segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Que tal um documentário sobre Cuba?

Recebi um comentário hoje falando que a imprensa lá nos Estados Unidos desce a lenha em George W. Bush e nenhum jornalista é punido ou perseguido. Pelo que eu saiba eu também não conheço nenhum jornalista ou jornal que o governo americano mandou fechar.
Veja que coisa interessante. Em 2004, ano de eleição presidencial nos EUA, Michael Moore lança o documentário Fahrenheit 11 de setembro, um documentário ácido contra Bush. Assisti ao documentário e saí do cinema com uma raiva do Bush. O interessante é que o filme foi bastante visto e comentado não somente nos Estados Unidos como fora também. E o documentário influenciou as eleições? Bush foi reeleito. Tudo bem que o John Kerry era uma lesma mesmo, mas o presidente alvo de Moore ganhou mais quatro anos de mandato.
Se alguém se interessasse em fazer um documentário sobre Cuba, sobre o paredão de Fidel e Raúl Castro seria permitido? Será que poderia ser mostrado numa película como o regime cubano trata seus opositores? Será que o partido comunista da China permitiria que se filmasse o que Mao Tse Tung fez por lá com quem era contrário à sua revolução? E Hugo Chávez? Que tal fazer um documentário mostrando o desejo ardente do Chapolin Bolivariano da Venezuela ter só um partido que o apóie, que canais de televisão só mostre sua cara gorda e que a imprensa publique editoriais que elogiem suas diabruras? Seria permitido?
Michael Moore fez o documentário Fahrenheit 11 de setembro em território americano. Lotou salas de cinema e milhões de dólares. Moore pode caminhar tranquilamente pelas ruas americanas. E quem tentar fala do paredão cubano terá a liberdade assegurada? Depois falam que Cuba é melhor que os Estados Unidos.

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