sábado, 20 de novembro de 2010

PT critica tom "conservador incrustado" em mídia

Na Folha



Em resolução aprovada ontem em reunião do Diretório Nacional, o PT voltou a criticar a mídia afirmando ser preciso debater o "conservadorismo que se incrustou em setores da sociedade e dos meios de comunicação".
No segundo turno das eleições, questões como a descriminalização do aborto e a união estável entre homossexuais deram um tom conservador ao debate entre os então candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
O documento aprovado ontem aponta que é urgente a necessidade de uma reforma política e a democratização da comunicação no país.
Parte do texto ameniza os ataques ao estabelecer que as discussões precisam ser realizadas em um ambiente que respeite a liberdade de imprensa e de expressão.
"No plano interno, está colocada a urgência da reforma político-institucional e da democratização da comunicação", afirma a resolução.
Na avaliação do partido, as duas medidas "são importantes para superar o descrédito de amplos setores de nossa sociedade para com partidos e instituições".
A proposta do PT reforça o conteúdo de um projeto defendido pelo ministro Franklin Martins que estabeleceria novas regras para o setor de mídia digital no país.
A ideia é criar uma agência para controlar o conteúdo divulgado por meios de comunicação digital, proposta criticada pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) e pela Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão).
Ao longo da campanha, Dilma foi cobrada pelo texto aprovado no Congresso do partido, em fevereiro, e que propunha o controle social da mídia. Em seu discurso da vitória, ela disse que vai zelar pela ampla e irrestrita liberdade de imprensa.
A democratização da comunicação é vista no documento do PT como um dos grandes desafios do país, outros são a eliminação da pobreza e "as incertezas econômicas internacionais" como a guerra cambial.

ESTATUTO
O partido formou uma comissão, coordenada pelo deputado Ricardo Berzoini para estabelecer um calendário de discussões para um novo estatuto até a realização de nova convenção, em 2010.
Um outro grupo, coordenado pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, centralizará as demandas das tendências internas do partido nos Estados e seus diversos setores no novo governo.
Segundo Dutra, as demandas não são só para ocupar ministérios, mas inclui outros cargos federais -processo que se estenderá ao longo dos próximos meses.

Política de ódio?

Estava lendo a reportagem da Folha de São Paulo que fala sobre o discurso de Dilma Rostock na reunião do Diretório Nacional do PT. Destaco o seguinte trecho:

Dilma repetiu o discurso da vitória e acusou o PSDB de pregar a política do ódio na campanha. Ela defendeu a criação de um clima político de união, o que, disse, entrará para a história do país.
"A partir do momento que ganhamos nós também construímos a compreensão que temos de governar para aqueles que nos apoiaram e que não apoiaram."

Epa! Clima de ódio? Foi a turma da Dilma que disseminou o ódio a campanha eleitoral. Nunca devemos nos esquecer da fala autoritária de Lula querendo extirpar o DEM da política brasileira. Se isso não é ódio o que mais pode ser? E a agressão sofrida por José Serra no Rio de Janeiro? O PT continua camuflando a verdade.

E tem mais: É dever de Dilma Rostock governar não somente para aqueles que a apoiaram. 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Depende

Para o governo Lula sempre vai depender da ocasião a defesa dos direitos humanos. Se a ONU quer aprovar resolução contra o Irã pelas constantes violações aos direitos humanos o Brasil de Lula vota contra. Os direitos humanos para Lula depende sempre. Depende quem está violando. Se os Estados Unidos são criticados por violar os direitos humanos, o governo apóia as críticas. Se um governo aliado de Lula viola dos direitos humanos o Brasil ou se abstem, ou vota contra. Os direitos humanos para o lulismo depende, não é universal. Se o Irã executar Sakineh Ashtiani pode colocar na conta do Lula.

Tempão

A equipe de transição do governador eleito Marconi Perillo está agoniada. O governador Alcides Rodrigues ainda não designou uma equipe para fazer a transição. Cidinho mesmo disse que falta um "tempão" para a posse do próximo governo. Demora é com o atual governador. Quando ele iniciou o seu segundo governo, Cidinho disse que faria uma reforma administrativa já no começo do mandato. A reforma só saiu muito tempo depois da posse. 
A propósito, Alcides Rodrigues prometeu durante a sua campanha eleitoral que o seu secretariado seria composto de metade homens e metade mulheres. Faltando um mês e poucos dias para acabar o mandato as mulheres ainda são minoria. Vai ver é porque falta um "tempão" para acabar o mandato e Cidinho ainda vai dar mais algumas secretarias para as mulheres. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O triste fim de um desgoverno

A reportagem copiada-e-colada da Folha online e postada logo abaixo nos mostra o triste fim de um desgoverno. Este empréstimo à Celg foi um estelionato eleitoral. Lula autorizou liberação de verba para a Celg dias antes do governador Alcides Rodrigues declarar apoio ao então candidato do PMDB Iris Rezende, que tinha o apoio de Lula e Dilma Rostock. Um empréstimo até hoje misterioso. Pelo que nós vemos agora, o governo emprestou dinheiro para a Celg sempre cobrar do governo goiano uma contra-partida. Ninguém sabe se o dinheiro vai mesmo para a Celg. Como a reportagem mostra, não sou eu que digo, mas sim o procurador geral da República.
É isso aí. Os desgoverno Alcides Rodrigues vai entrar para a história cheia de mistérios e obscuridades. Ninguém sabe de nada, ninguém viu nada, ninguém fala nada, ninguém faz nada. E mesmo assim ganha empréstimo. 

Procuradoria pede suspensão de empréstimo bilionário a estatal goiana

Por Elida Oliveira
na Folha online



O Ministério Público Federal em Goiás quer suspender o repasse de R$ 3,7 bilhões do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para a Celg, estatal de transmissão de energia elétrica. O valor é quase cinco vezes superior ao da empresa goiana, avaliada em R$ 800 milhões.
 A ação foi proposta na última terça-feira. O procurador da República Cláudio Drewes também encaminhou ao BNDES e à Caixa Econômica Federal (que fará a transferência do recurso) uma recomendação para que o dinheiro não seja repassado até que a Justiça julgue o caso.
A empresa, segundo a ação, tem dívidas de "quase R$ 7 bilhões". O aporte financeiro serviria para quitar parte delas, o que a tornaria adimplente e a liberaria para aumentar as tarifas de serviço, segundo a procuradoria.
No entanto, Drewes questiona a forma como o crédito foi concedido e diz que "não sabe" se o empréstimo vai pagar débitos reconhecidos e lícitos. "Há 70 procedimentos não concluídos no Ministério Público Estadual que investigam contratos da Celg."
Drewes considera que o Ministério da Fazenda fez "vistas grossas" aos requisitos que os Estados devem atender para obter empréstimos federais. Segundo ele, Goiás deve à União e isso inviabilizaria o empréstimo.
O governo de Goiás, a Celg e a Caixa Econômica Federal foram procurados para comentar a ação, mas não responderam ao pedido.
O BNDES disse, via assessoria, que não foi citado ou intimado até agora no processo e que não iria se pronunciar. O banco não confirmou o recebimento da recomendação para não repassar as verbas ao Estado de Goiás.

Herança bendita? Sei...

Dilma Rostock disse hoje que Lula deixará uma herança bendita para o governo dela: as políticas sociais. As políticas sociais de Lula foram as mesmas empregadas por Fernando Henrique Cardoso. Lula, esperto que é, apenas ajuntou tudo que o governo tucano fazia num programa só: Bolsa Família. Dilma vai continuar o que Lula  continuou o que Fernando Henrique Cardoso. Só quem não entendeu isso foram os brilhantes marqueteiros da campanha de José Serra.

Enquanto isso, no Senado Federal...



É, Suplicy, tá na hora de ir embora mesmo!

Nem tão aliados assim

O que está claro é que Dilma Rostock não pode confiar nos políticos que dizem ser seus aliados. O que dizer do blocão liderado pelo PMDB? Este apetite por cargos e ministérios é deplorável. Se eles estão se movimentando desta forma antes mesmo de Dilma tomar posse imagine depois? Imagine o que essa gente vai fazer para derrubar alguém que esteja atrapalhando seu caminho. Logo, logo veremos mais um escândalo político abalando as estruturas. 

Aumenta a confiança na Igreja Católica

Por Uirá Machado
na Folha



A Igreja Católica passou do sétimo para o segundo lugar no ranking de confiança das instituições, que compõe a base de dados do ICJBrasil (Índice de Confiança na Justiça), produzido pela Escola de Direito de São Paulo da FGV.
A confiança da população na Igreja Católica aumentou 60% no terceiro trimestre deste ano em comparação com os três meses anteriores, passando de 34% para 54%.
No mesmo período, a confiança nos partidos políticos -que eram e continuam sendo os últimos colocados no ranking- caiu cerca de 60%, passando de 21% para 8%.
Segundo Luciana Gross, professora de ciência política da FGV e coordenadora do estudo, não é possível dizer com certeza que o crescimento da confiança na igreja está diretamente relacionado com o processo eleitoral.
Por um lado, diz ela, a coleta de dados terminou em setembro -antes do momento em que o tema do aborto dominou a pauta política.
Por outro lado, havia nos três meses anteriores acusações de pedofilia contra padres, o que pode ter abalado a confiança na igreja.
"O fato é que a Igreja Católica despontou como um ator capaz de pautar a discussão às vésperas do primeiro turno, pouco depois de termos captado o aumento da confiança. O próximo índice poderá confirmar a relação com a eleição", diz Gross.
A posição do Judiciário -principal objeto do estudo- ficou estável, em oitavo lugar entre dez instituições, com 33%.
"O estudo mostra que 41% das pessoas já recorreram ao Judiciário e que 61% já consultaram um advogado. Entre estes, 30% acessaram a Defensoria Pública. O que é interessante é que parece haver uma nova cartografia do acesso judicial", diz Gross.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A banho maria

Lula passou todo o tempo dos seus dois mandatos afirmando que seu governo, ao contrário do anterior, investigava e punia que praticava coisa errada com a coisa pública. Ele dizia também que, o que ficava escondido debaixo do tapete antes, agora estava descoberto. Lembro do louvor que os petralhas faziam à Polícia Federal quando mais uma operação desmascarava mais um esquema fraudulento. "Não existe mais o engavetador geral da República" diziam eles. Pois é.

A Folha de São Paulo nos mostra hoje que o processo contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra teve sua conclusão adiada. Mais uma vez. Este governo que tanto se gabou por investigar e punir, quando a investigação e a punição envolve um dos seus diletos a coisa muda de figura. Eles estão colocando o processo de Erenice a banho maria. O que o governo quer é que o povo esqueça o caso Erenice Guerra. Se a gente bobear um pouco a ex-braço direito de Dilma Rostock vai estar no Palácio do Planalto assistindo de camarote a posse da ex-patroa.

Pois é. Lula se gaba de que seu governo investigou e puniu. Mas quando a investigação e a punição começa a invadir o seu próprio terreno o melhor é deixar as coisas a banho maria, esperando o tempo passar e confiando na curta memória do povo brasileiro.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O que a Dilma vai fazer?

Estamos vendo os aliados de Dilma Rostock lutando ou para manter os ministérios que dominam ou tentando expandir seu poderio. Quero ver como Dilma vai lidar com este apetite todo.

Isso é bom!

Fico feliz ao ver estudantes se mobilizando pela internet e saindo ás ruas para protestar contra os erros do Ministério da Educação sobre o Enem. Isso significa que a UNE pode continua mamando nas tetas lulistas que os estudantes vão sim continuar protestando contra os defeitos que o governo que a UNE apóia comete. Espero que os estudantes que se mobilizam aqui na net continuem com essa coragem. 
A propósito, alguém viu algum representante da UNE defendendo os estudantes nas ruas? 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Elvis!!!

Mesmo fora de forma, Elvis não perdia a majestade...

E mesmo assim querem a CPMF

Pois é. Não lembro de nenhum dos candidatos a presidente dizer nas eleições deste ano que ressuscitariam a CPMF. Mas foi só Dilma Rostock ganhar as eleições para ela mostrar que vai sim querer a volta do famigerado imposto. E ela conta com o apoio do seu grande amigo José Sarney.

Veja a reportagem da Folha de São Paulo que vai abaixo deste post. O pré-sal pode dar a Dilma Rostock R$ 20 bilhões. Uau! Não é pouco dinheiro. Mesmo com tudo isso querem a CPMF de volta. Dá para fazer muita coisa com tudo isso aí, inclusive investir em saúde. Dinheiro não falta. Não adianta Dilma chorar. Ela que tanto defendeu o pré-sal durante a campanha está na hora de fazer esse negócio gerar riqueza para o país.

Marco do pré-sal pode dar a Dilma caixa de R$ 20 bi

Por Valdo Cruz e Letícia Sander
na Folha



O presidente Lula quer finalizar a votação do novo marco regulatório do pré-sal para garantir um reforço de caixa à sua sucessora, Dilma Rousseff, de até R$ 20 bilhões no próximo ano.
Aprovadas as novas regras de exploração de petróleo neste final de ano, o governo Dilma poderia colocar em leilão no primeiro semestre de 2011 a primeira área do pré-sal na bacia de Santos: o futuro campo de Libra.
Cálculos do governo apontam que o leilão dessa reserva pode render R$ 20 bilhões de bônus de assinatura (valor a ser pago pela empresa que ganhar o direito de exploração). Isso representa quase metade de tudo que a União deverá investir neste ano em obras.
O valor elevado reflete o potencial da reserva de Libra, avaliado entre 3,7 bilhões e 15 bilhões de barris de petróleo -seria a maior do país. Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), a estimativa mais provável é de 7,9 bilhões de barris.
O anúncio do potencial do megacampo de Libra foi feito na véspera do segundo turno da eleição presidencial, quando a equipe de Dilma utilizou o tema do pré-sal como um dos trunfos da campanha contra o candidato tucano José Serra.
A realização do leilão garantiria um reforço de caixa para Dilma no começo de seu governo e seria um teste para o novo modelo de partilha.

ROYALTIES
Para aprovar o novo marco regulatório do pré-sal ainda em seu governo, Lula sabe que terá de aceitar ser derrotado na distribuição de royalty -compensação financeira cobrada das empresas e repassada a Estados e municípios pelos danos causados pela exploração do petróleo.
Nesse caso, o presidente já decidiu que vetará a proposta em votação, que prejudica os Estados produtores, principalmente Rio de Janeiro e Espírito Santo, e beneficia aqueles que não são fornecedores de petróleo.
Um novo projeto sobre o tema seria negociado com os novos governadores em 2011 pela presidente eleita Dilma.
O recuo seria o preço a ser pago para aprovar o novo modelo do setor de petróleo, elaborado pela então ministra da Casa Civil e que cria para o pré-sal o sistema de partilha de produção em substituição ao de concessões.
O governo avalia que se tentar mudar a atual proposta de divisão dos royalties, elaborada pelos parlamentares de Estados não produtores, dificilmente conseguirá finalizar a votação do novo marco regulatório.

CONTRA O RELÓGIO
O único temor do Planalto é o tempo escasso para as votações nessa reta final de ano, quando terá de enfrentar outros assuntos complicados, como a fixação do valor do novo salário mínimo.
A reserva de Libra chegou a ser incluída no processo de capitalização da Petrobras. Foi retirada por determinação do presidente depois que os primeiros testes indicaram que poderia ser o maior campo de petróleo do país.
Lula queria fazer esse leilão ainda em seu governo, mas a polêmica em torno dos royalties impediu a votação do novo modelo pelo Congresso antes das eleições.

Fornecedoras da Petrobras doam mais ao PT

Por Silvio Navarro
na Folha



Duas das principais fornecedoras da Petrobras, com contratos que chegam a R$ 1 bilhão, a UTC Engenharia e a Estre Ambiental priorizaram candidatos e o PT ao doar recursos nas eleições.
Os repasses, legais, foram feitos para petistas que disputaram as eleições em Estados onde as empresas têm contratos com a Petrobras.
Empresa de coleta de resíduos, a Estre repassou R$ 1,7 milhão para petistas, ou seja, 63,5% de tudo o que doou nas eleições (R$ 2,7 milhões).
A UTC deu R$ 5,4 milhões a petistas, o equivalente a 40% do que injetou nas campanhas (R$ 13,4 milhões).
Esses valores só contabilizam dados do primeiro turno, disponíveis no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Empresa petroquímica, a UTC presta serviços para a Petrobras no Rio e na Bahia.
O principal beneficiado foi o governador reeleito Jaques Wagner (PT-BA), com R$ 2,4 milhões, seguido pelos senadores Lindberg Farias (RJ) e Delcídio Amaral (MS), com R$ 500 mil cada.
Só em 2010, a UTC firmou três contratos com a estatal, que somam R$ 524 milhões.
Desde 2006, os contratos chegam a R$ 1,2 bilhão.
A UTC, em 2009, doou, mensalmente, entre junho e dezembro, R$ 150 mil ao diretório estadual do PT em SP. No total, repassou R$ 1,2 milhão à sigla, conforme revelou a Folha. Os contratos da Estre em 2010 somam R$ 582 milhões. Desde 2006, os negócios com a Petrobras atingem R$ 820 milhões.
Os candidatos que mais captaram recursos foram Edinho Silva, presidente do PT paulista, com R$ 200 mil, e os deputados petistas Carlos Zarattini (SP) e Vander Loubet (MS), ambos com R$ 300 mil. A UTC também doou R$ 250 mil para o Diretório Nacional do PT.

Conta de juros dos Estados quadruplica

Por Gustavo Patu
na Folha


A conta de juros dos governos estaduais quadruplicou neste ano, mostram dados apurados pelo Banco Central que, ao lado da oportunidade política, ajudam a explicar o lobby de governadores eleitos pela renegociação das dívidas com a União.
Lançada pelo paulista Geraldo Alckmin, que administrará tanto a maior dívida como a maior trincheira de oposição ao governo da presidente eleita Dilma Rousseff, a bandeira é suprapartidária.
De janeiro a setembro deste ano, os juros incidentes sobre as dívidas dos 26 Estados e do Distrito Federal chegaram a R$ 38,4 bilhões, equivalentes a 1,47% do Produto Interno Bruto do período.
Nos primeiros nove meses de 2009, a conta era de R$ 8,5 bilhões, ou 0,37% do PIB.
O salto não significa que estejam sendo sacrificados programas de educação, saúde, segurança e infraestrutura -a parcela das receitas reservada para compromissos financeiros não se alterou.
Essa parcela deixou, isso sim, de ser suficiente para deter o crescimento da dívida, o que alimenta temores quanto à solidez futura dos orçamentos estaduais.

INFLAÇÃO
Trata-se de um efeito da disparada do índice de inflação adotado para a correção das dívidas dos Estados com o governo federal, o IGP-DI, que futuros e atuais governadores querem retirar dos contratos assinados nos anos 90.
O governo FHC socorreu os Estados, que viviam situação falimentar com os juros recordes dos primeiros anos do Plano Real. A União assumiu a quase totalidade das dívidas estaduais com o mercado; em contrapartida, os governadores se comprometeram a ressarcir o volume renegociado em condições, na época, privilegiadas.
Foram fixados 30 anos de prazo e pagamento equivalente, na maior parte dos casos, a 13% das receitas. Caso os pagamentos não quitem as dívidas, o resíduo será parcelado em mais dez anos.
Hoje, com a perspectiva de o IGP chegar aos 10% em 2010, as dívidas estaduais, sobre as quais ainda incidem juros anuais de no mínimo 6%, estão mais caras que a dívida federal, a maior parte dela vinculada à taxa do Banco Central, de 10,75%.
A última vez que o índice terminou o ano em dois dígitos foi em 2004, quando também foi desencadeada pressão pela revisão dos acordos.
Em 2002, quando o IGP chegou a 26%, Lula acenou com a renegociação.
No poder, os petistas passaram a defender os acordos, sob o argumento de que as dívidas estaduais crescem menos que a economia e a arrecadação. De fato, o endividamento dos Estados, que no início da década equivalia a 223% das receitas, caiu para 158% no ano passado.
Um revés para Dilma é que o pior quadro é o do Rio Grande do Sul, onde o PT venceu e a dívida superava o limite legal de 200% das receitas em abril.

Rombo em banco pode superar R$ 2,5 bi

Por Érica Fraga
na Folha



O rombo no Banco PanAmericano e na empresa de cartão de crédito do grupo Silvio Santos pode ser maior do que os R$ 2,5 bilhões informados até agora.
A cifra é resultado da soma de um buraco de R$ 2,1 bilhões em operações de crédito do banco e de R$ 400 milhões na área de cartões.
Mas a informação de que há um rombo dessa magnitude nas operações de cartão de crédito foi passada ao Banco Central pelos próprios dirigentes da holding do apresentador, segundo a Folha apurou.
Como R$ 400 milhões é uma estimativa dos dirigentes do grupo de quanto seria necessário para cobrir "potenciais problemas" com cartões e não foi determinado por fiscalização ou auditoria externa, há risco de que seja impreciso.
O que significa que o rombo total pode ser maior que os R$ 2,5 bilhões reportados, segundo a Folha apurou.
De acordo com auditores do BC, as informações declaradas pelo grupo em relação ao rombo na empresa de cartões de crédito ainda não foram conferidas.
Uma autoridade envolvida na fiscalização do PanAmericano disse à Folha que o tamanho exato do rombo só vai ficar claro à medida que avance o trabalho de escrutínio nas contas da empresa de cartões do grupo -e do próprio banco- tocado até agora principalmente pela nova diretoria.
A suspeita maior é de que os problemas na empresa de cartão de crédito sejam de natureza parecida com o que ocorria nas operações de empréstimo do banco: valores a ser recebidos de clientes no futuro eram inflados nos balanços, aumentando artificialmente o resultado.

FALTA DE FISCALIZAÇÃO
Os dirigentes do grupo de Silvio Santos se manifestaram a respeito da existência de um rombo na área de cartões apenas depois que o BC havia detectado a fraude.
O BC não fiscaliza a área de cartão de crédito, o que facilita desvios. A falta de fiscalização também dificulta a apuração de problemas.
Especialistas em direito bancário, como o advogado Jairo Saddi, coordenador do curso de direito do Insper, defendem há anos a inclusão do setor de cartões de crédito como atividade financeira, o que implicaria na fiscalização do Banco Central.
A autoridade monetária, no entanto, resiste à ideia.
As primeiras irregularidades encontradas pelo BC no PanAmericano foram operações de venda de uma mesma carteira de crédito para duas instituições diferentes.
Vender para outro banco o direito de receber as prestações de empréstimos concedidos é prática comum.
Bancos de porte médio como o PanAmericano fazem isso para levantar dinheiro rapidamente a fim de conceder novos empréstimos.

PREJUÍZO DISFARÇADO
Segundo a Folha apurou, não há dúvida entre autoridades envolvidas no caso de que as irregularidades no PanAmericano foram resultado de fraude e não de erro.
Há indícios de que executivos do banco armaram essas operações fraudulentas para cobrir o resultado deficitário do banco, transformando prejuízo em lucro.
Os problemas financeiros do PanAmericano foram resultado da combinação de dois fatores: custos altos e inadimplência elevada.
Sem base significativa de correntistas, o banco pagava caro para captar recursos no mercado. Além disso passou a ter problemas de inadimplência (o foco do banco são crédito consignado e financiamento de veículos).
O banco tinha de lidar ainda com outros custos altos -também amargados pelos demais bancos, especialmente os de médio porte- como o pagamento de comissões para os "pastinhas".
É como são chamados os trabalhadores autônomos que captam clientes para os bancos, batendo de porta em porta, visitando empresas e repartições públicas.


Tem condições?

O Diário da Manhã nos diz hoje que o governador eleito Marconi Perillo esteve ontem no Centro Cultural Oscar Niemeyer acompanhado do artista plástico Siron Franco. Marconi continua prometendo reabrir o centro cultural com um show na virada do ano e uma exposição de Siron. E tudo isso já nos primeiros dias de 2011.

Volto ao tema. O Centro Cultural Oscar Niemeyer foi inaugurado por este mesmo Marconi Perillo em 2006. Na época da sua inauguração, a obra não estava totalmente finalizada. Mas Marconi precisava inaugurar rapidamente porque meses depois seria candidato ao Senado e queria fazer Alcides Rodrigues seu sucessor. Obteve êxito nestas duas empreitadas, mas o Centro Cultural Oscar Niemeyer não teve o mesmo destino. Inacabado, ficou os quatro anos da gestão Alcides Rodrigues fechado, abandonado, sem nenhum evento cultural. Depois disso tudo me chega Marconi Perillo e fala que o centro cultural vai estar funcionando a pleno vapor já nos primeiros instantes de 2011.

Peralá, meus amigos! Marconi deveria, em primeiro lugar, fazer uma vistoria e ver o que de fato precisa ser terminado, o que precisa de manutenção. Será que daqui um mês e meio o que ficou quatro anos parado vai voltar a funcionar a pleno vapor como deseja o governador eleito? Eu continuo duvidando. Fazer o que?

Marconi prometeu fazer o show da virada do ano no Centro Cultural Oscar Niemeyer. Disse que artistas nacionais ali se apresentariam. Se depois deste show estes artistas criticarem a estrutura do centro cultural não vão dizer que é discriminação contra o povo goiano e que ninguém avisou. 

Pegadinha do Lula

O dinheiro que a Celg receberia do governo federal para quitar as dívidas de ICMS com o Estado não chegaram aos cofres do governo de Goiás. Será que se perdeu na estrada entre Goiânia e Brasília? Estou achando que o governador Alcides Rodrigues caiu na pegadinha do Lula.

Aliás, este empréstimo do governo federal para a Celg foi bastante questionada. Aconteceu poucos dias antes de Alcides declarar apoio à candidatura de Iris Rezende, candidato lulista em Goiás. Para variar, o governador de Goiás nunca explicou esta "coincidência". 

A cada dia que passa vamos vendo que o governo Alcides Rodrigues entrará para a história como o pior governo que Goiás já teve. Um governo que prometeu muito e fez quase nada. Esta pegadinha do Lula é apenas o fechamento do governo mais impopular que estêstado já viu. 

domingo, 14 de novembro de 2010

Goiás rumo a Série B

O Vila Nova foi goleado pelo Bragantino na sexta feira pela Série B. Se o Vila não se cuidar vai acabar caindo outra vez para a terceira divisão. Aí, se esta minha previsão se confirmar, não teremos um clássico goiano na segunda divisão do Campeonato Brasileiro 2011. Porque o time do Goiás está lutando a cada rodada para entrar na Série B do ano que vem. O Goiás pode até ser campeão da Copa Sul Americana e disputar a Libertadores em 2001, mas terá que amargar a Série B no Brasileirão. 

Parabéns, Atlético-GO

O Atlético Goianiense mostra que deseja sim continuar na primeira divisão do Futebol Brasileiro. O time da Campininha marcou três gols contra o Palmeiras aqui no Serra Dourada. 
Por falar em Palmeiras queria ver a entrevista coletiva do técnico Luis Felipe Scolari. A cada entrevista ele lança mais um ataque contra a imprensa. Quem achava que só o Dunga odiava a crônica esportiva deve estar assustada com a reação do técnico pentacampeão. Felipão dungou de vez. 

Difícil

O São Paulo empatou com o Vasco hoje. Acho difícil meu time conseguir uma vaga na próxima Libertadores. O jeito é se programar para o ano que vem incluindo no calendário a Copa do Brasil. Acho que o São Paulo nunca ganhou uma edição desta competição.

Petrobras tem 43 contratos com marido de ministeriável

Por Fernanda Odilla
na Folha



A empresa do marido de Maria das Graças Foster, nome forte para o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff, multiplicou os contratos com a Petrobras a partir de 2007, ano em que a engenheira ganhou cargo de direção na estatal.
Nos últimos três anos, a C.Foster, de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades da estatal.
Entre 2005 e 2007, apenas um processo de compra (sem licitação) havia sido feito com a empresa do marido de Graça, segundo a Petrobras.
A C.Foster, que já vendeu R$ 614 mil em equipamentos para a Petrobras, começou na década de 1980 com foco no setor de óleo e gás, área hoje sob a responsabilidade de Graça Foster.
Funcionária de carreira da Petrobras, Graça é cotada para um cargo no primeiro escalão do governo dilmista, como a presidência da Petrobras, a Casa Civil, a Secretaria-Geral da Presidência ou outro posto próximo da presidente eleita, de quem ganhou confiança.
Foi por indicação de Dilma que Graça ganhou, a partir de 2003, posições de destaque no Ministério de Minas e Energia, Petroquisa e BR Distribuidora e, há três anos, assumiu a diretoria de Gás e Energia da Petrobras.
Antes de a C.Foster firmar esses 42 contratos com a Petrobras, a relação de Graça com a empresa do marido, Colin Vaughan Foster, já havia gerado mal-estar.
Em 2004, uma denúncia contra a engenheira, relacionada ao suposto favorecimento à empresa do marido, foi encaminhada à Casa Civil.
O então ministro José Dirceu pediu esclarecimentos ao Ministério de Minas e Energia, sob o comando de Dilma. A fonte da denúncia não é identificada nos documentos obtidos pela Folha.
Na ocasião, foram listados dois contratos da C. Foster com a estatal: um de 1994, e outro, de 2000.
Coube à própria Petrobras elaborar um ofício com explicações sobre duas investigações internas envolvendo Graça no período em que ela era gerente do Cenpes (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras).
Sem detalhar as apurações, a Petrobras informou no ofício que durante as entrevistas "surgiram críticas contundentes" a Graça Foster e alguns empregados agregaram "denúncias de irregularidades nos negócios com a C.Foster".
O documento diz ainda que foram encontradas "evidências de que houve prejuízos à Petrobras", mas não revela o tamanho nem os responsáveis por ele.
A Petrobras informou no documento que a "comissão não encontrou provas de má-fé ou intuito de auferir vantagens financeiras".
Em defesa de Graça Foster, a estatal destacou ainda no documento que a engenheira informou ao assumir o cargo que se casou com o dono da C.Foster em 1994, depois de 13 anos de namoro.

TEMPERAMENTO
O ofício diz que "não ficou caracterizada a existência de prática de crime ou improbidade administrativa", mas enfatizava o temperamento difícil da engenheira.
"Cumpre agregar que nas declarações prestadas, verificou-se que Maria das Graças era objeto de restrições por grande parte do pessoal de seu setor, dado principalmente, como veio externar a comissão, "o modo com que tratava seus subordinados'", diz o ofício da Petrobras para a Casa Civil.
Assim como a presidente eleita, a diretora da Petrobras carrega a fama de dura, exigente e agressiva.
Se vingar a ideia de Dilma de "desidratar" a Casa Civil, aumentam as chances de Graça ser nomeada ministra. A avaliação da equipe de transição é a de que a diretora da Petrobras não tem jogo de cintura para chefiar um superministério.