sábado, 6 de junho de 2009

E tem oposicionista apoiando o terceiro mandato

Na primeira tentativa do deputado Jackson Barreto de propor uma emenda constitucional permitindo que Lula dispute um terceiro mandato no ano que vem teve a assinatura não somente de aliados. Alguns tucanos e democratas também pegaram a caneta e assinaram a proposta golpista.

Outra vez Jackson Barreto tenta dar o golpe. PSDB e DEMO avisaram seus correligionários a não assinarem a PEC. Mas eis que alguns democratas rebeldes voltara a assinar a proposta golpista. A Folha de São Paulo de hoje nos mostra que a oposição reage à emenda do 3º mandato. Reage? Poderia, é claro, falar mal da proposta golpista de Jackson Barreto, mas não poderia deixar passar que alguns dos seus coleguinhas assinaram em baixo no texto do deputado peemedebista golpista.

A oposição pode continuar falando que é contra o golpe do terceiro mandato. Mas enquanto correligionários seus derem suas assinaturas para o golpe, as palavras se perderão no tempo.

Só ele se empolga

Por Larissa Bittar
no Diário da Manhã

A cautela em anunciar se de fato será candidato a governador do Estado em 2010 tem sido justificada pelo prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), como “respeito à vontade popular”. Previamente lançado ao Palácio das Esmeraldas por companheiros de legenda e pelo próprio presidente regional do PMDB, Adib Elias, Iris tem reforçado que, “se Goiânia deixar, eu vou”. A justificativa, a partir de agora, passa a perder consistência, já que o aval popular, segundo o próprio prefeito, foi dado.Na tarde de ontem, em visita ao Residencial Itamaracá para vistoriar 113 casas populares construídas pela prefeitura, Iris afirmou sentir o clamor da população em torno de seu nome para o próximo pleito e, seguindo o ritual comum de quem se prepara para disputar um cargo, ressaltou as obras que já realizou. “Goiânia se empolga com a ideia (de que seja candidato) e quando chegam em mim e falam: “Você tem que se candidatar a governador”, eu pergunto o porquê. Aí vem um e diz: “porque quando você foi governador fez muito por Goiânia”, e é verdade. 80% da água que se consome em Goiânia foi resultado do meu trabalho. Foi como governador que distribuí 20 mil lotes e casas em Goiânia, que construí o Palácio da Justiça, o Fórum, a estação rodoviária, o Centro de Cultura e Convenções. Muitas coisas o Estado pode fazer por Goiânia e a cidade entende isso.”Apesar do discurso de pré-candidato, o prefeito não abriu mão do cuidado em relação ao objetivo de disputar o Executivo estadual, argumentando que tem “bons motivos para não tomar qualquer decisão agora que seja precipitada”. Iris, contudo, insinuou disposição para a disputa, sinalizando pretensão de dedicar mais tempo aos palanques do que os principais adversários poderiam desejar. “Eu me entreguei de uma vez por todas à política. Quando perdi eleição para senador (2002) me afastei e, quando decidi voltar, foi para ficar. Então eu quero servir; não tenho o direito de ficar omisso aqui em Goiás, pelo tanto que o povo me proporcionou ao longo da minha vida. O que eu posso dar hoje? A minha experiência, o meu ideal, que não acaba. Como governador ou até como dirigente do partido eu tenho é que participar para ajudar nossas lideranças a dar um rumo para Goiás.” Leia mais aqui.

Serra e Aécio pregam união, mas descartam chapa pura

Por Eduardo Kattah
no Estadão

Os dois pré-candidatos tucanos à Presidência, governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), asseguraram ontem que estarão juntos na eleição de 2010, mas descartaram a possibilidade de o PSDB disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma chapa puro-sangue. "Nossa proximidade não está restrita à responsabilidade partidária, por sermos do mesmo partido. Temos muitas afinidades pessoais e uma visão de País muito parecida", disse Aécio.O mineiro usou uma expressão do turfe para reforçar a mensagem. "A nossa unidade, estarmos Serra e eu juntos em 2010 é ?pule de dez?", afirmou, referindo-se à designação de que a aposta em determinado cavalo é uma verdadeira barbada.Serra afagou Aécio rejeitando a tese de formação de uma chapa puro-sangue tucana. "Não tem nenhum cabimento discutir que um vai ser vice do outro", afirmou o paulista, destacando que ele e o mineiro têm todas as condições de ser candidatos à Presidência. "Nunca nós dois conversamos sobre essa hipótese."Os tucanos assinaram um protocolo de intenções para acordos que visam a minimizar a sonegação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) nos dois Estados. Foi o primeiro encontro após Aécio reconhecer publicamente que Serra tem maior probabilidade de vencer as eleições, mas ponderar depois que essa é apenas uma avaliação momentânea do quadro. O paulista ressaltou que entre ele e o mineiro "não há tensão nenhuma". "Olha aqui", disse, abraçando o governador de Minas durante a entrevista. "Não vou dar um beijo no rosto do Aécio porque não dá para documentar essas coisas", brincou. O mineiro entrou no clima e continuou a brincadeira. "Isso não vai te ajudar nas pesquisas."Aliados de Aécio afirmam que a relação entre os governadores e pré-candidatos tucanos melhorou bastante a partir do momento em que eles passaram a se reunir reservadamente e expuseram claramente suas pretensões eleitorais. Leia mais aqui.

Minc promete não mais brigar com ministros e Lula desiste de demiti-lo

Por João Domingos
no Estadão

Depois de ouvir do ministro ministro Carlos Minc a promessa de que não mais se envolverá pelos meios de comunicação em brigas com os colegas, a exemplo do que ocorreu com Alfredo Nascimento (Transportes), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu de substituir o titular do Meio Ambiente. De acordo com informação de auxiliares de Lula, o presidente considera que Minc está, de fato, enquadrado, como o próprio ministro admitiu de público anteontem.Dentro do governo há um alívio com o fato de Minc ter prometido parar com as brigas e os ataques públicos a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. Uma substituição de Minc a cinco meses da Conferência de Copenhague (marcada 7 a 18 de dezembro, na capital da Dinamarca) seria um desastre. Não só porque mostraria instabilidade na área ambiental do país que tem a maior floresta equatorial do planeta, mas porque o ministro é ligado aos ambientalistas de países escandinavos e da Alemanha, todos potenciais aliados da preservação da Amazônia - a Noruega, por exemplo, já doou U$ 100 milhões para o Fundo Amazônia e promete chegar a US$ 1 bilhão.O encontro de Copenhague é considerado o mais importante da história recente, pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Kyoto, vigente de 2008 a 2012, que trata das questões climáticas e ambientais. Nos debates deverão aflorar os impasses entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento em torno das metas para a redução de emissões de gases do efeito estufa e os recentes estudos científicos sobre o aquecimento global. No governo ninguém domina mais o tema do que Minc.Se ele admitiu, de público, que foi enquadrado por Lula, o presidente também aceitou o fato de que não tem como controlar o ímpeto midiático de seu ministro. Numa conversa com jornalistas, há dois meses, Lula disse que Minc conseguiu superá-lo na quantidade de aparições públicas e declarações. E, entre os auxiliares do Planalto, comentou que o ministro é capaz de se levantar à noite para tomar água e, ao abrir a porta da geladeira e ver a luzinha acesa, dar uma entrevista, pensando que é um holofote. Leia mais aqui.

Petrobras contrata ONG por R$ 16,1 mi

Por Andrea Michel e Marta Salomon
na Folha

O maior contrato assinado pela Petrobras com uma ONG no período de maio de 2008 a maio deste ano beneficiou a organização não governamental Movimento Brasil Competitivo -que se destaca entre os patrocínios milionários da estatal, a maioria deles sem licitação.Em setembro e outubro de 2008, o MBC (uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público registrada no Ministério da Justiça) assinou contratos para captar R$ 16,1 milhões da Petrobras. Esse valor representa 80% dos contratos da empresa com a entidade no governo Lula, segundo dados levantados pela Folha.O maior dos contratos (no valor de R$ 15 milhões) tem como finalidade a modernização da gestão pública e o aumento da competitividade do setor privado em seis Estados (PE, AL, SE, BA, RJ, AM) e no Distrito Federal. Até agora, R$ 4,7 milhões já foram liberados.Segundo a Petrobras, a entidade foi contratada sem licitação porque a lei dispensa o procedimento para esse tipo de prestação de serviços. A estatal diz que os critérios para a escolha dos projetos de pedido de patrocínio da estatal são definidos com base nas "diretrizes e ações estratégicas" da empresa. Leia mais aqui.

Oposição reage à emenda que permite o 3º mandato a Lula

Por Catia Seabra e Maria Clara Cabral
na Folha

A oposição reagiu ontem à a apresentação de PEC (proposta de emenda constitucional) que possibilitaria um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Dentro do PSDB, a reação teve tons distintos. Os dois principais nomes do partido para a eleição do ano que vem minimizaram o fato de a proposta ter sido protocolada, mas o presidente do partido, não."É uma questão fora do lugar e que não vai prosperar. Não é uma questão principal", afirmou o governador de São Paulo, José Serra, hoje o líder nas pesquisas para suceder Lula.Ele estava ao lado do governador mineiro, Aécio Neves, em evento do PSDB no Paraná. "Não há tempo hábil nem mobilização política efetiva, séria, do governo. Não é algo que deva nos preocupar", disse Aécio.Com a reação de seus pré-candidatos, o PSDB tenta neutralizar o impacto da notícia entre potenciais aliados.Mas o presidente do partido, Sergio Guerra (PE), disse crer que essa seja a estratégia do PT. Se frustrada a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), "a alternativa não é Palocci nem Patrus Ananias, mas o golpe do terceiro mandato". "Isso está sendo desenvolvido. Não é geração espontânea."A PEC do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) começou a tramitar ontem, depois de ser apresentada pela segunda vez. Na semana passada, ele já havia protocolado o mesmo texto, devolvido depois que vários deputados tiraram as assinaturas.O peemedebista aproveitou as assinaturas dos deputados que não desistiram da ideia e conseguiu novas. Ele reapresentou a PEC anteontem com 176 nomes (o mínimo são 171). Leia mais aqui.

"Platitudes e asnices" por Diogo Mainardi

Giotto era do Hamas?
Barack Obama, em sua viagem ao Egito, tentou reconciliar o mundo maometano com os Estados Unidos. Em vez de bombardear os terroristas com um Predator, ele os bombardeou com platitudes: "O ciclo de suspeita e desentendimento tem de acabar... Estou aqui em busca de um recomeço... Baseado no interesse mútuo e no respeito mútuo... Em princípios comuns – princípios de justiça e de progresso, de tolerância e de dignidade para todos os seres humanos". Dá até para imaginar um carrasco pashtun, subitamente iluminado pelo discurso de Barack Obama, largando suas pedras, um instante antes de apedrejar uma adúltera.
E onde entra Giotto nisso tudo?
Barack Obama, a certa altura de seu pronunciamento, disse: "Como estudante de história, eu aprendi que foi o islamismo – em lugares como a Universidade Al-Azhar – que conduziu o lume da sabedoria por séculos e séculos, pavimentando o caminho na Europa para o Renascimento e o Iluminismo". Ele só pode ter aprendido isso com Edward Said, em seus tempos de estudante na Universidade Colúmbia. Os árabes, na Idade Média, tinham grandes conhecimentos de álgebra e de caligrafia, como citou o próprio Barack Obama, num trechinho tirado diretamente da Wikipédia. Mas o principal papel do islamismo para o estabelecimento do Renascimento e do Iluminismo – está igualmente na Wikipédia – foi o massacre de milhares de cristãos em Constantinopla, que obrigou os helenistas bizantinos a se refugiarem na Europa, com seus clássicos gregos e latinos. O Oriente revitalizou o Ocidente perseguindo-o, aterrorizando-o, assassinando-o.
Barack Obama realmente acredita em sua capacidade de seduzir e desarmar os fanáticos religiosos e os tiranos genocidas que prometem destruir Estados Unidos e Israel. Apesar dos aplausos entusiasmados de editorialistas do mundo inteiro, seu discurso é de uma asnice assustadora: ele apela retoricamente para um passado remoto do islamismo, um passado mítico, que só se encontra nas salas de aula da Universidade Colúmbia. Foi o que ele fez quando se referiu à Universidade Al-Azhar, aquela que teria conduzido "o lume da sabedoria por séculos e séculos". A Universidade Al-Azhar tem uma história antiga e gloriosa. Mas a realidade é que, nos últimos 100 anos, ali se formaram o fundador do grupo terrorista Mão Negra, o fundador do grupo terrorista Irmandade Muçulmana e o fundador do grupo terrorista Hamas. Barack Obama procurou instaurar um diálogo com o islamismo que produziu o Renascimento – que produziu Giotto. Como se Giotto, depois de pintar afrescos numa capela, fosse fabricar um foguete Qassam. É melhor Barack Obama clicar o nome de Giotto na Wikipédia.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Outra vez as dívidas

Ontem, o governador de Goiás Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, disse que o Estado estava endividado sim ao contrário do que o deputado Daniel Goulart (PSDB - GO) tentou mostrar. Goulart disse que o governo anterior (comandado por Marconi Perillo e que tinha Cidinho como vice) deixou as contas em dia. Alguma coisa aí não bate.
Não é de hoje que o assunto "Endividamento" entra no noticiário goiano. Desde janeiro de 2007 que começamos a perceber que o Tempo Novo acabou e que as dívidas, tão relacionadas ao Tempo Velho do PMDB de Iris Rezende e Maguito Vilela, estão sempre na ponta da língua do atual governador. Cidinho foi eleito em 2006 prometendo seguir o que Marconi tinha deixado. Por que ele está desviando do caminho? Aconteceu alguma coisa. Será que vamos esperar 2010 para saber o que de fato aconteceu?
Continuo com a minha tese: convocar Alcides Rodrigues, Marconi Perillo, Maguito Vilela e Iris Rezende para esclarecerem a dívida que, ora some, ora aparece nos noticiários goianos. Ou será que esta dívida foi inventada pela imprensa golpista?

Aeronáutica diz que óleo e objeto resgatado não eram da aeronave

No Jornal do Brasil

As equipes de resgate que trabalham nas buscas por destroços e corpos de passageiros do Airbus da Air France que fazia o voo 447, de Rio a Paris, e desapareceu nas águas do oceano Atlântico, passaram por um falso alarme ontem. No início da tarde, a Marinha resgatou um estrado de madeira utilizado para acomodação de cargas em aviões que mais tarde, constatou a Aeronáutica, não integrava nenhum dos equipamentos ou partes do Airbus.
Segundo a Aeronáutica, o pedaço de madeira, juntamente com boias, foi visualizado a uma distância de 550 km de Fernando de Noronha (PE) pelo avião C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira. O brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, descartou, posteriormente, que a peça pudesse ser parte do avião da Air France. A Marinha não conseguiu resgatar as boias visualizadas pela FAB. De acordo com o brigadeiro Cardoso, nem mesmo uma mancha de óleo visualizada pelas aeronaves da FAB numa região próxima era da aeronave.
– Uma quantidade tão grande encontrada não pode ter vindo do avião – disse. A Marinha se limitou a dizer, em nota divulgada no início da noite, que "até o momento", não era possível afirmar que o estrado ou o óleo encontrado pertenciam ao Airbus.
A peça de madeira foi resgatada por um helicóptero Lynx que estava na fragata Constituição, uma das três embarcações da Marinha engajadas nas buscas. Os militares esperavam encontrar pelo menos uma placa do Airbus ou algum material de série do modelo do avião que pudesse confirmar a identificação.
De acordo com a Marinha, mais um navio brasileiro, o Bozízio, estava previsto para chegar à região e ajudar nas operações de busca ainda ontem. Para o domingo está prevista a chegada a Fernando de Noronha do navio-tanque Gastão Motta, que levará combustível para reabastecimento de aviões e embarcações na região.
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Alcides reafirma endividamento

Por Larissa Bittar
no Diário da Manhã

Um dos temas que têm acirrado o embate entre tucanos e pepistas foi reanimado na manhã de ontem pelo governador Alcides Rodrigues (PP). Presente na inauguração da reforma da Indústria Química de Goiás (Iquego), Alcides reafirmou que assumiu um Estado endividado e sugeriu que sejam apresentados novos dados referentes às contas públicas de Goiás. A manifestação deve-se à apresentação de documento na Assembleia pelo deputado Daniel Goulart (PSDB), no qual a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) aponta redução do endividamento e aumento no equilíbrio fiscal durante mandato de Marconi (1999-2006). Segundo Goulart, o parecer da STN “desconstrói” as declarações do atual governo em relação à enfermidade financeira do Estado. “Não pretendo reagir de forma nenhuma (à alegação de Goulart). O secretário (Jorcelino) Braga, que é responsável pela área econômica do governo, certamente irá se manifestar. Afinal de contas, ele tem dados oficiais que, se necessário, serão apresentados à sociedade. Não só dessas contas, mas de outras que acho bastante interessante que também sejam apresentadas.” Na terça-feira (2), Goulart apresentou requerimento pedindo a transcrição, aos Anais da Casa, da declaração do Secretário do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustín Filho, em que são ressaltados “avanços no equilíbrio financeiro do Estado” entre 1999 e 2006. No dia seguinte, o deputado petista Luis Cesar Bueno (PT) questionou o relatório da STN que caracterizou como “falho”: “O documento não possui timbre nem data para dar veracidade aos dados. Além do mais, não aponta o índice de endividamento da Celg, da Saneago...”Alcides encerrou o assunto lançando mão de argumento frequente. “É uma discussão estritamente técnica, com apresentação de números, e a matemática não mente. Dois mais dois sempre serão quatro. O dia que for 5 ou 3 está errado.”O governador contou com a companhia do deputado federal Rubens Otoni (PT). Assumidamente empenhado em unir a base de apoio do presidente Lula (PT) em Goiás, Otoni tem articulado com Alcides para consolidar chapa para 2010. Ontem, o prefeito de Anápolis e irmão do deputado, Antônio Gomide (PT), fez coro à intenção do irmão, mas cogitou lançamento de três candidaturas distintas dos principais partidos (PP, PT e PMDB) da base lulista.

Ministros terão de devolver ao Senado auxílio-moradia recebido indevidamente

No Estadão

Os ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Hélio Costa (Comunicações) e Edison Lobão (Minas e Energia) terão de devolver o auxílio-moradia que receberam irregularmente do Senado. Ontem, o senador Mão Santa (PMDB-PI), 3º secretário da Casa, afirmou que parlamentar licenciado para o exercício do cargo de ministro não tem direito ao dinheiro.Os ministros continuaram a receber o auxílio-moradia mesmo depois de terem trocado o Senado pela Esplanada. De acordo com informações levantadas pela Folha de S.Paulo, os três receberam, juntos, R$ 345.800. Desde 2005 à frente do Ministério das Comunicações, Hélio Costa recebeu R$ 178.600 de auxílio-moradia. O valor recebido por Alfredo Nascimento chegou a R$ 110.200 e Lobão ficou com a quantia de R$ 57.000.O ministro de Minas e Energia solicitou a suspensão do pagamento em abril deste ano, segundo informações de sua assessoria, após ter dúvidas sobre a legalidade ou não de receber o benefício.Os três ministros justificaram que não sabiam da ilegalidade nos pagamentos e avisaram que devolverão o dinheiro se houver uma decisão do Senado neste sentido.Como ministros, os senadores poderiam optar por receber auxílio-moradia do Executivo. O valor, no entanto, é mais baixo. Enquanto o governo federal paga R$ 2.687,10, no Senado são R$ 3.800,00.Além disso, no Executivo é preciso apresentar nota para comprovar a despesa com moradia, o que não era exigido pelo Senado. "Fica juridicamente desamparado o pagamento feito às suas excelências, os senadores licenciados, já que tal situação é contrária às normas", disse o senador Mão Santa. Leia mais aqui.

Para Kátia Abreu, ataques têm motivação eleitoral

Por Célia Froufe
no Estadão

Mais sintoma de uma pré-campanha eleitoral do que "grito" de ambientalista. Para a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os ataques do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, aos ruralistas e aos colegas de Esplanada têm motivação eleitoral. "Ele está montando o circo para ganhar a eleição. Está com problemas de eleição no Rio." Kátia não ficou convencida com a demonstração de reconhecimento público feito por Minc, que afirmou ter se excedido ao chamar os ruralistas de "vigaristas" na semana passada e que iria buscar entendimento com a senadora. "Minc não pode se autoabsolver; a mim, ele não engana", disse.De acordo com a senadora, o melhor era que o assunto se encerrasse, pois, segundo ela, está se estendendo demais. "Não quero fulanizar o tema, mas mantenho a posição de início até que esse senhor mude de comportamento", afirmou. Para a presidente da CNA, como ministro de Estado Minc age mal não só ao expor o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como também os demais ministros. Na semana passada, o ministro do Meio Ambiente revelou a jornalistas que, em encontro reservado com o presidente, demonstrou insatisfação em relação a alguns colegas. Ao Estado, chamou o governo de "casa da mãe joana".A presidente da CNA disse ter notado nas entrelinhas do discurso de Minc certa ironia. "Ele disse que falaria até com os ruralistas. Por que esse até? Não somos criminosos", justificou. Kátia também afirmou que não está disposta a ouvir elogios do ministro, mas se mostrou disponível a conversar, assim que ele deixar de lado as ironias e vulgaridades. Leia mais aqui.

Obama oferece aliança a mundo islâmico para conter extremistas

Por Gustavo Chacra
no Estadão

Com um apelo para um novo começo nas relações entre os Estados Unidos e o mundo islâmico, o presidente Barack Obama propôs ontem uma aliança com os muçulmanos para trabalharem juntos contra o extremismo radical e pela paz no Oriente Médio e na Ásia Central. Em discurso na Universidade do Cairo, acompanhado por centenas de milhões de muçulmanos em todo o mundo, o presidente americano defendeu um diálogo "com base no interesse e no respeito mútuo, e na verdade de que os EUA e o Islã não precisam competir. Na realidade, eles se misturam e dividem princípios comuns. Princípios de justiça e de progresso; de tolerância e de dignidade para todos os seres humanos". Nos mais de 50 minutos que discursou em meio a aplausos, Obama começou falando da importância do islamismo para o mundo e de sua experiência pessoal, tendo vivido na Indonésia e com raízes em uma família muçulmana do Quênia. Leia mais aqui.

FHC e Alckmin depõem como testemunhas de Jefferson

Na Folha

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) depôs ontem, em São Paulo, como testemunha de defesa no processo do mensalão. Ele foi arrolado pelos ex-deputados Roberto Jefferson (PTB) e José Janene (PP), que são 2 dos 39 réus na ação penal.FHC deixou o prédio da Justiça Federal em São Paulo pela garagem, de carro, e não falou com a imprensa. Ele foi indicado pelas defesas para testemunhar e notificado pela Justiça para depor.Além do ex-presidente, o ex-governador de São Paulo e atual secretário de Desenvolvimento do Estado, Geraldo Alckmin, foi arrolado como testemunha de Jefferson. Ele também não falou com a imprensa.O advogado de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, disse que quis ouvir os dois tucanos para mostrar que Jefferson e outros então deputados do PTB sempre apoiaram a reforma da Previdência e que não teriam motivos para receber dinheiro em troca de apoio nessa votação, já no governo Lula.

Deputado reapresenta PEC que permite o 3º mandato

Na Folha

O deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) voltou a protocolar ontem a PEC (proposta de emenda constitucional) que abre a possibilidade para um terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Essa é a segunda tentativa do peemedebista de levar a sua proposta adiante. Na semana passada, horas depois da primeira tentativa, deputados do PSDB e do DEM retiraram o apoio do texto, fazendo com que o mesmo, sem apoio suficiente, fosse devolvido pela secretaria da Câmara ao autor.Na ocasião, o deputado havia protocolado a PEC com 183 apoios, mas no final do dia, ela ficou com apenas 170 (são necessárias, no mínimo, 171).Agora, a proposta foi apresentada com 182 nomes. Da oposição, apenas os deputados Rogério Lisboa (DEM-RJ), Betinho Rosado (DEM-RN) e Jerônimo Reis (DEM-SE) apoiaram a proposta. Do PMDB são 53 apoios (antes eram 46) e do PT 32 (antes eram 31).O texto protocolado prevê um referendo, a ser realizado no segundo domingo de setembro de 2009, para consultar a população sobre o terceiro mandato. E diz que todos os cargos do Executivo (governadores, prefeitos e presidente) "e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser eleitos para até dois períodos imediatamente subsequentes".Barreto diz que, por ser do Nordeste, ele sente o "clamor do povo". O discurso oficial de líderes do PT e do PMDB é que são contra a proposta. O apoio foi dado, segundo ele, por ser praxe dentro da casa. Leia mais aqui.

"Estão pedindo meu pobre pescocinho", afirma Minc

Na Folha

Com frases de efeito do tipo "estão pedindo meu pobre pescocinho", o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse ontem que ficará no cargo e voltou a criticar os ruralistas. Já a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) afirmou não ter mais condições, como presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), de dialogar com Minc.Há duas semanas, o ministro confronta ruralistas a quem chamou de "vigaristas", levando a senadora a pedir sua demissão. "Estão querendo tirar uma picanha do Carlinhos Minc", disse ontem durante audiência pública na Câmara. Apesar das ironias, ele admitiu que se excedeu no episódio.Kátia Abreu, que estava ontem no Paraná, onde participou de conferências sobre agronegócio, disse que "esse cidadão [Minc] tem preconceito explícito contra nós". "Conosco, o diálogo [com Minc] é praticamente impossível. Minha agenda não tem mais espaço para ele", disse ela. "Ninguém chama ninguém de vigarista à toa." Leia mais aqui.
Comentário
Carlinhos Minc é um brincalhão e seu pescocinho vale nada!

ONGs atacam "desmonte" ambiental no governo Lula

Por Afra Balazina
na Folha

A atual tentativa de "desmonte" da legislação ambiental brasileira não permite a comemoração deste Dia Mundial do Meio Ambiente. A opinião é de 23 entidades ambientais de peso. Em nota divulgada ontem, elas afirmam que este é um momento de preocupação e pesar.O motivo da inquietação são as medidas do Executivo e do Legislativo, já aprovadas ou em processo de aprovação, que "demonstram claramente que a lógica do crescimento econômico a qualquer custo vem solapando o compromisso de construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável".Os problemas mais graves começaram em novembro do ano passado, afirmam. O governou criou um decreto que elas dizem pôr em risco a maior parte das cavernas brasileiras e baixou impostos para a produção de carros sem exigir a melhora nos padrões de consumo de combustível (diferentemente do que fez o presidente dos EUA, Barack Obama).Para as entidades, porém, a situação mais grave refere-se à medida provisória 458, que trata da regularização fundiária na Amazônia e foi aprovada anteontem pelo Senado.A medida irá permitir que 67,4 milhões de hectares de terras públicas da União na Amazônia -equivalente aos territórios de Alemanha e Itália somados- sejam doados ou vendidos sem licitação, até o limite de 1.500 hectares. Leia mais aqui.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Alcides Wonder

Já estão querendo acabar com a minha alegria. O governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, disse ontem que não vê nenhuma crise na base aliada. É mesmo? De tanto se aproximar com Lula, Cidinho vai acabar pegando algumas manias lulistas. Só faltava ele culpar a imprensa pela “suposta” crise.

Como assim “não tem crise”? O deputado federal Carlos Alberto Leréia criticou acidamente o secretário da Fazenda Jorcelino Braga de graça porque não tinha nada para fazer no Congresso Nacional resolveu botar a cara na televisão e nos jornais? Como diria aquele velho ditado: “O pior cego é aquele que não quer ver”. Se Cidinho não quer ver a crise na sua base o problema é dele. Mas desde 2007 que é visível o desconforto do governador em relação aos tucanos. Marconi Perillo deixou um abacaxi que Cidinho só mostrou depois que tomou posse.

Depois que li a manchete da matéria publicada hoje no Diário da Manhã imaginei Cidinho de óculos escuros cantando: I just called to say I love you.

Então por que ele se incomoda tanto?

Lula ridicularizou o tamanho da oposição. Disse que ela é “pequenininha”. Se a oposição é “pequenininha” por que ele se incomoda tanto com ela? Lula sempre acusa a oposição de estar tramando alguma coisa contra o seu governo. Ora, por que Lula, um cara tão popular e com um milhão de amigos, tem medo do que a oposição está tramando? A oposição é “pequeninha”, mas incomoda o Apedeuta.

Mesma opinião

Quer dizer que a Organização dos Estados Americanos derrubou o veto a Cuba depois de 47 anos? Muita gente acha isso um avanço e considera o dia 03 de junho de 2009 como um marco histórico.
Sobre Cuba não mudo a minha opinião. A ilha precisa se livrar da carcaça que a dupla Fidel-Raúl Castro implantaram desde 1959. Cuba precisa de democracia, liberdade, direitos humanos.

Não se julga pela opinião pública, diz Mendes

Por Mariângela Gallucci
no Estadão

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ontem que os juízes não podem julgar de acordo com os apelos da opinião pública. "Quem lida com a vida política sabe que é muito fácil engendrar acusações respaldadas pela opinião pública. Dependendo da história que se conta, a opinião pública aplaude até linchamento. Julgamento se faz é com contraditório. Não se faz em bar", afirmou o presidente do STF, durante uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.No final de abril, Mendes envolveu-se em uma discussão no plenário do STF, transmitida ao vivo pela TV Justiça, com o colega Joaquim Barbosa. Na ocasião, Barbosa disse que o presidente da corte estava destruindo a credibilidade da Justiça e sugeriu que ele saísse às ruas para ouvir a população.Para Mendes, é natural que ocorra alguma confusão, "que alguns imaginem que fazer justiça é ouvir as ruas, atender a determinados segmentos". E destacou: "Os senhores não podem ser julgados e transformados em criminosos porque um juiz acha que está atendendo aos apelos da rua."O presidente do STF disse ter orgulho de uma jurisprudência do tribunal segundo a qual "clamor de opinião pública não justifica prisão preventiva".Mendes defendeu ainda a manutenção do foro privilegiado, que garante a autoridades como parlamentares o direito de serem julgadas apenas perante o Supremo. Ele garantiu que o benefício não leva à impunidade: "É uma outra lenda urbana, uma grande mentira que virou verdade, a de que foro privilegiado rima com impunidade." Leia mais aqui.

''Maquiado'', total de obras prontas salta de 9% para 15%

Por João Domingos, Gerusa Marques, Leonêncio Nossa e Renata Veríssimo
no Estadão

O governo conseguiu concluir 9,73% das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em janeiro de 2007. O porcentual é um terço menor do que os 15,1% anunciados ontem pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como o total de obras prontas. Na contabilidade apresentada no sétimo balanço do PAC, com a presença de mais sete ministros, foram excluídas as obras de habitação e saneamento, nenhuma delas concluída até agora.Ao anunciar os valores totais de investimentos no PAC, até o fim de 2010, o governo informa sempre que eles passaram dos R$ 504 bilhões, em 2007, para R$ 646 bilhões. Mas, ao fazer o balanço, a parte relativa a habitação e saneamento, de R$ 224 bilhões (35% do total), foi extirpada, sob a alegação de que os setores devem ser monitorados em separado, pois dependem de adesão e contrapartidas de Estados e municípios. Assim, os números acabaram maquiados, contabilizando só os R$ 422,1 bilhões de infraestrutura, como rodovias, energia, ferrovias e portos. O programa Minha Casa, Minha Vida, que prevê 1 milhão de moradias a R$ 60 bilhões, com intensa campanha de propaganda em todos os meios de comunicação, está entre os que tiveram os números separados para monitoramento à parte. A propaganda fala nos programas de habitação e saneamento, mas o balanço os retira.Com a mudança na fórmula, os cálculos apresentados pela ministra indicam que foram investidos R$ 62,9 bilhões na conclusão de 335 empreendimentos, o que representa 15,1% das obras de infraestrutura. Embora relegadas a segundo plano no balanço do PAC feito ontem, as obras de habitação e saneamento já contam com investimentos contratados de R$ 119,6 bilhões. Leia mais aqui.

Estrada na Amazônia fica no PAC, mas Minc recua e diminui críticas

Por João Domingos, Gerusa Marques, Leonencio Nossa e Renata Veríssimo
no Estadão

Depois de criticar a "algazarra" na Esplanada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquadrou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que estava, até ontem, em duas frentes de batalha: contra o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, por causa da pressão pelo licenciamento das obras da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho; e contra os ruralistas, aos quais se referiu como "vigaristas" na semana passada.Em plena cerimônia de balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que possui várias obras criticadas por ambientalistas, Minc disse ontem que, embora seja contrário à concessão da licença para a rodovia, quem manda no governo não é ele, "é o presidente Lula, e o presidente quer a licença". Mas Minc voltou a insistir que, para dar a licença, exige o cumprimento de uma lista de condições, como a construção de postos de vigilância e unidades de conservação.Diante da posição do colega, o ministro Nascimento até marcou data para a licença: dia 15 deste mês. Minc disse que não se importa com datas, mas com as exigências ambientais, e que, se estas forem cumpridas, não tem nenhum problema em conceder a licença daqui a 11 dias. Leia mais aqui.

Acordo entre base aliada e oposição adia início de CPI

Na Folha

Governistas e oposicionistas fecharam ontem acordo para dar início à CPI da Petrobras só na quarta-feira que vem. Até lá, o PMDB tentará definir o nome escolhido para ocupar uma das vagas de comando na comissão (presidência ou relatoria).Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) continua sendo o nome favorito do Palácio do Planalto para a relatoria. Falta, no entanto, o aval do senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB.Ontem, Renan e Jucá voltaram a conversar de forma amena depois de uma discussão tensa na última quinta-feira. A reaproximação foi estimulada pelo Palácio do Planalto.O chefe de gabinete pessoal da Presidência, Gilberto Carvalho, fez chegar a Renan o desejo de ver Jucá relator. A secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, também atuou na mesma linha.Carvalho e Erenice defenderam que a CPI precisa de um senador experiente na relatoria. Durante a semana, Renan tentou emplacar Paulo Duque (PMDB-RJ), que chegou ao Senado como segundo suplente do governador do Rio, Sérgio Cabral. A queda de braço entre Renan e Jucá tem como pano de fundo a disputa para ser o principal interlocutor com o Planalto durante a CPI. Leia mais aqui.

Aécio sobe tom e discursa como "anti-Lula"

Por Fábio Zanini
na Folha

Embora tenha mais uma vez prometido ser o "pós-Lula", o governador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) comportou-se ontem bem mais como um "anti-Lula", inclusive ironizando o mais famoso bordão presidencial.Em empolgado discurso em evento de mulheres tucanas, o "nunca antes na história deste país" foi usado pelo mineiro para criticar o aparelhamento da máquina pública pelo PT."Nunca antes neste país se viu uma distribuição tão farta de cargos públicos sem a mínima compreensão de que, para ocupar uma função pública, é fundamental ter o conhecimento específico daquela ação", afirmou o governador. Leia mais aqui.
Comentário
O que houve com Aécio Neves? O que será que Lula fez com ele para despertar tamanha ira contra o governo? Nem parece aquele Aécio Neves que defendeu a aliança PT-PSDB nas eleições para a prefeitura de Belo Horizonte no ano passado.

OEA anula suspensão de Cuba após 47 anos

Por Cláudia Antunes
na Folha

Numa decisão chamada de histórica por representantes de todos os seus 34 países, dos Estados Unidos à Venezuela, a OEA (Organização dos Estados Americanos) anulou ontem o ato que suspendeu o governo socialista de Cuba em 1962, durante a Guerra Fria, encerrada há 20 anos com a queda do Muro de Berlim.A resolução, aprovada por consenso, não implica a volta automática dos cubanos à OEA. Ela estabelece que um eventual retorno dependerá de um processo de diálogo aberto a pedido do país caribenho e de acordo com os "princípios e propósitos" da organização."O resultado prático para Cuba não virá amanhã ou no dia seguinte. O importante era tirar da OEA um pedaço de sucata", disse o secretário-geral da entidade, José Miguel Insulza.O texto aprovado na Assembleia Geral de chanceleres encerrada ontem em San Pedro Sula, Honduras, tenta conciliar duas ideias: o reconhecimento do anacronismo da decisão de 1962, que expulsou o governo cubano sob a acusação de receber ajuda militar de "potências comunistas extracontinentais" (a extinta União Soviética), e a reafirmação dos atuais documentos da OEA, entre eles a Carta Democrática aprovada em 2001, que prega "a defesa e a promoção da democracia representativa". Cuba é uma ditadura de partido único. Leia mais aqui.

O bastião das liberdades civis

No Jornal do Brasil

Foi uma demonstração dura de liberdade de expressão fora do Conselho Legislativo de Hong Kong na semana passada: trabalhadores do setor de construção exigindo aumento de gastos em obras públicas, aposentados pedindo pensões mais elevadas, e legisladores vestindo camisas pretas com o desenho de tanques, pedindo que o governo de Pequim se desculpasse pelo massacre na Praça da Paz Celestial há 20 anos.
Nos 12 anos desde que passou do domínio britânico para o chinês, Hong Kong permaneceu um bastião de liberdades civis desconhecidas na China, sob o arranjo "um país, dois sistemas".
O resultado foi a continuação de imprensa livre, Judiciário independente e burocracia eficiente. Hoje, dezenas de milhares devem fazer uma vigília com velas em Victoria Park para comemorar o massacre de 1989 da praça, em que centenas de estudantes em defesa da democracia foram assassinados. No resto da China, qualquer menção dos eventos na Praça da Paz Celestial foi banida da mídia ou discurso público.
Muitos defensores da democracia e de liberdades civis, contudo, estão cada vez mais ansiosos sobre se a política do laissez-faire de Hong Kong pode manter sua independência do autoritarismo de Pequim e sua identidade distinta como uma amálgama das sensibilidades chinesas e ocidentais.
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Plenário do STF terá de referendar liminar

Por Luiz Orlando Carneiro
no Jornal do Brasil

A decisão escrita a mão, pelo ministro Marco Aurélio, na noite de terça-feira, suspendendo em caráter liminar a sentença do juiz da 16ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que determinara a entrega do menino Sean Richard Goldman ao seu pai biológico, nos Estados Unidos, terá de ser referendada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal – pela maioria absoluta (sete) dos integrantes da Corte. Marco Aurélio disse ontem esperar que isso ocorra na sessão da próxima quarta-feira.
Quanto ao mérito, de acordo com a Lei 9.882/99 – que regulamenta as arguições de descumprimento de preceito fundamental, como é o caso da ação ajuizada pelo PP (Partido Progressista) – o relator poderá ouvir o advogado-geral da União e o procurador-geral da República, antes do julgamento definitivo da questão. Antes da sessão plenária de ontem, Marco Aurélio deu a entender ser favorável à causa, ao comentar: "O garoto é muito mais esperto do que eu era aos 9 anos de idade".
Um dos principais argumentos da defesa da família brasileira é exatamente o de que a Convenção de Haia dispõe que a autoridade judicial pode recusar-se a "ordenar o retorno da criança se verificar que esta se opõe a ele e que a criança atingiu já idade e grau de maturidade tais que seja apropriado levar em consideração as suas opiniões sobre o assunto".
Conforme a petição - assinada pelo presidente do PP, senador Francisco Dornelles, e pelo advogado Herman Barbosa – a sentença do juiz de primeiro grau interpretou a Convenção de Haia em detrimento de direitos e preceitos fundamentais do menor brasileiro de 9 anos.
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Novos duros golpes nos que ficam

No Jornal do Brasil

O primeiro golpe nos que ainda nutrem esperança em encontrar parentes vivos surgiu às 17h, no site do Le Monde. O jornal francês publicou em sua versão on-line que uma fonte ligada à investigação judicial afirmou à AFP que "a eventual presença de sobreviventes não é uma hipótese sequer levantada".
Depois, surgiu a informação de que os parentes franceses receberam, em reunião fechada, a admissão do diretor geral da Air France, Pierre-Henry Gourgeon, de que não haveria chances de sobrevivência no acidente com o Airbus da companhia.
A notícia veio de depoimento do presidente da Associação Francesa das Vítimas de Terrorismo (AFVT), Guillaume Denoix de Saint-Marc, que esteve presente à reunião, ao portal UOL. A associação acompanha a hipótese de que uma bomba tenha desintegrado o 447.
O encontro entre a diretoria e os parentes aconteceu no Hotel Pullmann, no Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, em Paris. Segundo o UOL, a assessoria de imprensa da Air France em Paris não confirmava a afirmação sobre a desintegração do avião no ar.
Procurada para responder à informação, a assessoria de imprensa da Air France no Brasil afirmou que não havia nenhum comunicado oficial sobre o assunto. Não houve reunião semelhante com parentes brasileiros. A reportagem do JB tentou entrar em contato com Guillaume Denoix pelo celular, às 22h30 de ontem (3h30 na França), sem sucesso.
Mesmo após saber da afirmação do diretor geral da Air France, o aposentado Nelson Faria Marinho, 66, continuou acreditando na sobrevivência do filho – o mecânico de engrenagens Nelson Marinho Filho, 41 – porque "nenhum corpo foi encontrado".
– Ninguém sabe dizer o que aconteceu, além do fato de que um avião desapareceu.
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Banco de assinaturas para evitar fraudes

Por Malu Pires
no Diário da Manhã

A Mesa da Câmara de Goiânia iniciou ontem a coleta das assinaturas dos 35 vereadores para criar um banco de dados com a rubrica dos parlamentares. O objetivo é poder conferir, sempre que necessário, os signatários dos documentos legislativos. De acordo com o presidente da Casa, Francisco Jr. (PMDB), a medida foi tomada para evitar episódios como o que a Câmara vive, com a polêmica em torno da assinatura do vereador Clécio Alves (PMDB) no requerimento de instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Delta. Clécio garante que não assinou o documento, embora o nome dele apareça na lista.“À primeira vista, a rubrica no documento difere de outras que ele assinou, mas não sou especialista no assunto. A dúvida, no entanto, coloca sob suspeição o requerimento e a conduta de vereadores. Assim, para afastar a possibilidade de repetição desse episódio a Mesa Diretora determinou a coleta das assinaturas”, informou Francisco. O processo utilizado será o mesmo realizado em instituições financeiras por ocasião da abertura de uma conta. O vereador assinará numa folha as rubricas que mais utiliza para o caso de futuras conferências. Leia mais aqui.

MP propõe ação contra ex-superintendente da SMT

Por João Paulo Teixeira
no Diário da Manhã

O Ministério Público Estadual (MPE) propôs ontem ação civil pública contra o ex-superintendente da extinta Superintendência Municipal de Trânsito (SMT), coronel Paulo Sanches. De acordo com a ação, ele e mais três funcionários do órgão são responsáveis por anular multas ilegalmente. Se aplicadas, as infrações ultrapassam R$ 2 milhões. A denúncia de improbidade administrativa, proposta pela promotora do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Defesa do Patrimônio Público, Renata Miguel Lemos, diz que as irregularidades ocorriam quando autos de infração eram banidos do sistema de informática do órgão. Além disso, o Ministério Público afirma que os servidores públicos chegaram a cancelar infrações para favorecer amigos, parentes e companheiros políticos. A promotora relata que o caso aconteceu 12 vezes, todas a partir de infrações anuladas ou canceladas do sistema de dados. A própria SMT chegou a justificar a razão para a invalidação, mas, de acordo com a ação civil pública, as respostas não satisfazem a todos os casos. O MP sustenta que infrações com características semelhantes foram aplicadas aos condutores. As multas invalidadas totalizam R$ 2.232,64. A ação detalha o método utilizado para a “quebra” das multas. Segundo a denúncia, os funcionários do órgão deixam de preencher campos do Auto de Infração para Imposição de Penalidade (AIIP). Por lei, todos os autos devem ser lavrados em três vias. Uma delas é encaminhada ao órgão; a segunda, entregue ao condutor, e a última é remetida ao agente de trânsito que efetuou a autuação. No órgão responsável pelo trânsito, o auto é selecionado e registrado. Se o departamento de triagem identificar falhas ou campos obrigatórios não preenchidos, o documento é julgado “insubsistente”. O MP ainda não descarta a hipótese de que o próprio agente, ao lavrar o auto, anulava o documento. Leia mais aqui.

Em 2010, PMDB quer aumentar base de deputados e palanque forte no interior

Por Larissa Bittar
no Diário da Manhã

A reunião entre a bancada peemedebista da Assembleia e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), realizada na manhã de ontem no Paço Municipal, teve como pauta central o lançamento de candidato ao governo pelo partido e o fortalecimento de bases nas principais regiões do Estado. Participaram do encontro todos os deputados estaduais (com exceção de Adriete Elias, que estava viajando) e as deputadas Vanuza Valadares (PSC) e Isaura Lemos (PDT). A orientação de Iris foi que, em 2010, o foco não fique restrito à disputa pelo Executivo. A intenção é que o número de deputados estaduais e federais cresça, aumentando a representatividade da legenda na Assembleia e Câmara e a capilaridade do partido pelo interior de Goiás.Apesar do clamor dos membros do PMDB em torno de seu nome, o prefeito manteve postura cautelosa e evitou confirmar se será candidato no próximo pleito. Eventual pesquisa para consultar a população a respeito de sua saída da prefeitura foi novamente suscitada. “Ele nos disse que ouvirá Goiânia para se decidir se vai se candidatar”, disse o deputado José Nelto (PMDB), reproduzindo a colocação mais frequente de Iris nos últimos meses. Leia mais aqui.

Alcides diz que não vê crise na base aliada

Por Marina Dutra
no Diário da Manhã

Disposto a colocar um ponto final na tensão da base aliada, que se deflagrou há dez dias, o governador Alcides Rodrigues (PP) declarou ontem que “não vê crise” e atribuiu as feridas expostas pelo PP e PSDB a “uns e outros” que querem “fabricar” problemas. Alcides participou ontem pela manhã da vistoria das obras de duplicação da GO-070, no trecho que liga Goianira a Inhumas. Postura do governador também foi seguida pelo secretário extraordinário, deputado federal licenciado Roberto Balestra (PP), e pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Evandro Magal (PSDB). “Olha aqui, eu não estou vendo crise. Eu não vejo isso. É um ou outro que quer fabricar uma crise. Eu sempre fui conciliador e não arredarei um pé da minha direção do traçado predeterminado que fizemos”, afirmou, ao ser questionado se, independente da crise, o PSDB vai continuar com cargos no governo. Para reforçar que a trégua na base é praticamente fato consumado, o governador frisou ainda que as matérias do governo, que são encaminhadas para a Assembleia, “estão sendo todas aprovadas”. “Goiás vai crescer, desenvolver e ser o Estado maravilhoso que é e cada vez mais próspero.”Ontem, o pepista respondeu somente a duas perguntas feitas pela imprensa e logo depois anunciou a recuperação de novos trechos de rodovias estaduais e ainda entregou benefícios como o Renda Cidadã e o Passaporte do Idoso. Magal e Balestra, presentes no evento, reforçaram as declarações de Alcides com o objetivo de dispersar as atenções em torno da crise. O secretário disse que a tensão da base “morreu no nascedouro”. “Apesar das turbulências, nós continuamos na base e continuamos trabalhando. O fato de isoladamente alguém ter posição contrária não muda o nosso comportamento e nem o comportamento do governo. As discussões acontecem em qualquer época, todavia, o governo não se prende a elas”, avaliou Balestra. Leia mais aqui.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Procuradoria denuncia mulher de Paulinho

Por Fausto Macedo
no Estadão

A Procuradoria da República denunciou ontem à Justiça Federal Elza Pereira, mulher do deputado Paulinho da Força (PDT-SP), por crime de lavagem de dinheiro. Segundo a acusação, aditada a processo já em curso na 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Elza permitiu a utilização de conta corrente da ONG Meu Guri, que ela preside, "para ocultar uma parcela dos valores desviados" de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O esquema foi descoberto em 2008 pela Operação Santa Tereza, que aponta suposto envolvimento do próprio deputado - alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal."Elza teve participação efetiva no crime de lavagem quando ficou constatado o uso da conta da Meu Guri para depósito de dinheiro destinado a financiamento concedido pelo BNDES", acusa a procuradora Adriana Scordamaglia.A quebra do sigilo bancário da ONG constatou um depósito de R$ 37,5 mil realizado pelo lobista João Pedro de Moura, ex-assessor de Paulinho e ex-conselheiro do BNDES. "Há uma similitude de datas e valores", disse Adriana. "Para a comprovação do crime de lavagem os documentos e provas que constam do inquérito policial foram suficientes para formação da convicção do Ministério Público Federal. A prova da materialidade foi constatada. Dinheiro ilícito na conta da Meu Guri."Também foi denunciado o ex-prefeito da Praia Grande Alberto Mourão (PSDB), por corrupção passiva e peculato. Diálogos interceptados com autorização judicial revelam que Mourão participou de reuniões com Moura e teria autorizado desvio de 2% sobre R$ 130 milhões, verba do BNDES para um empreendimento da Praia Grande.A procuradora cita o advogado Ricardo Tosto, ex-conselheiro do BNDES, por lavagem. Mas ela admitiu que não identificou ligações de funcionários da instituição com o grupo denunciado. Os desvios teriam ocorrido depois que o dinheiro foi liberado. "Estes mesmos fatos já são objeto de processo na 2ª Vara Federal há mais de um ano", reagiu o advogado Maurício Leite, que defende Tosto. "Considero um absurdo jurídico abrir mais um processo com a mesma alegação anterior, sem nenhum fato ou prova nova. Isto é requentar aquilo que já está no processo. Tosto é referência da advocacia, jamais participaria de qualquer tipo de irregularidade." Leia mais aqui.

57% creem em corrupção na gestão Yeda

Por Ana Flor
na Folha

A 19 meses do final de seu mandato, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), não conseguiu desvincular a imagem de seu governo das denúncias de irregularidades que pipocam desde seu primeiro ano de mandato. Pesquisa Datafolha mostra que mais da metade dos gaúchos (57%) acredita na existência de casos de corrupção no governo.Yeda amarga ainda a pior avaliação de sua administração -51% acham seu governo péssimo ou ruim. O índice de ótimo e bom ficou em 15%.A pesquisa, realizada entre os dias 26 e 28 de maio, revela que, entre aqueles que acreditam haver casos de corrupção no governo, 70% defendem o impeachment de Yeda. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.Em maio, a crise no Estado foi aprofundada por novas denúncias de caixa dois durante a campanha eleitoral tucana de 2006. Yeda classificou como "requentadas" as acusações publicadas pela revista "Veja"."A pesquisa é sempre influenciada pelo noticiário mais recente, mas não deixa de ser a percepção que a população tem do governo", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.Em comparação com a última pesquisa Datafolha realizada no Estado, entre 16 e 19 de março, os números apontam que o índice ruim ou péssimo do governo tucano oscilou dois pontos, dentro da margem de erro, de 49% para 51%.A nota média da administração de Yeda caiu de 4,3 em março para 4 em maio. Leia mais aqui.

Manobra de governistas adia instalação da CPI da Petrobrás

Por Eugênia Lopes e Christiane Samarco
no Estadão

O governo impediu ontem a instalação da CPI da Petrobrás, usando como pretexto a necessidade de retomar a relatoria da CPI das Organizações Não-Governamentais (ONGs), entregue ao líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), na semana passada.Aproveitando-se da ausência de dois senadores da oposição, os governistas - que têm oito dos 11 titulares - esvaziaram a sessão de instalação da CPI da Petrobrás, alegaram falta de quorum e adiaram o início dos trabalhos. Agora, para dar quórum à instalação da CPI, os governistas reivindicam a devolução da relatoria das ONGs.A manobra tem serventia dupla. Além de resolver o problema da CPI das ONGs, o governo quer ganhar tempo para ajustar a base, que virou palco de uma guerra de bastidores entre os líderes do PMDB, Renan Calheiros (AL), do PT, Aloizio Mercadante (SP), e do governo no Senado, Romero Jucá (RR). Com tantas brigas e mais a resistência de alguns senadores, inclusive do próprio Renan, em acatar o papel de coordenador político do ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB), os aliados do Palácio do Planalto não conseguem entrar em acordo para indicar o presidente e o relator da CPI da Petrobrás."O PMDB e o PT são os dois maiores partidos da base. São conscientes da responsabilidade que têm com o governo e no enfrentamento na CPI da Petrobrás. No final, eles vão se resolver", disse José Múcio, que teve de ir ao Congresso conversar com os líderes do Senado. Pela segunda vez em menos de uma semana, Renan Calheiros cabulou a reunião da base convocada pelo ministro. O jeito foi apelar à boa vontade do líder do PTB, Gim Argello (DF), que recebeu Múcio para um almoço em seu gabinete e convidou Renan para participar. Mas não houve entendimento. O Planalto quer Jucá na relatoria, mas o líder do PMDB prefere ter a dupla Paulo Duque e Inácio Arruda (PC do B-CE) no comando da CPI. Leia mais aqui.

Lula rejeita 3º mandato, mas se diz feliz com apoio

Por Eduardo Scolese
na Folha

Dois dias após a divulgação de uma pesquisa Datafolha que aponta a divisão no eleitorado sobre o terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem a rejeitar essa possibilidade, mas se disse "muito feliz" com o apoio de tantos eleitores à sua reeleição. As declarações do petista ocorreram em sua visita oficial à Cidade da Guatemala. Ao criticar a cobertura da imprensa sobre o tema, Lula disse: "E isso [a nova reeleição], se for feito democraticamente, ainda é assimilável. Porque é muito engraçado que as críticas que fazem aos presidentes da América Latina que querem um terceiro mandato não se fazem aos primeiros-ministros na Europa que ficam 16 anos ou 18 anos". Ele defendeu o debate na Venezuela e na Colômbia: "O [Hugo] Chávez quer o terceiro mandato. Ele vai se submeter às eleições. Uma hora o povo pode querer, outra, o povo pode não querer. O [Álvaro] Uribe está querendo o terceiro mandato. Tem de passar por um referendo. Ele pode querer, e o povo pode elegê-lo ou pode não elegê-lo. Eu não vejo nisso nenhum mal. O que acho importante é que todo resultado seja um exercício da democracia". Leia mais aqui.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Não adianta chorar agora

Chega a ser risível a reação de certas pessoas aqui em Goiânia pela não indicação da cidade a uma das sedes da Copa de 2014. Quer dizer que tinha gente acreditando que Goiânia seria mesmo escolhida? Tem gente falando que a torcida goiana ficou desapontada. O governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, comparou com a derrota do Brasil para o Uruguai na Copa de 1950.
Não adianta chorar agora assim como não adianta falar mal das cidades que foram escolhidas. Não adianta perguntar por que Cuiabá e não Goiânia.
Algumas pessoas querem os culpados. Bem, perguntemos ao governador Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, ao prefeito de Goiânia Iris Rezende e ao organizador da campanha para a indicação de Goiânia para uma das sedes da Copa Barbosa Neto.
Se Goiânia não tinha nada para oferecer antes da Copa de 2014 o que será que ela tem para oferecer depois da Copa de 2014? E vocês acham que eu vou chorar por causa disso.

Olha o Renan aí

Renan Canalheiros voltou com tudo mesmo. Olha ele aí mandando e desmandando na CPI da Petrobras. A última vez que ele mandou e desmandou no Senado ocasionou uma crise política. Mas os petralhas preferem atirar contra o PSDB e o DEMO. Enquanto isso Canalheiros coloca este senador na CPI e deixa aquele na geladeira.

Senado pagava auxílio-moradia a ministros

Por Andreza Matais e Adriano Ceolin
na Folha

A tentativa de regularizar o pagamento de auxílio-moradia no Senado colocou em situação ilegal três ministros: mesmo depois de terem trocado o Senado pela Esplanada, Alfredo Nascimento (Transportes), Hélio Costa (Comunicações) e Edison Lobão (Minas e Energia) continuaram recebendo o benefício, o que é proibido.Até este mês, os três ministros receberam um total de R$ 345.800. A direção do Senado mandou suspender os pagamentos a partir deste mês e estuda pedir o dinheiro de volta.Desde 2005 como ministro, Hélio Costa recebeu irregularmente R$ 178.600 de auxílio-moradia; Alfredo Nascimento, R$ 110.200, e Lobão, R$ 57.000. Lobão pediu a suspensão do pagamento em abril deste ano, segundo sua assessoria, após ter dúvidas sobre se poderia ou não receber o benefício.Os três ministros informaram que não sabiam da ilegalidade nos pagamentos e avisam que devolverão o dinheiro se houver uma decisão do Senado neste sentido.O ato que regulamenta o auxílio-moradia foi revalidado na semana passada, após a Folha revelar que o mesmo havia sido revogado em dezembro de 2002. Para evitar que todos os senadores tivessem que devolver o dinheiro recebido no período sem regra, o Senado revalidou o ato com efeito retroativo a 5 de dezembro de 2002. Leia mais aqui.

MP denuncia executivos da Camargo Corrêa

No Jornal do Brasil

O Ministério Público Federal em São Paulo denunciou três executivos da construtora Camargo Corrêa pelos crimes de fraude contra o sistema financeiro, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. De acordo com a Procuradoria, eles participavam de um esquema ilegal de dinheiro para o exterior.
Os crimes foram descobertos na Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que também verificou doações da construtora para diversos partidos políticos.
A Procuradoria denunciou também os doleiros Kurt Paul Pickel, José Diney Matos e Jadair Fernandes de Almeida por operação de instituição financeira ou de câmbio ilegal, fraude financeira, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Os executivos denunciados são Pietro Bianchi, Fernando Dias Gomes e Dárcio Brunato. De acordo com o Ministério Público Federal, um quarto executivo da Camargo Corrêa e duas secretárias da empresa podem responder por evasão de divisas e quadrilha. Procurada, a construtora ainda não se manifestou sobre a denúncia.
Para a Procuradoria, o motivo para os executivos da Camargo Corrêa participarem do esquema de remessa ilegal de dinheiro ao exterior pode ser a ocultação de superfaturamentos em obras públicas detectados pelo Tribunal de Contas da União, que resultaram em ações de improbidade ajuizadas em diferentes estados.
Entre os casos de suposto superfaturamento, o Ministério Público cita as obras da refinaria Abreu e Lima, em Recife (PE), o metrô de Salvador (BA), a ampliação do aeroporto de Vitória (ES), a implantação de trens urbanos em Fortaleza (CE), entre outras.
Leia mais aqui.

CPI da Petrobrás começa sob a influência de Renan

Por Eugênia Lopes
no Estadão

Cada vez mais poderoso, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), "abençoará" hoje os escolhidos para os cargos de presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás. A base aliada sabe desde a semana passada que comandará os dois postos-chave da CPI, mas o veto de Renan a alguns senadores atrasou as indicações, que serão formalizadas apenas hoje. Reunião da base aliada programada para antes da instalação da CPI, marcada para as 14 horas, definirá os senadores que vão comandar o inquérito. Na última semana, Renan abateu ainda no nascedouro a candidatura de vários aliados do Planalto.A tendência era que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), fosse escolhido como relator. Mas Renan ficou irritado por ele ter se aliado ao líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), e tentado formar uma dobradinha no comando da CPI, onde ficaria com a relatoria e o petista com a presidência. O peemedebista alagoano, então, abortou a manobra. Leia mais aqui.

Mobilização pelo resgate

No Jornal do Brasil

O governo brasileiro reagiu com uma intensa mobilização ao desaparecimento do avião A330, da Air France, na madrugada de ontem. A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou as operações para organizar a busca pela aeronave que cumpria o voo AF447, saindo do Rio de Janeiro com destino a Paris, tão logo recebeu os primeiros avisos do desaparecimento, por volta das 2h.
Ao longo do dia, aviões Bandeirante sobrevoaram a área do Oceano Atlântico de onde partiu o último contato do avião, quando o A330 já se aproximava da divisa com o espaço aéreo senegalês. As aeronaves fizeram voos rasantes na tentativa de avistar o avião. Ao todo, a Aeronáutica brasileira colocou na operação de busca seis aviões e dois helicópteros.
Ontem, um piloto da TAM, que fazia a rota inversa à do AirBus A330, teria relatado que viu pontos de incêndio no mar na região onde houve o último contato do avião desaparecido. A existência do relato foi confirmada pela Aeronáutica. O piloto teria visualizado, cerca de 40 minutos após o último contato da aeronave do Air France com o controle aéreo brasileiro, pontos laranjas, que ele descreveu como chamas, indicando um possível incêndio. As duas aeronaves francesas que também trabalham nas buscas, pelo lado senegalês, refizeram o trajeto citado pelo piloto da TAM, mas sustentaram que nada foi visto.
Leia mais aqui.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Câmara quer explicação de Minc para multa

Por Lisandra Paraguassu e Lígia Formenti
no Estadão

A Comissão de Agricultura da Câmara quer convocar o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para prestar esclarecimentos sobre a demora de nove meses na cobrança de uma multa de R$ 3 milhões lavrada contra o Grupo Bertin, frigorífico que "salvou" a Operação Boi Pirata de um desfecho constrangedor. Em agosto de 2008, um mês depois de a multa ter sido aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o frigorífico arrematou em leilão 3.100 bois apreendidos na operação. Duas tentativas de venda já haviam sido feitas, mas tiveram de ser suspensas por falta de comprador. Como mostrou o Estado ontem, a multa contra o frigorífico, um dos maiores do País, só saiu da gaveta em abril passado, quando a história começou a circular por gabinetes de Brasília. "Se o ministro sabia ou não, não importa. Se houve demora na cobrança dessa multa, a responsabilidade é dele e ele terá de responder por isso", afirmou o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), da comissão.Ele vai aproveitar um requerimento de convocação do ministro feito semana passada para incluir o caso na pauta. O pedido original tinha como objetivo cobrar esclarecimentos sobre um pronunciamento em que Minc qualificava de vigaristas produtores rurais. "Agora, também vamos tratar da demora na cobrança da multa." Leia mais aqui.

Alckmin amplia vantagem na corrida pelo governo de SP

Por José Alberto Bombig
na Folha

Quatro meses após ter assumido um cargo de primeiro escalão no governo de José Serra (PSDB) em São Paulo, Geraldo Alckmin ampliou ainda mais sua dianteira na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. O ex-governador tucano obtém de 47% a 50% das intenções de voto, revela pesquisa Datafolha realizada entre os dias 26 e 28 de maio. O melhor segundo colocado nos cenários em que Alckmin é apresentado ao eleitor, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT),chega a15%. Sem Alckmin na disputa, Marta Suplicy se isola na liderança e alcança 25%, seguida por Paulo Maluf (PP), com 15%. Em março deste ano, quando o Datafolha realizou o primeiro levantamento para a sucessão ao governo do Estado, o atual secretário de Desenvolvimento de Serra variava de 41% a 46% das intenções de voto, e a petista atingia 13% no principal cenário (os dois apresentados ao eleitor) -portanto, a diferença entre eles era de 28 pontos percentuais e agora está em 32. Também no levantamento anterior, Marta tinha 19% sem Alckmin na disputa e estava empatada tecnicamente com Paulo Maluf, então com 17%. A mais recente pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos (intervalo de confiança de 95%), apresentou seis cenários ao eleitor. Nenhum deles tem o governador José Serra, líder na corrida pela sucessão do presidente Lula. No cenário sem Alckmin e com Marta, o secretário da Casa Civil de Serra, Aloysio Nunes Ferreira, aparece como candidato do PSDB e atinge 2%. Leia mais aqui.
Comentário
Isso não significa nada. Geraldo Alckmin está na frente na pesquisa DataFolha? Pois é, na eleição do ano passado ele estava disputando o primeiro lugar com Dona Supla. Terminou o primeiro turno em terceiro lugar.

domingo, 31 de maio de 2009

Já era!

A Fifa anunciou as capitais que receberão jogos da Copa de 2014. São elas: Porto Alegre e Curitiba (Região Sul); São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (Sudeste); Natal, Recife, Fortaleza e Salvador (Nordeste); Cuiabá e Brasília (Centro-Oeste); e Manaus (Norte). Goiânia não foi relacionada. Está fora! Já era! Desde o anuncio da Copa no Brasil em 2007 que eu já falava que Goiânia estava fora do páreo. Falei da falta de projeto (ou planejamento como muitos gostam de dizer) e da proximidade com Brasília.
Quem se importa com Goiânia? Sérgio Cabra esteve aqui e imaginava que estávamos ainda na década de 1980.