sábado, 27 de junho de 2009

Lula e os picaretas

Lula falou que, em época de campanha aparecem os picaretas. É mesmo? Hummm... Lula está rodeado de picaretas. Tanto do seu partido como aliados. Sarney, Canalheiros, Collor, Maluf, mensaleiros, aloprados e outros picaretas apóiam Lula. Não é o povo que precisa tomar cuidado com os picaretas. É o próprio Luiz Inácio que um dia anunciou que no Congresso havia 300 picaretas.

Lula pede atenção a ''picaretas'' que surgem na eleição

Por Evandro Fadel
no Estadão

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, alertou ontem que em época de eleições aparecem "picaretas" pretendendo "fazer de coisa séria um trampolim para a campanha". "Eu gostaria que entre nós prevalecesse apenas o compromisso da verdade, da mais absoluta verdade e somente a verdade", disse ele a cerca de 3,5 mil pessoas, a maioria pescadores, que se reuniram no Centro de Eventos de Itajaí, no litoral de Santa Catarina, a cerca de 80 quilômetros de Florianópolis.Segundo ele, nenhum governador ou prefeito poderá dizer que, nos quase sete anos de mandato, deixou de fazer alguma coisa em razão da filiação partidária da autoridade. "O que vale para fazer uma coisa é saber primeiro se a obra é necessária e, segundo, se tem projeto que pode ser concluído."Em seguida, Lula pediu que a verdade prevaleça sempre. "Está chegando a época da campanha e começam a aparecer alguns picaretas neste país querendo fazer de coisa séria um trampolim para campanha. E não é possível a gente permitir isso."Durante a sanção da Lei de Pesca e Aquicultura, Lula pediu que o ministro da pasta - criada oficialmente ontem -, Altemir Gregolin, faça uma campanha de conscientização para que os pescadores sejam beneficiados. "Não tem coisa mais triste que a gente brigar, disponibilizar dinheiro para alguma coisa e, depois que passam três, quatro, cinco ou seis meses, a gente perceber que aquela coisa não aconteceu", disse.Lula não perdeu a oportunidade de criticar a burocracia da máquina pública em um discurso que classificou como "desabafo", após cobrança do prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PP), para as obras de restauração do porto atingido pelas enchentes no ano passado. "No Brasil, hoje, tem mais gente para não permitir que se faça do que gente para fazer", afirmou. "O Brasil passou quase 30 anos sem dinheiro para investimento e foi destruindo a máquina de execução." Leia mais aqui.

Fiscalização é excessiva e não deixa país funcionar, diz Lula

Por Pedro Dias Leite
na Folha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a fiscalização sobre as obras e ações do governo no Brasil, por considerá-la excessiva, e afirmou que "esse país foi construído para não funcionar".No que ele próprio classificou de "desabafo", o presidente afirmou que "a máquina de fiscalização é muito mais eficiente que a máquina de execução": "É só ver quanto é que ganha um engenheiro do Dnit para fazer uma estrada e quanto é que ganha um auditor do Tribunal de Contas para fiscalizar a estrada que o engenheiro vai fazer", disse ele.A remuneração inicial de um auditor do TCU é de cerca de R$ 12.000. O salário inicial de um engenheiro do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é de R$ 4.270.O discurso faz parte de uma campanha do governo nos bastidores para redefinir a forma de atuação do Tribunal de Contas da União, tido como principal agente de fiscalização do Executivo. No ano passado, o tribunal fez uso de 124 medidas cautelares, por meio das quais suspende licitações e bloqueia repasses para obras com irregularidades graves. Por meio delas, o órgão calcula que evitou prejuízo de R$ 1,7 bilhão.Lula culpou "a teoria do Estado mínimo, de que era preciso privatizar tudo, de que a Petrobras e a Vale do Rio Doce não valiam nada" pelo "desmonte" do Estado.O presidente esteve em Itajaí (SC) para assinar a transformação da Secretaria Especial da Pesca em ministério e para assinar a Lei da Pesca. Leia mais aqui.

Sarney emprega "fantasma" ligada a Renan

Por Fábio Zanini
na Folha

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), emprega na sua assessoria uma funcionária fantasma da instituição, protegida do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), casada com um suposto "laranja" dele, que é suspeito de integrar um esquema irregular do alagoano.Vânia Lins Uchôa Lopes foi contratada como assessora técnica da presidência do Senado em 8 de abril de 2005, quando Renan ocupava o cargo que hoje é de Sarney. Ela recebe sem dar expediente no local. Vânia é mulher de Tito Uchôa, primo de Renan. Em 2007, Tito foi apontado como comprador de emissoras de rádio em Alagoas em nome de Renan, que seria o verdadeiro proprietário.Na mesma época, a agência pertencente ao casal, a Costa Dourada Veículos Ltda., foi investigada pela Polícia Federal por ter emprestado a ele R$ 178 mil não declarados ao fisco.Tanto o empréstimo como o caso das rádios embasaram processos contra Renan que quase lhe custaram o mandato -e o levaram a renunciar à presidência do Senado em 2007.Ninguém conhece Vânia na presidência do Senado: ela fica em Maceió e nunca vai a Brasília, segundo informação dada por uma empregada em sua casa na capital alagoana.Assessores do senador José Sarney, informalmente, admitiram à Folha que ela não trabalha onde está lotada.No Senado, Renan mantém pelo menos mais um aliado que recebe sem trabalhar pela Casa, além de outros personagens dos escândalos que há dois anos ameaçaram seu mandato. Leia mais aqui.

E-mails mostram que ordem para atos secretos partia de Agaciel

Por Leandro Colon
no Estadão

O Ministério Público Federal obteve a primeira prova material de que a produção em série dos atos secretos no Senado era intencional e operacionalizada pelo ex-diretor Agaciel Maia. São e-mails remetidos pela Diretoria-Geral, com determinação de sigilo, à Secretaria de Recursos Humanos, então chefiada por João Carlos Zoghbi.O caminho percorrido pelas mensagens, segundo o Ministério Público, reafirma o envolvimento de Agaciel e Zoghbi, que comandaram esses setores no período dos atos sigilosos. Os e-mails eram assinados pelo chefe de gabinete de Agaciel, Celso Antonio Martins Menezes, braço direito do ex-diretor. Quem os recebia era Franklin Albuquerque Paes Landim, responsável pela publicação dos boletins internos. Nos e-mails, Menezes repassa boletins administrativos anexados com uma sucinta recomendação: "Não circular."Um inquérito para apurar o caso foi aberto pela procuradora Anna Carolina Resende no último dia 16, após o Estado revelar a existência de atos secretos dentro do Senado. Ontem, ela e mais cinco procuradores enviaram documento ao presidente José Sarney (PMDB-AP) sugerindo medidas de controle para evitar os atos secretos.No texto, eles informam sobre os e-mails do ex-chefe de gabinete: "A não circulação na rede do Senado de pelo menos parte dos atos não divulgados foi feita em atenção ao pedido/ordem feito pelo servidor Celso Antônio Martins Menezes por meio de e-mails." A recomendação entregue a Sarney é apenas uma fase inicial do inquérito. A investigação continua. Leia mais aqui.

"Dois mil anos depois..." por Diogo Mainardi

Roma tinha Trimalchio. Agora tem Berlusconi.
Trimalchio é um dos protagonistas de Satyricon. No romance de Petrônio, Trimalchio oferece uma ceia em sua propriedade. Mais do que uma ceia: uma orgia. Assim como Berlusconi, Trimalchio é um homem rico. Assim como Berlusconi, Trimalchio se cerca de parasitas. Quando Trimalchio, num determinado momento da ceia, pega um belo rapaz menor de idade e o beija prolongadamente, sua mulher Fortunata o acusa de ser incapaz de "conter sua libidinosidade". Quando Berlusconi, dois meses atrás, compareceu à festa de 18 anos de uma bela napolitana, sua mulher Veronica acusou-o de "estar doente" e de se relacionar com menores de idade.
Roma tinha Petrônio. Agora tem Patrizia D’Addario.
Patrizia D’Addario é uma prostituta. Ela alega ter participado de duas ceias dionisíacas no palácio barroco do primeiro-ministro italiano. Na última semana, ela relatou os detalhes do Satyricon berlusconiano aos repórteres do jornal La Repubblica e aos procuradores de Bari, que investigam o assunto. A primeira ceia, com cerca de vinte mulheres, teria ocorrido em meados de outubro do ano passado. Duas das mulheres seriam prostitutas lésbicas que trabalhariam em dupla. Se a ceia de Trimalchio tinha iguarias preparadas com carne de porco, a de Berlusconi, de acordo com Patrizia D’Addario, foi bem mais frugal: tagliatelle com cogumelos e carne com batatas. Se Trimalchio demonstrou sua banalidade discorrendo sobre o zodíaco, Berlusconi demonstrou sua banalidade contando uma série de anedotas inocentes. Se Trimalchio, durante a ceia, decidiu encenar seu próprio funeral, fazendo um panegírico de si mesmo, Berlusconi, em sua ceia, mostrou à plateia imagens de seus comícios e de seus encontros internacionais. Em Satyricon, os servos de Trimalchio cantavam como "num coro pantomímico"; no palácio de Berlusconi, as vinte prostitutas, assistindo às suas imagens na TV, festejaram-no com uma "ola".
Patrizia D’Addario declarou ter recebido 1.000 euros para participar das ceias. O dinheiro teria sido pago por um empresário acusado de suborno. Na primeira ceia, Patrizia D’Addario teria permanecido o tempo todo com Frufru, o poodle branco que Laura Bush deu a Berlusconi. Na segunda ceia, em 4 de novembro, data da eleição de Barack Obama, ela teria passado a noite com Berlusconi. Patrizia D’Addario tem uma peculiaridade: ela documenta todos os seus encontros profissionais e grava todos os seus telefonemas. Ela é o cacique Juruna do meretrício. As fotografias tiradas no quarto de Berlusconi e as gravações das conversas com ele já foram entregues aos procuradores de Bari. Numa das conversas, ele diz: "Me espere na cama grande".
Roma tinha Satyricon. Dois mil anos depois, o romance ainda está aí, inteirinho. Uma "ola" para Petrônio.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Marconi para presidência do Senado

Eu quero que José Sarney saia da presidência do Senado. Assim, quem assumirá a vaga será Marconi Perillo, seu vice. Vejam um trecho de uma reportagem que saiu hoje no Estadão:
O PSDB, por sua vez, receia entregar a presidência ao primeiro vice-presidente Marconi Perillo (GO), temeroso de que o tucano vire alvo e se converta em "bola da vez", por conta dos processos movidos contra ele ao longo dos oito anos em que governou Goiás. Como a política goiana está muito tumultuada e seu grupo está brigando até com o sucessor que ele próprio ajudou a eleger - o governador Alcides Rodrigues (PP) -, o vice é chamado nos bastidores de "Marconi Perigo". Leia a reportagem completa aqui.
Pelo visto, Marconi não anda com a bola toda no Senado como a imprensa goiana tenta pintar e bordar. O pessoal lá já sabe das lambanças dele por aqui. Precisamos começar a fazer pressão. Cai fora, Sarney e deixem Marconi assumir a vaga. Desta forma saberemos o que este senhor fez aqui em Goiás de 1999 até 2006.

Eu sou fiscal do Sarney

Peguei esta imagem lá do Blog do Tas. Os fiscais do Sarney precisam voltar. Fiscalizar o que a carcaça da ditadura está fazendo no Senado.

Michael Jackson

Peguei a fase auge-decadência de Michael Jackson. Lembro do Fantástico anunciar com pompa o lançamento do clip Black or white. Lembro do Michael na tocha da Estátua da Liberdade e a câmera se afastando dele. Pensei: "Como é que fizeram isso?".
Outra lembrança que tenho de Michael Jackson é um cartucho do vídeo game Master Sistem. Chamava-se Moonwalker. Meu irmão e eu jogavamos abeça este cartucho.
Custei a acreditar na morte de Michael. Mas é verdade.
Meus filhos saberão quem era Michael Jackson. Mas será que eles saberão do cartucho Moonwalker?

Ainda está muito cedo para dizer isso

O governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, disse ontem que não deixará dívidas para seu sucessor. Seria uma indireta ao seu antecessor Marconi Perillo? É muito cedo para Cidinho dizer isso. Mas já que ele disse fica o registro. Depois que cobrarmos dele as dívidas deixadas no armário não venha Cidinho dizer que é fofoca.

Supersalários da Petrobrás podem ser alvo da CPI

No Estadão

Diante da revelação que os integrantes da cúpula da Petrobrás recebem supersalários, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou ontem a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás já na próxima semana. De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, documentação enviada pela Petrobrás ao Ministério da Previdência e à Receita Federal mostra que os vencimentos - salários mais bônus - de cada um dos diretores e do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, fecharam 2007 em torno de R$ 710 mil, uma média mensal salarial de R$ 60 mil. O senador, autor do requerimento de criação da CPI, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por autorizarem reajustes de até 90%, entre 2003 e 2007, para a diretoria executiva da estatal. A diretoria é em boa parte loteada entre nomes do PT e do PMDB. Indicado pelo PT, o diretor de Operações e Exploração da empresa, Guilherme de Oliveira Estrella, por exemplo, teve rendimentos aumentados de R$ 368.711,36 em 2003, para R$ 701.764,79 em 2007. Leia mais aqui.

Sob Lula, Petrobras elevou salário da direção

Por Pedro Soares e Samantha Lima
na Folha

Os gastos da Petrobras com os salários pagos aos seus diretores do primeiro escalão cresceu 54% de 2003 -primeiro ano do governo do PT- a 2007. Nesse período, a inflação acumulou 28%. A remuneração dos diretores, porém, fica abaixo da de empresas privadas.Hoje cada um dos seis diretores e o presidente recebem, em média, cerca de R$ 55 mil mensais (cerca de R$ 710 mil/ano).Alvo de uma CPI no Senado, a Petrobras elevou muito seu gasto com salários, bônus e benefícios sob o governo Lula.Em 2003, a estatal pagou R$ 4,8 milhões em remunerações à diretoria, aos nove integrantes do Conselho de Administração e aos cinco membros do Conselho Fiscal. A cifra saltou para R$ 7,4 milhões em 2007 e para R$ 9,8 milhões em 2008.Diante da perspectiva de lucros menores por causa da queda do preço do petróleo, o valor reservado para este ano foi reduzido para R$ 8,2 milhões.A Petrobras alega que os vencimentos médios de seus empregados subiu mais (62% de 2003 a 2007) do que os da diretoria. Diz ainda que os salários pagos pela iniciativa privada a seus gerentes são bem mais elevados e que os reajustes visam reter talentos e impedir a migração para outras empresas.Além disso, o crescimento do lucro da Petrobras elevou os vencimentos, porque a estatal premia seus empregados anualmente com PLR (Participação nos Lucros e Resultados), paga de acordo com a faixa salarial e metas cumpridas.Segundo o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, a remuneração da diretoria da empresa é das mais baixas do mercado e está congelada desde 2008. Até 2007, a correção acompanhava o reajuste dos demais funcionários, mas ficou definido que não haveria reajuste em 2008 e 2009. Leia mais aqui.

Ministro do STF vê ''relações conflituosas''

Por Mariângela Gallucci
no Estadão

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, afirmou ontem que no Brasil "ainda infelizmente, lamentavelmente, se evidenciam relações antagônicas e conflituosas que tendem a patrimonializar a coisa pública, confundindo-a com a esfera privada de terceiros".Celso de Mello fez essa crítica, sem citar nomes nem a crise dos atos secretos no Senado, durante discurso lido no plenário do STF em homenagem ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que encerra o seu segundo mandato como chefe do Ministério Público da União no próximo domingo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não escolheu o substituto de Souza.O decano do Supremo disse ainda que "regimes autocráticos, governantes ímprobos e cidadãos corruptos temem um Ministério Público independente".Nos quatro anos à frente do Ministério Público, Souza propôs perante o STF 130 ações diretas de inconstitucionalidade, 45 denúncias e 141 pedidos de instauração de inquérito. O destaque de sua atuação foi o caso do mensalão. Ele denunciou 40 pessoas, inclusive ex-ministros, suspeitos de envolvimento no esquema.Ontem, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou que a crise do Senado pode afetar a democracia."Se a instituição, que tem esse poder, não resolver a crise, podemos fomentar um dos maiores agravos à democracia, que é acabar com o parlamento", afirmou.

Família Sarney emprega mais nove aliados

Por Fábio Zanini
na Folha

A teia de nomeações políticas nos gabinetes do grupo liderado pelo senador José Sarney (PMDB-AP) mostra pelo menos nove novos casos de aparelhamento envolvendo o clã. Os dados estão disponíveis desde anteontem na página do Senado na internet.Principal "faz-tudo" da família em Brasília, o ex-deputado Chiquinho Escórcio foi recompensado com empregos para sua mulher, Alba Leide Nunes Lima, e sua filha, Juliana.Alba trabalha desde março de 2008 no gabinete pessoal de Sarney. Juliana acaba de ganhar uma nomeação no gabinete do senador Mauro Fecury (PMDB-MA), que assumiu a vaga deixada por Roseana Sarney (PMDB), que assumiu o governo do Maranhão.Escórcio também está de emprego novo. Foi nomeado por Roseana representante do governo em Brasília, cargo com status de secretário estadual.Há dois anos, ele foi acusado de espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO) por orientação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de quem era assessor especial. Escórcio negou a denúncia.Usando um mecanismo regimental polêmico, Sarney encaixou na estrutura da Direção Geral seu assessor de imprensa para o Amapá, Said Dib. Sem vagas disponíveis em seu gabinete, ele pediu ajuda ao então diretor-geral Agaciel Maia, segundo Dib. "O presidente Sarney pediu para o Agaciel encontrar uma solução para me manter como assessor, e a solução foi uma lotação na Direção Geral", afirmou o assessor, que cuida do blog de Sarney. Leia mais aqui.

Para estancar crise, Simon pede que Sarney saia da presidência do Senado

Por Eugênia Lopes
no Estadão

"Tem de sair." A frase, curta e peremptória, fez parte do discurso duro com o qual o senador Pedro Simon (PMDB-RS) reiterou ontem o pedido de afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Ele foi seguido por senadores dos principais partidos, que se revezaram na tribuna com o mesmo pedido. Nenhuma liderança da cúpula do PMDB compareceu ao plenário para defender Sarney e ele próprio não foi ao Congresso. Leia mais aqui.

Sarney faz que nem Lula, culpa a mídia

Por Valdo Cruz e Simone Iglesias
na Folha

Acuado por novas acusações, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse ontem ser vítima de uma "campanha midiática" e relacionou pela primeira vez a atual crise a seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em solidariedade, Lula saiu mais uma vez em defesa do aliado, numa estratégia deliberada para tentar evitar a queda do senador.Em reunião reservada, Lula disse à sua equipe que a ordem é "tentar segurar" Sarney no comando do Senado. Segundo um assessor, a renúncia ou até mesmo um pedido de licença seria "péssimo" para o governo no momento.Para ajudar Sarney em sua guerra pela sobrevivência política, Lula vai conversar nos próximos dias com líderes governistas e passar sua orientação de montar uma blindagem em torno do senador.Desde sua posse em fevereiro, Sarney enfrenta uma crise que já levou ao afastamento de dois diretores-gerais da Casa (Agaciel Maia e Alexandre Gazineo) e revelou esquemas de atos secretos, contratos irregulares e pagamento indevido de horas extras.Em defesa do presidente do Senado, Lula afirmou ontem que ele não deve ser afastado do cargo porque foi eleito pelos colegas, e disse mais uma vez não concordar que, num país com "coisas importantes para fazer", as pessoas fiquem um mês "tratando de coisas menores". Ele defendeu ainda o afastamento de Agaciel enquanto durarem as investigações.Ontem, Sarney foi obrigado a divulgar nota para se defender da acusação, publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", de que seu neto José Adriano teria sido beneficiado em operações de intermediação de crédito consignado no Senado.Sarney diz que os esclarecimentos dados por seu neto, que nega ter sido favorecido nas operações, mostram a "verdadeira face de uma campanha midiática para atingir-me, na qual não excluo a minha posição política, nunca ocultada, de apoio ao presidente Lula". Leia mais aqui.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Será que ele tem coragem?

Lula diz que quer ver as denúncias contra José Sarney e sua trupe investigadas. Será que ele teria coragem de dizer isso na frente da carcaça da ditadura? Mas Sarney tem crédito com Lula. A história dele já mostra isso.

Coisas menores?

E Lula defendeu outra vez José Sarney. Disse que os atos secretos da carcaça da ditadura são coisas menores. Imaginem se alguém falasse que as denúncias contra Jader Barbalho fossem "coisas menores"? Imagine se Fernando Henrique Cardoso disse que seus aliados metidos em corrupção fossem "pessoas incomuns"? Lula trata Sarney como uma pessoa incomum e os vermelhinhos ficam calados. Cadê os intelekituwaiwais que tanto se revoltavam?
Antigamente Luis Inácio falava sobre os 300 picaretas. Hoje ele é o picareta-mor.

Richa pede investigação sobre contas de campanha

Por Evandro Fadel
no Estadão

O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), foi ontem ao Ministério Público Eleitoral pedir para ser investigado, em razão das denúncias de que teria havido caixa 2 em sua campanha eleitoral no ano passado. "Vim pedir ao Ministério Público que me investigue. Não apenas a minha campanha, que investigue a minha administração, que tem sido pautada pela ética, pela transparência, extremo rigor e austeridade na aplicação dos recursos públicos e, evidentemente, isso tem incomodado meus adversários", disse.Richa afirmou que já havia sido informado sobre a denúncia antes de ela vir à tona. Trata-se de um vídeo, divulgado na segunda-feira, que mostra candidatos a vereador pelo PRTB supostamente recebendo dinheiro em troca de apoio. "Os ataques viriam em direção à minha honra, tentando macular a minha imagem. Fizeram o que tinham anunciado", contou. O procurador regional eleitoral, Néviton Guedes, disse que ainda vai analisar os documentos entregues por Rodrigo Oriente, autor da denúncia, mas deve pedir, em dois dias, que a Polícia Federal instaure inquérito policial. "Vou pedir que produza uma perícia em todas as fitas para verificar a autenticidade do material apresentado", destacou. Guedes ressaltou que pretende encerrar a investigação o mais rápido possível. "Ela ganhou uma conotação política que não é do interesse do Ministério Público. Nosso interesse é a apuração dos fatos", acentuou o procurador. Leia mais aqui.

Neto de Sarney opera no Senado crédito consignado, que é alvo da PF

Por Rodrigo Rangel e Rosa Costa
no Estadão

Alvo de investigação da Polícia Federal, o esquema do crédito consignado no Senado inclui entre seus operadores José Adriano Cordeiro Sarney - neto do presidente da Casa, o senador José Sarney (PMDB-AP). De 2007 até hoje, a Sarcris Consultoria, Serviços e Participações Ltda, empresa de José Adriano, recebeu autorização de seis bancos para intermediar a concessão de empréstimos aos servidores com desconto na folha de pagamento. Ao Estado, o neto de Sarney disse que seu "carro-chefe" no Senado é o banco HSBC. Indagado sobre o faturamento anual da empresa, ele resistiu a dar a informação, mas depois, lacônico, afirmou: "Menos de R$ 5 milhões." Leia mais aqui.

Contas paralelas do Senado têm saldo de R$ 3,7 milhões

Na Folha

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pediu ontem explicações à direção da Casa sobre a existência de duas contas bancárias em nome do Senado que não integram a Conta Única do Tesouro. Por essa razão, não é possível acompanhar a movimentação dessas duas contas pelo Siafi, sistema que registra gastos públicos. Elas têm saldo total de R$ 3.740.994,13.Parecer da consultoria de orçamento do Senado considerou irregular a manutenção das duas contas, reveladas ontem pelo jornal "O Globo". O texto faz referência a voto do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Marcos Bemquerer, que, ao tratar de situação similar, comparou essas contas a "caixa dois".As contas na CEF (Caixa Econômica Federal) são mantidas pela Secretaria de Informática do Senado, antigo Prodasen. Segundo o seu diretor, Deomar Rosado, elas foram abertas nos anos 70, quando o órgão prestava serviços externos para ministérios e para o Supremo Tribunal Federal, entre outros, e era remunerado por isso. Ele diz que há pelo menos cinco anos essas contas não são movimentadas. Uma delas é conta poupança e tem a maior parte do dinheiro. Os recursos eram usados para compra de equipamentos de informática. Leia mais aqui.

Collor usa verba indenizatória na vigilância da Casa da Dinda

Por Lucas Ferraz
na Folha

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) usa parte de sua verba indenizatória para bancar serviços de segurança privada na Casa da Dinda, sua residência particular, situada à beira do lago Paranoá, em uma das áreas nobres de Brasília.No mês passado, dos R$ 15 mil a que tem direito, o senador usou R$ 10.616,43 para pagar a Cintel Service, empresa do Distrito Federal responsável por serviços na área de conservação, limpeza e segurança -o que inclui homens armados e uniformizados e alarmes.Antes da Cintel, era o Grupo Multi que prestava serviços de segurança na Casa da Dinda. Em abril, ele usou R$ 9.851,52 da verba indenizatória para pagar pelos serviços da empresa.Collor admitiu que utiliza a verba indenizatória para arcar com a segurança de sua residência desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2007.Embora utilize a verba para custear a segurança da Casa da Dinda, Collor geralmente frequenta o local nos fins de semana ou feriados. Ele mora em um apartamento funcional do Senado, localizado na Asa Sul. Leia mais aqui.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Lula e Sarney

Lembro de um podcast do Diogo Mainardi que ele dizia que Lula era Renan Canalheiros e José Sarney. Foi graças ao apoio de Lula que Canalheiros não caiu em 2007. E Sarney vai se sustentando na corda bamba do Senado com o apoio de Lula.
É nojento o apoio que Lula dá a Sarney. São deploráveis as críticas do Apedeuta à imprensa quando esta mostra os segredinhos de Sarney. Em pensar que Lula já chamou José Sarney de ladrão... Pois é, os 300 picaretas já tem um defensor e tanto.

Mendes acha ''fundamental'' abrir arquivos

Por Eduardo Kattah
no Estadão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu ontem a revelação dos arquivos da ditadura. "É fundamental que haja a abertura desses dados", afirmou, em Belo Horizonte. "Eu disse que as pessoas têm o direito a ter o conhecimento do que ocorreu."Mendes se esquivou, porém, do debate sobre eventual revisão da Lei da Anistia. "Quanto a esses outros aspectos, já há a Comissão de Anistia em andamento e também a Justiça, se for acionada, certamente vai se pronunciar."

Justiça abre processo contra diretores da Camargo Corrêa

Por Flávio Ferreira
na Folha

A Justiça abriu processo criminal contra quatro diretores da construtora Camargo Corrêa e contra doleiros acusados de prática de crimes financeiros investigados na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. Dois dos réus da ação penal foram presos ontem.Jadair Fernandes de Almeida, apontado como doleiro da quadrilha investigada, e Raimundo Antônio de Oliveira, suposto testa de ferro de Jadair, foram detidos pela Polícia Federal no Rio de Janeiro.Segundo o Ministério Público Federal, as prisões preventivas foram pedidas porque "ambos tentaram ocultar da Justiça valores que podem ser objetos das operações financeiras ilegais entre a empresa do doleiro e os diretores da Camargo Corrêa investigados".Para a Procuradoria, as detenções foram necessárias depois que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apurou que Oliveira tentou sacar R$ 370 mil da conta bancária de uma empresa supostamente utilizada no esquema criminoso, que de fato era controlada por Almeida.A ação penal foi iniciada pelo juiz Fausto De Sanctis, titular da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo. De Sanctis acolheu denúncia do Ministério Público que apontou que os acusados movimentaram cerca de US$ 30 milhões de forma ilegal nos últimos anos.Segundo a procuradora da República Karen Louise Jeanette Kahn, autora da denúncia, os réus tentaram maquiar remessas ilegais de valores entre a Camargo Corrêa e mais quatro empresas-duas delas estrangeiras- por meio de uma operação simulada de importação de software (programas para computadores). Leia mais aqui.

LULA DEFENDE SARNEY OUTRA VEZ

Por Raphael Gomide
na Folha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou ontem a crise do Senado e criticou a imprensa por sua "predileção pela desgraça", ao lançar um projeto de revitalização da zona portuária do Rio.Segundo Lula, "o povo brasileiro já viu muitos escândalos. Ao longo da história o que mais vemos são escândalos, divulgados em verso e prosa, que depois não dão em absolutamente nada". Para ele, a mídia prefere as desgraças."Quando leio jornal já me assusto. Em maio foram cento e poucos mil empregos, mas a manchete é o emprego no Senado. É uma perda de valor. Não consigo entender por que a predileção pela desgraça! Há tanta coisa boa que acontece. Quando liga a TV e lê jornal, o que está estampado é a desgraça!"Lula disse que "o problema do Senado o Senado resolve"e que o país tem coisas mais importantes a discutir: "Se tem problema, só tem uma solução, que é consertar o problema. Se não tiver, mostrar que não tem problema. E é essa a disposição do presidente Sarney, na conversa que tive com ele. O Senado, a Câmara, o governo federal, quando têm problema, resolvem. Não vamos fazer disso uma causa nacional, porque temos coisas mais importantes para discutir no Brasil".É a terceira vez em que Lula defende o Congresso, o Senado e seu presidente, José Sarney (PMDB-AP). Em viagem ao Cazaquistão, na semana passada, Lula condenou o "denuncismo" da imprensa e disse que "Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum".O projeto lançado ontem prevê a reurbanização da praça Mauá e de seu entorno. O custo é de R$ 392 milhões.

Agaciel nomeava à revelia da Casa, denuncia Demóstenes

Por Leandro Colon
no Estadão

A revelação pelo Estado de que cerca de quatro dezenas de senadores chancelaram os atos secretos com suas assinaturas ou foram beneficiados pelos boletins agitou ontem o plenário. De acordo com os senadores, o ex-diretor-geral Agaciel Maia teria aproveitado os boletins sigilosos para infiltrar assessores nos gabinetes sem conhecimento dos parlamentares. A reportagem identificou os nomes de ao menos 42 senadores e 27 ex-parlamentares entre os 663 atos não publicados desde 1995. Da tribuna, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) anunciou que pedirá para a Polícia Federal entrar no caso. Em 2007, Agaciel nomeou Lia Raquel Vaz de Souza para trabalhar no gabinete do senador, transferindo-a depois para o do petista Delcídio Amaral (MS). Lia é filha de Valdeque Vaz de Souza, braço direito de Agaciel no Senado. "Os culpados de tudo isso somos nós mesmos, que aceitamos que esse delinquente ficasse por tanto tempo à frente da Diretoria-Geral", afirmou Demóstenes. Uma declaração do então diretor-geral - exonerado ontem -, José Alexandre Gazineo garante que o parlamentar jamais pediu a nomeação de Lia.Demóstenes assumiu, porém, a nomeação secreta de um outro funcionário poderoso da Casa. Abrigou no gabinete um filho de João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos. O nome de Marcelo Zoghbi aparece na lista de atos secretos. Ele foi exonerado no ano passado em meio ao cumprimento da decisão antinepotismo do Supremo Tribunal Federal (STF). Leia mais aqui.

Sob pressão, Sarney demite o diretor-geral do Senado

Por Andreza Matais e Valdo Cruz
na Folha

Em mais uma tentativa para sobreviver no cargo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), demitiu das funções o diretor-geral, Alexandre Gazineo, e o diretor de Recursos Humanos, Ralph Siqueira, suspeitos de envolvimento no escândalo dos atos secretos.É o segundo diretor-geral que deixa o cargo neste ano. Agaciel Maia foi o primeiro, depois de ficar no poder por 14 anos escolhido por Sarney. Ele foi exonerado da função em março depois da revelação de que escondeu da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões.Gazineo e Ralph eram homens de confiança de Agaciel e de João Carlos Zoghbi, respectivamente. Zoghbi deixou neste ano a diretoria de Recursos Humanos, após a divulgação de que ele emprestou um apartamento funcional para os filhos.O caso de Agaciel iniciou uma crise no Senado que envolveu a descoberta de pagamento de horas extras, recebimento de auxílio-moradia de forma irregular e atos secretos beneficiando senadores e servidores.Os novos diretores do Senado -que tem orçamento de R$ 2,7 bilhões- foram escolhidos numa operação de blindagem para tentar controlar as turbulências na Casa. Ambos têm ligações com o PMDB e o DEM, partidos que querem manter Sarney na presidência.O novo diretor-geral, Haroldo Tajra, por exemplo, foi escolha do primeiro-secretário Heráclito Fortes (DEM-PI) e é seu atual chefe de gabinete. Leia mais aqui.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ex-segurança de Lula atua na Petrobras por movimentos sociais

Por Fernando Barros de Melo
na Folha

Ex-chefe do Gabinete Regional da Presidência da República em São Paulo e um dos mais próximos seguranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em campanhas políticas, José Carlos Espinoza trabalha, desde abril de 2007, na sede da Petrobras em São Paulo.A Petrobras é alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que ainda aguarda sua instalação no Senado.Espinoza fica no setor de Comunicação Institucional da sede paulista da empresa, mas afirma que sua função é fazer a interlocução com os movimentos sociais. Ele é terceirizado, contratado pela empresa Protemp, sediada em Santo André.O diretor de Comunicação da Petrobras é Wilson Santarosa, que tem ligações históricas com PT e movimento sindical. Espinoza é um dos 1.150 profissionais da comunicação da Petrobras, segundo quem ele foi contratado pela "vencedora da licitação para serviços de apoio profissional suplementares às atividades de comunicação".Durante a campanha eleitoral de 2006, Espinoza se afastou do gabinete da Presidência para exercer, no comitê de Lula em São Paulo, a função de encarregado da agenda do então candidato à reeleição.No meio da campanha, foi citado no escândalo da compra do dossiê contra tucanos. Segundo a revista "Veja", ele se reuniu na sede da superintendência da Polícia Federal com Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência, e Gedimar Passos, assessor da campanha, implicados na compra do dossiê. Na época, a PF e os envolvidos negaram o encontro.Ainda em 2006, após a prisão dos envolvidos na compra do dossiê, a Folha revelou que o apartamento de Espinoza serviu de local para um encontro entre Freud Godoy e Paulo Ferreira, tesoureiro do PT. Leia mais aqui.

Câmara paga R$ 150 mil por parecer sobre voos

Por Fábio Zanini e Johanna Nublat
na Folha

Com base em dois pareceres contratados pela Câmara dos Deputados por R$ 150 mil, o presidente Michel Temer (PMDB-SP) arquivou na semana passada investigação contra o deputado Fábio Faria (PMN-RN), que forneceu passagem aérea de sua cota para a ex-namorada, a apresentadora de TV Adriane Galisteu.Os pareceres, revelados pelo site Congresso em Foco, foram pedidos para os professores da USP Clóvis de Barros Filho, de ética, e Manoel Gonçalves Ferreira Filho, de direito. Segundo Temer, os pareceres dizem que a conduta dos deputados no que ficou conhecido como "farra das passagens aéreas" foi correta.Barros Filho, porém, afirmou à Folha que respondeu apenas a perguntas abstratas, sem referência direta nas questões ao episódio das passagens. "Meu parecer não conclui absolutamente nada sobre as passagens", disse ele. Já Ferreira Filho disse ter concluído que a situação das passagens era "juridicamente correta".Temer, que ainda não divulgou os pareceres, afirmou que os pediu para ter respaldo legal ao tomar decisões sobre o caso.Os documentos devem ser utilizados como argumentos de defesa pelos deputados tanto em ações no Ministério Público como na comissão de sindicância que investiga o caso. Leia mais aqui.

Gabeira usou verba oficial em empresa da namorada

Por Luciana Nunes Leal
no Estadão

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) usou R$ 20 mil da verba indenizatória a que cada parlamentar tem direito para pagar serviços prestados pela empresa Lavorare Produções Artísticas Ltda., que pertence a sua mulher, Neila Tavares. O contrato foi feito em 2004, quando Neila era namorada de Gabeira, para montagem do portal de internet Cidade Sustentável, até hoje em funcionamento. Segundo Gabeira, neste caso, o uso do recurso público "se justifica".O portal é voltado para prefeitos, vereadores e outros gestores públicos e discute soluções sustentáveis para problemas urbanos. "O site funciona há cinco anos", afirmou o deputado. "Tenho orgulho de ter feito esse trabalho. A Lavorare era a empresa que podia fazer melhor o site e em melhores condições (de pagamento)".Gabeira informou que encerrou o contrato de seu gabinete com a Lavorare depois que passou a viver com Neila, em 2005. "No momento em que passei a morar com ela e a dividir as despesas domésticas, deixei de contratar a empresa", afirmou.Com os R$ 20 mil recebidos da cota de verba indenizatória do parlamentar, a Lavorare, de acordo com Gabeira, contratou designers de sites de internet e fez pesquisas qualitativas, entre outras tarefas.Até março deste ano, as prestações de contas dos deputados dos gastos com verba indenizatória eram mantidas sob sigilo. A contratação da Lavorare foi divulgada no fim de semana pela revista Veja. Leia mais aqui.

Ato que aumentou verba para senadores foi secreto

Por Adriano Ceolin e Andreza Matais
na Folha

O Senado aumentou o valor da verba indenizatória a que seus integrantes têm direito de R$ 12 mil para R$ 15 mil por meio de ato secreto. Trata-se de uma decisão assinada em junho de 2005 pelos sete senadores que integravam, na época, a Mesa Diretora. A medida, no entanto, só foi tornada pública no dia 14 de maio deste ano.O ato previu ainda o pagamento do valor reajustado de forma retroativa, com validade a partir de janeiro de 2005. Em março daquele ano, o então diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, chegou a anunciar que a Casa havia voltado atrás na intenção de aumentar o valor da verba indenizatória de R$ 12 mil para R$ 15 mil.O procurador do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), Marinus Marsico, e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, consideram que os atos não publicados não têm validade. Com isso, os pagamentos feitos aos senadores desde 2005 que ultrapassaram os R$ 12 mil podem ser considerados irregulares.O benefício exclusivo dos senadores foi criado em janeiro de 2003 depois que a Câmara tomou a mesma medida em dezembro de 2002. A verba indenizatória é usada para reembolsar despesas como aluguel de escritórios nos Estados, combustível e divulgação da atividade parlamentar. O dinheiro só pode ser pago mediante a apresentação de nota fiscal.Em 2005, o aumento da verba veio a público após a divulgação de um e-mail enviado aos chefes de gabinetes pela Secretaria de Fiscalização e Controle. "Conforme deliberação da Comissão Diretora do Senado Federal, nos autos do processo. Leia mais aqui.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Eu peço a saída!

Cristovam Buarque pede que José Sarney se afaste da presidência do Senado. Ele é bonzinho demais com a carcaça ditatorial. EU PEÇO A SUA SAÍDA!

E agora, Lula?

Em 2006, Lula e os petralhas riram abeça da aliança Geraldo Alckmin - Antony Garotinho. Agora, em 2009, o sujo político carioca quer se aliar a Lula e montar palanque para Dilma Rousseff no ano que vem. Será que Lula e os petralhas vão aceitar tal apoio?

Sarney não quer limpar a "lixeira do Senado"

Eu julguei que, quando fui eleito presidente, era para presidir politicamente a Casa e não para ficar submetido a procurar a dispensa ou limpar o lixo das cozinhas da Casa.
Eis José Sarney hoje no Senado. Enquanto a crise afunda ainda mais no tapete azul do Congresso, Sarney continua fazendo de tudo para tirar o seu da reta. Ele fala que mandou investigar todas as denúncias e julgar os culpados. Quero só ver.
Sarney fala com propriedade que não vai limpar a lixeira da Casa. Ele tem apoio do Lula e da tropa de choque de Renan Canalheiros. Quer melhor defesa do que estas?

Fora Ahmadinejad!

Viram a reportagem abaixo? A eleição iraniana foi irregular! Ahmadinejad foi eleito de forma fraudulenta. Lula e Marco Aurélio Garcia apoiaram a eleição do doidinho iraniano. Depois que o Conselho dos Guardiões começou a admitir irregularidades será que os dois vão cancelar o convite para que o doidinho visite o nosso país?

Governo do Irã admite irregularidades na eleição

No Estadão

O Conselho de Guardiães, órgão encarregado de validar os resultados das eleições presidenciais do Irã, admitiu na noite de ontem que houve irregularidades na votação do dia 12, que gerou a maior onda de protestos no país desde a Revolução Islâmica de 1979. Em entrevista à emissora estatal de TV IRIB, um porta-voz do conselho disse que em 50 cidades foram contabilizados mais votos do que o número de eleitores, uma diferença de 3 milhões de votos. Leia mais aqui.

Aumenta a pressão por abertura de todos os arquivos do Araguaia

Por Leonencio Nossa e Denise Madueño
no Estadão

A divulgação pelo Estado dos documentos sobre a repressão à Guerrilha do Araguaia guardados durante 34 anos pelo oficial da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o Major Curió, aumentou a pressão pela abertura de todos os arquivos sobre o conflito e também pela busca e identificação dos corpos dos guerrilheiros executados pelo regime militar.

Representantes de entidades de direitos humanos dizem que a abertura do arquivo de Curió força o governo a identificar os restos de corpos retirados em 1996 e 2001 de cemitérios na região de Xambioá, onde ocorreu o conflito, entre 1972 e 1975. Dez restos de corpos esperam por identificação nos armários do Ministério da Justiça. "A informação dele demonstra que os arquivos existem e que não é correta a afirmação eventual de que é difícil achar os corpos. Tem um caminho a ser percorrido para encontrar os corpos e encerrar esse capítulo obscuro e violento do País", disse o ministro da Justiça, Tarso Genro. Desde o fim do governo militar (1964-85), a falta de arquivos e de informações oficiais é apontada como obstáculos à busca dos corpos dos guerrilheiros e da revelação do que ocorreu na repressão.
Leia mais aqui.

Atos favoreceram mais senadores

Por Rosa Costa
no Estadão

A investigação interna sobre os mais de 600 atos secretos do Senado vai mostrar que eles também favoreceram senadores que hoje condenam esse tipo de expediente, informaram fontes com acesso às apurações.Os parlamentares foram beneficiados por autorizações sigilosas para ampliar a cota de papel empregada no material impresso na gráfica do Senado, pela permissão e ajuda financeira para participar de palestras em viagens não oficiais e, ainda, pela nomeação de servidores.As duas primeiras medidas são permitidas pelo regimento da Casa e não configuram irregularidades, como é o caso da nomeação de parentes e outros servidores fantasmas. A suspeita é que que foram mantidos em sigilo para não expor os favorecidos e, ainda, para evitar que o exemplo fosse seguidos pelos demais parlamentares.O relatório da comissão, criada pelo primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), no último dia 28 para investigar os atos secretos, não cita nomes de senadores favorecidos pelas medidas sigilosas. O documento faz um resumo dos procedimentos decorrentes desses atos e das providências que devem ser adotadas para sanar as irregularidades. Mas os atos secretos estão gravados num CD-Rom entregue ao presidente ao Senado na sexta-feira. A assessoria de Sarney informou que esses dados serão divulgados.O relatório será entregue amanhã aos membros da Mesa Diretora. A reunião foi convocada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para decidir que encaminhamento será dados aos atos secretos e para definir quais medidas moralizadoras serão adotadas.Se aceitarem a sugestão da comissão, os senadores vão endossar a tese de que a validade de cada uma das medidas será decidida posteriormente, numa segunda fase de trabalho - o que pode adiar uma solução.O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), vai orientar os dois integrantes de seu partido na Mesa - senadores Merconi Perillo (GO) e Cícero Lucena (PB) - para que cobrem a investigação de todas as irregularidades identificadas até agora na administração do Senado. Leia mais aqui.

Em "semana chave", Sarney tenta conter crise contínua

Na Folha

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considera esta uma "semana chave" para tentar superar a crise instalada na Casa desde sua posse, em fevereiro deste ano.Para sair da defensiva, diante das acusações seguidas de nomeações de parentes, ele planeja adotar medidas da reforma administrativa do Senado anunciada anteriormente.Sarney pode anunciar amanhã, por exemplo, a troca do diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo. Dentro de sua estratégia de conquistar apoio dos colegas, deve escolher o substituto em comum acordo com os demais membros da Mesa Diretora do Senado e submeter o nome ao plenário.Esta foi uma das oito propostas apresentadas na semana passada por um grupo de senadores, classificadas por eles como essenciais para o Senado contornar a atual crise. Sarney também quer definir amanhã com a Mesa Diretora a implementação de outras medidas: auditoria externa em contratos e um plano de redução do número de funcionários.Sarney quer acelerar a adoção das sugestões da FGV (Fundação Getúlio Vargas), contratada sem licitação para apurar o alto número de diretores no Senado. A proposta principal prevê um corte, até o fim do ano, de até 60% no quadro de servidores da Casa, hoje estimados em 10 mil.A partir do relatório da FGV, assessores de Sarney estimam que as demissões poderiam chegar a 5.500 servidores -os cortes seriam focados em terceirizados e comissionados.O presidente do Senado tem sido criticado reservadamente até por aliados diante de sua atitude reativa em relação aos episódios envolvendo a Casa e a ele pessoalmente. Foi aconselhado, por exemplo, a demitir qualquer parente seu empregado na instituição. Leia mais aqui.

Ato secreto elevou salário de ex-diretor-geral do Senado

Por Leonardo Souza
na Folha

O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia teve seus vencimentos elevados nos últimos anos por uma série de medidas chanceladas por ele próprio -algumas estão incluídas na lista dos atos secretos da Casa.De acordo com informações prestadas à Receita Federal pelo Senado, às quais a Folha teve acesso, Agaciel recebeu R$ 415 mil em 2006. Se fosse feita uma média considerando 12 meses mais o 13º, ele teria recebido R$ 31.900 de remuneração mensal -valor mais alto do que o teto do funcionalismo público, o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal, de R$ 24.500.Pelos dados repassados ao fisco, o 13º salário de Agaciel foi de R$ 25.844 naquele ano.Em 2007, ele embolsou um pouco menos, R$ 389 mil -média de R$ 30 mil mensais.Procurado desde sexta-feira, Agaciel disse ontem à noite que todos os seus vencimentos estão de acordo com a lei e que muitos dos benefícios por ele recebidos não são considerados para o cálculo do teto salarial do funcionalismo.Ele disse ainda que todos os benefícios e extras incorporados a seu salário-base também foram pagos aos demais servidores. "Tudo o que eu recebi passou pela advocacia do Senado. Não há nada errado nos meus vencimentos", afirmou o ex-diretor-geral.Ele citou como exemplo indenizações obtidas na Justiça, que são acrescidas à remuneração anual.Agaciel se dispôs a apresentar à reportagem, nesta semana, todos os documentos que atestariam sua versão.Em março passado, ele havia dito à Folha que recebia R$ 18 mil líquidos por mês e que seu salário respeitava o teto do funcionalismo. "Eu mantenho essa afirmação. Não há nada de errado", disse. Leia mais aqui.