sábado, 26 de julho de 2008

"A bolacha na telinha e a nossa liberdade" por Reinaldo Azevedo

Dizem que sou arrogante, que nunca assumo um erro. A segunda parte, ao menos, é falsa. Errei na única vez em que apoiei, ainda que parcialmente, uma proposta do petismo. Fui enganado pelo ministro da Saúde, o peemedebista José Gomes Temporão. Como sabem, o governo limitou o horário da propaganda de cerveja na TV – Temporão invocava com a "Zeca-Feira". Segundo ele, a publicidade glamouriza o consumo do produto. No programa Roda Viva, eu lhe disse que era favorável à limitação de horário, mas contrário a que o governo se metesse no conteúdo publicitário. Seria censura. É claro que a limitação acarretaria uma diminuição de receita das emissoras de TV. "Fazer o quê?", pensei. "Aconteceu isso quando se proibiu a propaganda de cigarro; que procurem novos nichos, novos produtos, novas fontes." Eu, o liberal tolo diante de um governo petista. Como numa canção antiga, proclamo: "Errei, sim!". E digo por quê.
Nova pretensão anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deixa evidente que a limitação da propaganda de cerveja tem mais a ver com a saúde do governo Lula do que com a saúde dos brasileiros. Percebi que ela era parte de uma estratégia para asfixiar as emissoras que dependem do mercado para viver – e não da bufunfa de estatais, do governo ou de seitas religiosas. Fui um idiota. Penitencio-me.
A Anvisa, órgão subordinado ao Ministério da Saúde, agora quer limitar ao período das 21 às 6 horas a propaganda de alimentos considerados pouco saudáveis, "com taxas elevadas de açúcar, gorduras trans e saturada e sódio", e de "bebidas com baixo teor nutricional" (refrigerantes, refrescos, chás). Mesmo no horário permitido, a propaganda não poderia conter personagens infantis nem desenhos. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), isso representaria um corte de 40% na publicidade do setor, estimada em 2 bilhões de reais em 2005. Dos 802 milhões de reais que deixariam de ser investidos, algo como 240 milhões seriam destinados à TV – e a maior parte disso, suponho, para a Rede Globo.
Virei caixa dos Marinho? Não! Virei guardião da minha liberdade. É evidente que se tenta usar a via da saúde para atingir o nirvana da doença totalitária. Querem criar dificuldades para as emissoras – e, a rigor, nos termos dados, para todas as empresas que vivem de anúncios – para vender facilidades. O ministro Temporão, que ainda não conseguiu fazer funcionar os hospitais (sei que a tarefa é difícil; daí que ele deva se ocupar do principal), candidata-se a ser o grande chefe da censura no Brasil. Na aparência, ele quer nos impor a ditadura da saúde; na essência, torna-se esbirro de um projeto para enfraquecer as empresas privadas de comunicação que se financiam no mercado – no caso, não o mercado do divino ou o mercado sem-mercado das estatais.
Imagine você, leitor, que aquele biscoito recheado – em São Paulo, a gente chama de "bolacha" –, que sempre nos leva a dúvidas existenciais profundas ("Como as duas de uma vez? Separo para comer primeiro o recheio? Como o recheio junto com um dos lados?"), seria elevado à categoria de um perigoso veneno para as nossas crianças. Temporão quer protegê-las desse perigoso elemento patogênico. Mesmo no horário permitido, a propaganda teria de ser uma coisa séria, de bom gosto. Sem apelo infantil. O Ministério da Saúde, quando faz propaganda de camisinha, sempre recorre a situações que simulam sexo irresponsável. Mas não quer saber de desenho animado em propaganda de guaraná. A criatividade dos publicitários, coitados, teria de se voltar para comida de cachorro. Imagine o seu filho, ensandecido, querendo comer a sua porção diária de Frolic, estimulado pela imaginação perversa de desalmados diretores de criação.
A proposta não resiste a trinta segundos de lógica. É evidente que biscoito não faz mal. Em quantidades moderadas, não havendo incompatibilidade do organismo com os ingredientes, faz bem. Se o moleque ou a menina comerem um pacote por dia, tenderão a engordar. Deve haver um limite saudável até para o consumo de chuchu. Carro também mata – acidentes de automóvel são uma das principais causas de morte no Brasil. A culpa, quase sempre, é da imprudência do motorista ou das péssimas condições das estradas. É preciso usar/consumir adequadamente a mercadoria.
Uma pergunta: água entra ou não na categoria das "bebidas com baixo teor nutricional"? O ridículo desse pessoal é tamanho a ponto de propor limites à propaganda de água? E de lingüiça, pode? A gordura animal em excesso também faz mal à saúde. Quem garante que o sujeito não vai consumir o produto todos os dias, até que as suas artérias se entupam? Não ande de moto. Há o risco de cair. Numa bicicleta, você pode ser atropelado. E desodorizador de ambiente do moleque que quer fazer "cocô na ca-sa do Pe-dri-nho"? Pode ou não? Não fere a camada de ozônio?
Observem: ainda que isso tudo fosse a sério, com o propósito de cuidar da saúde dos brasileiros, já seria um troço detestável. Sabiam que os nazistas foram os primeiros, como direi?, ecologistas do mundo? É verdade: não a ecologia como uma preocupação vaga com a natureza, mas como uma política pública mesmo. Hitler, que era vegetariano, gostava mais de paisagem do que de gente, o que fica claro na "arte" alemã do período, com suas evocações da Floresta Negra. Eles também tinham uma preocupação obsessiva com a saúde, com os corpos olímpicos. O tirano odiava que fumassem na sua presença, privilégio concedido a poucos. A exemplo do czar naturalista de Carlos Drummond de Andrade, Hitler caçava homens e achava uma barbaridade que se pudessem caçar borboletas e andorinhas.
A preocupação excessiva do governo nessa área, entendo, é também patológica, mas a patologia é outra. Por meio da censura prévia – de que foi obrigado a recuar – e da limitação à publicidade de vários produtos, pretende-se atingir o caixa das empresas de comunicação, que fazem do que faturam no mercado a fonte de sua independência editorial. Ora, é claro que, sem a publicidade da cerveja, dos alimentos e do que mais vier por aí, elas ficam, especialmente as TVs, mais dependentes da verba estatal e do governo. E, no caso, é mais prejudicado quem se financia mais no mercado.
A equação é simples: vocês acham que a porcentagem da grana de estatais no faturamento total é maior na Globo ou em qualquer uma das concorrentes? Numa Carta Capital ou numa VEJA? Os petistas não se conformam que o capitalismo possa financiar a liberdade e a independência editoriais. Querem tornar essas grandes empresas estado-dependentes. Quanto mais se reduz o mercado anunciante – diminuindo, pois, a diversidade de fontes de financiamento –, mais se estreita a liberdade.
Temporão, tenha sido ou não chamado à questão com esse propósito, tornou-se o braço operativo dessa pressão. Curioso esse ministro tão cheio de querer impor restrições do estado à vida e às opções das pessoas. É aquele mesmo que já deixou claro ser favorável à descriminação do aborto até a 14ª semana porque, parece, até esse limite o feto não sente dor, já que as terminações nervosas ainda nem começaram a se formar. É um ministro, digamos, laxista em matéria de vida humana, mas muito severo com biscoitos. O que faço? Recomendo a ele que tenha com as crianças que estão no ventre o mesmo cuidado que pretende ter com as que querem comer Doritos?
Eis aí o caminho do nosso bolivarianismo light. A terra está amassada pelo discurso hipócrita da saúde. Farei agora uma antítese um tanto dramática, cafona até, mas verdadeira: essa gente finge cuidar do nosso corpo porque quer a nossa alma.

Eu não ia comentar, mas...

Eu não ia comentar, mas vamos lá. Gostaria de saber o que Ingrid Guimarães fez de bom para Goiás. O que Gilberto Carvalho fez de bom para Goiás? O que Geddel Vieira fez de bom para Goiás? Será que condecorar o ministro do Turismo Luiz Eduardo Barreto vai trazer um jogo da Copa de 2014 para Goiás?

Sorria! Você está sendo filmado

Tarso Genro disse na última quinta que o cidadão deve ter cuidado ao falar ao telefone porque pode ter a conversa grampeada. É o ministro da Justiça da Banânia alertando o cidadão e não tomando providências para evitar grampos irregulares. O cidadão que se dane, os grampos continuaram soltos, seja legal ou não.
Leio na revista Isto É que a Polícia Federal comprou equipamentos de última geração que vão monitorar o contrabando de armas, o tráfico de drogas e o crime organizado nas favelas do Rio e de São Paulo.
A Polícia Federal comprou o avião não tripulado Vant, de fabricação israelense e que custa US$ 20 milhões. Este avião pode ler um crachá a uma altura de cinco mil metros.
Resta saber quais agentes da Polícia Federal usarão as belezuras tecnológicas. Do jeito que as coisas estão dentro da PF é capaz dos agentes começarem a voar com essas aeronaves supersônicas e saber detalhadamente o que acontece aqui embaixo. Aí veremos Tarso Genro dizendo: “Sorria! Você está sendo filmado!”

O lulismo pautando as eleições

A revista Veja traz na sua última edição uma reportagem bem interessante. Fala dos candidatos que usarão e abusarão do apoio de Lula durante a campanha eleitoral. Aqui em Goiás veremos muito disso também. Em Goiânia, Iris Rezende e Sandy Júnior apóiam Lula. Em Aparecida de Goiânia, apesar das brigas políticas, Maguito Vilela e Marlúcio Pereira contam com o dinheiro vindo do Palácio do Planalto para fazer o que prometem agora caso sejam eleitos em outubro próximo. É o lulismo pautando as eleições. Pode ter certeza que aqueles dois candidatos que brigam entre si têm Lula como fator de aproximação.

A "herança maldita"

Leio na Tribuna do Planalto que o governador de Goiás Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, está otimista quanto ao futuro do seu governo. Ele fala dos benefícios da reforma administrativa, do déficit quase chegando a zero. Pois é, eu não comemoro. A reforma cidista só aconteceu por conta da “herança maldita” vinda do governo Marconi Perillo. Mas Cidinho foi reeleito governador em 2006 com o apoio total de Marconi. Por que na campanha eleitoral daquele ano Cidinho não falou nada sobre as contas do Estado? Até hoje ninguém sabe como, quando e por quê essa “herança maldita” contaminou o governo Cidinho.

Cadê a UNE, a CUT e o MST?

Quinta passada o ministro da Justiça Tarso Genro disse que os cidadãos precisam se acostumar com a idéia de que podem estar sendo grampeados. Isso é muito grave! O próprio ministro da Justiça assume que não há limites para os grampos telefônicos. Em outras palavras: sou eu que tenho que ter cuidado na hora de falar ao telefone e não o Ministério da Justiça que deve coibir os grampos ilegais. A fala do ministro deveria surtir efeitos. Cadê a UNE, a CUT e o MST nas ruas protestando contra esta frase infeliz de Tarso Genro? O lulo-petralhismo anestesiou o país. Pessoas do governo podem dizer o que quiser, podem rasgar a Constituição na frente de todo mundo que a vida nestêpaiz segue o seu ritmo.

O atraso e o aumento

Como se não bastasse o atraso na distribuição das correspondências durante a greve dos Correios, agora temos que aturar o aumento de 7,9% dos serviços postais. Era só o que faltava. Estêpaiz é uma brincadeira. E é uma brincadeira o governo paga o salário integral dos grevistas, sem nenhum desconto. Este é o país onde o sindicalismo deita e rola. Claro, o sindicalista-mor está na cadeira de presidente.

"Dercy Gonçalves, a tragédia" por Roberto Pompeu de Toledo

Com a morte de Dercy Gonçalves, aos 101 anos (ou 103, segundo certas versões), é mais um elo com a era Vargas que se rompe. Não é o último. Permanecem, para o bem ou para o mal, a Petrobras, a CLT e a vedete Virgínia Lane, esquecida, aos 88 anos, mas viva e presente ao enterro da amiga Dercy. Dercy Gonçalves fez-se no teatro de revista e na chanchada, dois produtos típicos do período. Ela vinha de um Brasil em preto-e-branco, de terno de tropical inglês, cassinos, rainha do rádio, lista das dez mais elegantes, bondes, manifestos de militares, óleo de fígado de bacalhau, Domingos da Guia, "o Divino", e Leônidas, "o Diamante Negro". Era um Brasil rural, muito mais pobre, e infantil.
Infantil seria a palavra? "Ingênuo" provocaria menos contestação. Acreditava-se na solidez das famílias, obedecia-se aos preceitos da Igreja Católica e imaginava-se que o Brasil era o país do futuro. Não se percebiam, ou se percebiam menos, as injustiças, e a pobreza conhecia o seu lugar, no campo, invisível para os habitantes das cidades, que por isso mesmo se apresentavam arrumadinhas, sem as periferias desarticuladoras nem a violência. Nesse ambiente, Dercy Gonçalves foi escalada para fazer o papel do contra, mas era apenas um papel, e pouco convincente. Era o escape permitido. Como ao palhaço no circo, a ela se deixava que não cumprisse as regras para que os outros pudessem rir.
Não era só o Brasil, o mundo era ingênuo. Os Estados Unidos tinham um presidente, Franklin Roosevelt, condenado à cadeira de rodas por causa da paralisia infantil, mas o público ficou muito tempo sem saber disso; o Roosevelt oficial escondia as pernas. Em Hollywood os beijos eram de boca fechada. Mas ingênuo talvez também não seja a palavra. Os horrores da II Guerra Mundial comiam soltos. No que aquele mundo era bom era em esconder seus podres. A corrupção não deixava de ocorrer no Brasil, mas, como as pernas de Roosevelt, não chegava aos jornais. Em numerosos casos, praticava-se a corrupção sem saber. Aceitava-se (que mal pode haver nisso?) o presente do empresário bonzinho.
Ao Brasil a palavra "infantil" talvez não caiba, mas a Dercy Gonçalves cabe. Ela era infantilizada e infantilizadora. O palavrão era a sua arma. Que graça pode haver num palavrão? A mesma de um tombo do palhaço: em princípio, exceto em ocasiões muito inesperadas, nenhuma. Mas as crianças acham engraçado. Igualmente, o palavrão, exceto em ocasiões precisas, não tem graça. Não tem graça em briga de trânsito nem na voz dos técnicos de futebol, filtrada pelos microfones mantidos dentro do campo. Entre Dercy e sua platéia, no entanto, o grande intermediário, a solda, o agente infalível do riso, era o palavrão. "O palavrão… quando virá o palavrão?", perguntava-se a platéia, ansiosa, quando ele tardava. Dercy Gonçalves sem falar p.q.p. ou f. da p. seria o mesmo que Carmen Miranda sem o turbante e os balangandãs. Dercy não fraudava a expectativa. Se o palhaço não pode deixar de tropeçar, ela não podia deixar de soltar o palavrão. A platéia, tão infantilizada quanto a artista, esbaldava-se.
Será que Dercy gostava, lá no fundo, de falar palavrões? Suspeita-se que ela era um pouco vítima do tipo que lhe coube encarnar. É um caso parecido com o de Grande Otelo, outro personagem da era Vargas. Os vários papéis que Grande Otelo representou podem ser resumidos a um: o do negro da caricatura. Uma de suas especialidades era revirar os lábios, nesse caso chamados de "beiços". Consta que era um ator de recursos, mas, assim como, depois dele, Chocolate e o Mussum dos Trapalhões, ficou prisioneiro da caricatura do negro tosco. Dercy Gonçalves ficou prisioneira da mulher, depois da velha, desbocada. Era seu ganha-pão.
No Carnaval de 1991, Dercy, aos 83 anos, desfilou pela escola de samba Viradouro com os seios de fora. Faziam-lhe uma homenagem, mas não bastava sua presença. Era preciso fazer o tipo. Como não lhe deram um microfone para dizer palavrões, ofereceu o corpo. Na opinião predominante, foi um gesto bonito e libertário, mas também era possível enxergar ali um momento semelhante ao encenado por Garrincha na mesma avenida, anos antes – um Garrincha inchado e zumbi, exibido como bicho de circo. Identificada à comédia, Dercy também podia ser entendida como personagem de tragédia.

"O efeito da paternidade" por Diogo Mainardi

No New York Times, num artigo publicado no último domingo, o jornalista David Carr fez um relato dos tempos em que era um celerado que espancava a mulher, comercializava cocaína e consumia ininterruptamente crack, LSD, peiote, maconha, cogumelo, mescalina, anfetamina, Quaalude, Valium, ópio, haxixe e todos os tipos de bebida alcoólica. A paternidade o transformou. Depois de perder a guarda das duas filhas, ele resolveu abandonar as drogas, arranjar um emprego, recuperar a custódia das crianças e garantir-lhes uma vida serena.
Eu sempre fui um pai dedicado. Tenho um bom emprego e garanto uma vida serena aos meus filhos. Hoje, depois de uma semana de férias com os dois, estou prestes a empreender o caminho inverso ao de David Carr, mergulhando no crack, LSD, peiote, maconha, cogumelo, mescalina, anfetamina, Quaalude, Valium, ópio, haxixe e todos os tipos de bebida alcoólica.
A paternidade se tornou um empenho permanente. Fico dia e noite com meus filhos. Falo apenas com eles e sobre eles. O museu é o museu dos meninos. O restaurante é o restaurante dos meninos. De maneira geral, os filhos tiveram esse efeito sobre mim: eles me apequenaram e me embruteceram. Eles ocuparam minha mente como Antônio Conselheiro ocupou Canudos, impondo suas idéias primitivas e suas práticas regressivas. Questões que pareciam definitivamente superadas voltaram a me atazanar. Antes de ter filhos, eu abria um livro e indagava sobre Santo Agostinho. Agora abro um livro e indago onde está Seymour, o bonequinho de madeira (Seymour, o bonequinho de madeira, está escondido dentro daquele pote cheio de lápis de cor).
Até recentemente, a paternidade era vista como uma atividade trivial, a ser cumprida com naturalidade. Em certos casos, com desprezo. Agora é o oposto: o papel dos pais foi inchado, foi superdimensionado. Virei um behaviorista com meus pequenos Albert, permanentemente engendrando mecanismos para estimular seu desenvolvimento emocional e cognitivo. Minha vida e a de meus filhos são aborrecidas como um programa educacional da TV canadense. Os acontecimentos mais prosaicos acabam ganhando uma utilidade pedagógica. Qual é mais alto: o prédio de tijolos brancos ou o prédio de tijolos vermelhos? Eram dezoito paradas de metrô até Coney Island: se já fizemos sete, quantas paradas ainda faltam? Consegue ler em voz alta o que este blogueiro pilantra escreveu sobre o papai?
Neste momento, meu filho de 7 anos, por algum motivo, quer reconfigurar meu computador. E meu filho de 3 anos, por algum outro motivo, quer dar uma martelada em meu dedo. Onde está a mescalina? (A mescalina deve estar com Seymour, o bonequinho de madeira.)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Protesto?

Até quando o MST vai continuar sem limites? Hoje, os baderneiros invadiram uma fazenda no Pará de propriedade do banqueiro Daniel Dantas. Segundo os baderneiros, a invasão foi um “protesto” contra o banqueiro corrupto. Quando os mensaleiros petistas estão no centro das atenções o MST não protesta. Até quando o MST vai continuar a desafiar a lei?

Fazer o que...

Leio algumas coisas sobre a divulgação da lista dos “ficha suja” pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Muitos criticam. Outros comparam até com o período militar (que exagero!). Continuo sendo favorável a divulgação da lista. Quero saber quem são os políticos processados, por que e por quem foram processados. É preciso mostrar tudo à todos.
Tenho 25 anos. Não me lembro de nenhuma denúncia contra políticos no passado ser tachado de denuncismo. Não lembro das denúncias contra Fernando Collor de Melo serem consideradas denuncismo. Não lembro das denúncias contra Paulo Maluf serem tratadas de denuncismo. Também não lembro das denúncias contra Jader Barbalho serem consideradas denuncismo. Por que isso está acontecendo agora? O fato da AMB divulgar a lista não impede os políticos que têm os nomes presentes na lista de se defenderem das acusações. É um direito deles que deve ser respeitado. Creio que a AMB poderia explicar para o eleitor comum (aquele que não é muito familiarizado com a linguagem jurídica) como funciona cada processo, por que o político está sendo processado e qual o seu desfecho. Assim fica mais fácil para o eleitor saber em quem votar e em quem não votar. Mas, também nos sites dos jornais, li que muitos políticos processados conseguiram se eleger. Fernando Collor de Melo é senador. Paulo Maluf e Jader Barbalho são deputados federais. E olha que as fichas desses figuraças estão mais sujas que pau de galinheiro. Fazer o que? Foram eleitos pela culpa do povo. Até Lula foi reeleito pela culpa do povo. Cada país tem os políticos que merecem. O Brasil tem Fernando Collor de Melo, Jader Barbalho, Paulo Maluf representando o povão no Congresso Nacional. E tem um presidente que adora passar a mão na cabeça de político acusado de corrupção. E tem gente que fala em denuncismo. Fazer o que...

Justiça do Pará condena MST a indenizar Vale em R$ 5 milhões

Por Carlos Mendes
no Estado de São Paulo

A Justiça Federal de Marabá, no sul do Pará, condenou três líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST) na região a pagar R$ 5,2 milhões, dentro de 15 dias, à mineradora Vale por descumprir decisão judicial que proibiu a interdição da ferrovia de Carajás, em abril. O MST havia fechado a linha férrea por duas vezes no decorrer de 2007, impedindo o transporte de minério de ferro do Pará até o Porto de Itaqui, no Maranhão. Em fevereiro, a Vale obteve liminar que proibia protestos que interrompessem a passagem de trens. O mérito foi julgado agora com a condenação dos três dirigentes.
Na sentença, o juiz Carlos Henrique Borlido Hadad afirma que os dirigentes do MST Luís Salomé de França, Eurival Carvalho Martins e Raimundo Benigno Moreira "lideraram diversas pessoas na invasão da estrada de ferro e, por essa razão, devem responder pela totalidade dos danos causados, como arcar com a multa imposta caso a turbação ocorresse". Durante a invasão, os dormentes da ferrovia foram incendiados, cabos de fibra ótica e de energia cortados e trilhos levantados.O juiz também levou em conta os fatos relatados pelo oficial de Justiça, que menciona a reunião de manifestantes do MST e garimpeiros sob a liderança de França, Martins e Moreira no acampamento de onde partiu a invasão à ferrovia. Carlos Hadad destaca o que chama de "comportamento fugidio" de Moreira, que a todo momento era informado, pelo telefone celular, da movimentação que antecedeu o fechamento da linha. A Vale terá de pagar honorários advocatícios, no valor de R$ 1 mil, na mesma ação que moveu contra Marilene Machado dos Santos, outra acusada pela empresa de liderar a invasão. Ela ofereceu defesa e conseguiu obter "ilegitimidade para a causa". Segundo os autos da ação, não há nada que a vincule à obstrução da ferrovia de Carajás. Outro acusado pela Vale, Otacílio Rodrigues Rocha, também conseguiu provar que ele e a cooperativa que representa não desempenharam atividades durante o protesto que violassem a posse da empresa ou danificassem seus bens.O MST protestou ontem contra a condenação de seus diretores no Pará. Anunciou que prepara recurso para evitar o pagamento dos R$ 5,2 milhões. De acordo com o movimento, a sentença do juiz Hadad representa a "criminalização" dos movimentos sociais que lutam "contra as injustiças no campo e por um Brasil melhor".Ontem, em Belém, o movimento promoveu um ato de solidariedade a seus líderes condenados. Na manifestação, foram denunciados supostos crimes ambientais na Amazônia provocados pela Vale e as várias ameaças de morte contra ativistas, assim como a recente condenação, também pelo mesmo juiz de Marabá, do advogado e coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) José Batista Gonçalves Afonso. Ele é acusado de liderar invasão à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no município em 1997.
À REVELIA
"Essa situação mostra a dificuldade do MST em exercer seu direito de defesa. Os três condenados não tinham advogado de defesa e foram condenados à revelia. Os que tinham defensores foram absolvidos e a Vale terá de pagar as custas do processo na Justiça. No recurso que haverá a partir de agora, a situação será revertida", explicou o advogado do movimento Aton Fon Filho. A Vale não quis se manifestar sobre a decisão da Justiça.Pela primeira vez em sua história o MST recebe uma multa tão expressiva, embora o passivo da organização nos últimos anos com infrações ultrapasse os dois dígitos em milhões de reais. Além da Justiça Federal, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão ligado ao governo paranaense, é quem mais multou os sem-terra. Levantamento de 1985 até 2004 apontou existência de pelo menos R$ 16 milhões em multas por danos ambientais atribuídos a militantes sem-terra em ocupações e em assentamentos legalizados no Paraná.De acordo com o IAP, na impossibilidade de identificar os autores da degradação de uma área durante invasão, é multado quem organiza o movimento. O levantamento não inclui os casos de inquérito policial por crimes ambientais atribuídos a grupos de sem-terra. As ações do IAP correm na esfera administrativa. Em setembro de 2004, por exemplo, o instituto multou o MST em R$ 230 mil por danos ambientais a nascentes de rios na ocupação da Fazenda 4R, em Cascavel.Em 2006, o líder do MST, João Pedro Stedile, foi denunciado pela invasão do viveiro da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul. A multinacional estimou prejuízo de US$ 20 milhões. Não houve multa.De acordo com o departamento jurídico do Movimento dos Sem-Terra, todas as multas aplicadas até hoje não foram efetivadas por serem "inconstitucionais, impagáveis e inócuas". Os advogados afirmam que, como o MST é um movimento social e não possui cadastro de pessoa jurídica, as multas ficam sem fundamento.

O Lula deles

Ontem postei aqui no blog um artigo do Olavo de Carvalho chamado “O Lula americano”. Leiam! Barack Obama é o Lula dos Estados Unidos. Fala aquilo que o povão quer ouvir, foge da realidade. Ele acredita que, se eleito, fará um governo nunca visto na história dos Estados Unidos. Ontem Obama estava na Alemanha. Muitos o compararam com John Kennedy, depois de ter sido comparado com Martin Luther King. A melhor comparação é com Lula. Obama tem tudo a ver com o Apedeuta.

Eleições 2008 - São Paulo

Por Catia Seabra
na Folha de São Paulo

A 25 dias do início da propaganda na TV e no rádio, a candidata do PT, Marta Suplicy, e o tucano Geraldo Alckmin dividem, tecnicamente empatados, a liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo, revela o Datafolha. Segundo pesquisa realizada ontem e anteontem, Marta tem 36% das intenções contra 32% de Alckmin.Na pesquisa anterior -de 3 e 4 de julho- Marta liderava a disputa com 38% da preferência. Alckmin tinha 31%. De lá para cá, a vantagem de Marta sobre Alckmin caiu de sete para quatro pontos percentuais. Ela sofreu uma oscilação negativa de dois pontos e o tucano teve variação positiva de um ponto.Antes com 13% das intenções de voto, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), teve uma variação negativa de dois pontos percentuais e -com 11%- está tecnicamente empatado na terceira colocação com o ex-prefeito Paulo Maluf (PP), que se mantém com 8%. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.O Datafolha ouviu 1.099 pessoas ontem e anteontem. A pesquisa foi realizada numa parceria entre a Folha e a TV Globo.Para o diretor de pesquisa do Datafolha, Alessandro Janoni, "o cenário é de polarização". "Hoje, a grande maioria do eleitorado está dividida entre dois candidatos", disse.Marta discorda: "Não está ainda polarizando porque quando começa a [campanha na] TV que é que você vê, nas primeiras semanas, para onde vai caminhar", afirmou. Kassab não foi localizado e Alckmin está em viagem na Colômbia.Ainda segundo Janoni, seria necessária mais uma rodada de pesquisa para conferir se Kassab enfrenta tendência de queda. Essa é apenas a segunda pesquisa Datafolha desde a oficialização das candidaturas.Comparável às anteriores, a pesquisa espontânea aponta para essa trajetória descendente. Segundo a espontânea -em que o eleitor declara seu voto antes da apresentação da lista de candidatos-, Kassab sofreu queda de seis pontos do dia 15 de maio até julho, passando de 13% para os atuais 7%. Ainda segundo o Datafolha, Marta lidera hoje a espontânea com 22%. Alckmin tem 13%.Os kassabistas apostam na propaganda gratuita para a reversão dos números. A preocupação é resistir até o dia 19 de agosto sem inaugurações.Os últimos 20 dias coincidem com o período de afastamento do governador José Serra (PSDB) da cena política. Desde o dia 6, início oficial da campanha, Kassab está proibido de participar de inaugurações, que funcionavam como pretexto para aparições ao lado do governador. Longe de palanques, Serra também pôs um pé na candidatura do PSDB. A pedido de Alckmin, o governador passou a recomendar potenciais doadores. E vereadores tucanos tiveram de se render à candidatura.A 73 dias do primeiro turno, o Datafolha também consultou eleitores sobre seu grau de convicção. Segundo a pesquisa, 3% dos entrevistados dizem não saber em quem votar. Dos que declararam o voto, 26% admitiram que podem mudar, sendo que 79% dos eleitores de Marta se disseram decididos contra 69% de Alckmin e 66% de Kassab. Alckmin é o que tem mais chances de receber voto dos indecisos: 38%, enquanto 21% disseram que poderiam votar em Marta e 7%, em Kassab.

Eleições 2008 - Rio de Janeiro

Na Folha de São Paulo

Em 20 dias de campanha eleitoral, pesquisa Datafolha revela que o candidato do PMDB à Prefeitura do Rio, Eduardo Paes, cresceu quatro pontos percentuais, atingiu 13% das intenções de voto e está tecnicamente empatado em segundo lugar na disputa com Jandira Feghali (PC do B), que tem 16% (oscilação negativa de um ponto). Marcelo Crivella (PRB) passou de 26% para 24% dos votos e segue como líder na preferência dos eleitores.Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, Jandira pode ter entre 19% e 13%, e Paes, entre 10% e 16%, o que configura empate técnico.Depois aparecem Fernando Gabeira (PV), com 7%, Solange Amaral (DEM), 5%, Chico Alencar (PSOL), 3%, e Alessandro Molon (PT) e Paulo Ramos (PDT), com 2% cada um. Os demais tiveram 1% ou menos das intenções de voto.A pesquisa mostra que Paes tirou votos da candidata do DEM: Solange perdeu cinco pontos percentuais desde 4 de julho, e o candidato do PMDB obtém sua maior taxa de voto (20%) entre os que avaliam o atual prefeito, Cesar Maia (DEM), como ótimo ou bom.Paes entrou para a política pelas mãos de Maia, do qual hoje é desafeto. Ao romper com Maia, foi para o PSDB e depois para o PMDB, a convite do governador Sérgio Cabral Filho, do qual se tornou secretário de Turismo, Esportes e Lazer. O DEM entrou com pedido de impugnação da candidatura de Paes, alegando que ele se desincompatibilizou fora do prazo. A questão ainda não foi julgada.Crivella é o candidato com maior índice de rejeição, segundo o Datafolha, com 31% dos eleitores dizendo que não votariam nele de maneira alguma. Por outro lado, os que dizem que vão votar nele são os mais decididos (66% estão "totalmente decididos"). A taxa de rejeição de Gabeira atinge 21%; a de Solange, 18%; a de Jandira, 14%; e a de Paes, 12%.Jandira tem melhor resultado entre os simpatizantes do PT (28%) e os mais escolarizados (21%). Gabeira atinge seu maior índice entre os de renda superior a dez mínimos (20%).O Datafolha fez apenas uma simulação de segundo turno. Quando questionados em quem votariam se a disputa ficasse entre Crivella e Jandira, 45% dos entrevistados disseram optar pela comunista contra 38% dos apoiadores do candidato do PRB, uma diferença de sete pontos percentuais.

Eleições 2008 - Porto Alegre

Por Graciliano Rocha
na Folha de São Paulo

O prefeito José Fogaça (PMDB) lidera a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre com 29% das intenções de voto, mostra a primeira pesquisa Datafolha feita após a oficialização das candidaturas.Na disputa pelo segundo lugar, aparecem tecnicamente empatadas as deputadas federais Maria do Rosário (PT), com 20%, e Manuela D'Ávila (PC do B), com 18%.A pesquisa Datafolha, realizada ontem e anteontem com 829 eleitores, tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) gaúcho com o número 9/2008.A candidata do PSOL, Luciana Genro, alcançou 8%. Onyx Lorenzoni (DEM) teve 5%. Obtiveram 1% Nelson Marchezan (PSDB), Vera Guasso (PSTU) e Paulo Rogowski (PHS). Eleitores que declararam votar branco ou nulo somam 8%.Na pesquisa espontânea, aquela em que o eleitor escolhe um candidato sem que lhe sejam oferecidas opções, Fogaça também aparece na dianteira, com 12%, seguido por Maria do Rosário (8%) e Manuela (7%).Luciana Genro e Onyx Lorenzoni foram citados, respectivamente, por 2% e 1% dos entrevistados pelo Datafolha.A pesquisa revelou um alto número de indecisos. Na espontânea, 61% dos entrevistados afirmaram não saber em quem votarão em outubro.O levantamento também indica muitos indefinidos mesmo entre os entrevistados que dizem já ter escolhido candidato: 42% deles disseram que seu voto poderia mudar.Fogaça apresenta melhor desempenho entre os eleitores com renda superior a dez salários mínimos (39%) ou com mais de 60 anos (44%).Maria do Rosário tem forte apoio da fatia do eleitorado descontente com a administração do peemedebista. Nesse segmento, a petista alcança 27% de preferência.Mais jovem entre os candidatos, com 26 anos, a deputada Manuela D'Ávila alcança 31% das intenções de voto entre os que têm de 16 a 24 anos.Fogaça também enfrenta a maior rejeição. De cada quatro entrevistados, um diz que não votaria de jeito nenhum no atual prefeito. É seguido por Onyx (19%). As candidatas do PT, do PC do B e do PSOL têm índices respectivos de rejeição de 15%, 14% e 13%.

Eleições 2008 - Salvador

Por Luiz Francisco
na Folha de São Paulo

O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) e o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB) lideram a primeira pesquisa Datafolha para a Prefeitura de Salvador após o registro das candidaturas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).ACM Neto aparece com 27% das intenções de voto, seguido de Imbassahy, com 25%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que significa que o candidato do DEM e o tucano estão tecnicamente empatados na liderança.O atual prefeito, João Henrique Carneiro (PMDB), está em terceiro lugar, com 19%.O deputado federal Walter Pinheiro (PT) está em quarto, com 7%, seguido do servidor público Hilton Coelho (PSOL), que tem 1%.Juntos, ACM Neto e Imbassahy, que possuem o mesmo DNA político, têm 52% das intenções de voto. Imbassahy foi prefeito de Salvador durante oito anos, quando era aliado do senador Antonio Carlos Magalhães (morto em julho de 2007). O rompimento político aconteceu em 2005.O Datafolha ouviu 831 eleitores da capital baiana anteontem e ontem. A pesquisa foi registrada no TRE com o número 211/2008. Segundo a pesquisa, 20% dos eleitores não têm candidato: 13% votariam em branco ou nulo e 7% estão indecisos.Na intenção de voto espontânea -na qual o eleitor declara seu voto antes da apresentação da lista de candidatos-, há empate técnico entre o democrata (12%), o tucano (9%) e o peemedebista (7%).Em relação à rejeição dos candidatos, 38% dos eleitores afirmam que não votam no prefeito João Henrique Carneiro. Depois, pela ordem, aparecem Antonio Carlos Magalhães Neto (26%), Hilton Coelho (25%), Walter Pinheiro (20%) e Antonio Imbassahy (19%).Dos entrevistados que declararam voto em ACM Neto, 66% afirmam que estão totalmente decididos. O índice é de 55% entre os que se dizem eleitores de Imbassahy. Dos que optaram por João Henrique, 64% dizem que não mudarão o voto.A pesquisa também mensurou o desempenho do atual prefeito. Para 16% dos eleitores, o peemedebista realiza uma administração boa ou ótima, 46% consideram o seu governo regular, e 35% afirmaram que o trabalho desenvolvido é ruim ou péssimo. Entre os ouvidos pelo Datafolha, 2% não souberam avaliar a gestão.

Eleições 2008 - Belo Horizonte

Por Paulo Peixoto
na Folha de São Paulo

Uma candidata comunista que conta com o apoio do presidente interino da República, José Alencar (PRB), lidera a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, saindo na frente de Marcio Lacerda (PSB), apoiado pelo governador tucano Aécio Neves e pelo prefeito petista Fernando Pimentel.A deputada federal Jô Moraes (PC do B) aparece em primeiro na primeira pesquisa Datafolha em Belo Horizonte após a definição dos candidatos, com 20% das intenções de voto.Ela está 11 pontos percentuais à frente de seu colega de Câmara, Leonardo Quintão (PMDB), que tem 9%.No segundo lugar, porém, há um quíntuplo empate, já que Vanessa Portugal (PSTU) e Lacerda têm 6% das intenções de voto, o ex-deputado federal Sérgio Miranda (PDT) aparece com 5%, e o candidato do DEM, o deputado estadual Gustavo Valadares, com 4%.O empate ocorre porque a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.A pesquisa, registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas com o número 47.265-2008, foi realizada anteontem e ontem. Foram entrevistados 829 eleitores.Os maiores percentuais aferidos pelo Datafolha são para os indecisos, que são 26%. Já 22% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou nulo se a eleição fosse hoje.Jorge Periquito (PRTB) e André (PT do B) têm 1% cada um. Pepê (PCO) não atingiu 1%.
Indecisos
Jô Moraes lidera também na situação em que os entrevistados respondem de forma espontânea em qual candidato pretendem votar, mas está empatada tecnicamente com Lacerda -ela obteve 5%, e ele, 2%. Na consulta espontânea, no entanto, os indecisos são 79%.É jogando com esse percentual de indecisos que os candidatos esperam crescer nas intenções de voto, após o começo da propaganda eleitoral no rádio e na televisão.A campanha de Marcio Lacerda aposta nisso, como deixou claro durante a semana o governador ao dizer que a campanha está "muito bem colocada" e que apenas agora o candidato dele "começa a ser conhecido pela população".Aécio e Pimentel serão estrelas no programa do PSB, mas o governador não poderá falar no rádio e na TV porque o PSDB está coligado informalmente à aliança -devido ao veto imposto pela Direção Nacional do PT.A candidata comunista tem o PRB de Alencar em sua coligação, possui o apoio da esquerda do PT e atrai petistas contrários à aliança com o PSDB. Ela tem o melhor desempenho entre os eleitores mais escolarizados (28%) e entre os que possuem renda acima de dez salários mínimos (26%).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

"O Lula americano" por Olavo de Carvalho

Além de ouvir o hino americano com as mãos sobre a bolsa escrotal e não sobre o coração, Barack Hussein Obama adulterou o emblema das armas nacionais para fazer dele um logotipo de sua propaganda eleitoral, declarou que a bandeira americana “é um símbolo de violência” e, para completar, tirou as cores do país do leme do seu avião de campanha, substituindo-as pelo “O” que representa... ele próprio.
Mais que simples desprezo, essas atitudes denotam um esforço consciente de destruição dos símbolos nacionais. Esse esforço, por sua vez, não precisa de interpretação simbólica: seu sentido é auto-evidente. Ele dá expressão eleitoral à guerra cultural travada contra os EUA, de dentro e de fora do país, desde os anos 60: trata-se de erigir, sobre os escombros do patriotismo e da soberania, um novo sistema de lealdades, baseado na aliança de todos os ódios anti-americanos, anti-ocidentais e anticristãos com os interesses bilionários empenhados na implantação do governo mundial. O sinal mais claro dessa aliança são as fontes de apoio financeiro do candidato: de um lado, grupos radicais e pró-terroristas, de outro as megafortunas globalistas e a grande mídia em peso. Daí o vigor da sua campanha, que tem quatro vezes mais dinheiro que a do oponente e – sem exagero – vinte ou trinta vezes mais cobertura jornalística.
Com esse respaldo, ele se permite desafiar não só todas as conveniências, mas passar por cima das exigências legais mais elementares: depois de sonegar durante meses sua certidão de nascimento, apresentou uma certidão manifestamente falsa (v.
http://web.israelinsider.com/Articles/Politics/12993.htm). O documento original, que continua sumido, é necessário para tirar a limpo uma questão essencial: Obama é cidadão americano ou é um estrangeiro, inelegível portanto? A ocultação e a fraude subseqüente falam em favor da última hipótese, mas o entusiasmo inalterado dos obamistas, contrastando com o seu absoluto desinteresse em esclarecer essa questão, mostra que preferem antes demolir de um só golpe o sistema eleitoral americano do que permitir que os republicanos continuem no poder: o novo sistema de lealdades já está em vigor, sobrepondo à integridade nacional as ambições partidárias da esquerda.
Com a mesma insolência autoconfiante, os planos de governo de Obama contrariam flagrantemente a vontade da maioria, sem precisar temer que isso tire um voto sequer do candidato. A nação quer baixar o preço da gasolina; Obama promete aumentá-lo, mantendo o veto à abertura de novos poços de petróleo. A América quer ver os imigrantes ilegais pelas costas; Obama promete não somente anistiá-los, mas dar-lhes assistência médica com o dinheiro dos contribuintes. A nação quer menos impostos; Obama promete criar mais alguns. Se milhões de cidadãos americanos que pensam e querem o contrário de Obama juram votar nele para presidente, não é por causa do que ele promete, mas a despeito de ele lhes prometer até mesmo o inferno. A atração da imagem hipnótica é mais forte do que o cálculo de custo-benefício.
A campanha de Obama é uma obra de engenharia psicológica de precisão, planejada não para conquistar os eleitores pela persuasão racional, mas para debilitá-los, chocá-los e estupidificá-los ao ponto de fazê-los aceitar todo prejuízo, toda humilhação, toda derrota, só para não contrariar a suposta obrigação moral de elegê-lo, pouco importando que ele seja mesmo um inimigo disfarçado. Sacrificar tudo ante um fetiche, e fazê-lo até certo ponto conscientemente, compartilhando portanto as culpas da operação e incapacitando-se previamente para lutar contra ela depois de realizada, eis o que Obama está exigindo – e obtendo – dos eleitores.
Já vimos essa operação ser realizada no Brasil, com base na imagem estereotipada do “presidente operário”, contra cujos crimes e perfídias já ninguém pode levantar uma voz audível, pois, arrastados pela chantagem psicológica, todos se acumpliciaram de algum modo ao ritual de sacrifício ante o altar do ídolo.

Tem que pressionar os partidos

Sim, continuo sendo totalmente favorável a divulgação da lista dos políticos com ficha suja na Justiça. Mas, deve-se pressionar os partidos destes políticos para que os mesmos não permitam que os “ficha suja” disputem qualquer eleição.

Jogos de futebol não serão afetados

Ontem teve sorteio para decidir qual coligação abrirá as propagandas no rádio e na televisão. O primeiro será Martiniano Cavalcante. Lendo a reportagem no Diário da Manhã que fala sobre a distribuição do tempo dos candidatos nos meios de comunicação, fiquei sabendo que as coligações, a imprensa e os juízes eleitorais chegaram a um acordo permitindo que as emissoras poderão acomodar o horário eleitoral dentro das suas programações quando tiver jogos de futebol ao vivo e outras modalidades esportivas, ou seja, os jogos olímpicos de Pequim. Os candidatos foram espertos. Para que peitar os meios de comunicação, não é mesmo? Ainda bem que as promessas populistas não afetarão nos horários dos jogos do meu São Paulo.

Morna campanha

Tenho conversado com algumas pessoas que participarão da campanha eleitoral deste ano. Elas prevêem uma campanha morna. Ou o clima “Já ganhou” de Íris Rezende contaminou o ar seco de Goiânia, ou os outros candidatos não estão a altura para brigar com o velhinho. Fico com a segunda alternativa.

Juros, Meireles e o São Paulo

Quando o blogueiro Josias de Sousa disse que Henrique Meireles estava pensando seriamente em deixar o Banco Central para se candidatar ao governo de Goiás no ano que vem eu não botei muita fé. Lembro que no dia seguinte os jornais daqui comemoravam tal fato. Eu não! Não acho que o presidente do Banco Central tenha tanto cacife assim. Relembrei aqui as denúncias que pesaram nas suas costas em 2004. Falei também da situação econômica que requeria atenção total. Leio nos jornais de hoje que o Banco Central aumentou os juros em 0,75%. Muitos economistas não esperavam tal alta. Pois é, Henrique Meireles terá agora que cuidar mais da economia brasileira e deixará a disputa do governo mais para frente. É sempre bom duvidar. É sempre bom ficar com um pé atrás. Comemorar demais eu só comemoro os gols do São Paulo que fizeram muita falta ontem no Beira Rio. O Internacional ganhou. Vamos torcer para que o Palmeiras perca hoje para o Santos e que o meu time continue em quinto lugar na tabela.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Podcast do Diogo Mainardi: "O inquérito do Ministério Público italiano"

Daniel Dantas espionou os italianos. Os italianos responderam espionando Daniel Dantas. Esse foi o resultado do inquérito dos procuradores milaneses contra os arapongas da Telecom Italia. Num de seus interrogatórios, o chefe dos arapongas, Giuliano Tavaroli, definiu a estratégia da empresa: "Para tratar com um bandido, é preciso outro bandido". No caso, ele se referia a Daniel Dantas e a Naji Nahas. Assunto requentado? Sim, assunto requentado.
O advogado de Daniel Dantas declarou que o inquérito italiano pode ajudar seu cliente. Mentira. Se os italianos mandaram hackear o computador do agente da Kroll, eles só o fizeram porque o agente da Kroll os hackeou primeiro. O episódio é conhecido. Os documentos da Ministério Público italiano apenas confirmam o que todos nós já sabíamos: um espionou o outro, um praticou crimes contra o outro. Daniel Dantas que se dane. Os italianos que se danem.
Apesar de todo o repeteco, surgiu uma grande novidade na última semana. E a novidade foi justamente aquela que a imprensa brasileira se esqueceu de noticiar. Os procuradores milaneses concluíram uma parte do inquérito contra os arapongas da Telecom Italia, mas mantiveram aberta uma outra parte, a que mais nos interessa: as suspeitas de que a empresa corrompeu funcionários públicos e políticos no exterior, em particular no Brasil. Quem mais tratou do assunto fui eu. Para dar uma idéia do que o Ministério Público italiano pode estar procurando, sugiro a releitura de dois dos meus artigos: "
Fantasioso? Sórdido?" e "Esperei Godot. E ele apareceu".
A PF, ridiculamente, tentou me associar a Daniel Dantas. Como eu nunca falei sobre o assunto com ele ou com qualquer membro de seu bando, o delegado Protógenes Queiroz se limitou a citar meus artigos. O motivo disso tudo é simples. Desde que o caso estourou na Itália, ignorei completamente as denúncias de arapongagem, concentrando-me no que de fato me parecia importante: os pagamentos feitos aos políticos brasileiros. Há uma penca de depoimentos que comprovam essa prática. Entendo que os lulistas queiram abafar o caso. Entendo que eles prefiram tratá-lo como uma mera batalha comercial entre empresas e empresários afeitos à bandidagem. Entendo que eles comprem uns blogueiros patifes empenhados em acobertá-los. Por enquanto, os lulistas podem comemorar. A magistratura brasileira, pelo que publicaram os jornais italianos, ainda nem pediu cópias dos documentos. Mas ainda há um inquérito em andamento. E ele pode mostrar que mais bandidos precisam ir para a cadeia, além de Daniel Dantas e Naji Nahas.
Clique aqui para ouvir na íntegra.

Muitos aliados?

Lula disse hoje que não vai participar das eleições neste ano. Ele disse que tem aliados demais. Aliados ou aproveitadores? E você, nobre leitor, acha que o Apedeuta vai mesmo se afastar das eleições?

Palocci pediu demissão

Ricardo Noblat comenta a divulgação da lista dos políticos com a ficha suja. Ressalta um tema interessante: muitos políticos processados conseguiram se eleger. Noblat cita os exemplos de Paulo Maluf, Jader Barbalho e Antônio Palocci. Os três estão sendo processados, mas conseguiram uma vaga na Câmara dos Deputados.
Mas Noblat comete um erro. Ao falar sobre Palocci, o blogueiro do Globo fala que Lula o demitiu do Ministério da Fazenda depois que veio à público a sua atuação na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Errado! Palocci não foi demitido. Ele pediu pra sair. Pedir demissão é muito diferente de ser demitido.

Ainda bem que eu não ouvi

Não ouvi o debate entre os candidatos à Prefeitura de Goiânia ontem na Rádio 730. Pelo que eu leio nos jornais, o debate foi morno e os candidatos preferiram reclamar a ausência de Íris Rezende. Será assim o tom da campanha: atacar Íris. É uma tática bastante frágil por conta da alta popularidade do prefeito e candidato a reeleição.
Fica comprovado o que há tempos venho escrevendo aqui: durante os quatro anos de administração, Íris não teve adversário. E, pelo visto, não terá até outubro.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Só Iris

Entrei no site da Associação dos Magistrados do Brasil e procurei pela lista dos políticos com a ficha suja na Justiça daqui de Goiás. Infelizmente só tem de Goiânia. O único político que consta na lista é o candidato à reeleição Íris Rezende. Mas tem um erro no site. Diz lá que o partido é o PP, mas, na verdade, o partido de Íris é o PMDB. Segue abaixo a ficha de Íris Rezende. Volto em seguida:

Candidato Cargo Partido
Iris Rezende Machado Prefeito PP

Processos
AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 200600459998 – 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DE GOIÁS – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

OBS: A AÇÃO FOI JULGADA IMPROCEDENTE EM 1º GRAU. O MINISTÉRIO PÚBLICO RECORREU DA DECISÃO E A AÇÃO FOI REMETIDA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS.

Voltei
Seria interessante se tivéssemos os dados dos políticos do interior. Com certeza veríamos muitas ilegalidades. Que os políticos envolvidos se expliquem! O fato do político estar na lista dos “ficha suja” não os impedem de se defender. Que defendam e que expliquem.

Tocando o terror

E o MST continua tocando o terror. Cerca de 100 sem-terra ocuparam a sede do Incra em Teodoro Sampaio, interior de São Paulo. Será que ninguém vai reclamar? Quer dizer que os sem-terra podem fazer o que quiser e ninguém vai dizer que é errado invadir um patrimônio público? Na Banânia tudo é possível, até uma entidade não reconhecida judicialmente fazer o que bem quiser. Há muito tempo que eles rasgam a Constituição e ninguém fala nada. Pior, apóiam a ação dessa gente.

Os "ficha suja"

A AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) divulgou hoje a lista dos políticos “ficha suja” que disputarão as eleições neste ano. A associação está certa. Tem que divulgar mesmo. Tem que mostrar quais são os candidatos que estão respondendo a processos na Justiça.

A manutenção do Orkut virou notícia

Realmente o Orkut é muito importante. A manutenção do site virou notícia. Logo abaixo postei o que saiu no site G1. Agora, na Folha online:

O Orkut está fora do ar. O site de relacionamentos informa que saiu do ar devido a uma "manutenção temporária". A página do serviço não fez previsão sobre o tempo necessário para a reativação dos serviços.

Procurada pela Folha Online, a assessoria do Google, dono do serviço, divulgou a seguinte declaração:

"O Orkut passa por uma manutenção não-periódica. Essa manutenção não oferece risco para a integridade e segurança dos perfis ativos. Neste momento, também não é possível fazer novos cadastros temporariamente."

O YouTube, também do Google, também exibiu, na noite desta segunda-feira, a mensagem de que está em manutenção. Também foi verificada uma lentidão no acesso às contas de e-mail do Gmail.

Recentemente, o Orkut passou por uma série de aperfeiçoamentos com o objetivo de aumentar a segurança e o controle sobre os passos dos usuários. Isso ocorreu após investigações policiais detectarem que o site abrigava usuários envolvidos em crimes, como pedofilia.

Em 2004 e em 2005, o Orkut também saiu do ar e irritou muitos usuários.

Parou mesmo

O que seria de nós sem o Orkut? A paralisação do site de relacionamentos afeta a vida de milhões de pessoas (a maioria brasileira). Eu gosto do Orkut. Gosto de xeretar a vida dos outros. A “manutenção” do site virou até notícia no site G1:

O site de relacionamentos Orkut está fora do ar na noite desta segunda-feira (21). Segundo informava a página inicial às 22h, o site “está em manutenção temporária”.

De acordo com a assessoria do Google, proprietário do serviço, trata-se de uma manutenção para resolver problemas técnicos do site. A assessoria, no entanto, não informou a hora exata em que o site saiu do ar.

No momento, não é possível realizar novos cadastramentos. Ainda não há previsão para o retorno do serviço.

Nesta tarde, usuários tiveram dificuldades para acessar a rede. Alguns deles, ao se autenticar, eram redirecionados para um perfil diferente do inscrito. A empresa disse que não foi informada sobre o problema.

Relembrando um Podcast do Diogo Mainardi

Acabo de ler na Folha online que um eleitor hostilizou o candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Crivella. O eleitor chamou o bispo de “assassino”. Na hora me lembrei de um Podcast do Diogo Mainardi do dia 25 de junho. Segue abaixo:

A Folha de S. Paulo perguntou ao general Enzo Peri, comandante do Exército, por que ele decidiu apoiar o projeto Cimento Social, do bispo Crivella. Ele respondeu o seguinte:

"O nosso Palácio Duque de Caxias fica junto ao Morro da Providência. A situação do morro e a ação dos traficantes se refletiam na vizinhança. Isso era motivo de preocupação. Vimos o projeto como uma oportunidade".

Que o bispo Crivella ou Lula associem a reforma da fachada de alguns casebres ao combate contra os traficantes é mais do que natural. Que o comandante do Exército diga o mesmo é sinal de que a gente se danou de vez. De que até as Forças Armadas foram contaminadas pela idéia apalermada segundo a qual o crime é apenas uma forma extrema de justiça social: se os traficantes torturam e matam, é porque em suas casas há frestas nas paredes e goteiras nos tetos. Nesse caso, é melhor dispensar todos os soldados e contratar pedreiros em seu lugar. O general Enzo Peri pode se transformar no maior mestre-de-obras do país, combatendo os traficantes com seu poderoso exército de paraíbas, armados com pás de cal e telhas Brasilit.

No mesmo dia em que os soldados do general Enzo Peri foram presos por participar da chacina contra moradores do morro carioca, Lula se reuniu com quarenta intelectuais petistas. Li o nome de todos aqueles que compareceram ao encontro e, pelas minhas contas, os quarenta intelectuais petistas eram, na realidade, dezenove intelectuais petistas. Esse foi o único acerto de Lula: ele desmoralizou a intelectualidade petista. Só sobraram os mais gagás, que representam os tempos passados, uma espécie de ala das baianas da esquerda, os grandes responsáveis pelo esclerosamento da universidade brasileira. Lula passou 3 horas e meia com eles, discorrendo sobre o PAC, sobre Hugo Chávez, sobre a TV Pública, sobre osteoporose. Ninguém mencionou os fatos do Rio de Janeiro. Ninguém abordou o tema da criminalidade. Porque nem Lula, nem os dezenove intelectuais petistas enxergam os 50 mil assassinatos por ano como um problema, mas sim como o sintoma de outro problema: a pobreza.

Ainda naquele dia, o ministro da Defesa italiano anunciou um plano para empregar as Forças Armadas na segurança pública de seu país. Essa medida já foi adotada no passado. Depois que a máfia assassinou os juízes Falcone e Borsellino, 150 mil soldados ocuparam a Sicilia. A operação durou de 1992 a 1998. Nesse período, alguns dos principais bandos mafiosos foram desmantelados, e Totò Riina, o chefe de todos os chefes, mandante dos atentados contra os juízes, foi preso. A máfia perdeu terreno e acabou renunciando à sua tática terrorista. Atualmente, a Itália tem 1 homicídio para cada cem mil habitantes. O Rio de Janeiro tem 50 vezes mais. A Itália usa os militares para combater a criminalidade. Nós os usamos para tapar goteiras.

E o Orkut pifou

Eu não consigo entrar no Orkut. Fala que está em manutenção. Sei...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

E os lulistas fazem a farra

Matéria do Estadão de hoje mostra a farra que os prefeitos lulistas estão fazendo com a liberação de verbas do Palácio do Planalto. Os aliados estão felizes da vida. Não é a toa que a cada dia que passa mais políticos puxam a saia (ou o saco) do governo. Espero que a oposição cobre explicações como registra a reportagem.

Lula e as Farc de novo

Ver Lula pedindo paz, falando em liberdade chega a ser engraçado. Um cara que é amigo das Farc no Foro de São Paulo posa de bonitão e ainda tem gente na Colômbia que gosta dele. Será que o acordo assinado ontem no qual os governos brasileiro, colombiano e peruano se comprometem a combater o tráfico de drogas vai mesmo funcionar? Sei não. Tendo um presidente amigo dos terroristas-colombianos não vai muito longe. É preciso denunciar o Foro de São Paulo. É preciso fazer manifestações nas ruas pedindo sim, pela libertação dos reféns em poder das Farc, mas dizer em alto e bom som que o governo brasileiro apóia os terroristas colombianos. É preciso fazer alguma coisa.

domingo, 20 de julho de 2008

Mas o São Paulo é o São Paulo

E Dagoberto marcou o gol da vitória do São Paulo. Não duvidem da Máquina Tricolor Paulista. Não duvidem de Muricy Ramalho. É o São Paulo encostando no grupo da Libertadores e se aproximando da ponta da tabela.

E o Botafogo empatou

Foi só eu escrever. O Botafogo empatou com o famigerado Carlos Alberto.

Tooooooma, Luxemburgo!

E o Goiás ganhou do Palmeiras por 3 a 2 no Serra Dourada. Tooooooma, Luxemburgo! Graças a essa derrota do Palmeiras, o São Paulo fica pertinho da zona da Libertadores. O São Paulo pode até entrar na zona dos 4 primeiros se o Vitória perder para o Flamengo. E se o São Paulo segurar o 1 a 0 contra o Botafogo.

Se fosse em outros tempos

Ah, se fosse em outros tempos! Nós veríamos os petralhas criticando o choro de Íris Rezende e falando que eram lágrimas de crocodilo.

Quem diria

Os jornais Diário da Manhã e O Popular mostraram a foto de Íris Rezende chorando e sendo consolado por Paulo Garcia. Quem diria que um petista ofereceria o ombro para o velhinho chorar depois de tanta emoção. É, minha gente, a política dá muitas voltas. E é verdade: o PT está do lado do PMDB de Íris Rezende.