quinta-feira, 16 de julho de 2009

Até segunda!

Não poderia viajar sem deixar de pegar no pé da UNE.
Mas tenho uma viagem daqui a pouco.
Como disse mais cedo: segunda estou de volta!

E a UNE se cala quando o assunto é o abraço de Lula em Collor

Está lá no Blog do Noblat:

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf,, evitou criticar nesta quinta-feira o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) , e aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB- AL).
Embora, tenha afirmado que a entidade é contra a atuação desses parlamentares.
- Não temos relação com a declaração do presidente Lula sobre Collor, Renan e Sarney - disse Lúcia Stumpf.
Comentário
O que uma boa verba federal não faz. Lula diz que José Sarney é uma pessoa incomum. Lula abraça Fernando Collor de Melo e a UNE acha que não tem "relação com a declaração do presidente Lula sobre Collor, Renan e Sarney". Pois é... Em pensar que a UNE já fez protestos contra Collor, Renan e Sarney. Bando de hipócritas!

Segunda estou de volta

O blog vai parar um pouquinho, mas segunda estou de volta.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Quem aprovaria a reforma política?

Por Diana Brito
na Folha online

O ministro Tarso Genro (Justiça) disse nesta quarta-feira que se a reforma política já tivesse sido aprovada pelo Congresso teria evitado as crises no Senado. Segundo o ministro, os problemas seriam "meramente administrativos".
"O que eu disse de maneira exaustiva é que se o parlamento brasileiro tivesse feito uma reforma política profunda no país e essa reforma tivesse reflexo no próprio processo eleitoral e no revigoramento do parlamento, essas crises que o Senado está atravessando seriam meramente crises administrativas", afirmou o ministro no Rio de Janeiro, onde participa da 1ª Conferência Estadual de Segurança Pública.
Tarso evitou comentar os problemas políticos no Senado. "Eu não entro neste debate político que está atravessando o Senado", disse.
Leia mais aqui.
Comentário
Humm... Lá vem o Tarso Genro com o papinho de reforma política. Quer dizer que a fórmula para um Congresso Nacional mais decente é a reforma política? Ora, e quem aprovaria a reforma política? Quem a escreveria? Eu digo "de maneira exaustiva" que é preciso uma reforma dos políticos. Eles precisam cumprir e fazer cumprir as leis. Eles precisam fazer tudo as claras e não escrevendo atos secretos favorecendo este ou aquele amigo, este ou aquele aliado.

O PT era carnavalesco

Lula criticou a CPI da Petrobrás. Disse que a CPI é interessante para quem quer fazer carnaval. É mesmo? Vai ver os petistas eram carnavalescos quando eram da oposição. E tem mais: se Lula quer mesmo uma investigação séria por que não convoca seus aliados para fazer isso?

E agora?

José Sarney, Paulo Maluf, Jader Barbalho e agora Fernando Collor de Melo. Eis os amigos de Lula. Eis os principais defensores do seu governo. Eu falei defensores do governo? Esqueci de um nome não menos importante do que estes: Renan Canalheiros. Para quem tem aliados deste naipe para que a UNE, a CUT e o MST para defender as safadezas petralhas? Aliás, o que os então líderes estudantis anti-Collor acham da "justiça" que Lula fez com Collor?

ESTADÃO

Aliados do governo vão controlar CPI da Petrobrás
Por Eugênia Lopes
Apesar da crescente pressão para que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deixe o cargo, o governo obteve ontem duas vitórias importantes na Casa. Primeiro, deixou claro que tem total controle da CPI da Petrobrás, ao eleger com ampla maioria o senador João Pedro (PT-AM) para comandar as investigações, derrubando o candidato oposicionista Álvaro Dias (PSDB-PR) por 8 votos a 3 - exatamente o número de senadores da banda governista. Em uma manobra bem-sucedida, ainda adiou a escolha do presidente do Conselho de Ética da Casa, que vai analisar representação por falta de decoro parlamentar contra Sarney. Leia mais aqui.
Senado vai terceirizar segurança, após desviar 190 agentes da função
Por Leandro Colon
O Senado anunciou ontem uma licitação para gastar R$ 10 milhões por ano na contratação de 239 novos seguranças terceirizados, com o objetivo de proteger senadores, servidores e os prédios da instituição. A solução que economizaria esse dinheiro, no entanto, está escondida em gabinetes e secretarias da Casa. Há pelo menos 190 servidores efetivos do Senado registrados como policiais legislativos, mas em desvios de função, segundo levantamento feito pelo Estado. Esses funcionários deveriam, teoricamente, atuar na segurança da Casa, mas cumprem expediente nos gabinetes dos senadores e nas secretarias, passando longe da tarefa de polícia. Leia mais aqui.
''Quero fazer justiça ao Collor'', diz Lula, ao elogiar ex-presidente
Por Clarissa Oliveira
Em visita à cidade de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou generosamente o ex-presidente da República e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Agradeceu o apoio que tem prestado ao governo no Congresso e chegou até mesmo a comparar seu nome ao do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961).Sorrindo e trocando abraços, após terem viajado juntos no avião presidencial, o Aerolula, nada neles lembrava o fato de já terem sido inimigos políticos, dos mais ferozes. Logo no primeiro evento da agenda que cumpriram em Palmeira dos Índios, a inauguração de uma adutora, Lula disse: "Quero fazer justiça ao senador Collor e ao senador Renan, que têm dado sustentação ao governo em seu trabalho no Senado." Leia mais aqui.

FOLHA DE SÃO PAULO

Instalada, CPI da Petrobras é dominada por governistas
Por Fernanda Odilla e Valdo Cruz
Depois de dois meses de negociação, a CPI da Petrobras foi instalada ontem seguindo à risca as recomendações do Planalto. Para os aliados do presidente Lula no Senado dominarem a comissão e tentarem ditar o ritmo das investigações contra a estatal, os governistas elegeram por 8 votos a 3 o petista João Pedro (AM) presidente, que, por sua vez, indicou como relator o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).Com os dois mais importantes cargos da CPI nas mãos, os aliados de Lula já descartam a presença da ministra Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da Petrobras e principal nome do governo para disputar a próxima eleição presidencial. E decidiram que os trabalhos da comissão só começam em agosto. Leia mais aqui.
Aliados de Sarney evitam o funcionamento de conselho
Os partidos que sustentam a permanência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no cargo conseguiram adiar a instalação do Conselho de Ética. A intenção é empurrar a eleição do novo presidente do órgão para agosto, após o recesso, quando se espera que a pressão por investigação contra Sarney seja minimizada. Leia mais aqui.
Ao lado de Collor, Lula critica "compadrio" de antecessores
Por Matheus Magenta
Em discurso em Alagoas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a "política de compadrio" praticada por governos anteriores ao seu e elogiou o apoio que recebe do ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que o acompanhava no palanque.Segundo o presidente, o seu governo não distingue partidos políticos ao realizar investimentos. "Até outro dia, um presidente da República que pertencesse a um partido político não visitaria um governador que pertencesse a outro partido", disse. "Em vez de governar, fazia-se a política do compadrio, a política dos amigos", completou ele. Leia mais aqui.
Câmara quer fazer eleição para o Mercosul por lista fechada
Por Maria Clara Cabral
Os 37 representantes brasileiros no parlamento do Mercosul devem ser eleitos por meio de votação em lista fechada e receber os mesmos benefícios e vencimentos de um deputado federal.A proposta, apresentada pelo deputado Doutor Rosinha (PT-PR) e que conta com o apoio de grande parte dos líderes partidários, tem que ser votada na Câmara e no Senado até setembro deste ano para as eleições acontecerem em 2010, com os pleitos para a escolha de presidente, governadores, senadores e deputados. A expectativa é de votar a urgência do texto hoje e o mérito na primeira semana de agosto. Leia mais aqui.

Tudo a ver

Eis a foto do dia. Lula abraçando Collor. É o amor, cantaria Zezé di Camargo e Luciano. Eu digo: É pilantragem! Lula e Collor tem tudo a ver: além da pilantragem, colaboram para o atraso do Brasil e debocham da nossa cara. Só faltava Lula dizer que o impeachmeant de Collor foi uma injustiça.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Mas é Lula

Trascrevo a frase que abre o Blog do Noblat: Tem muita gente desanimada por causa desse apoio que [Lula] dá ao Sarney. Essa gente nos massacra nos estados. Essa lógica do Lula não é a minha e nem pode ser a do PT. É do deputado federal maranhense Domingos Dutra. Mas assim é Lula. Eis a verdadeira face do homi. Os petistas podem até ficar constrangidos com a lógica de Lula, mas eles sempre acabam seguindo.

Meirelles na mira

Tem muita gente aqui em Goiânia falando que Henrique Meirelles será mesmo candidato ao governo no ano que vem. Relembro algumas denúncias contra o presidente do Banco Central que estiveram nas páginas da imprensa em 2004. A matéria abaixo é da revista Veja:
Meirelles na mira
por Marcelo Carneiro
Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, passou a última semana dando explicações sobre uma denúncia publicada pela revista IstoÉ segundo a qual ele teria contas a acertar com o Fisco. O presidente do Banco Central foi acusado de ter apresentado declarações de renda conflitantes à Receita e à Justiça Eleitoral. Atingido por acusações de má conduta fiscal, Luiz Augusto Candiota, diretor de política monetária do BC, pediu demissão. Foi outra enorme contrariedade para Meirelles, para quem a saída de Candiota deu combustível a um escândalo natimorto. Na semana passada, VEJA teve acesso a uma série de documentos cuja vinda à luz pode suscitar novos questionamentos sobre como a fortuna pessoal do presidente do BC é administrada.
Entre a papelada estão procurações de Meirelles para o engenheiro Marco Túlio Pereira de Campos. Primo de Meirelles, Campos foi detido, em maio deste ano, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando embarcava para Brasília. Ao passar sua bagagem pela esteira de raios X, o engenheiro foi detido e levado para uma sala da Polícia Federal. Os agentes queriam saber por que o primo de Meirelles tinha, na bagagem, 32.000 reais em dinheiro vivo. Campos identificou-se como parente do presidente do Banco Central e disse que o dinheiro era fruto de uma transação imobiliária realizada em São Paulo envolvendo um dos bens de seu primo. O engenheiro carregava em uma pasta procurações de Henrique Meirelles que lhe davam poderes para representá-lo junto a instituições municipais e estaduais de Goiás e a dois órgãos da União: Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional. Ainda havia dois contratos societários e uma escritura de compra de uma chácara na cidade de Anápolis, em Goiás, feita por Henrique Meirelles da empresa Silvania Empreendimentos e Participações Limitada. Marco Túlio Campos – que, em 2002, ajudou na coordenação da vitoriosa campanha de Meirelles a deputado federal – é um homem de confiança do presidente do BC. A Silvania Empreendimentos tem como procurador o próprio Campos. E quem são os donos da Silvania? De acordo com o contrato social, a empresa pertence a outras duas firmas, nomeadas Silvania One e Silvania Two, com sede em Wilmington, cidade no Estado de Delaware, nos Estados Unidos. E a quem pertence a dupla de Silvanias? Ao próprio Henrique Meirelles. Tecnicamente, a operação feita por Meirelles foi a seguinte: como pessoa física, comprou um bem que já lhe pertencia, na qualidade de pessoa jurídica, através da Silvania Empreendimentos. Um técnico da Receita ouvido por VEJA diz que, em tese, não há nenhum ilícito fiscal na transação, mas que operações desse tipo servem, geralmente, para tornar visível aos olhos do Fisco um bem que, até então, estava oculto. No jargão dos auditores, existe a possibilidade teórica de que a transação tenha sido feita para "esquentar" o patrimônio. Meirelles explica que a compra da chácara foi feita em 2002 e lançada, no mesmo ano, em seu imposto de renda – a escritura de compra e venda, porém, só foi lavrada em março deste ano, quando já ocupava o cargo no Banco Central. VEJA perguntou ao presidente do BC se as empresas Silvania Two e Silvania One tinham sido declaradas à Receita. Meirelles explicou que elas pertencem a duas outras holdings que administram praticamente todo o seu patrimônio no Brasil e no exterior, avaliado em cerca de 100 milhões de reais. São essas holdings que aparecem em seu imposto de renda.
Os documentos encontrados pela PF com o primo de Meirelles mostram que ele já estava no comando da política monetária brasileira, em outubro do ano passado, quando criou a empresa Catenária Administração de Bens e Participações. A sócia de Meirelles na empresa, com 0,01% do capital social, é Diva Silva de Campos, sua mãe. O artigo 5º, parágrafo I, alínea B, do Código de Conduta da Alta Administração Federal diz que as autoridades que exercem cargo público devem comunicar à Comissão de Ética Pública do governo federal qualquer alteração relevante em seu patrimônio, especialmente quando se tratar de "aquisição direta ou indireta do controle de empresa". O presidente do BC não cumpriu essa regra, mas diz que fez uma consulta à procuradoria jurídica do banco, que não se opôs a sua participação societária.
Henrique Meirelles é um homem rico, elegeu-se deputado federal por Goiás e construiu seu patrimônio em trinta anos de trabalho no mercado financeiro, boa parte deles morando nos Estados Unidos. Suas operações financeiras, feitas com ajuda de holdings no exterior, aparentemente em nada diferem do que fazem pessoas físicas e jurídicas que conhecem os mecanismos não muito sagrados para minimizar a pesada carga de impostos que incide sobre seu patrimônio e negócios no Brasil. Ocorre que desde sua posse no Banco Central Meirelles implicitamente aceitou ser medido por regras muito mais rígidas. O que pode ser um procedimento levemente reprovável para uma pessoa sem cargo público torna-se algo bem mais sério quando seu autor é o presidente do Banco Central. "Não acredito que uma pessoa na posição do Meirelles tenha se prevalecido de expedientes escusos e, muito menos, ilegais. Mas, quando se está no governo e particularmente no Banco Central, é preciso entender que determinados tipos de operação não podem ser feitos", diz um ex-diretor do BC. Meirelles disse a VEJA estar estarrecido com o fato de ser alvo de denúncias justamente no momento em que a economia começa a decolar. Ele as atribui a interesses contrariados por ele no comando do BC – nada a ver com a taxa de juros, porém. Disse Meirelles: "Deveria agora estar comemorando o fato de ter ocorrido na economia brasileira tudo de bom que eu garanti que ocorreria quando entrei para o BC. Disseram que eu produziria uma recessão no país, e eu ajudei a promover o crescimento econômico, a retomada do emprego e o controle da inflação". Ninguém, em sã consciência, discute os méritos profissionais de Henrique Meirelles à frente do BC. Eles, no entanto, não o eximem de dar explicações sobre questões como as suscitadas pela detenção de seu primo no Aeroporto de Congonhas. Uma das mais embaraçosas delas é como justificar que um sócio e homem de confiança do presidente do BC possa andar com tanto dinheiro em espécie – ainda mais quando se alega que o dinheiro lhe foi dado como parte do pagamento de um imóvel. Não se transacionam imóveis com dinheiro vivo, a não ser quando se quer esconder do Fisco o valor real da transação. Tanto Meirelles quanto um de seus antecessores ouvidos por VEJA concordam que um presidente do BC não pode, pela liturgia do cargo, contaminar suas aparições públicas com explicações sobre sua conduta pessoal. Esse é agora o grande problema de Henrique Meirelles.

JORNAL DO BRASIL

Sucessão de escândalos ressuscita Conselho de Ética
Às vésperas do recesso parlamentar, o Senado deve instalar hoje o Conselho de Ética, desativado desde março por falta de indicações dos integrantes. O comando do colegiado precisa ser votado pelo plenário da Casa. O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) é o mais cotado para presidir os trabalhos.
A primeira missão será analisar a representação do PSOL e denúncias do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Mesmo com a instalação, o conselho só deve funcionar em agosto, quando os parlamentares retornarem das férias.
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Múcio: Lula não pediu apoio adicional a Sarney
O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse ontem, durante intervalo de reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o governo lamenta a crise no Senado, mas entende que ela já está em fase de superação. Segundo o ministro, o assunto foi tratado de maneira rápida no início do encontro.
Lula, de acordo com Múcio, não fez nenhum pedido adicional aos ministros de apoio ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ou de envolvimento na CPI da Petrobras. Segundo o ministro, o governo respeitará a vontade do Senado de instalar a comissão parlamentar e não pretende atrapalhar seu funcionamento. Múcio disse ainda que a anulação dos atos secretos por Sarney foi bem recebida pelo Planalto.
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Currículo polêmico será mantido
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, afirmou que o governo não pretende estabelecer "censura" à base de currículos da Plataforma Lattes, mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A legitimidade do sistema é contestada desde a divulgação de que o currículo da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, incluía títulos de mestrado e doutorado que ela não tinha.
– A responsabilidade sobre as informações é das pessoas que as colocam lá – afirmou Rezende, que participa da 61ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
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ESTADÃO

Sarney anuncia anulação de atos secretos para tentar debelar crise
Por Leandro Colon e Eugênia Lopes
Acuado politicamente, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), decidiu divulgar a anulação de 663 atos administrativos secretos, menos de um mês depois de garantir que esses boletins não existiam. O anúncio de ontem não representará, porém, o cancelamento imediato de todas as medidas. A decisão foi muito mais política do que prática. Técnicos do Senado avisaram o senador de que grande parte dos atos - revelados pelo Estado no dia 10 de junho - terá de ser convalidada nos próximos 30 dias para evitar problemas jurídicos. Leia mais aqui.
Seis conselheiros da TV Brasil deixam cargo
Por Wilson Tosta e Eduardo Kattah
Menos de dois anos após a estreia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal criada pelo governo para operar a TV Brasil, 6 dos 22 primeiros integrantes do seu conselho curador - encarregado de fiscalizar a sua atuação e com poder até para demitir sua direção executiva - já renunciaram aos cargos. Dificuldades para conciliar agendas pessoais dos conselheiros, cuja maioria mora fora da capital, com as reuniões mensais do órgão, em Brasília, constituem o principal motivo para as defecções, segundo o presidente da instância, Luiz Gonzaga Belluzzo. Ele nega, porém, que as demissões prejudiquem o órgão, cuja missão oficial é "assegurar o controle social sobre a linha editorial e a qualidade" dos produtos da instituição. Leia mais aqui.
Projeto secreto da CIA previa assassinatos
Por Gustavo Chacra
O plano de assassinatos seletivos de membros da Al-Qaeda elaborado pelo ex-vice-presidente americano Dick Cheney incluía operações para matar suspeitos de terrorismo em países aliados dos EUA. A informação foi confirmada ontem por fontes da CIA, que disseram que os governos desses países aliados não haviam sido informados sobre o programa.Aparentemente, a CIA não levou adiante os assassinatos, mas o Exército americano sim. As operações seriam semelhantes às realizadas pelo Mossad, o serviço secreto de Israel, que realiza assassinatos seletivos contra líderes do Hamas.Segundo o jornal britânico The Guardian, um dos assassinatos ocorreu no Quênia. O caso teria causado um atrito diplomático entre Washington e Nairóbi, já que o governo queniano não havia sido informado sobre a operação.Em entrevista para a rede de TV Fox News, a senadora democrata Dianne Feinstein afirmou que há duas semanas o atual diretor da CIA, Leon Panetta, informou os congressistas americanos sobre o caso e disse que havia cancelado o programa. Leia mais aqui.

FOLHA DE SÃO PAULO

Sarney anula todos os atos secretos e abre polêmica
Por Adriano Ceolin, Andreza Matais e Valdo Cruz
Em mais uma tentativa de dar resposta à crise que enfrenta com uma série de acusações desde que assumiu o Senado, o presidente José Sarney (PMDB-AP) surpreendeu ontem seus colegas e determinou a anulação dos 663 atos secretos da Casa.O alcance da medida, que de todo modo poderá ser revista pela análise que uma comissão fará dos atos em até 30 dias, gerou polêmica. Enquanto a oposição dizia que ela chegou tarde e poderia ser inócua, diretores do Senado avaliavam que a decisão de Sarney teria efeito imediato, além de esquentar o debate entre senadores.Na análise feita por advogados do Senado, por exemplo, a partir de hoje os senadores teriam a verba indenizatória reduzida de R$ 15 mil para R$ 12 mil, seriam obrigados a demitir seis funcionários de confiança dos gabinetes e mudariam o esquema de horas extras e pagamento de vale alimentação. Leia mais aqui.
Lula manda usar pré-sal contra a oposição em CPI
Por Valdo Cruz e Fernanda Odilla
Na véspera da instalação da CPI da Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou sua equipe ontem, ao final de reunião ministerial, a usar o debate sobre as novas regras de exploração de petróleo na camada do pré-sal para colocar na defensiva a oposição.Ontem, o governo confirmou que vai criar uma empresa estatal para cuidar só das reservas do pré-sal. Também será criado um fundo social e adotado o sistema de partilha de produção na exploração -entre a futura estatal e empresas escolhidas por meio de licitação.Sobre a CPI, a orientação de Lula é que o governo e sua base aliada assumam o discurso de que estão preocupados em discutir o futuro do país com as regras do pré-sal, enquanto a oposição estaria trabalhando para prejudicar a principal estatal brasileira, a Petrobras. Leia mais aqui.
Associação repassa verba de patrocínio à Fundação Sarney
Por Hudson Correa e Alan Gripp
A Abom (Associação dos Amigos do Bom Menino das Mercês), entidade de assistência social ligada à família Sarney no Maranhão, repassou recursos obtidos por meio de patrocínio cultural para outra instituição associada ao clã: a Fundação José Sarney. Ambas ficam em São Luís.A associação repassou à Fundação Sarney ao menos R$ 35 mil pelo aluguel de um espaço para festas -o pátio do Convento das Mercês, construído no século 17 e atual sede da fundação no centro histórico da capital maranhense.Pelo menos uma destas festas foi financiada com dinheiro público. Trata-se do auto de Natal Canto de Luz, bancado pela Eletrobrás, controlada por aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). No fim de 2008, a estatal destinou R$ 389 mil à Abom. Leia mais aqui.
Quércia teve gado apreendido pela PF em fazenda de Dantas
Por Flávio Ferreira
O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) teve um lote de 201 cabeças de gado apreendido em uma fazenda da Agropecuária Santa Bárbara Xingura, ligada ao grupo Opportunity, no interior de São Paulo, durante a Operação Satiagraha, em julho de 2008.Advogados de Quércia apresentaram à Justiça Federal em São Paulo um pedido de devolução do lote, que foi apreendido com mais 1.143 cabeças que estavam na fazenda da agropecuária em Amparo (SP). Leia mais aqui.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Estou também no Twitter

Eis aí o meu endereço no Twitter: http://twitter.com/carloshiga

Marconi já!

Sim, eu defendo que José Sarney caia e seu posto seja ocupado por Marconi Perillo, vice presidente do Senado. A cada dia que passa mais e mais denúncias contra a carcaça da ditadura aparecem nos jornais e nas revistas. Imaginem Marconi comandando o Senado? Tanta coisa podre apareceria. Tanta coisa podre que ele escondeu de 1999 até 2006. Marconi já! Marconi para presidência do Senado!

Devagar

Esta semana o blog vai funcionar mais devagar do que o costume. É que este blogueiro vai para Nova Veneza, terra da sua Amada, participar da Novena de Nossa Senhora do Carmo.

Tá com medo! Tá com medo!

Lula está com medo da CPI da Petrobrás. Por isso ele quer que o pré-sal domine os debates. Epa! O pré-sal ainda está nos debates? Até hoje esse troço ainda não saiu dos debates. Quando vai ter ação? Já faz muito tempo que Lula e seus petralhas falam em pré sal e nada de prática, nada de ação.

ESTADÃO

Direitos humanos viram saia-justa para País na ONU
Por Jamil Chade
A política externa brasileira para os direitos humanos causa polêmica e vítimas alegam que a estratégia brasileira pouco ajuda na defesa de suas causas. Enquanto democracias ocidentais criticam o País, governos africanos e outros emergentes comemoram a aproximação do Brasil a suas posturas e a estratégia de evitar confrontos nos plenários da Organização das Nações Unidas (ONU).O objetivo declarado pelo Brasil é o de promover o diálogo no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Para o governo, essa postura é o que garante o real avanço dos direitos humanos. O Itamaraty justifica que não adota alinhamento automático às votações de casos de violações na ONU e avalia cada situação. Leia mais aqui.
Lula reúne ministros e pedirá apoio a Sarney
Depois de duas longas viagens internacionais - Líbia, depois França e Itália - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agendou para hoje, a partir das 9 horas, na Granja do Torto, a segunda reunião ministerial do ano. Na pauta, oficialmente, quatro assuntos: a crise política do Senado e do seu presidente, José Sarney (PMDB-AP); a crise econômica e o efeito das medidas adotadas; o marco regulatório do pré-sal; e o pedido para que os ministros comecem a fazer um levantamento organizado sobre as realizações do governo.A pauta será permeada por outro pedido político: o presidente quer todos os aliados no apoio a Sarney e no bloqueio às investigações da CPI da Petrobrás e do Conselho de Ética. Lula vai reafirmar a ideia de que as denúncias não podem paralisar os líderes políticos governistas, da mesma forma que ele não se deixou atemorizar pelas denúncias do mensalão, em 2004 e 2005. Leia mais aqui.
PF rastreia R$ 700 mi de Dantas, diz relatório
Por Fausto Macedo
O relatório final do Inquérito 235/08 - Operação Satiagraha - revela que a Polícia Federal rastreia, agora, uma fortuna de R$ 700 milhões que o Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, investiu na agropecuária. Gráfico apreendido na sede do grupo indica que Dantas foi diretamente responsável pelo aporte de mais de 20% do valor.O relatório, ilustrado com fotos e diagramas, dedica 26 de suas 325 páginas a negócios de Dantas pulverizados em um complexo de 43 fazendas administradas pela Agropecuária Santa Bárbara Xinguara. Planilha que engrossa os autos da Satiagraha informa que, em fevereiro de 2008, havia 453.078 animais nos pastos do Opportunity, entre touros, vacas, novilhas, bezerras, bois e rufiões.O dossiê da PF cita outro documento recolhido no Oportunity, intitulado "resumo geral mapa de gado por categoria de animal". Segundo o relatório, os dados lançados nesse resumo "comprovam que uma das formas utilizadas pela organização criminosa para realizar lavagem de recursos oriundos de atividades ilícitas é a realização de investimentos em negócios da atividade agropecuária".A investigação sobre suposta ocultação de valores por meio da compra e venda de gado será conduzida pela Superintendência da PF no Pará, Estado onde se concentra a maior parte das terras de Dantas. Leia mais aqui.

FOLHA DE SÃO PAULO

Ato proíbe servidor da Mesa de atuar para político na base
Por Andreza Matais e Fábio Zanini
O ato do Senado que pretende moralizar o trabalho dos servidores nos Estados exigirá a "comunicação expressa" do endereço dos escritórios mantidos por senadores, a fim de evitar fraudes. Além disso, será proibido para os funcionários dos órgãos administrativos da Casa fazer trabalho político para os senadores em suas bases eleitorais.Conforme mostrou ontem reportagem da Folha, 8 em cada 10 servidores dos senadores estão em cargos comissionados, ou seja, não prestaram concurso público. Muitos deles são nomeações políticas.Pelo menos dois integrantes da Mesa Diretora -o primeiro-vice-presidente, Marconi Perillo (PSDB-GO), e o terceiro-secretário, Mão Santa (PMDB-PI)- mantêm aliados políticos nos seus Estados lotados na estrutura do órgão diretor da Casa. Em tese, eles deveriam trabalhar na estrutura administrativa da Mesa em Brasília. Leia mais aqui.
Doação ilegal pode gerar multa milionária
Por Rubens Valente e Flávio Ferreira
A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, órgão do Ministério Público Federal, protocolou 2.500 representações no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) paulista para cobrar cerca de R$ 390 milhões em multas de empresas e pessoas que financiaram candidatos e comitês eleitorais no ano de 2006.A devassa é inédita em uma eleição no país. A Procuradoria acusa os doadores de terem excedido o limite de valores de contribuições fixado pelo Código Eleitoral -2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição, no caso de pessoas jurídicas, e 10% dos rendimentos brutos, para as pessoas físicas.As representações, elaboradas pelo procurador regional eleitoral Luiz Carlos Gonçalves, pedem que os acusados sejam condenados ao pagamento de multa dez vezes maior que as quantias que extrapolaram o limite e sejam proibidos de contratar com o poder público pelo prazo de cinco anos. Leia mais aqui.
Reforma fragiliza transparência, diz TSE
Por Felipe Seligman e Fábio Zanini
Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Britto, a reforma eleitoral aprovada pela Câmara na semana passada contém pontos que "fragilizam" a transparência nas eleições. A reforma, agora, será votada no Senado. Para Ayres Britto, 66, a internet não pode ser regulada, pois é "o espaço da liberdade absoluta". Ele ressalvou que não avaliou se a lei é constitucional.
FOLHA - O que o sr. achou da reforma aprovada?
CARLOS AYRES BRITTO - É preciso elogiar a disposição do Legislativo de sair da inércia de normatização. Mas é um projeto que não passa da fragmentação. Ele é pontual, é tópico, não consubstancia uma reforma. Não corresponde a um propósito de vitalizar valores constitucionais como transparência, publicidade e a impessoalidade que impede o uso descomedido da máquina administrativa. Leia mais aqui.
Honduras põe fim a toque de recolher
Por Fabiano Maisonave
Pela primeira vez desde a deposição do presidente Manuel Zelaya, há duas semanas, o governo interino hondurenho suspendeu ontem o toque de recolher e a restrição de algumas garantias constitucionais.Na maior parte do tempo, a proibição de circular funcionou das 22h às 5h, levando o comércio a fechar as portas mais cedo. Nesse intervalo, ficaram suspensos alguns direitos individuais, como o de reunião e de manifestação. Há oito dias, quando a tentativa de Zelaya de retornar ao país de avião provocou confrontos e a morte de dois manifestantes, a restrição foi antecipada para as 19h. Leia mais aqui.