terça-feira, 4 de novembro de 2008

É isso aí, Gilmar Mendes

O presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes foi amplamente atacado quando deu hábeas corpus para Daniel Dantas. O jornalulismo o atacou sem dó nem piedade. O jornalulismo exaltava a atuação do delegado maluquinho Protógenes Queiroz. Dias depois de mais uma operação com nome estranho da Polícia Federal percebemos que Protógenes não usou de métodos legais para prender Dantas. O delegado maluquinho, numa entrevista para a Folha de São Paulo, disse ser o porta voz do povo oprimido contra a corrupção. Se Protógenes tivesse feito tudo como determina a lei Daniel Dantas estaria na cadeia (onde é o seu lugar). Mas ele colocou a ideologia na frente da lei. Achou que os oprimidos queriam Daniel Dantas na cadeia de uma vez por todas. Lá vai ele usar tudo quanto é método para prender o banqueiro. Tínhamos tudo para ver Dantas na cadeia, mas o delegado maluquinho não deixou. Como moramos na Ilha Brasílis, Daniel Dantas continua solto, Protógenes Queiroz é homenageado aqui e acolá e o jornalulismo ataca outros jornalistas que estariam defendendo Daniel Dantas. Ado, aaado, Daniel Dantas é o culpado.
Mesmo com as críticas, Gilmar Mendes estava com a razão. Quer prender o banqueiro? Faça como manda a lei. O presidente do STF estava apenas cumprindo o que diz a Constituição enquanto que o delegado maluquinho achava que estava agradando os oprimidos.
Mendes foi direito ao ponto ao comentar a discussão que alguns esquerdopatas estão travando entre si. Eles querem ver os torturadores da ditadura militar punidos. Mas eles mesmos não falam que assaltavam bancos, seqüestravam e até matavam. Gilmar Mendes está coberto de razão quando diz que terrorismo é crime.
Tenho uma posição muito clara em relação a isso. Repudio qualquer manipulação ou tentativa de tratar unilateralmente casos de direitos humanos. Direitos humanos valem para todos: presos, ativistas políticos. Não é possível dar prioridade a determinadas pessoas que tenham determinada atuação política. Direitos humanos não podem ser ideologizados, é bom que isso fique claro, disse o presidente do STF. É isso aí, Gilmar Mendes. Vamos contar a história completa. Vamos mostrar que tinha militar torturando nos porões, mas que também tinha guerrilheiro esquerdopata querendo matar em nome da revolução deles. Que tinha esquerdopata seqüestrador! Que tinha esquerdopata assaltante de banco! E isso aí não é crime? Se é para punir quem torturou vamos punir quem torturou. Todo mundo, sem exceção. Ou como muito bem disse Gilmar Mendes: Direitos humanos não podem ser ideologizados, é bom que isso fique claro. E é bom que fique claro também que operações da Polícia Federal não podem ser ideologizadas. Se tivesse mais cumprimento da lei e menos “vozes dos oprimidos” a Operação Satiagraha seria um sucesso e Daniel Dantas veria o Sol nascer quadrado.

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