sábado, 15 de novembro de 2008

Eu não sou tucano


Um leitor que adora este blog, ficou numa dúvida que eu faço questão de responder. Ele me pergunta se eu sou tucano. Olhem para a foto do Luciano Hulk. Se eu tivesse um nariz semelhante ao dele poderia sim ser considerado um tucano.

Não tenham piedade de nós!

Gozamos machucando e sabemos que agradamos quando nos machucam de volta. Não tenham piedade de nós. (Paulo Francis).

Eles vão se decepcionar

A imprensa americana continua me decepcionando. Ela continua vidrada na vitória de Barack Obama. Acabo de ler a reportagem da revista Time que fala que Obama tem nas mãos uma grande oportunidade para acabar com a crise financeira tal qual Franklin Delano Roosevelt e Ronald Regan fizeram no passado. Obama não é Obama. Obama é F.D.R, como mostra a capa da revista desta semana.

Confesso a vocês que acreditei que Lula fosse “mudar tudo que está aí” a partir de janeiro de 2003. Me enganei. Me decepcionei. Oito meses depois da posse dele eu já era um anti-lulista. Bem antes dos escândalos políticos estourarem. Sim, eu me arrependo em ter votado no Apedeuta. Acreditei na peça montada por Duda Mendonça.

E os americanos estão seguindo o mesmo caminho errado que nós seguimos em 2003. Estão depositando muita esperança em Obama. Estão achando que, de fato, ele é “o” escolhido para trazer a economia americana de volta ao topo e restaurar a auto-estima do povo americano. Eles vão se decepcionar, vocês vão ver. O dia 20 de janeiro de 2009 não será “o” novo dia, o começo de uma nova era. Apenas um presidente eleito democraticamente assumirá a Casa Branca e o presidente pato manco será mais um que terá a foto na galeria dos ex-presidentes. Vamos ser mais realistas. Não vamos depositar tanta confiança num cara que a gente nem sabe direito de onde ele veio.

Relembrando Eleanor Roosevelt

Tenho aqui em casa um livro que se chama Tempos muito estranhos de Doris Kearns Goodwin (Editora Nova Fronteira, 652 páginas). O livro conta os bastidores do governo Franklin Delano Roosevelt e as ações dos principais assessores do presidente.

Mas o que me chamou atenção mesmo no livro foi a atuação da primeira dama Eleanor Roosevelt. Vemos que ela era independente e, muitas vezes, constrangia os assessores presidenciais quando afirmava em público ser contrária a alguma medidas adotadas pelo marido. F.D.R. respondia quando perguntado sobre sua esposa: “Não mando nela”.

Num período de segregação racial, Eleanor defendeu os direitos dos negros. Cito um trecho do livro que mostra a reação da primeira dama ao saber que o New Deal não contemplava por completo os negros: Em grande parte pela ação de Eleanor, queixas dos negros contra os programas do New Deal foram ouvidas na Casa Branca e, em 1935, o presidente concordou em assinar um decreto banindo a discriminação nos projetos da WPA. Dali por diante, a participação negra no New Deal aumentou. “Pela primeira vez,” comentou uma delegação de assistentes sociais negros que visitaram Hyde Park no verão de 1939, “as mulheres e homens negros tiveram motivo de orgulho para acreditar que seu governo se preocupa com eles.

Já que falam que Barack Obama é o novo F.D.R. seria interessante relembrar Eleanor Roosevelt. E o New Deal, tão relembrado nos dias de hoje, nos dias de crise econômica mundial, discriminava os negros. Ainda bem que Roosevelt não mandava na sua esposa.

Obama pode ficar tranquilo

Enquanto isso, na revista Time...
Pode manter este sorriso, Barack, a imprensa americana te ama muito...

Só na tranquilidade

A vizinha de cima desligou o som. Dormi tranquilamente agora a tarde. Dormi tão tranqüilo que nem me lembrava que o grito de guerra da Banda Calypso é “Isso é Calypsoooooooo”!

Fala, fala, é agora, fala, fala

Numa das últimas cenas do filme Tropa de Elite vemos o Capitão Nascimento e seu grupo revirando o morro em busca do Baiano. Ao encontrar a namorada do traficante, o capitão berra: “Fala, fala, é agora, fala, fala, cadê o Baiano?”.
Poderíamos usar esta mesma expressão com Daniel Dantas se o delegado maluquinho Protógenes Queiroz não estivesse estragado tudo. Poderíamos ir até a cela do banqueiro e dizer: “Fala, fala, é agora, fala, fala, o que você fez nas privatizações, o que você fez no mensalão?”. Claro que uso a cena do filme apenas para ilustrar. Daniel Dantas tem tanta coisa para esclarecer, está envolvido em tantas tramóias que chega a ser cômico ver as conclusões da operação comandada pelo Brincalhão da Semana.

A revista Veja, aquela que o blogueiro do BNDES fala que está a serviço de Dantas, mostrou as 20 tramóias que o banqueiro estava envolvido. Vinte! É muita coisa. E o delegado maluquinho fazendo relatórios fantasiosos, querendo prender jornalistas, mostrando que segue a linha do jornalulismo sujo que produz teorias conspiratórias sem pé nem cabeça.

De tanto ver a ESPN-Brasil peguei a mania do José Trajano que, por sua vez, copiou Zé Trindade em dizer: “Vejam vocês o que é a natureza”. Eu já critiquei demais a revista Veja. E a revista Veja já foi elogiada demais pelos petralhas quando denunciava as maracutais de Jader Barbalho, o dinheiro que Paulo Maluf desviou da Prefeitura de São Paulo para as Ilhas Jersey. A revista até elogiou a mudança de postura do PT nas eleições de 2002. E hoje o lulismo faz esta caça à revista. Eles não querem que Dantas fale das suas irregularidades cometidas desde 1998. Eles querem provar por a + b que a imprensa está do lado de Dantas. Ao invés de dizer “Fala, fala, é agora, fala, fala” para o banqueiro, os lulistas usam esta expressão para “pegar” jornalistas que, nas mentes brilhantes do jornalulismo, estariam defendendo Daniel Dantas.

Não dá para levar estêpaiz a sério. Nem os empréstimos do BNDES.

Nem a pau


Como é que é? Ir pro blog do mão peluda, da ratazana? Nem a pau! Ele acusa os jornalistas que estariam a serviço de Daniel Dantas, mas não fala do dinheiro que ele pegou emprestado do BNDES e que não devolveu até hoje. Pelo visto, a ratazana está mais envolvida em elaborar teorias da conspiração do que o Olavo de Carvalho (e o Foro de São Paulo não é uma teoria da conspiração. É uma realidade). Eu disse mão peluda, ratazana? Bem, o Reinaldo Azevedo que me desculpe, mas prefiro a denominação escolhida por Diogo Mainardi para o jornalista de aluguel: banana.

E as teorias da conspiração do jornalista sustentado por um banco (o duro é que é banco público, ou seja, o nosso suado dinheirinho está sendo usado para elaborar dossiês mentirosos) foram muito bem desmanteladas pela Janaína Leite e o Gravataí Merengue.



Do jeito que as coisas andam vão dizer que até eu sou do time do Daniel Dantas. Carta Capital falou tanto do "orelhudo" que nem avisou aos leitores que o advogado dele era o petista Luiz Eduardo Greenhalg. E olha que até maio de 2005 eu comprava a revista do Mino Carta. Parei de gastar minha grana quando vi que ele tentava proteger os petralhas no mensalão. A última vez que eu comprei a revista governista foi quando ela lançou aquela teoria sem pé nem cabeça de que a Rede Globo teria dado um golpe contra o Apedeuta e levado as eleições presidenciais para o segundo turno. Como foi o golpe? Dar mais importância as fotos com o dinheiro apreendido com os petralhas aloprados do que o acidente com o Boing da Gol. Isso sim é que é jornalismo: usar uma tragédia para proteger Lula e atacar a Globo.

O bananão disse que a Veja está a serviço de Daniel Dantas? Bem, por esta capa aí podemos perceber que o banqueiro é muito burro quando vai escolher a revista que vai apoiar. Uma revista que cobra investigações sobre as irregularidades cometidas por Dantas desde o governo Fernando Henrique Cardoso até Lula não poderia receber nada de bom do banqueiro, não é mesmo? O jornalulismo só monta sua teoria da conspiração para apontar os jornalistas que estariam apoiando Daniel Dantas. Se essa gente fosse séria mesmo (são tão brincalhões como o delegado maluquinho) pediria para o delegado maluquinho Protógenes Queiroz ir plantar batata e nunca mais voltar a comandar uma operação na Polícia Federal. Com tantas acusações contra Dantas, o Brincalhão da Semana usa do jogo sujo para pegar o banqueiro. Nem a pau, Juvenal! Estou com Gilmar Mendes e não abro: irregularidade não se combate com ilegalidade.

Não sou e nunca serei gado

No Brasil, a palavra “intelectual” tem sido utilizada sem grande critério e frugalidade. Certa vez houve uma “manifestação de intelectuais” na avenida Rio Branco, quatro mil deles – uma verdadeira baderna! Para um país onde quase não se lê e onde pouco se pensa, foi realmente espantoso.(José Osvaldo de Meira Penna)

É como escreveu Paulo Francis num artigo para o Pasquim: Nada de grupos. Não sou e nunca serei gado.

Falei das minhas influências num post aí abaixo, não é mesmo? Coloquem na conta José Osvaldo de Meira Penna, Millor Fernandes e Paulo Francis.

Enquanto os intelectuais fazem suas “manifestações” ou “silêncio”, eu vou seguindo meu caminho, sem ligar para o que esta ou aquela anta botocuda diz a meu respeito. Sou direitista, que defende a vida, os valores cristãos, a liberdade e o indivíduo. Ou aquelas três palavras que estão lá no site Farol da Democracia: Liberdade, Individualidade e Dignidade Humana. Roubando a bela frase que está no Blog do Individualista: A idéia não existe, o que existe é o indivíduo (Émile-Auguste Chartier). Sou assim e sou feliz (sem ponto com e nem bêerre).

Volto mais tarde. Espero que sem o som da Banda Calypso.

Dançando Calypso

Chega pra cá meu bem que vou te ensinar
A nossa dança do estado do Pará
É o CALYPSO que chegou para ficar
Esse suingue você também vai entrar
Mexa o pézinho e vai soltando todo corpo de vez,
Depois me abraça com carinho e a gente pode fazer tudo outra vez
Fique a vontade pra rodar e pra girar no salão,
E essa dança vai mexer com você e com seu coração,

Refrão
Não para não vem cá me dá a tua mão
Quero que sinta toda essa emoção,
Cavalo manco agora eu vou te ensinar
Isso e muito mais você só vai encontrar no Pará
Não para não vem ca me dá a tua mão
Quero que sinta toda essa emoção,
Cavalo manco agora eu vou te ensinar
Isso e muito mais e você só vai encontrar no Parááá...



Refrão
Não para não vem ca me dá a tua mão
Quero que sinta toda essa emoção,
Cavalo manco agora eu vou te ensinar
Isso e muito mais e você só vai encontrar no Pará
Não para não vem ca me dá a tua mão
Quero que sinta toda essa emoção,
Cavalo manco agora eu vou te ensinar
Isso e muito mais e você só vai encontrar no Parááá...
(repete refrão)

Se ainda existisse vinil e a Banda Calypso gravasse esta música o que encontraríamos se tocássemos o vinil de trás para frente?

Eu mereço

Para morar em prédio você precisa ter muita paciência. E, é lógico, ser educado. Moro no décimo primeiro andar. Meu prédio tem doze andares. A vizinha de cima ouve a Banda Calypso nas alturas. A voz enjoada da Joelma (é este o nome dela, né?) e do guitarrista (????) Chimbinha já ecoam nos meus ouvidos há um tempo. É bem capaz da vizinha desligar o som e eu ainda ouvir zunindo na minha cabeça o grito da Joelma: “Isso é Calypsoooooooooo”. Eu mereço.

Brincalhão da Semana



Já estava decidido: Arlindo Chinaglia seria o Brincalhão da Semana por não punir o deputado que foi eleito por um partido e mudou para outro contrariando a resolução do Tribunal Superior Eleitoral. Mas, de última hora, o brincalhão mudou. E finalmente o delegado maluquinho Protógenes Queiroz foi eleito.

Ele é o Brincalhão da Semana por várias razões. Nesta semana soubemos que ele é amigão dos cartolas da CBF. Nesta semana nós soubemos que ele fez uma investigação suja para incriminar Daniel Dantas. Ele não queria colocar o banqueiro na cadeia por causa dos crimes que cometeu e sim para vingar o diretor afastado da Abin Paulo Lacerda que teria sido vítima de um dossiê armado por Dantas. Nesta semana soubemos pela Folha de São Paulo que Daniel Dantas usa gado para lavar dinheiro. Mais uma irregularidade. Sem contar a sua relação com o mensalão.

As antas botocudas do petismo caíram como patinho na teoria conspiratória do delegado maluquinho. Acreditaram no jornalulismo, que escreve a soldo, e que aponta o dedo para este e para aquele jornalista que estaria sendo pago por Daniel Dantas.

Eu quero que Daniel Dantas vá para a cadeia! Aliás, era para ele estar lá se não fosse o Brincalhão da Semana. Se Protógenes Queiroz fizesse tudo certinho, de acordo com a Lei, sem agentes da Abin, sem mentir, Dantas estaria vendo o Sol nascer quadrado.

Uma das antas botocudas do petismo veio pedir para mim a fita contendo a conversa entre o presidente do STF Gilmar Mendes e o senador goiano Demóstenes Torres. Eu até fui irônico relembrando as fitas que os Beatles usaram de trás para frente e incrementaram suas músicas a partir de 1966.

Esta gente asquerosa que vigia os outros, que faz coisas clandestinas ainda quer ter razão. Razão tem o presidente do STF Gilmar Mendes que disse que irregularidade não se combate com ilegalidade. As antas botocudas do petismo atacaram até Gilmar Mendes. É que eles concordam com o juiz Fausto de Sanctis que a Constituição não pode sobrepujar a vontade popular. Um juiz falando isso! Depois o errado é Gilmar Mendes.

Eu sei que tem anta botocuda vigiando o meu blog. Isto porque é um blog insgnificante. Imaginem se eu fizesse meus planos para alguém?

Por ter destruído uma operação da Polícia Federal que colocaria Daniel Dantas na cadeia, por se achar o porta voz dos que combatem a corrupção, por ter cometido ilegalidades nas investigações é que o delegado maluquinho Protógenes Queiroz é o Brincalhão da Semana.

A prova dos abusos

Por Expedito Filho e Diego Escosteguy
na Veja

Em julho passado, seis dias depois da operação que resultou na prisão temporária do ex-banqueiro Daniel Dantas, a cúpula da Polícia Federal convocou uma reunião com os policiais que investigaram o caso. De um lado estavam o diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado, Roberto Troncon, o superintendente da PF em São Paulo, Leandro Coimbra, e o chefe da divisão de Combate aos Crimes Financeiros, Paulo de Tarso Teixeira. Do outro, Protógenes Queiroz, coordenador da operação, e sua equipe. Tudo o que se revelou sobre o encontro foi que, ao cabo de conversas tensas, o delegado Protógenes foi afastado do comando da investigação. Na semana passada, VEJA teve acesso à íntegra do áudio do encontro, gravação feita com a aquiescência de todos os participantes, mas mantida em segredo pela direção da Polícia Federal. As quase três horas de reunião foram pontuadas por brigas e trocas de acusações pesadas entre a cúpula e a equipe de Protógenes. Os momentos mais didáticos foram aqueles em que a direção da instituição condenou os métodos de trabalho da equipe de Protógenes. Ele chega a ser chamado de "paranóico" por seus superiores. Em certo ponto, as conversas praticamente confirmam uma das mais ousadas ações clandestinas do grupo de Protógenes: a espionagem do gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.
No início da reunião, Protógenes tentava explicar a seus superiores por que não comunicara a eles o fato de terem sido recrutados para a operação espiões da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Àquela altura, sabia-se apenas que os arapongas haviam "cooperado" com Protógenes. Também já existiam suspeitas de que o gabinete do presidente do Supremo estava sob vigilância clandestina. Mas o delegado Protógenes cuidou de confessar isso cabalmente durante a reunião ao contar que estava sendo informado dos passos do ministro Gilmar Mendes. Disse Protógenes: "Nós sabíamos que tinha um HC já preparado, já um outro HC, que estava sendo gestado no gabinete no Supremo Tribunal Federal... né? E em escritórios de advocacia. Isso em trabalho de inteligência que nós...". O delegado não completou a frase e seguiu em frente sem se referir mais aos habeas corpus (HC). Ninguém lhe perguntou que trabalho de inteligência era esse, capaz de informar em tempo real o que se passava dentro do STF. Profético, o delegado ainda ironizou: "Vão surgir notícias de que nós grampeamos o Supremo, que a Abin grampeou...". A reunião aconteceu no dia 14 de julho. Em setembro, mais de um mês depois, uma reportagem de VEJA revelou que não só o gabinete de Mendes fora alvo de escutas ambientais, como os telefones do ministro haviam sido monitorados pelos espiões da Abin. A reportagem mostrou a transcrição do grampo de uma conversa telefônica do ministro com o senador Demóstenes Torres, gravada exatamente no período em que, "em trabalho de inteligência", Protógenes ficou sabendo detalhes do que se passava no STF – e isso foi confessado pelo delegado na reunião.
Fica claro na fita que Protógenes mentiu a seus superiores sobre a participação dos espiões da Abin. Alguém pergunta isso ao delegado diretamente e ele é categórico: "Não houve. Os agentes da Abin apenas trocaram informações conosco". Protógenes assegurou que os arapongas se limitaram a checar informalmente os endereços dos investigados. Roberto Troncon quis saber se os espiões haviam manuseado dados colhidos na investigação. Protógenes, mais uma vez, não vacilou: "Análise específica, não". Na conversa, que em diversos momentos desandou para o bate-boca, os delegados falaram sobre seu desconforto profissional com as lambanças feitas pela turma de Protógenes. O áudio revela que a direção da Polícia Federal estava furiosa por não ter sido avisada da operação com antecedência. Troncon criticou severamente os subordinados, especialmente Protógenes: "Você tem uma teoria da conspiração e uma paranóia que contamina todo mundo". O delegado ouviu calado.
Na seqüência, como Troncon insistia em saber por que Protógenes resolvera agir em segredo, um dos delegados da equipe fez a seguinte revelação: "Tem um compromisso com o juiz (Fausto de Sanctis, responsável pelo processo contra o banqueiro Daniel Dantas)". E acrescentou: "Esta não é uma operação como as outras. Ela envolve corrupção no alto escalão dos três poderes". É mais um indício de que a turma do Protógenes andava investigando o STF. Segundo Protógenes, De Sanctis estaria preocupado com o possível vazamento da operação e deu a ordem para realizá-la da forma como foi feita. O juiz Fausto de Sanctis é aquele que, segundo depoimento da desembargadora Suzana Camargo, dizia estar informado sobre tudo o que se passava dentro do gabinete do ministro Gilmar Mendes. Como isso era possível? Uma das hipóteses é a de que o juiz também recebia informações oriundas do tal "trabalho de inteligência" do delegado Protógenes. De Sanctis nega o teor do diálogo com a desembargadora e também que soubesse da participação de espiões da Abin no caso. Na semana passada, em uma palestra, o juiz surpreendeu de novo, ao defender a tese de que a Constituição, e por conseqüência as leis menores, não pode se sobrepujar à vontade do povo. Parece bonito e libertário, mas, longe de serem originais, as idéias de De Sanctis têm raízes nas teses formuladas pelo alemão Carl Schmitt (1888-1985), um dos inspiradores do arcabouço jurídico do nazismo. Ao lado do comunismo, o nazismo foi um dos regimes que melhor usaram essa idéia de baratear a Constituição para implantar ditaduras implacáveis e sanguinárias. Em outras palavras, para o doutor De Sanctis, os valores expressos na Constituição, que representam a essência do regime democrático, podem ser relativizados em nome de outros valores. Quem decide que outros valores são esses? Na Alemanha nazista, foi Adolf Hitler. No Brasil, será que essa tarefa deve ser prerrogativa do juiz e de Protógenes?
Está cada vez mais evidente que a associação do delegado com espiões da Abin produziu uma das mais embaraçosas peças processuais da história recente. Investigações da corregedoria da PF comprovaram que os espiões, agindo sem nenhum respaldo legal, seguiram, filmaram e vigiaram autoridades supostamente envolvidas em ações criminosas. Também manipularam interceptações telefônicas, tiveram acesso a informações sigilosas, elaboraram relatórios e chegaram a violar o mais famoso equipamento de grampo telefônico, o Guardião. O relatório preliminar da corregedoria revela que Protógenes poderá responder pelos crimes de vazamento de informação, usurpação de função pública e realização de grampos e filmagens clandestinas. Pode ser acusado ainda de prevaricação. Isso ocorrerá se ficar comprovado que o delegado usou seu cargo na PF para perseguir Dantas com o objetivo de vingar um amigo: o diretor afastado da Abin, Paulo Lacerda. Vítima de um dossiê montado por Daniel Dantas em 2006 para intimidar autoridades do governo, Lacerda tornou-se inimigo do banqueiro.
As investigações sobre a Satiagraha estão a cargo do corregedor Amaro Ferreira. Em três meses de trabalho, ele identificou 84 agentes da Abin que, por ordem de Lacerda, trabalharam clandestinamente sob o comando de Protógenes, realizando tarefas muito mais abrangentes do que checar endereços. Lacerda e Protógenes fizeram de tudo para esconder a participação dos arapongas porque ela é ilegal e, em alguns momentos, como já se demonstrou, trilhou caminhos criminosos. Com base nos depoimentos tomados, a polícia já sabe que os espiões manipularam transcrições de conversas telefônicas, inclusive do ministro Gilmar Mendes. As informações colhidas eram transformadas em relatórios de inteligência e repassadas ao delegado Paulo Lacerda. Foi por isso que a PF realizou uma busca e apreendeu os computadores do setor de operações da Abin há duas semanas. Ela acredita que encontrará neles as provas que faltam para demonstrar a dimensão do trabalho clandestino dos espiões.

Exonera e contrata de novo

O Diário da Manhã de hoje fala que o prefeito reeleito Iris Rezende vai demitir os funcionários comissionados que estão na prefeitura. A partir de janeiro, os contratos destes funcionários já não valerão mais.

É aquela velha história: o prefeito exonera, o vereador pede, pede e pede mais um pouquinho e o prefeito decreta a volta do comissionado. Iris vai fazer este limpa para colocar os novos funcionários dos seus mais novos aliados: os petistas. Eles estão de volta. E isso é muito ruim para Goiânia. Vai começar uma história que eu pensei que já tinha acabado em dezembro de 2004

Não preciso dar satisfações

Antes, um texto de Olavo de Carvalho escrito no jornal O Globo do dia 2 de setembro de 2000 com o título “Antifascismo hitlerista”:

Por que os comunistas vivem chamando os outros de fascistas? Já vi esse rótulo colado nas figuras mais díspares: cristãos, liberais, conservadores, maçons, militares latino-americanos, anarquistas, social-democratas, muçulmanos - todo mundo. Nem judeus escapam: Menachem Begin e Arthur Koestler levaram essa carimbada umas dúzias de vezes.

De onde vem essa mania, essa necessidade compulsiva de dar a cada desavença, por mais mesquinha e estapafúrdia, o ar de um épico combate antifascista?

Detesto conjeturas psicológicas. Prefiro o método genético do velho Aristóteles. Em quase cem por cento dos casos, contar como as coisas começaram já basta para a plena elucidação de causas e motivos.

Até o princípio dos anos 30, os comunistas não ligavam muito para fascismo ou nazismo. Papai Stalin ensinava-lhes desde 1924 que esses movimentos eram apenas a radicalização suicida da ideologia capitalista, prenunciando o fim do império burguês e a vitória final do socialismo. "O nazismo, dizia-se, é o navio quebra-gelo da revolução." De repente, em 1933, partindo de Moscou sob o comando de Karl Radek, uma onda de antifascismo varreu a Europa sob a forma de livros, reportagens, congressos, passeatas, filmes, peças de teatro. Intelectuais independentes apareciam nos palanques ao lado dos poetas oficiais do Partido. Manifestos antinazistas traziam as assinaturas de estrelas do cinema.

Entre essas duas épocas, algo aconteceu. Adolf Hitler, eleito chanceler, preparava-se para grandes conquistas que requeriam o poder absoluto. Ansioso de eliminar concorrentes, e não podendo abusar do apoio recalcitrante do exército alemão, recorreu à ajuda da instituição que, no mundo, era a mais informada sobre movimentos subversivos: o serviço secreto soviético. A colaboração começou logo após a eleição de Hitler. Em troca da ajuda militar alemã, vital para o Exército Vermelho, Hitler era informado de cada passo de seus inimigos internos. O sucesso da "Noite das Longas Facas" de 1934 inspirou Stalin a fazer operação idêntica no Partido soviético: tal foi a origem do Grande Expurgo de 1936, no qual o serviço secreto alemão, já disciplinado por Hitler, retribuiu os favores soviéticos, descobrindo e forjando provas contra quem Stalin desejasse incriminar. O famoso pacto Ribentropp-Molotov foi somente a oficialização exterior de uma colaboração que já era bem ativa fazia pelo menos seis anos.

A onda mundial de histrionismo antifascista foi inventada por Karl Radek, em primeiro lugar, como vasta operação diversionista. No auge da campanha, ele escrevia a um amigo: "O que ali digo (contra o fascismo) é uma coisa. A realidade é bem outra. Ninguém nos daria o que a Alemanha nos dá. Quem imagina que vamos romper com a Alemanha é um idiota."

De Paris a Hollywood, idiotas pululavam entre os escritores e artistas. Arregimentá-los como "companheiros de viagem", criando a cultura do comunismo chique que até hoje dá o tom nos meios pedantes em países periféricos, foi o segundo objetivo da operação. Eram pessoas importantes, formadoras de opinião, que conservavam sua identidade exterior de independentes, ao mesmo tempo que serviam obedientemente ao comunismo porque suas vidas eram controladas através de suborno, envolvimento e chantagem. Um exemplo entre centenas: André Gide, que era homossexual, durante anos não teve um companheiro de cama que não fosse plantado ali pela espionagem soviética. Quando se recusou a colaborar, a sujeira colecionada nos arquivos despencou em cima dele. Por análogos procedimentos, a espionagem soviética colocou a seu serviço André Malraux, Ernest Hemingway, Sinclair Lewis, John dos Passos e muitos outros, como também atores e atrizes de Hollywood, que, além do glamour, garantiam para Moscou um regular fluxo de dólares, moeda indispensável nas operações internacionais. O controle dos intelectuais era feito diretamente por agentes soviéticos, em geral à margem dos partidos comunistas locais, que por isto foram pegos de surpresa pelo pacto de 1939.

A terceira finalidade do "antifascismo" foi recrutar espiões nas altas esferas intelectuais. Alguns dos mais célebres agentes soviéticos, como Kim Philby, Guy Burgess, Alger Hiss e Sir Anthony Blunt, entraram para o serviço por meio da campanha. Conforme o combinado com Hitler, nenhum dos então recrutados foi usado contra a Alemanha nazista, mas todos contra os governos antinazistas ocidentais.

Comunistas, espiões e "companheiros de viagem" carregam pesada culpa pela mais sórdida fraude já montada por uma parceria de tiranos. Em suas mais notórias expressões, toda a cultura antifascista da época, o espírito do Front Popular, matriz do antifascismo cabotino que ainda subsiste no Brasil, foi a colaboração consciente com uma farsa, sem a qual as tiranias de Hitler e Stalin não teriam sobrevivido a suas oposições internas; sem a qual portanto não teria havido nem Longas Facas, nem Grande Expurgo, nem Holocausto.

Neurose, dizia um sábio amigo meu, é uma mentira esquecida na qual você ainda acredita. A compulsão comunista de exibir antifascismo xingando os outros de fascistas revela o clássico ritual neurótico de exorcismo projetivo, no qual o doente se desidentifica artificialmente de suas culpas jogando-as sobre um bode expiatório. Nos velhos, é hipocrisia consciente. Nos jovens, é absorção simiesca de um sintoma ancestral que acaba por neurotizá-los retroativamente, fazendo deles os guardiães inconscientes de um segredo macabro.

Por isso, amigo, quando um comunista chamar você de fascista, não se rebaixe tentando explicar que não é. Ninguém neste mundo deve satisfações a um colaborador de Hitler.


Comento

Acordei hoje para atualizar o blog e vejo que um vagabundo deixou um comentário. Já joguei no lixo. No alto da sua majestosa sabedoria, ele disse que eu escrevi aqui que Hitler era esquerdista. Como é um majestoso sábio e eu um blogueiro insignificante fui procurar nos posts anteriores. Afinal, como o energúmeno mesmo diz, eu só escrevo bobagens.

Reli os meus escritos. Afirmei que Hitler estava mais para o lado dos comunistas assassinos comandados por Stálin (ou Papai Stálin, como escreveu Olavo no texto acima). Será que escrever isso é dizer que Hitler era esquerdista?

O vagabundo não lê o que está escrito e sim o que quer que esteja escrito no texto. Se o texto diz que Hitler estava do lado de Stálin, o vagabundo lê que Hitler era esquerdista.
Quero que Hitler, Stálin, Mao, Guevara, Pinochet e todos os ditadores sanguinários estejam ardendo no caldeirão do inferno. Só falta Fidel. Mas a hora dele vai chegar.

Não tenho vergonha das minhas influências. Não tenho vergonha de ser influenciado por pessoas de alto nível como Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e Diogo Mainardi. Já os esquerdistas parecem que sentem vergonha do acordo Hitler-Stálin. Para ficar em silêncio diante a união de dois sanguinários só mesmo enfiando a cabeça debaixo da terra.

O conceito do curso de História da Universidade Federal de Goiás é bom. Já o vagabundo acha que é péssimo por minha causa. O cara dá muita importância para a minha pessoa. Pode deixar que segunda feira farei um panelaço lá na Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia gritando para todo mundo ouvir que, se o curso de História da UFG é ruim, o culpado sou eu.
Ele dá muita importância para bobagens. Deve ser doloroso acordar de manhã e verificar que o livro do seu inimigo está em 9º lugar entre os mais vendidos (isso mesmo, os mais vendidos!!!). Deve ser doloroso acordar de manhã e acessar um blog cheio de bobagens e ainda perder tempo lendo (ou melhor, não lendo) e deixando recados. Deve ser doloroso, mas para o vagabundo isto é acordar de bem com a vida. Tem gente que adora sofrer. O que eu posso fazer? Ora, continuar sendo o mesmo blogueiro insignificante, que faz seus planos para ninguém e que nunca defende ditaduras ou justifica assassinatos. Eu não sou da patota da dupla Hitler-Stálin, portanto, não devo satisfações para quem ainda acredita na esquerda.

O vagabundo pode entrar e mandar suas bobagens. Eu, a quem ele considera tão importante a ponto de destruir um curso de História, lerei com todo carinho seus escritos. Se quiser respondo, se não vai para a Cuba que o pariu.

"Como acabei no 'New York Times'" por Diogo Mainardi

Sylvester Stallone fez uma ponta inglória em Bananas, de Woody Allen. Eu fiz uma ponta igualmente inglória em Deu no New York Times, de Larry Rohter. Na comédia de Woody Allen, Sylvester Stallone é um brutamontes que tenta roubar a bolsa de uma velha de muletas. No livro de reportagens de Larry Rohter, eu sou um colunista que especula desajuizadamente sobre o consumo alcoólico do atual presidente da República, cujo nome, a esta altura, em fim de mandato, já consegui até eliminar da memória. Como é mesmo? Lula! Pronto, lembrei: o nome dele é Lula!
Eu ando incomodado com o New York Times. A cobertura que o jornal fez da campanha eleitoral americana furtou-se cuidadosamente a abordar assuntos que poderiam prejudicar a candidatura de Barack Obama. Larry Rohter foi o correspondente do New York Times no Brasil por oito anos. Ele sabe como é a nossa imprensa. Em Deu no New York Times, ele mostra como, ao contrário do que acontece na imprensa brasileira, a imprensa americana acredita que um governante tem de ser submetido a uma profunda devassa, tanto de sua vida pública quanto de sua vida pessoal, porque "o pessoal é político e o político é pessoal". No caso da cobertura da campanha de Barack Obama, o New York Times e o resto da imprensa americana adotaram um comportamento legitimamente brasileiro. O presidente do Brasil – como é mesmo o nome dele? – dispunha de um esbirro especializado em abafar as matérias comprometedoras de Larry Rohter: Bernardo Kucinski. Barack Obama parece ter um Bernardo Kucinski entranhado danosamente, como uma giárdia, em cada jornal e em cada emissora de TV dos Estados Unidos.
Larry Rohter conhece direitinho o Brasil. Em suas reportagens, ele revelou para os americanos tudo aquilo de que a gente sempre se envergonhou: a bandalheira do PT, o assassinato de Celso Daniel, o cinema novo, o forró, Milton Nascimento. Alguns meses depois de tratar do hábito de beber do presidente da República – Lula! –, motivo pelo qual ele correu o risco de ser chutado do país, perseguido pelo governo e por uma parte da imprensa nacional, Larry Rohter foi ainda mais longe e me chamou de gordo. Na realidade, ele chamou todos os brasileiros de gordos, mas eu o tomei como um insulto pessoal, com meus 6 quilos acima do peso. Em sua reportagem para o New York Times sobre o surto de obesidade detectado pelo IBGE, que contradizia o discurso oficial sobre a fome no Brasil, Larry Rohter denunciou nossa dieta cheia de amidos e outros carboidratos. Ele está certo. A gente come porcamente. A gente é gordo. A gente é mole.
Dois anos depois dessa reportagem, Larry Rohter voltou para os Estados Unidos. Deu no New York Times é o testemunho de sua passagem pelo Brasil, em que ele, eu, a giárdia e o presidente da República – ? – somos como Sylvester Stallone: figurantes de Bananas.

Após dez meses, Planalto limita saques com cartão

Por Simone Iglesias
na Folha de São Paulo

Dez meses após o estouro do escândalo de gastos irregulares com cartões corporativos, o governo publicou ontem portaria limitando os saques por usuários ligados à Presidência.As novas regras, no entanto, não se aplicam às secretarias da Igualdade Racial, das Mulheres, da Pesca, de Relações Institucionais, de Comunicação Social, de Assuntos Estratégicos e ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional), órgão que tem um dos gastos mais altos com o cartão de crédito federal.No ano passado, o governo gastou R$ 75,6 milhões (mais de 77% deste valor, R$ 57 milhões, foi sacado). Até outubro deste ano, as despesas no cartão somaram R$ 39,6 milhões. Desse total, R$ 9,1 milhões estão relacionadas à Presidência ou a órgãos ligados a ela.O uso ilegal e abusivo dos cartões por ministros envolveu, no início do ano, o governo Lula em uma crise. A ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) pediu demissão depois de divulgados gastos irregulares. Orlando Silva (Esportes) chegou a pagar uma tapioca em Brasília usando o cartão corporativo.O escândalo cresceu quando foi divulgado que um dossiê com gastos da gestão FHC foi montado pela Casa Civil com o objetivo de constranger a oposição na CPI dos Cartões.A comissão terminou sem pedir indiciamentos, sem citar o episódio do dossiê e apontando apenas "equívocos" dos ministros do presidente Lula.O inquérito aberto pela Polícia Federal também não evoluiu. Aguarda posição do STF (Supremo Tribunal Federal), por supostamente envolver Dilma e o ministro Tarso Genro (Justiça), que têm foro privilegiado. A saída do delegado da PF Sérgio Menezes do caso também contribui para atrasar as conclusões. Menezes deixou o comando das investigações para trabalhar em São Paulo.A portaria publicada ontem no "Diário Oficial" foi assinada pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito da ministra Dilma Rousseff e, segundo reportagem da Folha publicada em abril, responsável por ter dado a ordem a funcionários para que confeccionassem o dossiê.Segundo o texto, os saques ficaram limitados a 10% das despesas anuais nos cartões e só poderão ser feitos para compras em estabelecimentos que não aceitem débito ou crédito.Um exemplo do que muda com a portaria: um dos poucos funcionários da Presidência que tem planilha de despesas detalhada no site Portal da Transparência utilizou no ano passado R$ 55,2 mil no cartão, sendo que R$ 10,6 mil foram sacados, o que representa 19,5%. Com a nova regra, o servidor terá que reduzir os saques a 10%.A portaria estabelece, ainda, que todos os saques terão que ser justificados na prestação de contas e que só poderão ser realizados para pagar prestadores de serviços, combustível, borracharia, pedágio, estacionamento e, "em situações excepcionais, outras formas de despesa", desde que autorizado pela Casa Civil.O fracionamento do pagamento foi proibido pelo governo, pois tal prática seria um modo de burlar a Lei de Licitações (8.666/93).As novas regras para a Presidência foram estabelecidas com atraso em relação a restrições impostas aos ministérios. Em janeiro, os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Jorge Hage (Controladoria Geral da União) proibiram saques para pagamento de despesas cobertas pelo cartão. Nos casos em que a compra só pode ser feita em dinheiro, estabeleceram limite de 30% do valor gasto no cartão. As regras não valiam para Presidência.

PF já sabe que Protógenes despachava na Abin

Por Rui Nogueira
no Estado de São Paulo

A corregedoria da Polícia Federal (PF), que investiga o trabalho da Operação Satiagraha, descobriu mais uma faceta da aliança do delegado Protógenes Queiroz com os arapongas da Agência Brasileira de Inteligência - pelo menos 80 agentes da Abin participaram da operação.Segundo depoimentos colhidos pelo delegado Amaro Vieira Ferreira, da corregedoria, Protógenes despachou várias vezes na sede da Abin, em Brasília, durante o tempo em que comandou a Satiagraha.A operação investigou indícios de lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros, como evasão de divisas e formação de quadrilha, além da tentativa de suborno de um delegado da PF. No dia 8 de julho, com autorização judicial, a Satiagraha prendeu 17 pessoas, entre elas o banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity - dois habeas corpus, concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mantêm Dantas em liberdade. Nos últimos dias, a corregedoria colheu mais provas de como Protógenes usava agentes e a infra-estrutura da Abin, sonegando todas as informações dos superiores da PF. Em pelo menos uma das reuniões na sede da Abin foi feito o planejamento de uma investigação deflagrada depois em Brasília e que vigiou autoridades federais do Legislativo e do Judiciário.Entre os colegas da PF, pela quantidade de entrevistas e de palestras que vem concedendo - sempre se comportando como "justiceiro social" - e pela precariedade do relatório escrito antes de ser afastado da chefia da Operação Satiagraha, Protógenes está sendo comparado ao procurador Luiz Francisco de Souza. O procurador ficou famoso pelas investigações superficiais e quase sempre sem resultados concretos durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).O Estado apurou junto a agentes que participam do inquérito da corregedoria que, em grande parte, o relatório de Protógenes limitou-se a copiar e a recondicionar informações da Operação Chacal, a investigação que deu origem à Operação Satiagraha. Foi na Operação Chacal que a PF apreendeu o disco rígido de um dos sistemas de informática que serviam ao banqueiro Daniel Dantas e ao Opportunity.A corregedoria da PF formou a convicção de que a Satiagraha, sob comando de Protógenes e "proteção" do diretor-geral afastado da Abin, o ex-chefe da PF Paulo Lacerda, era uma operação pautada, em parte, por interesses políticos que remontam ao primeiro mandato do presidente Lula (2003-2006), quando estourou o mensalão e os negócios de lobby do banqueiro do Opportunity se tornaram evidentes.As empresas Telemig Celular e Amazônia Celular, que tinham o Opportunity como acionista, eram, segundo a CPI dos Correios, depositantes freqüentes de grandes somas nas contas do publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão.

Crise não intimida novos gastos

Por Márcio Falcão e Karla Correa
no Jornal do Brasil

Uma das receitas para blindar as economias diante da crise de crédito é cortar gastos e aplicar bem o dinheiro público. Em Brasília, a recomendação ainda está longe de ser seguida. No Executivo e no Congresso, os possíveis efeitos ainda são considerados uma "marolinha" - como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - e não assustam ministros e parlamentares que batalham para garantir cada um o seu quinhão.
Estão em jogo a criação de 8 mil cargos, reajustes para 473 mil servidores e até perdão bilionário para filantrópicas. Um custo extra de mais de R$ 44 bilhões até 2011. Na avaliação de especialistas, o governo caiu na própria armadilha, uma vez que lançou as medidas antes do estouro da crise e, agora, como precisa construir capital político para a sucessão presidencial de 2010 não terá coragem de frear o aumento dos gastos com custeio e inflar os recursos reservados para investimento.
– A lógica de se elevar os gastos para fazer frente à crise só funciona em seus momentos mais agudos, como forma de política anti-cíclica e, mesmo assim, os gastos devem acontecer na área de investimentos, não em despesas de custeio – critica o especialista em contas públicas da Tendências Consultoria, Felipe Salto.
De acordo com o analista, o discurso repetido pelo presidente Lula, de que a crise atingirá o país de forma mais amena do que em episódios passados porque o "governo fez o dever de casa", está correto apenas em parte.
– Tivemos um longo período com o superávit primário (espécie de poupança fiscal feita pelo governo) baseado no crescimento econômico, no boom da arrecadação, e o governo deveria ter aproveitado esse momento para reduzir o volume de despesas de custeio, enxugar o funcionalismo, frear os aumentos nos salários – ponderou Salto. – Não foi o que aconteceu e o equilíbrio fiscal vai ficar em segundo plano.
A idéia do governo é melhorar a composição dos gastos e não simplesmente cortar. O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Marcio Pochmann, explica que é preciso atacar os juros. Na sua avaliação, tirando juros e investimento, as outras contas são de serviço.
Os ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, da Educação, Fernando Haddad, e da Integração Nacional, Geddel Vieira Lim, foram os primeiros a mostrar que não têm receio da crise. Foram ao Congresso pedir a aprovação de projetos que permitem a contratação de novos funcionários para suas pastas. Patrus defende 164 cargos comissionados, aqueles que não precisam de concurso público, pelo custo de R$ 13,8 milhões. Haddad pede 2,8 mil cargos de professor universitário e 5 mil técnicos para as universidades federais, com um impacto de R$ 15 milhões. Geddel espera a criação de 172 vagas comissionadas.

Aval

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, reconheceu a reivindicação dos colegas de Esplanada como legítima e argumentou que há previsão destes custos no Orçamento de 2009 e no plano plurianual (PPA). Só em 2008, o governo criou quase 80 mil cargos públicos - um custo de R$ 30 bilhões se todas as vagas já estivessem ocupadas. Outro gasto que o governo vai ter que absolver são os reajustes. Neste ano, os aumentos salariais concedidos ao funcionalismo federal vão consumir R$ 11,5 bilhões e o gasto total com a folha de pagamento será de R$ 133,3 bilhões. Em 2009, a previsão é de que os servidores custem R$ 155,3 bilhões, com 15 mil novos cargos.
Parte desses custo adicional o Senado vota nesta semana. Estão na pauta da Casa, as medidas provisórias 440, que concede um reajuste salarial para 91.308 servidores civis da Receita Federal, fiscais do Trabalho e diplomatas - num total de R$ 20,4 bilhões e 441, que aumenta os vencimentos de cerca de 380 mil servidores de 40 carreiras e representa R$ 8,9 bilhões até 2011.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), diz que não arcará com o desgaste de votar contra.
– O governo precisa parar de jogar para a arquibancada o tempo todo.

Bloquinho ameaça entrar na briga da sucessão na Câmara

Por Denise Madueño e Eugênia Lopes
no Estado de São Paulo

A disputa pela presidência da Câmara começa a promover uma reengenharia partidária. Insatisfeito com o PT e com o PMDB, o chamado bloquinho - que reúne as bancadas do PSB, do PDT, do PC do B, do PRB e do PMN - ameaça lançar candidato à sucessão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ao mesmo tempo, setores do PPS e PSDB articulam a fusão dos dois partidos, fato que aumentaria o cacife dos tucanos e resgataria o PPS da extinção.Com uma bancada de 76 deputados, o apoio do bloquinho, que faz parte da base aliada do Planalto, é cobiçado pelos candidatos à presidência Michel Temer (PMDB-SP) e Ciro Nogueira (PP-PI). Ao mesmo tempo, porém, os três partidos articulam com outras legendas um nome alternativo para a disputa. Até o DEM está no radar das negociações do bloquinho.O DEM, que esteve nos últimos anos na posição privilegiada de aliado com o PSDB, não quer ver o PMDB na presidência da Câmara, de olho nas eleições de 2010. Daí sua disposição de se aliar ao bloquinho para ter um candidato.A avaliação do DEM é que o fortalecimento do PMDB reduziria o cacife do partido na aliança eleitoral para a Presidência da República. Tanto o PSDB quanto o PT almejam o PMDB como vice na chapa presidencial, depois que o partido cresceu nas eleições municipais.O bloquinho atribui ao PMDB, e em especial a Temer, a derrota de Aldo Rebelo (PC do B-SP) para Chinaglia na eleição passada. Foi o apoio de Temer que deu a vitória ao petista. O bloquinho, por sua vez, está ciente de que apenas com o DEM não terá forças para vencer o peemedebista e por isso busca conversar com o PSDB e com partidos menores, como o PR e o PP. Os dois partidos têm nomes já colocados na disputa. Além de Ciro Nogueira, o deputado Milton Monti (PR-SP) está disposto a entrar na corrida sucessória. O objetivo das articulações do bloquinho é atingir em torno de 300 deputados. Um bloco desse tamanho teria o poder de indicar cinco dos sete cargos da Mesa.
FUSÃO
O PSDB está dividido. Enquanto parte defende o apoio institucional ao maior partido - o PMDB -, parte aceita discutir outras possibilidades. Uma eventual fusão do PSDB com o PPS daria mais cacife aos tucanos nas articulações. Enfraquecido nas eleições municipais e diante da perspectiva de uma reforma política, a junção com o PSDB seria a forma de sobrevivência do PPS.O presidente da legenda, Roberto Freire, nega que haja negociações para essa fusão, mas o assunto tem sido debatido internamente no PPS. Essa união entre as legendas teria como subproduto mais influência na disputa da Mesa da Câmara.

Por que ele não está lá?

Por que Barack Obama não está presente na reunião do G20 em Washington? Será que existe algum impedimento? Segundo o The Times nenhum acordo será selado neste final de semana enquanto Obama não tomar posse no dia 20 de janeiro do ano que vem. Até lá vão fazer o que?

Muitos dizem que esta transição é histórica porque um negro assumirá a presidência da maior potência do mundo. Eu prefiro conter minha emoção. A transição presidencial americana é turbulenta porque o país enfrenta duas guerras e uma crise econômica que, além de ser se alastrado pelo mundo todo, não tem data para terminar. Ou será que alguém acredita que a meia noite do dia 20 de janeiro de 2009 um novo mundo começará com Barack Hussein Obama na Casa Branca?

Eu acho que Obama deveria participar do encontro do G20 sim. Vai ser difícil reunir tantas lideranças mundiais num só lugar e preocupados num só tema. Seria a chance de Obama ouvir o que os outros líderes têm a dizer e apresentar o que ele vai fazer quando for presidente de fato.

Estamos vivendo um período turbulento. Todo está numa expectativa danada para o começo do governo Obama. Por que ele não está lá em Washington conversando com os principais líderes mundiais? Tem alguma proibição? Já que todo mundo espera pelo dia 20 de janeiro de 2009, Obama poderia pelo menos esboçar o que pretende fazer. O discurso de “change” já passou. Agora é pé no chão e enfrentar o mundo como ele é: difícil e cheio de problemas para resolver.

Proclamação da República (Parte 2)

Eis o Marechal Deodoro da Fonseca. Muitos detestam decorar datas, saber quem é quem nas fotos históricas. Eu acho que tudo isso deve ser levado em conta sim. Eis um dos problemas das escolas brasileiras: não mostrar quem foi e quem fez o que na história. Eu, como quase formado em História, acho relevante datas e lugares históricos. Eis o Marechal Deodoro da Fonseca, aquele que decretou o fim do império no Brasil.

Proclamação da República (Parte 1)

Esta foto eu tirei no Rio de Janeiro. É o Campo de Santana ou Praça da República. Foi aí que, no dia 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república. A partir desta data o Imperador Dom Pedro II partia para o exílio na França onde voltaria para o Brasil depois da sua morte. Foi no Campo de Santana que o povo assistiu bestializado o fim do império e o nascimento da república.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Todo mundo é cupanhero

O presidente do TSE Carlos Ayres Brito achou “agressivas” as palavras do presidente da Câmara Arlindo Chinaglia que não quer punir os deputados infiéis apesar da resolução exigir a punição.

Nas reportagens que selecionei dos jornais de hoje, tem uma do Jornal do Brasil que mostra o coleguismo, o cupanherismo, a irmandade que existe no Congresso Nacional, a reportagem se especifica a Câmara dos Deputados. Cinco meses depois das denúncias contra o Paulinho da Força de que ele se beneficiou dos desvios de verbas do BNDES seu processo na Casa está parado.

No Senado nós vimos este coleguismo quando Renan Canalheiros fazia dali uma continuação do seu banheiro. Mandava e desmandava. Seus amigos ajudaram o absolvendo dos processos de cassação. Renan estava sumido desde o final do ano passado. Reaparece agora como um possível líder do PMDB no Senado.

No Congresso Nacional todo mundo é amigo, todo mundo é cupanhero. Ou, como diz o ditado popular: “uma mão lava a outra”. Renan cobrou fidelidade dos senadores que se beneficiaram de algumas regalias no período da sua presidência do Senado. E foi atendido.

Acho que vai ser difícil ver algum político infiel ser punido. Ainda mais que se aproximam as eleições para presidência da Câmara e do Senado. Num momento destes, todo mundo quer ser amigo de todo mundo. Amigo é amigo...

Voltando a programação normal

Voltemos a nossa programação normal!

Sai da minha aba

Só pra contrariar hehehe...

Sai pra lá, se manca, vê se me esquece
Não agüento mais já estou com estresse
Se dou a mão, quer logo o pé
Isso me aborrece
Sai pra lá bicão, sai pra lá mané
Vê se desaparece
É toda a hora meu cumpadre
Quebra o galho aí
É um qualquer emprestado
Sempre a me pedir
Se tô bebendo uma cerveja
Bebe no meu copo
Se acendo um cigarro
Quer fumar pra mim
Chego no pagode
Quer entrar comigo
Se ganho uma garota
Tenta me atrasar
Fica me marcando
Pra não ter perigo de perder
Minha carona
Quando eu me mandar
Da minha aba, da minha aba
Da minha aba
Sai da minha aba
Sai pra lá
Sem essa de não poder me ver
Sai da minha aba
Sai pra lá
Não aturo mais você

O BLOG É MEU

O que está acontecendo comigo? Deixando de postar as coisas que eu quero para responder a uma Anta? Em um ano de blog isso nunca aconteceu. Não! Ela não vai pautar nada aqui. As fezes dela jogo no lixo já que ela é muito sem educação e não saber fazer as necessidades fisiológicas no lugar certo.
O BLOG É MEU! VAZA! PEDE PRA SAIR! VAI EMBORA! TEUS COMENTÁRIOS SERÃO RECUSADOS E TUAS NÁDEGAS COM O CHUTE POTENTE DO MEU PÉ ESQUERDO.
Atualizando
Vejam o que a Anta Botocuda me mandou. As primeiras pegadas:
alexandre disse...
pergunta para o reinaldo azevedo onde está o grampo do senador demóstenes e do gilmar mendes !! todos queremos saber onde está !!!
29 de Outubro de 2008 20:01
alexandre disse...
nossa, como seu blog tem vários comentários !!!! 2 comentários são muitos realmente ! rsssss ! divulga esse meu comentário para aumentar mais um pouquinho !!! e aproveita porque hoje o link do seu blog está no blog do reinaldo mas amanhã vc estará no arquivo ! e seu blog voltará para a insignificância !!!!!! rsssss
29 de Outubro de 2008 20:03
Depois a Anta vem exigir respeito. Depois a Anta vem me dizer que eu não sei dialogar. Com gente deste naipe não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe dialogar. Infelizmente, a Anta Botocuda é apenas uma entre os milhares de militantes petralhas (ou Al-Qaeda Eletrônica) espalhadas pela blogsfera.
Acho que dei papo demais para a anta. Chega!

A Anta está "naqueles dias"

Finalmente Anta e eu concordamos numa coisa: Delfim Neto é de direita. Daí ele me coloca ao lado de Hitler, Mussolini, Pinochet, Ultra e Delfim! Ora, Anta, vá pra Cuba que o pariu! Fui eu que te acusei de propagar o pensamento único! Não venha você querer me acusar de uma coisa que você faz! Pode mandar seus lixos para cá. Jogo lixo no lixo. Imagino o debate que você teve em outro blog.
O bom disso tudo é que eu posso recusar seus comentários.
Vai lá ver o que o blogueiro do BNDES está escrevendo. Vai ver qual é a última conspiração que o Daniel Dantas armou.

Um "direitista de merda" na TV Brasil


Este é Delfim Netto. Ele é um dos conselheiros da TV Brasil. Eis a ficha do homem tirada do site da emissora pública que gasta muito e ninguém lê:
Economista, professor universitário e político brasileiro. Exerceu o cargo de assessor da CNI. Participou do Conselho Técnico de Economia Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Atuou também na Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai do Conselho Universitário da USP no Conselho Nacional de Economia. Foi Secretário de Fazenda em São Paulo no governo Laudo Natel. Foi ministro da Fazenda nos governos Costa e Silva; ministro da Agricultura, no governo do presidente João Figueiredo; ministro do Planejamento entre 1979 e 1985 e embaixador do Brasil na França. Foi eleito cinco vezes consecutivas deputado federal. Também exerceu o cargo de governador pelo Brasil do FMI e Banco Mundial. Participou da direção do BID e BIRD. Foi também ministro-chefe da SEPLAN

Comentário
Nem para falar que Delfim participou dos governos militares. Reparem que quando falam que ele foi ministro de dois governos eliminam as patentes dos presidentes, não falam que eles eram militares. Não falam que Delfim foi ministro do governo do general Costa e Silva, o maldito que assinou o AI-5. Por que será que Tarso Genro não cobra explicações de Delfim sobre punições aos militares que torturaram durante o regime militar? Por que a esquerda festiva não fez barulho quando o fofo ex-ministro foi escolhido para consultor da TV que ninguém vê?
Pois é, minha gente, tem direitista no governo lulista. Depois falam "direitista de merda". Será que já chamaram Delfim Neto de "direitista de merda" depois que ele passou a apoiar Lula?

Isto é que é diálogo

Reparem como os ecochatos que lutam contra o aquecimento global adoram dialogar. Se eu mostro chuva aqui em Goiânia eles falam que eu estou errado, que é a culpa do homem, que a natureza está reagindo a poluição. Imagino participar de um debate com essa galera. Eles querem o debate, mas desde que só eles sejam ouvidos e só eles tenham o direito de falar.

Descobriram?

Descobriram o araponga que repassou à revista Veja a conversa grampeada entre o presidente do STF Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres? E agora? Só falta as antas botocudas do petralhismo dizerem que o araponga estava a serviço de Daniel Dantas.

E o terrorismo de esquerda...

Mais uma vez a tortura esquerdista vai sendo deixada de lado. Só querem a punição para um lado como se o outro fosse apenas vítima. Querem punir os torturadores militares? Beleza! Mas vamos punir também os torturadores de esquerda. Que tal? Ora, não pede justiça num caso desses? Que a justiça seja feita não apenas para um lado, mas para todos.

Sobre as fitas

Vamos falar sobre as fitas. Os Beatles começaram a usar as fitas de suas gravações e tocá-las de trás para frente. Saía uma voz meio esquisita, a guitarra tinha um som estranho. Esquisito? Estranho? Que nada! Tudo aquilo era inovador. E eles usaram aquelas fitas de trás para frente e encaixaram em várias músicas.

Alguns beatlemaníacos chamam esta fase de “psicodélica”. É a fase que vai do álbum Revolver até o Magical Mystery Tour passando por Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Foi uma fase de muitos experimentos com as fitas utilizadas pelos Beatles nos estúdios. Para a época, ouvir guitarras tocadas de trás para frente, vozes estranhas surgindo no final da música era algo louco, ou melhor, mágico, quero dizer, psicodélico.

Os Beatles estavam evoluindo musicalmente. John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Sttar estavam cansados das gritarias das meninas nos seus shows. Não somente as fitas tocadas de trás para frente animaram o grupo, mas o toque doce da cítara encantou George Harrison que logo usou o instrumento indiano numa das poucas músicas suas que Lennon e McCartney permitiam espaço. Até Ringo Sttar melhorou sua bateria. Ouçam Tomorrow Never Knows do álbum Revolver de 1966 que saberão o que eu estou dizendo. Uma leve cítara na introdução, uma bateria impecável, um baixo magnífico, a voz na segunda estrofe da música como se estivesse saindo de uma caverna e o final com mais algumas fitas tocadas de trás para frente.

Tenho que ir agora, mas quando voltar, falarei mais sobre as fitas.

Eles esqueceram do Ipasgo

Como é que é? A reforma administrativa do governo Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, é uma maravilha? Pois é, eles esqueceram de reformar o Ipasgo (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores de Goiás). Segue um trecho do jornal Hoje:

A dívida da entidade está à beira dos R$ 200 milhões. Braga diz que é necessário estancá-la, para então saná-la. “No passado assumimos um Estado com R$ 100 milhões de déficit por mês; mesmo assim, vamos resolver o problema do Ipasgo”, assegura. Segundo o secretário, o ajuste do governo não tem relação com o Ipasgo. “O problema caiu no nosso colo, então vamos resolver”.

Pois é. O problema do Ipasgo deveria estar relacionado nos ajustes do governo. Mas eles esqueceram. Será que vão resolver?

PS: Dizem que Cidinho e Marconi Perillo não estão rompidos. Jorcelino Braga, secretário da Fazenda, disse que o governo assumiu um Estado com uma dívida de R$ 100 milhões. Quem passou o Estado para Cidinho? O Tempo Novo, O Tempo Novo pede licença pra chegar...

É melhor ignorar

É, eu sei! É melhor ignorar os masoquistas que adoram ler bobagens. Vou fazer isso.

Falou bobagem passa o rodo? Seita Inri Cristo?

Olha o rodo aí...

Sou da muvuca caca
Eu sou da Bahia
sou do rodo papa
Swingueira do Harmonia
Sou da muvuca caca
E ninguém tolera
O meu swing te atrai ninguém se da niguém tolera,
arrazando essa galera me deixa todo arrepiado
Surgiu em Salvador o Harmonia assim surgiu,
arrastando multidões com o
rodo pelo Brasil
papa papa é pra parar porque o rodo vai passar,
quando eu mandar é pra jogar as mãozinhas para o ar


Seita do Inri Cristo? Vejam Vesgo e Silvio Santos levando Inri Cristo no Playcenter aqui

Tempos de chuva e as catástrofes de sempre

Finalmente começou o período chuvoso aqui em Goiânia. Eu já estava achando estranho o calor que fez em outubro. Mas as nuvens cinzas de novembro anunciam períodos chuvosos e um clima agradável (não que o céu azul seja desagradável).

Com a abertura das torneiras por São Pedro vamos vendo a incompetência dos nossos governantes. Só mesmo o céu para abrir o que eles escondem. Todo ano, ou melhor, todo final de ano é a mesma coisa: deslizamento de terras, casas soterradas, pessoas mortas, estradas destruídas. É o PAC! Todo final de ano é a mesma coisa. E todo final de ano os nossos governantes culpam São Pedro por não continuar fazendo o que eles demoraram anos para fazer (trocando em miúdos: nada). Perdoa-os, São Pedro, eles não sabem o que fazem. Bem, eles sabem sim, mas sempre falam que não sabem.

E este tempo de chuva lembra dengue. Água parada. O Jornal do Brasil de hoje mostra que lá no Rio de Janeiro uma moça de 24 anos morreu por dengue hemorrágica. E agora? Vamos esperar mais quantas mortes para tomarem alguma atitude? O que mais chama atenção na reportagem é que a família da moça procurava alertar os vizinhos sobre os perigos de deixar água parada. E a família que queria combater a dengue vai enterrar um ente querido morto pela dengue.

É o tempo de chuva. E é tempo dos políticos mostrarem suas caras de piedade com tanta destruição. Aí vêm os ecologistas falando em mudanças climáticas. Eu não culpo a natureza. Eu culpo os políticos que não sabem fazer nada. Só aquela carinha de choro quando alguma catástrofe acontece. Carinha de choro que vai para a televisão e catástrofe que poderia ser evitada.

Eles falaram! Eles avisaram!

Já se sabia que alguns vereadores gastariam muita grana para se eleger. A matéria do Diário da Manhã que mostra os gastos dos vereadores não é novidade. Desde agosto alguns blogs (e bons blogs) daqui de Goiânia já noticiavam isso. O blog Faxina Geral do Will e o Chapa Branca do André Morais já falavam sobre os gastos de alguns candidatos. Will e André Moraes falaram! Will e André Moraes avisaram! São alguns vereadores gastando um bocado para se elegerem.

Ah, se fizessem tudo direitinho

Com um pouco de lucidez a Polícia Federal vai mostrando as falcatruas de Daniel Dantas. Apesar das facções que ali se enfrentam, existem pessoas sérias, que não são porta vozes de oprimidos e cansados de corrupção. Vemos os bois de Dantas. Vemos sua lavagem de dinheiro.

O delegado maluquinho Protógenes Queiroz queria colocar o banqueiro de qualquer maneira na prisão. Este é um daqueles que rasgam a Constituição para fazer a tal da justiça social. Repito o começo da reportagem da Folha de São Paulo publicada num post aí abaixo:

Esqueça as idéias grandiloquentes de conspiração e o apelo de chamar banqueiro de "capo" (chefe mafioso) -características que contribuíram para tornar folclórico o inquérito do delegado Protógenes Queiroz sobre a Operação Satiagraha. O novo relatório da Polícia Federal sobre Daniel Dantas é seco como um artigo do Código Penal. Em vez de teorias e especulações, o delegado Ricardo Saadi se concentra em descrever os crimes principais que a PF atribui ao banqueiro: gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.

Protógenes Queiroz inventou uma teoria da conspiração. Toda a mídia brasileira estaria sob o comando de Daniel Dantas. Claro que a Carta Capital e o Blog do Luis Nassif não estariam na lista. Oh, como são valentes os puxa saco do lulismo! Esqueça aquela lista de jornalistas que Daniel Dantas teria comprado. Lembre-se dos bois usados pelo banqueiro para lavar dinheiro sujo. Mas não se esqueça de Protógenes Queiroz. Se ele fizesse tudo direitinho, se a operação que ele comandou estivesse agido legalmente, com certeza já estariam avançadas as investigações contra o banqueiro. Chega de porta vozes dos oprimidos. Que venha a Justiça!

Vereadores eleitos gastam R$ 8,8 mi

Por Larissa Bittar
no Diário da Manhã

As despesas de campanha dos 35 vereadores eleitos por Goiânia no último pleito somam R$ 8,8 milhões. Os campeões de gastos são Iram Saraiva (PMDB), Henrique Arantes (PTB), Fábio Tokarski (PCdoB), Daniel Vilela (PMDB), Francisco Vale Jr. (PMDB) e Agenor Mariano (PMDB). Juntos, os seis somam mais de 20% do dinheiro gasto pelos eleitos. Entre os mais econômicos destacam-se Tiãozinho do Cais (PR), Túlio Maravilha (PMDB), Fábio Caixeta (PMN), Joãozinho Ferreira (PRB) e Jobs (PSL), o mais contido nos gastos, conseguindo se eleger com R$ 10,7 mil.De acordo com declarações de contas dos candidatos vitoriosos, o maior gasto ficou por conta de impressão de material: R$ 1,15 milhão. Henrique Arantes desembolsou com material impresso R$ 113,9 mil. Jobs novamente aparece como o menos gastador, dispensando R$ 2.416 à impressão de material. Despesas com pessoal ocupam a segunda colocação dos custos nas últimas eleições. Foram R$ 844 mil. Túlio Maravilha, Pastor Rusembergue e Izídio Alves não declararam despesas com pessoal. Em contrapartida, Iram Saraiva precisou destinar R$ 209,7 mil de sua arrecadação para custos com funcionários.Gastos com combustível vêm logo em seguida. Quase meio milhão custearam as despesas com o produto. Iram também é campeão neste quesito: R$ 57,8 mil. Desta vez quem aparece no topo dos mais econômicos é Célia Valadão: R$ 750 bastaram para cobrir os gastos com combustível da peemedebista. O prefeito Iris Rezende (PMDB) foi o candidato que mais colaborou financeiramente com a campanha de colegas de eleição. Ao todo, Iris desembolsou uma quantia aproximada de R$ 70 mil. A maior beneficiada foi Tatiana Lemos. A candidata do PDT recebeu R$ 22.303 do prefeito. Entre pessoas jurídicas, a maior financiadora foi JBS S/A, que forneceu R$ 120 mil ao candidato Richard Nixon (PRTB). A quantia representou praticamente o valor total da arrecadação obtida por Nixon. Além da doação da empreiteira, ele contou apenas com ajuda do prefeito, no valor de R$ 900. Daniel Vilela e Túlio Maravilha estão, ao lado de Richard Nixon, entre os que não destinaram recursos próprios à campanha. Já Iram foi mais generoso consigo mesmo. Dos R$ 496,6 mil arrecadados, R$ 493 mil saíram do próprio bolso. O Comitê que mais colaborou financeiramente com seu candidato foi o do PCdoB. Fábio Tokarski foi agraciado com R$ 175,5 mil.

Decisão sobre infidelidade gera crise entre STF e Câmara

Por Maria Clara Cabral e Felipe Seligman
na Folha de São Paulo

A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de manter a punição por infidelidade partidária detonou mais uma crise entre os Poderes.Ontem, da cadeira da presidência, Arlindo Chinaglia (PT-SP) rebateu as críticas do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, sobre a lentidão do Legislativo, dizendo que sabe de casos de ministros que ficam "sentados meses em cima de processos e não deliberam".Irritado, Chinaglia desqualificou Ayres Britto ao afirmar que prefere conversar com Gilmar Mendes, que é presidente do STF, e que nem todos podem cobrar agilidade."Poucos têm autoridade para dizer que nós somos lerdos, principalmente um ministro a quem respeitamos. Mas amizade à parte, vamos fazer a defesa do Poder. Se necessário for exemplificar, exemplificarei, há casos concretos. Há caso em que o juiz fica um, dois, três, seis meses e não delibera. Então, estou dando um recado claro: vamos manter a relação entre os Poderes e com quem tem o poder de representar cada um deles. Aqui, vamos conduzir de acordo com as regras, como sempre fizemos", afirmou.A troca de farpas acontece pela suposta demora da Câmara em cumprir determinação do TSE de declarar a perda de mandato de Walter Brito Neto (PRB-PB), primeiro deputado federal cassado por infidelidade partidária que deixou o DEM pelo PRB após 27 de março de 2007, data limite estabelecida para trocas. Ayres Britto reclama ainda da ausência de legislação sobre o assunto.No Judiciário, enquanto o presidente do TSE procurou minimizar as afirmações de Chinaglia, Marco Aurélio Mello falou que as críticas foram um "arroubo de retórica".Já Ayres Britto disse que foi "mal interpretado" por Chinaglia e negou a existência de uma crise institucional, afirmando que qualquer desentendimento "se resolve naturalmente, na base do bom senso e do respeito à ordem jurídica".As manifestações contra o Judiciário não vieram só de Chinaglia. Líderes da base aliada ao presidente Lula, que defendem uma "janela" para a infidelidade partidária (que permitiria a migração de deputados hoje da oposição para a base) saíram em defesa do presidente da Câmara.O único partido a manifestar posição contrária a de Chinaglia e favorável ao STF e ao TSE foi o DEM, que teme perder espaço. A sigla anunciou obstrução em todas as votações do plenário e nas comissões.
Recursos
Brito Neto diz que vai pedir à Mesa para que leve o seu caso para o plenário da Casa. Para o departamento jurídico, essa alternativa é pouco provável. Ontem, porém, Chinaglia pediu um parecer da corregedoria e disse que a Casa deve se basear também em parecer da Comissão de Constituição e Justiça.

Processos de ética caem na vala do corporativismo

Por Márcio Falcão
no Jornal do Brasil

A tarefa de expurgar amigos e correligionários não agrada em nada aos parlamentares. Os processos se arrastam por meses, e pressões se instalam para tentar dar sobrevida a mandatos de políticos que são acusados de falta de decoro parlamentar. No Conselho de Ética ou na Corregedoria da Câmara, as poucas denúncias que ganharam corpo este ano correm o risco de só terem um desfecho no ano que vem.
Estão nesta situação os deputados Paulo Pereira (PDT-SP) – o Paulinho da Força – João Magalhães (PMDB), Ademir Camilo (PDT) e Barbosa Neto (PDT-PR). E o histórico do Conselho não é nada animador. Em 2007, 21 denúncias foram protocoladas na Secretaria-Geral da Câmara. Depois do parecer da Corregedoria, a Mesa Diretora da Casa enviou sete processos ao Conselho de Ética, mas todos acabaram arquivados. Neste ano, a Mesa recebeu 13 reclamações de quebra de decoro.
Até agora, só as acusações contra o pedetista são analisadas pelo conselho. Os processos de Magalhães, Camilo e Neto estão parados na Corregedoria. Na avaliação do segundo vice-presidente da Câmara e corregedor, Inocêncio de Oliveira (PR-PE), não pesa o corporativismo, mas a falta de provas.
– Os deputados não são juízes – defende Oliveira. – A Casa só tem obrigação de investigar aquilo que realmente fere o regimento e torna questionável a postura do parlamentar.

Protecionismo

A visão do corregedor não é unanimidade. O deputado Paulo Piau (PMDB-MG), relator do caso Paulinho da Força, reconhece que existe protecionismo.
– Acho que é uma situação natural – concede Piau. – O Legislativo é um poder mais aberto e por isso acaba sendo mais malhado. Então, é normal que os deputados se protejam. Mas, durante a votação, o voto consciente se sobrepõe à corporação.
O relator desconversa se está sendo forçado a atrasar o julgamento de Paulinho, que há cinco meses tramita no colegiado. O pedetista é acusado de participar de um esquema de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo a Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, a prefeitura de Praia Grande (SP) repassou R$ 2,6 milhões à suposta quadrilha em troca da aprovação de financiamento de R$ 124 milhões. Paulinho nega e se diz vítima de perseguição política.
Piau argumenta que a falta de poder do conselho para convocar testemunhas e a demora do Supremo Tribunal Federal (STF) em repassar o inquérito à Câmara atrasou o desenrolar das investigações. O relator ensaiou prorrogar por mais 60 dias a apresentação do parecer mas acabou recuando. Promete apresentar seu texto até o dia 1º de dezembro, mas pedidos de vistas podem deixar a análise do caso para o ano que vem.
Piau reclama que não conseguiu ouvir testemunhas, como a mulher do deputado, Elza Pereira, para explicar um cheque de R$ 37.500. Sem depoimentos contundentes, adianta apenas que seu parecer segue a investigação da PF.

Atrasos

Pelos gavetas da corregedoria, ainda repousam pelo menos mais três processos. Dois envolvem os deputados João Magalhães (PMDB) e Ademir Camilo (PDT), flagrados na Operação João de Barro. Um esquema de desvio de recursos em licitações de obras públicas que chegam a R$ 700 milhões. A justificativa da corregedoria é de que os relatores do caso, os deputados Nelson Trad (PMDB-MS) e Iriny Lopes (PT-ES), aguardam a indicação para começar a trabalhar.
Outro deputado que ainda se favorece da lentidão da corregedoria é Barbosa Neto (PDT-PR). É acusado por seu ex-assessor Luciano Lopes de embolsar parte do salário dos funcionários de seu gabinete. Uma gravação embasaria a denúncia. Neste caso, a explicação é que o deputado ainda não foi encontrado para ser notificado da apuração. O recesso branco da Casa para as eleições municipais dificultou o cumprimento do ritual.

PF pode pedir ajuda aos EUA para acessar HDs de Dantas

No Estado de São Paulo

A Polícia Federal está encontrando dificuldades para abrir os discos rígidos (HDs) dos computadores apreendidos pela Operação Satiagraha no Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Os HDs estão blindados por combinações que os peritos não conseguem decifrar. A PF poderá recorrer a técnicos dos Estados Unidos. Na sexta-feira, ela entregou relatório de 240 páginas à Justiça Federal apontando procedimentos adotados depois que o inquérito saiu das mãos do delegado Protógenes Queiroz.O documento reforça e aprofunda suspeitas sobre atividades do Opportunity. Uma parte do relatório transcreve trabalho de Protógenes. O inquérito foi retomado pelo delegado Ricardo Saadi. A conclusão da investigação depende da perícia nos HDs, a cargo do Instituto Nacional de Criminalística da PF. Por causa do transtorno da PF em acessar os HDs, a Procuradoria da República poderá oferecer denúncias criminais em separado. Os arquivos criptografados complicam a produção de provas sobre crimes financeiros, mas a análise de papéis recolhidos pela Satiagraha já permitiriam acusação formal contra Dantas por lavagem de capitais"A questão não é se os HDs são criptografados ou não, a questão é que esses arquivos não podem ser abertos, em respeito ao sigilo que protege os clientes do banco", protestou Nélio Machado, criminalista que defende Dantas. "Não é que tenhamos receio com relação ao conteúdo dos HDs. O problema é que estamos caminhando passo a passo com mentiras que querem transformar em verdade."O advogado reclamou que nem a PF nem a Justiça deram acesso ao novo relatório. "Continuam agindo sob o manto do segredo, sem transparência. Daniel Dantas é inocente. O que há são interesses espúrios."

Dantas lavou dinheiro com gado, diz novo relatório da PF

Por Mário César Carvalho
na Folha de São Paulo

Esqueça as idéias grandiloquentes de conspiração e o apelo de chamar banqueiro de "capo" (chefe mafioso) -características que contribuíram para tornar folclórico o inquérito do delegado Protógenes Queiroz sobre a Operação Satiagraha. O novo relatório da Polícia Federal sobre Daniel Dantas é seco como um artigo do Código Penal. Em vez de teorias e especulações, o delegado Ricardo Saadi se concentra em descrever os crimes principais que a PF atribui ao banqueiro: gestão fraudulenta e lavagem de dinheirO relatório de 243 páginas e cinco anexos foi entregue gravado em CD na última sexta-feira ao juiz federal Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, e está agora com o Ministério Público Federal.No documento, uma atividade aparentemente paralela de Dantas ganha relevância central: a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, empresa que em três anos se tornou proprietária de um dos maiores rebanhos do mundo, com cerca 500 mil cabeças, segundo Dantas, ou 1 milhão, de acordo com estimativas do mercado.A agropecuária é apontada como peça central na suposta lavagem de dinheiro que a PF atribui a Dantas. Segundo a investigação da PF, Dantas chegou a reunir cerca de US$ 800 milhões num fundo de investimento nas Ilhas Cayman.Parte do lucro obtido nessa operação retornou para o Brasil e foi aplicada em gado, ainda de acordo com a PF. Especialistas em lavagem de dinheiro dizem que gado é uma das melhores formas de converter recursos sem origem em dinheiro limpo. A maneira clássica de lavar dinheiro com gado é inventar novilhos. O empresário pode inventar que nasceram 300 mil cabeças no seu rebanho, o que é virtualmente impossível de ser checado. A simulação da venda dos novilhos fictícios serve para esquentar o dinheiro sem origem que teria vindo de paraíso fiscal, segundo a PF.A suposta gestão fraudulenta do Banco Opportunity é descrita no relatório, segundo relatos de policiais, a partir do que a PF chama de "remessas ilegais" de recursos para o Opportunity Fund, nas Ilhas Cayman. Esse fundo só podia receber recursos de estrangeiros ou de brasileiros residentes fora do país, mas essa norma da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) foi violada, segundo a PF.Perícia da PF concluiu que o fundo recebeu recursos de brasileiros no Brasil. Também caracterizam gestão fraudulenta, para a PF, os empréstimos que o Opportunity fez para empresas do próprio Dantas -o que é vetado pelo Banco Central.As principais questões apresentadas no relatório da PF foram investigadas por Protógenes e já faziam parte do inquérito que se tornou polêmico pelo estilo derramado e conspiratório. Os documentos apreendidos pela PF no dia em que a Operação Satiagraha foi deflagrada, no dia 8 de julho deste ano, são citados brevemente.A PF ainda não conseguiu abrir os discos rígidos que apreendeu no apartamento de Dantas nem passaram por perícia os computadores recolhidos em julho. Por conta da demora da perícia, é provável que o inquérito sobre Dantas só seja concluído no próximo ano.
Aprofundamento
Assim como os policiais que participam da investigação, o procurador da República Rodrigo de Grandis refutou ontem a idéia difundida pelo ministro Tarso Genro (Justiça) de que Saadi estava "refazendo" o inquérito de Protógenes."Não tem nada a ver [com refazer]. O que há agora é um aprofundamento do que já foi feito. As investigações da Satiagraha foram os primeiros passos. É natural que agora se priorize alguns aspectos", disse após evento no Ministério Público. De Grandis ressaltou que nenhuma prova do inquérito de Protógenes será descartada.O juiz De Sanctis não quis se pronunciar ontem. Apenas confirmou ter recebido o relatório parcial da PF e o encaminhado ao Ministério Público.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Elvis em 1977

Eu ainda não sei postar vídeos do You Tube aqui, mas coloco o link. É um vídeo de um show de Elvis Presley gravado para o seu último especial de TV (Elvis in concert) que foi ao ar semanas depois da sua morte.
Elvis canta uma antiga canção dos tempos que ainda era um moleque que requebrava o corpo e deixava a garotada animadona. Não vemos um Elvis jovem e sim um Elvis gordo, fazendo de tudo para continuar nos palcos. Assistam ao vídeo aqui.

Dilma presidente?

Lula disse em Roma que Dilma Rousseff será a sua candidata em 2010. Não podemos acreditar nas palavras de Lula. Tudo que ele fala, ele faz o contrário. Ele vai queimando este e aquele nome que poderia ser “o” seu candidato. Hoje é Dilma. Amanhã pode ser Tarso Genro. Depois de amanhã Ricardo Berzoini. Quem sabe Ciro Gomes? Ele joga o nome para ver como a opinião pública vai reagir.

Dilma Rousseff é aquela ex-terrorista que pertencia a um bando esquerdista que assaltava bancos para financiar a luta contra ditadura. Luta contra ditadura? Bem, luta contra ditadura para implantar outra ditadura: a do proletariado. A esquerda quer ver os militares que torturaram presos. O que podemos fazer para ver recuperado o dinheiro roubado pelos esquerdistas para financiar a luta pela ditadura do proletariado? Ah, isso Tarso Genro e Paulo Vanucci escondem.

Dilma presidente? Não se assustem com a mudança da ex-terrorista. Não se assustem se ela emagrecer de uma hora para outra, se fazer alguma plástica aqui e acolá. Se até a filha do Tarso alisou o cabelo e ficou bonitinha para se candidatar a prefeitura de Porto Alegre por que Dilma não poderia dar um trato na beleza e sair bem na foto?

Eu aproveito a vida





A Anta Botocuda deixou seu último rastro mostrando que é igual a Dona Supla. Como? Ela perguntou se eu tenho vida social, se eu aproveito a vida, se eu tenho namorada. Ela acha que sou "revoltado" assim porque eu não sigo a filosofia do "Carpe Diem". Coloquei estas fotos que mostram alguns momentos da minha vida. Pela minha cara dá para ver nenhuma revolta e sim alegria e satisfação de estar ao lado de pessoas que prezo muito, de amigos, de irmãos. Detalhe: na última foto estou acompanhado não da minha namorada, mas da minha irmã de coração, minha confidente, minha conselheira Danielle.
Minha vida pessoal só interessa a mim mesmo e a nenhuma Anta Botocuda. Se eu fosse candidato a alguma coisa e um adversário meu fizesse estas insinuações sujas eu responderia de outra forma. Mas eu sei que sou um "Nowhere Man", um blogueiro insignificante que faz seus planos para ninguém.
Amo minha família, amo meus amigos, amo minha vida e não preciso provar nada para nenhuma anta botocuda ou justificar as coisas que escrevo aqui com a minha vida pessoal.
É como diz aquela propaganda do HSBC: "Sou assim e sou feliz". Se sou revoltado? Não me interessa o que os outros pensam de mim.

Preto no branco ou Sem relativismos

A Anta Botocuda se despede. E ainda se faz de vítima. Diz que eu comecei a “guerra”. Ora essa, o cara entra aqui e escreve o que quer, lê o que não quer e ainda pede respeito? O cara lê blogs que detesta e ainda manda comentários? Eu acessava o blog do Botinha Cor de Rosa só para ler sobre o tal PIG (Partido da Imprensa Golpista). Nunca deixei um recado lá. Para que vou gastar meu tempo com isso? Faz muito tempo que não entro lá. E nem vou entrar.

O camarada tem um objetivo: acabar com os “reacionários de merda”. Quando eu o chamo de Anta Botocuda chora as pitangas. Desde a primeira vez que a anta pisou aqui vem me atacando. Ele se faz de vítima dizendo que eu comecei esta briga, mas se esquece que foi ele que quis entrar aqui e comentar. Foi ele que disse que o meu blog era insignificante. Eu respondia: “Ora, se o blog é insignificante por que perde seu tempo lendo-o?”. Se ele não aceitou minhas respostas aos seus comentários o azar é dele. Ele queria que eu perguntasse ao Reinaldo Azevedo suas ligações com Daniel Dantas. Ele queria que eu perguntasse ao Reinaldo sobre a Primeira Leitura (que falta que esta revista faz).

Não, rapaz, você está completamente enganado. Eu aceito o debate sim, mas dentro de regras iguais. Não regras ditadas para prejudicar o “reacionário de merda” e beneficiar a “esquerda revolucionária”. Não venha querer me dizer agora que em outro blog seu comentário foi aceito e o debate ocorreu “educadamente”. Será que no comentário aceito você foi tão mal educado como foi desde a primeira vez que pisou aqui?

Não, anta, meu mundo não é colorido. No meu mundo tem o certo e o errado. Não venha com esta tal “relatividade”. Aqui nada é relativo. Abrir a mente? Não venha com esta conversa mole politicamente correta. Não tente ser educado agora. Se você quisesse realmente debater comigo não escreveria o que você escreveu desde a primeira vez que você entrou no blog. Se você quisesse realmente debater comigo se preocuparia em ler o que escrevo e, aí sim, dizer que concorda ou discorda. Mas, desde a primeira vez, você sempre se preocupou com a audiência do blog. Ou será que você se esqueceu que você mesmo disse que ninguém dava bola para as coisas que eu escrevo?

Se eu sou contra quem é contra o Reinaldo Azevedo? Ora essa, me poupe. Já mandei comentários para o blog dele discordando das idéias ali publicadas. Fui contra a crítica que você fez ao livro dele (que eu publiquei aqui). Aquilo ali é uma critica, digamos, educada? Se te incomoda o fato do livro O País dos Petralhas cair na lista dos mais vendidos não é a mim que você deve tirar um sarro. Você já leu o livro por um acaso? Ou será que leu uma crítica negativa e, como você mesmo escreveu, classificou o livro como “auto ajuda”.

Na boa, Anta Botocuda, você só vai ganhar um debate se souber, em primeiro lugar, ser educado. Educação primeiro e depois argumentos. Se fui duro nas críticas contra você não se esqueça os primeiros comentários que você me enviou.

Você me deu muitos conselhos. Eu só te dou um: deixe este blog na insignificância!

Ah, agora vale o discurso do papa

E Lula visitou o Papa Bento XVI hoje. O papa manifestou sua preocupação com a crise financeira mundial. Lula pediu que Bento XVI desse uns “conselhozinhos” nos seus pronunciamentos para acabar com a crise financeira. Ah, agora vale para Lula a opinião do papa.

Quando Bento XVI esteve aqui no Brasil em maio do ano passado, Lula falou ao papa que o Brasil era um estado laico, quase com o dedo em riste, contra uma declaração de Bento XVI sobre o aborto. O papa condenou o aborto. Sim, o papa condenou. Oh, que surpresa! O papa não pode mandar seu recado aos fiéis do Brasil, dar livremente seus “conselhozinhos” nos discursos para os católicos brasileiros. Vocês se lembram do bafafá que deu as declarações do papa contra o aborto aqui no Brasil.

Mas o papa não precisa dar “conselhozinhos”. Seus discursos possuem uma profundidade tão grande que não pode ser simplificados em “conselhozinhos”. Mas o papa não vai dar ouvidos às asneiras lulistas. Ele tem pronunciamentos muito mais importantes a fazer ao seu rebanho.

Somente minha opinião

Tudo que escrevo aqui é minha opinião. É como eu vejo as coisas. Não tenho bandeiras, não defendo partidos e/ou políticos e nem me acho o condutor que levará a humanidade ao paraíso. Isso é coisa da esquerda. É ela que ainda deseja levar os homens da opressão capitalista para o “outro mundo possível”.

Tudo que escrevo aqui no blog são opiniões, uma visão de mundo deste que vos escreve. Não quero ter uma legião de leitores puxando saco. Quero sim continuar com minhas leituras, meus estudos (não vou parar, caro Clóvis). Quem quiser ler o que escrevo fique a vontade. Quem quiser comentar o que escrevo também. Mas o moderador de comentários está ativado. É para evitar que as antas botocudas do petralhismo invadam este espaço.

Sei das minhas limitações e combato isso com leitura, com estudo, com esforço. Confesso minhas limitações, mas não me faço de vítima por causa disso e nem quero que ninguém tenha pena de mim. Deixem que eu siga o meu caminho. Eu não tenho vergonha de mostrar aqui o que penso e muito menos me sinto menosprezado se alguém percebe minhas limitações. Se eu tivesse vergonha disso não abriria um blog. Vou seguindo o meu caminho, defendendo minhas idéias e, meu caro Clóvis, nunca parando de estudar porque eu sei o valor disso.

Não quero ser o dono da verdade e nem guia de ninguém. Nem quero a caridade de quem me detesta.Aqui está a opinião de um blogueiro que faz seus planos para ninguém.

E tivemos um momento de paz

Hoje encontrei minha querida professora Alda Maria Borges lá na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Foi muito bom revê-la. Talvez se tivéssemos um tempinho a mais para bater um papo ela perceberia que não tenho mais os mesmos pensamentos de quando era seu aluno da matéria de Alfabetização II no curso de Pedagogia da Universidade Católica de Goiás. Mas tenho certeza que ela não se aborreceria com isso.

Ela mantém o seu belo sorriso, sua vontade de viver que contagia a todos. Na década de 1960 a professora Alda fez parte de um grupo de professores que o então governador de Goiás Mauro Borges enviou para Pernambuco acompanhar os trabalhos de alfabetização de Paulo Freire que, naquele momento, já estava se tornando nacionalmente conhecido. Professora Alda foi uma das introdutoras deste trabalho aqui em Goiás.

Mas nas aulas dela não há imposição de ideologia. Ela não fala apenas de Paulo Freire, mas sim de vários autores que debateram a alfabetização. Ao revê-la senti saudades das suas aulas. Nos abraçamos e tivemos um momento de paz.

Vida longa a professora Alda Maria Borges!!!

STF mantém punição à infidelidade

Por Luiz Orlando Carneiro
no Jornal do Brasil

Por 9 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal manteve, ontem, o entendimento de que, em conseqüência do princípio da fidelidade partidária, os mandatos eletivos pertencem aos partidos, e que a resolução do Tribunal Superior Eleitoral regulamentando o polêmico assunto continua em pleno vigor, "em sua integralidade", pelo menos até que o Congresso venha a alterá-la, com a aprovação de lei específica.
A decisão foi tomada no julgamento de ações de inconstitucionalidade propostas pela Procuradoria-Geral da República e pelo Partido Social Cristão (PSC) contra a Resolução 22.610/07 do TSE, com base no argumento principal – destacado pelo procurador-geral da República – de que o TSE assumira o papel de "verdadeiro legislador" e violara o artigo 121 da Constituição, que dá à União a competência privativa de legislar sobre matéria eleitoral.
Foram votos vencidos os ministros Eros Grau e Marco Aurélio. O primeiro manteve a posição minoritária que já adotara, em outubro do ano passado, quando o STF consagrou a fidelidade partidária, e sugeriu que o TSE editasse uma resolução para disciplinar o processo de perda dos mandatos pelos parlamentares que trocaram de legendas, sem justa causa.
Para Grau, não há "previsão constitucional para perda de mandato por desfiliação de um partido e filiação a outro". Já no entender de Marco Aurélio, não cabia ao STF nem ao TSE a apreciação do tema como se estivessem julgando um mandado de injunção (ação que solicita ao Supremo declarar omissão do Legislativo, e preenchê-la por interpretação conforme à Constituição).
O relator das ações de inconstitucionalidade, Joaquim Barbosa, surpreendeu seus colegas, ao votar pelo indeferimento das ações da PGR e do PSC, embora tenha integrado a minoria (com Eros Grau e Ricardo Lewandowski) quando o Supremo julgou os mandados de segurança dos partidos oposicionistas que queriam recuperar para os suplentes as cadeiras de deputados federais eleitos pelo PSDB, PFL (DEM) e PPS, e que trocaram seus partidos por siglas governistas. Apesar de manter sua convicção de que não se pode ignorar a "relação íntima" entre o candidato e o eleitor – não aceitando a tese de que o mandato pertence ao partido e não ao candidato – Joaquim ressaltou que, em nome do "princípio da colegialidade", não se votaria contra a jurisprudência já firmada pelo tribunal. Acrescentou considerar que o "ambiente legislativo" é o ideal para uma decisão definitiva sobre o processo de perda de mandato eletivo por infidelidade partidária, e lembrou que há projetos nesse sentido em tramitação no Congresso.
O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, ao fim da sessão, afirmou que a questão "está, agora, totalmente encaminhada".
– O tribunal pronunciou-se, como era de se esperar, no sentido da constitucionalidade da resolução do TSE – disse ainda. – Não vou comentar projetos de lei em tramitação no Congresso. Tenho a impressão que a disciplina é bastante conhecida, e o STF admite exceções à cláusula da fidelidade se houver um quadro de mudança da doutrina partidária, se houver um quadro de persecução ao eventual integrante do partido. Ou seja, situações excepcionais que devem ser aferidas com base no devido processo legal. Mas enquanto não vier a lei, a decisão do Supremo está plenamente em vigor.
O ministro Ayres Britto – que é também presidente do TSE – qualificou a decisão de ontem do STF de "beleza pura, numa linguagem bem coloquial".