quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Só vale para a esquerda

Deixemos os americanos felizes da vida com a vitória de Barack Obama e voltemos para a Ilha Brasilis. Quer dizer que o ministro da Justiça Tarso Genro afirmou ontem que a esquerda armada não é terrorismo. É mesmo? Mais uma declaração infeliz a ser colocada na conta de Tarso. Quer dizer que foi bonito a esquerda pegar em armas durante a ditadura militar? Quer dizer que valeu a pena esquerdopatas com armas em punho assaltar bancos? Tudo o que a esquerda fez ou faz vale. Já para os outros...
Coitadinha da esquerda, né, Tarso? Como não tinha outra alternativa para combater a ditadura, preferiram pegar em armas. E o pior: se orgulham disso. Ao deixar o Ministério da Casa Civil em 2005, depois de descoberto o esquema do mensalão, José Dirceu passava o bastão para Dilma Rousseff e chamou-a de “companheira de armas”. Quantos tiros os dois dispararam na vida? É esta a esquerda que justifica o paredão de Fidel Castro. É esta a esquerda que se cala quando boxeadores cubanos pedem asilo político no Brasil com medo de voltar a Cuba. É esta a esquerda que justifica os assassinatos cometidos pelos governantes comunistas durante o século XX. É a esquerda que Tarso Genro faz parte. E é a esquerda que deveria ser punida pelos crimes que cometeu. Mas, como diz o nosso ministro da Justiça, pobre esquerda que não tinha outra alternativa a não ser pegar em armas. Errado estava Ulysses Guimarães quando lançou sua anti-candidatura a presidência na década de 1970. O lugar dele era lá na guerrilha.

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