segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Me sinto absolutamente feliz

Dizem que o negócio é viver; prefiro ler. Só me sinto absolutamente feliz (bem, em suma) quando estou em casa, sozinho, lendo, com a empregada muda e fornecendo o cafezinho de meia em meia hora. (...) Sou uma pessoa muito particular. Minhas amizades íntimas são pouquíssimas, e nenhuma é total, quer dizer, aberta por completo. A idéia de ter uma massa ululando a cada palavra minha me horroriza além de qualquer descrição. Este é um trecho do artigo chamado “Duas ou três coisas que eu sei de mim” escrita por Paulo Francis no Pasquim de junho de 1971. Me identifiquei com o trecho acima citado logo de prima. “Sou eu aí” pensei assim que meus olhos correram o artigo. Estou lendo o volume 1 da antologia de textos do Pasquim.
Eu também prefiro ficar em casa lendo. Eu também sou absolutamente feliz (bem, em suma) lendo um livro ou atualizando este blog. Também tenho pouquíssimos amigos íntimos. Acho que eu falo mais de mim mesmo aqui do que com eles. No começo meus amigos achavam que este meu jeito “particular” era errado. Aos poucos eles foram percebendo que é o meu jeito e que os amo de todo coração.
A única coisa que discordo no trecho de Paulo Francis é sobre o cafezinho. Prefiro Coca Zero (mais um motivo para meus amigos zoarem comigo).
Detesto baladas, festas, multidões. Fico muito mais feliz lendo, como diz Paulo Francis, do que correndo atrás do trio elétrico da Ivete Sangalo. Prefiro muito mais reunir com meus amigos do coração numa mesinha (pode ser numa esquina) e conversar alegremente a ir numa boate cheia de gente estranha com visuais estúpidos.
Sou uma pessoa muito particular. Adoro também meus momentos “comigo mesmo”. Momentos sozinhos que penso sobre a vida, sobre as pessoas, sobre as coisas. Muitos dizem que minha vida é chata, que eu tenho que quebrar a rotina. Que isso! Gado não sou e nunca serei.Eu sei muito bem o que eu quero da minha vida.
Tenho 25 anos e, em suma, me sinto absolutamente feliz.

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