimento que estava viabilizado", disse Agripino, momentos após ser informado pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), de que a oposição não ficaria com o cargo. Mais tarde, depois de desistir de fazer um discurso no plenário do Senado, Renan confirmou que a oposição não ficaria com nenhum dos postos de comando. "Criar uma CPI é direito constitucional da minoria, mas quem vai ser o presidente é um processo da maioria", argumentou. A decisão de atropelar a oposição e deixar nas mãos de governistas a presidência e a relatoria da comissão foi tomada na segunda-feira depois de encontro de Renan com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O peemedebista era favorável a um acordo e argumentava que o governo não deveria "mexer com os brios da oposição". Leia mais aqui.

Gabrielli nega que Petrobras seja petista e use critérios partidários

Na Folha

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, negou ontem, em entrevista em Salvador, que a empresa tenha se tornado petista durante sua gestão e que use "critérios partidários" para firmar contratos e repassar verbas de patrocínio."A diretoria da companhia só tem uma pessoa que é de fora da Petrobras, que sou eu, que fui indicado pelo Conselho de Administração", disse Gabrielli, após ser questionado se a empresa se tornara "petista". Segundo ele, os seis diretores são funcionários de carreira.Entre as linhas de investigação, a CPI da Petrobras no Senado quer esclarecer a utilização de ONGs na Bahia -uma delas presidida por uma dirigente petista- para o repasse de verbas para festas de São João realizadas por prefeituras. Em 2008, a estatal repassou R$ 1,4 milhão para patrocinar festas juninas em 26 cidades.Questionado sobre os critérios de escolha das instituições, Gabrielli respondeu: "Eu poderia também revelar aqui o que nós estamos gastando, por exemplo, em publicidade com jornais e com as televisões. Isso é muito mais do que repassamos às entidades". Ele negou que estivesse fazendo uma ameaça à imprensa.Gabrielli também negou favorecimento a ONGs petistas.Também em Salvador, Lula negou ter interferido nas indicações para compor a CPI. "É problema do Congresso, sobretudo do Senado. Eles vão se reunir e indicar quem deve ser presidente, relator, suplente. O presidente não tem competência para dar palpite sobre quem deve ser [indicado]."

Conversa entre Lula e Chávez vaza e escancara entrave na relação

Por Tânia Monteiro e Tiago Décimo
no Estadão

Uma "barbeiragem" da equipe de som que montou as instalações do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o líder venezuelano, Hugo Chávez, permitiu que parte da conversa reservada entre os dois fosse transmitida para o público externo.Diante da dificuldade de se chegar a um acordo para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Lula prometeu ao colega venezuelano que, se conseguir eleger sua sucessora a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, todos os problemas serão superados, e o projeto sairá do papel."Se eu conseguir eleger a Dilma, vou ser o presidente da Petrobrás. E você, Gabrielli, vai ser meu assessor, e o acordo será fechado", disse o presidente, em tom de brincadeira, sem saber que a ironia estava sendo ouvida por toda a imprensa, na sala ao lado, pelo equipamento de tradução simultânea montado para a entrevista que seria concedida logo depois.O vazamento da discussão entre os dois presidentes e Gabrielli permitiu que os jornalistas acompanhassem as dificuldades de negociação, no encontro reservado entre os três. Houve insistentes e inúmeras reclamações de Chávez, além de sua decepção com os novos entraves na discussão.Gabrielli explicava que havia três pontos que necessitavam mais debate - custos de investimento, comercialização do produto e o preço do petróleo - e avisava que seriam necessários mais 90 dias para discutir todas essas questões.Chávez reclamou. "É lamentável não sermos capazes de fazer um acordo. A conta é de anos. Confesso que estou frustrado. A culpa é dos dois governos", afirmou, ressaltando os entraves. "Não podemos conceder à Petrobrás um preço diferenciado. O preço tem de ser o de mercado. No mundo inteiro funciona assim. Funciona assim em Cuba, nos Estados Unidos e na Rússia." O presidente da Petrobrás, então, respondeu ao venezuelano: "Nós também defendemos o preço internacional." Leia mais aqui.

terça-feira, 26 de maio de 2009

De Protógenes para Paulo Henrique Amorim: "Cadê sua bota cor de rosa?"

Paulo Henrique Amorim a serviço de Protógenes Queiroz. Vai ver o delegado analisou o rodopio do ex-global e disse: Que matéria! Ou então telefonou para o blogueiro lulista e disse: "Cadê sua bota cor de rosa". O jornalulismo vai perdendo a sua máscara. Vai ter que procurar outro lugar para dar os seus rodopios.

O povo sempre banca as badernas esquerdopatas

Outra vez invadiram a reitoria da USP? Outra vez os esquerdopatas quebraram vidros e persianas? Nenhuma novidade. Assim como não é novidade que o povão vai ter que pagar pelos estragos. É o povo pagando, mais uma vez, as badernas esquerdopatas.

Mendes é direto: 3º mandato não passa no STF

O presidente do STF Gilmar Mendes está certo ao afirmar que a proposta golpista de 3º mandato para Lula não passará na suprema corte. Ele não precisa ouvir as "vozes das ruas" para dar o seu veredito.
Apenas a Constituição basta. Enquanto Lula despista, Gilmar Mendes é direto.

Aconteceu alguma coisa sim

Até 2006 tudo era maravilhoso. Marconi Perillo era eleito senador com um grande número de votos e seu vice Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, era reeleito (já que ele estava no cargo desde abril de 2006 quando Marconi deixou o Palácio das Esmeraldas para disputar uma vaga no Senado) vencendo uma eleição que muitos diziam perdida. Quem diria o obscuro Cidinho vencendo Maguito Vilela que, até então, era líder disparado nas pesquisas.
Mas, a partir de 2007, as coisas começaram a desandar. Cidinho começou a falar em reforma administrativa, que o Estado estava quebrado. Alguma coisa de podre no ar. Ninguém explicou até hoje o que de fato aconteceu. Qual era o tamanho do abacaxi que Marconi havia deixado para Cidinho e que este escondeu durante a campanha de 2006.
Viram a reportagem abaixo deste post? De vez em quando a imprensa goiana resolve deixar o governismo de lado e eu não posso deixar estes momentos passarem. Tenho que publicar aqui.
A reação do deputado Carlos Leréia mostra que a base aliada, popularmente conhecida como Tempo Novo, está rachada e dificilmente será solidificada para as eleições do ano que vem. As acusações de Lereia contra o secretário da Fazenda Jorcelino Braga são graves e merecem ser investigadas. Mas o que é investigado nestêstado? Será que Leréia apoiaria uma CPI contra o secretário que ele diz estar "a serviço do PMDB"?
Desde 2007 que a política goiana esconde alguma coisa. Aconteceu alguma coisa na virada de 2006 para 2007 e que muita gente faz vista grossa. Vamos percebendo que a maquiagem que o Tempo Novo pintou em Goiás está borrado. E os oportunistas Iris Rezende e Maguito Vilela se aproveitam disso para se aproximar de Cidinho. Mas Cidinho não dizia em 2006, repetindo o que Marconi sempre disse, que foram os dois que quebraram Goiás? A cada dia que passa chego a conclusão que Iris, Maguito, Marconi e Cidinho quebraram estêstado. Mas as coisas estão obscuras demais neste momento. Talvez ano que vem saberemos de alguma coisa.

Deputado tucano acusa governador e secretário da Fazenda

No Diário da Manhã

É cada vez mais evidente a tensão existente na base aliada entre PSDB e PP. Os deputados federais tucanos Carlos Alberto Leréia e o presidente regional do partido Leonardo Vilela mandaram recados nesta segunda-feira (25) em tom de desabafo e expuseram mais uma vez a delicada relação entre as duas siglas. Enquanto Leréia afirmava que o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga está a “serviço do PMDB”, Vilela avisou que o partido não admite veto ao nome do senador tucano Marconi Perillo por parte de membros do PP.A crise que se deflagrou entre as duas siglas se iniciou na semana passada após Braga ter criticado as gestões anteriores dos tucanos. A tensão na base aliada também foi exposta após o governador Alcides Rodrigues (PP) ter praticamente abraçado a possível candidatura do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao governo em 2010, ao criticar aqueles que têm “menosprezado” seu trabalho e qualificação.Hoje pela manhã, em entrevista às rádios locais e também ao Diário da Manhã, Leréia fez críticas pesadas contra o governador e Braga. O PSDB, que tinha adotado a postura de minimizar as zonas de conflitos com o governo, resolveu adotar posicionamento contrário e partiu para a defesa.O deputado afirmou que o secretário da Sefaz está a “serviço do PMDB” por ter empresas em nomes de laranjas que fazem contratos com prefeituras do partido. “Acho isso muito estranho. Braga está a trabalho do PMDB, tem uma empresa que fez contrato até com a prefeitura de Aparecida de Goiânia, que é administrada PMDB”, disparou.Leréia ainda questionou por que o governo autorizou a Celg a pagar “alguns milhões” à prefeitura de Santa Helena e resolveu deixar outros municípios sem receberem esse dinheiro. “Eu falo em meu nome e não do PSDB. Eu vejo que isso como uma grande traição por parte do governo, é ingratidão, falta de lealdade. Marconi ajudou Alcides a se eleger, sempre esteve ao seu lado. Ainda bem que o povo reconhece o trabalho de Marconi”, afirmou.Vilela endossou o coro dos tucanos insatisfeitos com a relação entre a base aliada. “Respeito a opinião de Leréia, especialmente quando ele pede lealdade do grupo que ajudamos a eleger, pois sempre fomos leais ao governador Alcides”. O presidente regional do partido ainda ressaltou que o PSDB não pretende “impor” qualquer candidatura à base aliada, mas também não admite veto ao nome de Marconi, para sua eventual candidatura ao governo em 2010. Leia mais aqui.

Juiz transforma Protógenes em réu por vazar Satiagraha

Na Folha

O juiz da 7ª Vara Federal de São Paulo, Ali Mazloum, aceitou ontem denúncia do Ministério Público Federal e transformou em réu o delegado Protógenes Queiroz, hoje afastado da Polícia Federal.Com a decisão, Protógenes será julgado por crimes de vazamento de informação sigilosa e fraude processual durante a Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas em julho de 2008.A decisão já era esperada. De novo, trouxe o pedido de que Paulo Lacerda, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), seja denunciado pela Procuradoria Geral da República pela participação da Abin na Satiagraha.Ao contrário do Ministério Público Federal, que pediu arquivamento do inquérito que investiga a participação da Abin, Mazloum considerou ilegal e "clandestina" a participação dos agentes e disse que a atuação de Lacerda foi muito mais ativa do que se imaginava.Para o juiz, houve crimes de quebra de sigilo e usurpação de função pública.Segundo Mazloum, "verifica-se a existência de quase uma centena de telefonemas entre ele [Protógenes] e Paulo Lacerda" nas semanas que antecederam a prisão de Dantas.Por conta desses telefonemas e da participação ilegal da Abin na operação da PF, Mazloum pediu que o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, denuncie Lacerda criminalmente. Leia mais aqui.

Petistas têm 1/5 dos cargos de confiança

Por Fernando Barros de Mello
na Folha

Cerca de 26% dos profissionais que ocupam cargos de confiança no governo Lula ou já foram ou são filiados a um partido político. Desse total, a grande maioria é de filiados ao PT, aproximadamente 80%.Os dados fazem parte de duas pesquisas recentes feitas pelo CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil) da FGV, coordenadas pelas cientistas políticas Maria Celina D'Araújo e Camila Lameirão.Em 2007, a Folha revelou que 45% da cúpula do governo era sindicalizada. Os novos indicadores mostraram poucas variações no decorrer do dois mandatos de Lula. Os sindicalizados variaram para 42,8% (mais alto do que a da média nacional de 17,7%, segundo os dados da Pnad de 2007).Ainda na comparação entre os dois mandatos de Lula, a participação em movimentos sociais foi de 46% para 46,3% e, em organizações locais, de 23,8% para 26,8%."Vale destacar o incremento no pertencimento a centrais sindicais, indicando a corroboração da tese de que esta é uma instância que efetivamente está sendo fortalecida pelo governo", escreve Lameirão. O percentual de pessoas ligadas a centrais sindicais passou de 10,6% para 12,3%. Leia mais aqui.

Mendes afirma que ''terceiro mandato'' não passa no STF

Por Mariângela Gallucci
no Estadão

Diante da disposição de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de apresentarem uma proposta de emenda à Constituição para permitir um terceiro mandato, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, alertou ontem que dificilmente a corte chancelará a manobra.Mendes afirmou que a aprovação de um terceiro mandato ou a ampliação do atual para seis anos seria um casuísmo. "As duas medidas (terceiro mandato e ampliação do atual mandato para 6 anos) têm muitas características de casuísmo. Vejo que dificilmente seria aprovado no STF", afirmou. Para Mendes, essas propostas representariam um prejuízo aos princípios republicanos. Segundo ele, seria "extremamente difícil fazer a compatibilização com o princípio republicano". "A reeleição continuada certamente seria uma lesão ao princípio republicano", advertiu. Outros ministros do Supremo já se manifestaram contra a possibilidade.Mendes falou que no regime democrático é preciso seguir o que está estabelecido pela Constituição. "Democracia constitucional é mais do que eleição. É eleição sob determinadas condições estabelecidas na Constituição, inclusive respeito às regras do jogo", disse Mendes.Publicamente o presidente tem negado a intenção de disputar um terceiro mandato em 2010, apesar de aliados estarem articulando a apresentação de uma proposta de emenda constitucional que permitiria a ele disputar um novo governo. Uma proposta que poderá ser apresentada nesta semana prevê a realização de um referendo para consulta popular, o que garantiria maior legitimidade à mudança já em 2010.Mas, conforme recente reportagem publicada pelo Estado, o projeto de Lula é voltar ao poder em 2015. Em 2010, a candidata do presidente continua sendo a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que atualmente enfrenta um tratamento para combater um câncer. Ele voltaria a disputar a Presidência apenas em 2014, com o apoio da população. Leia mais aqui.

Contratada da estatal doou a Jucá

Por Marcelo de Moraes
no Estadão

Apontado como o provável relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), recebeu doações de campanha de empresa que mantém contratos com a estatal. Na sua campanha ao governo de Roraima, em 2006, quando foi derrotado, Jucá obteve repasses de doações recebidas pelo Comitê Financeiro Único do PMDB estadual, num total de cerca de R$ 1,4 milhão. Uma das doadoras ao Comitê peemedebista foi a Construtora Andrade Gutierrez, que abasteceu os cofres da campanha do partido em Roraima com R$ 200 mil.Como ainda não foi instalada, a CPI não tem um roteiro definido para suas investigações. Mas os contratos assinados pela empresa, especialmente os de grande porte, poderão entrar na lista dos temas que serão analisados pelos senadores dentro da comissão.Assim, se for confirmado como relator, Jucá poderá ter que se debruçar sobre contratos de grande vulto assinados pela Petrobrás justamente com a Andrade Gutierrez e com outras construtoras que também sejam importantes colaboradoras de campanhas eleitorais.No caso específico da Andrade Gutierrez, a empresa participa de parcerias expressivas com a Petrobrás. Somente levando em consideração os contratos assinados pela estatal no ano passado, o terceiro de maior vulto conta com a participação da construtora. Trata-se do contrato assinado para a criação de novas unidades na modernização da Carteira de Diesel da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em Mataripe (BA). O acordo pagará cerca de R$ 1,32 bilhão para as empresas Andrade Gutierrez e Techint. Leia mais aqui.

Governo pretende fazer relator e presidente na CPI da Petrobrás

Por Leonencio Nossa e Eugênia Lopes
no Estadão

O governo vai insistir na indicação do presidente e do relator da CPI da Petrobrás, diante de alertas sobre possíveis reflexos nos investimentos da maior estatal do País. Em conversa com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem estar preocupado com a imagem da companhia no momento em que foram descobertas gigantescas reservas de pré-sal e garantiu que não deixará a CPI virar "pirotecnia" na antessala de um ano eleitoral.Coube ao ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, dar o tom dos planos do governo para enfrentar a CPI, após o encontro entre Lula e Renan. "É só cumprir o regimento", disse Múcio. "Cabe à maioria, através do voto, escolher os membros da comissão. Foi assim em todos os governos passados. O modelo que eu vi no Senado nestes anos todos é que a maioria sempre escolhia a presidência e a relatoria." Além de se reunir com Renan, Lula discutiu as estratégias para enfrentar a CPI em outro encontro, com Gabrielli, Dilma Rousseff (chefe da Casa Civil), José Eduardo Dutra (presidente da BR Distribuidora) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União). O governo teme que a oposição use a CPI como palanque para desgastar a pré-candidatura de Dilma à Presidência em 2010.Apesar de o prazo final para a indicação dos 11 titulares e 7 suplentes da CPI terminar hoje, setores da base aliada - principalmente do PMDB - pretendem convencer o Palácio do Planalto a aceitar a divisão do comando entre governistas e oposicionistas. A posição, defendida por Renan, é conflitante com a de Múcio e senadores do PT. O governo e os petistas querem que a CPI da Petrobrás seja dirigida apenas por senadores da base aliada."A vontade do PMDB e do PTB era de dar a presidência da CPI para o DEM ou o PSDB. Se eles mudaram de posição é porque o governo deve ter muito a esconder", afirmou o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Leia mais aqui.

Mundo condena Coreia por teste de bomba

Por Andrea Murta
na Folha

A Coreia do Norte foi alvo ontem de forte condenação de líderes mundiais e do Conselho de Segurança (CS) da ONU pelo teste nuclear que realizou na noite do último domingo (manhã de ontem na Ásia), ato que violou resoluções anteriores do órgão e os próprios compromissos de Pyongyang. Uma resposta prática ao regime do ditador Kim Jong-il ainda não havia sido definida até o fechamento desta edição.Horas depois do teste, o país testou também três mísseis de pequeno alcance. Uma reunião de emergência do CS da ONU foi convocada pelo Japão durante a tarde, e os países seguiam tentando elaborar reação conjunta ao regime do ditador Kim Jong-il à noite."Os membros do CS expressaram sua forte oposição e condenação ao teste nuclear conduzido pela República Democrática Popular da Coreia em 25 de maio de 2009, que constitui uma clara violação da resolução 1.718", diz a nota do grupo. A resolução 1.718 foi elaborada em condenação a outro teste nuclear, realizado pelos norte-coreanos em outubro de 2006, e incluía sanções e proibição a novas explosões.Os eventos de ontem indicam que ela foi ineficaz, assim como a estratégia adotada até agora de pressões e encorajamentos financeiros a Pyongyang. Ainda assim, os membros do conselho "decidiram começar a trabalhar imediatamente em nova resolução".Os EUA disseram que a explosão é motivo de "preocupação grave" e pressionam por sanções. "A Coreia do Norte está diretamente e irresponsavelmente desafiando a comunidade internacional", disse o presidente Barack Obama. "[O teste] convida a pressão internacional mais forte. (...) A Coreia do Norte não encontrará segurança e respeito por meio de ameaças e armas ilegais." Leia mais aqui.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Goiás ainda vive na década de 1980

O governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral esteve em Goiânia no último sábado. Uns dizem que veio só conferir os mutirões que o prefeito Iris Rezende realiza e outros dizem que sua visita foi um teste para ver se ele pode ser candidato a vice na chapa lulista no ano que vem. Mas Cabral mostrou que não conhece nada sobre as terras depois do Rio Paranaíba. Para ele, os mutirões de Iris eram os mesmos mutirões dos anos 80. Para Cabral, nada havia mudado em Goiás nos últimos vinte anos. Os mutirões do atual prefeito são iguais ao "Ação Global" da Rede Globo e do Sesi. Sérgio Cabral pensou que Iris Rezende ainda pegava em tijolos e ajudava o povão a construir suas casas. Já foi este tempo.
Cabral telefonou para o prefeito carioca Eduardo Paes. Disse que seu pupilo virá a Goiânia ver de perto o que Cabral viu no sábado passado. Será que Paes vai perguntar se Goiânia ainda é contaminada pelo Césio 137? Já foi este tempo. Mas para Sérgio Cabral, Goiás ainda vive na década de 1980.

Base se dispersa e governo perde controle da pauta

Por Denise Madueño
no Estadão

A 15 meses das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta reanimar a campanha de sua candidata ao mesmo tempo em que enfrenta a desagregação de sua base de sustentação. Ao lançar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a sua sucessão, o presidente, automaticamente, começou a apressar o fim de seu próprio mandato. Como resultado, a base se sente órfã tentando se firmar entre um governo que caminha para o fim e uma candidatura fragilizada com a doença da ministra Dilma.Para agravar o cenário, o governo tem ficado sem condições de enfrentar o PMDB, depois que o partido foi elevado pelo presidente à condição de aliado fundamental para o projeto de eleger Dilma em 2010. Em consequência, o PMDB tomou conta de todas as relatorias importantes na Câmara, faz pressões explícitas por cargos e por liberações de recursos. Ao mesmo tempo, os superpoderes dos peemedebistas interferem na relação com os outros partidos da base, revelando um quadro precário de apoio ao governo no Congresso.Essa dispersão tem ficado visível nas votações e na ocupação de espaços tanto na Câmara quanto no Senado. Na CPI da Petrobrás, criada no Senado, o governo caminha para ser apenas passageiro, sem nenhum comando dos trabalhos. O relator poderá ser o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), mas, o que pode parecer uma segurança, se torna uma dificuldade a mais para Lula. O PMDB de Jucá pressiona pela mudança de diretores da Petrobrás para emplacar seus apadrinhados em troca de abrandar as investigações na comissão de inquérito. A presidência da CPI poderá ficar nas mãos de um senador da oposição. Leia mais aqui.

Começam hoje depoimentos de testemunhas do mensalão

Por Fernando Barros de Mello
na Folha

Começam hoje em São Paulo os depoimentos de testemunhas convocadas pelas defesas no processo criminal do mensalão.A lista de personalidades que serão ouvidas pela Justiça inclui o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), cujo depoimento, marcado para 29 de maio, foi pedido pelos advogados de Roberto Jefferson.No mesmo dia, estão previstos os depoimentos do petista Paulo Frateschi e Paulo Ferreira, atual tesoureiro do PT. Na quarta-feira, serão ouvidos o ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos (arrolado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu) e o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP).O calendário de oitivas foi marcado seguindo determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), por meio de carta de ordem.Ao todo serão ouvidas 96 testemunhas na 2ª Vara Criminal, entre 25 de maio e 5 de junho. A portas fechadas, os depoimentos serão tomados pela juíza federal Silvia Maria Rocha. Leia mais aqui.

Renan e Lula se reúnem para traçar estratégia e compor CPI

Por Fernanda Odilla e Adriano Ceolin
na Folha

A base aliada do governo se reúne na manhã de hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir os melhores nomes e a estratégia que será usada para proteger a Petrobras na CPI instalada no Senado para investigar denúncias de irregularidades na estatal.Ontem, o senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB, negou que levará a Lula os nomes de ACM Junior (DEM-BA) para presidir e o de Romero Jucá (PMDB-RR) para relatar a CPI. Apesar de a dupla contar com apoio de parte da oposição e até de petistas, ele disse que só após conversar com o presidente vai definir a composição e o comando da comissão."A preocupação é com quem não vou designar. Nesse momento temos um quadro de excesso", disse Renan, que deve indicar três titulares e dois suplentes do PMDB para a CPI.O objetivo do PMDB é se valorizar ainda mais com Lula e, também, enfraquecer o PT. Na semana passada, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) se encontrou com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, nos EUA. "Ele está preocupado. Teme que qualquer licitação vire denúncia. Eu disse a ele para conversar mais com o PMDB do Senado."Petistas, que querem manter presidência e relatoria da CPI com governistas, acreditam que Lula levará em conta todas as ponderações de Renan. Os mais próximos ao presidente dizem que ele não vai criar problemas a poucos meses das definições da eleição de 2010. Leia mais aqui.