sábado, 2 de agosto de 2008

Goiânia vista de fora

Do blog Surra:

Goiânia já nos presenteou com o único acidente nuclear brasileiro. É também o lar de nosso Unabomber, e de Mohhamed, The Ripper.

"Como aqui em Goiás não tem morro, não tem favela, engarrafamento é light. Não tem grupo de extermínio, nem arrastão e nem traficante mandando no Estado, nego acaba inventando porcaria porque tem muito tempo livre."
sapo @ quinta, 31.07.08 07:23

Ainda bem que este blog é político

Ê, Goiânia! É menina achada em pedaços dentro de uma mala. É mãe ajudando o amante a estuprar a filha. Ainda bem que este blog é político.

Dinheiro sujo e impeachmeant

Trecho da reportagem da revista Veja que fala da ligação das Farc com o petismo:


Em março de 2005, três meses antes do encontro de Havana, VEJA publicou uma reportagem revelando que agentes da Abin monitoraram uma reunião política comandada por Olivério Medina em uma chácara nos arredores de Brasília. Segundo o relato dos espiões do governo, que se infiltraram no encontro, além do padre, compareceram cerca de trinta pessoas, entre militantes petistas de Brasília e representantes de uma tal corrente Luís Carlos Prestes. Era 13 de abril de 2002. Em frente a uma bandeira das Farc, os convidados cantaram o hino da guerrilha, gritaram algumas palavras de ordem e, depois, sentaram-se e passaram a discutir as eleições presidenciais. Medina revelou que os guerrilheiros doariam 5 milhões de dólares à campanha de Lula. Os detalhes da reunião, incluindo a promessa da doação milionária, foram registrados em um documento da agência, classificado como secreto. A Abin não conseguiu descobrir se a promessa foi cumprida. Na época, Medina circulava tranqüilamente por Brasília, participava de reuniões políticas e arregimentava simpatizantes para a organização. Era conhecido como o embaixador das Farc no Brasil.

Ora, ora, vejam vocês! Além do dinheiro sujo do carequinha Marco Valério a campanha de Lula recebeu dinheiro sujo das Farc em 2002. E aí, alguém topa pedir o impeachmeant do fundador do Foro de São Paulo?

Deixar o carro em casa? Nem pensar!

Leio na Tribuna do Planalto que a partir de setembro, o prefeito Iris Rezende vai fazer um apelo à população para que deixe o carro em casa e vá trabalhar de ônibus. Deixar o carro em casa? Nem pensar!
Com a economia do país caminhando bem (até quando não sei) ficou mais fácil comprar carros novos. Carros de qualidade, com conforto e tecnologia. Será que o povão vai atender aos apelos do velhinho? Deixar o carro em casa? Nem pensar!

Discordo

Discordo da análise feita pelo O Popular do show do Roberto Carlos. Mais do mesmo? Pode até ser que o repertório tenha sido bastante parecido com o do show de 2006, mas teve uma novidade: Roberto não falou de Maria Rita, nem dedicou o show à ela.

A celebridade

Aqui em Goiás Delúbio Soares é tratado como se fosse uma celebridade. Basta ver as fotos que saem nos jornais. Delúbio sempre sorrindo. Delúbio sempre sendo cumprimentado. Que maldade é esta imprensa que sempre fala que ele é um “mensaleiro”. Que isso! Quanto preconceito contra uma pessoa que todo mundo gosta!

"Nada a ver com as Farc"?

Marco Aurélio Garcia é um fanfarrão. Ele, é lógico, desqualificou os e-mails que atestam a ligação das Farc com o petismo. De acordo com a Folha de São Paulo de hoje, o assessor top-top-top de Lula disse: Esse assunto não nos toca, nem ao governo nem ao PT. Não temos absolutamente nada a ver com as Farc. Poderia dizer que isso é uma mentira, mas vamos continuar bantendo na tecla que Marco Aurélio Garcia é um fanfarrão, ele só queria fazer uma brincadeira. Como assim “nada a ver com as Farc”? O PT tem tudo a ver com os narcoterroristas colombianos desde 1990 quando Lula, ao lado do top-top-top, fundou o Foro de São Paulo, que tinha como integrantes os narcoterroristas colombianos. Até quando essa gente vai continuar nessa brincadeira? É melhor fazer outra pergunta: Até quando iremos aturar a ligação íntima do petralhismo com os narcoterroristas das Farc?

A boa vida de Delúbio Soares


Andando em carros de luxo, comendo em restaurantes caros, fumando charuto dos bons. Esta é a vida de Delíbio Soares, o ex-tesoureiro do PT e pivô do mensalão. A revista Época traz na sua recente edição uma reportagem que fala das andanças do amigão de Marcos Valério pelos bastidores da política goiana. Sim, ele quer voltar para o PT. Sim, ele quer voltar e se candidatar a deputado federal em 2010. Segue abaixo a reportagem assinada por Rodrigo Rangel:


O ex-tesoureiro petista Delúbio Soares saiu de vez da clausura. Retraído desde o escândalo do mensalão, ele voltou a circular com desenvoltura pela política e já pôs na rua sua mais nova bandeira: quer voltar para o PT. Delúbio tem conversado com lideranças do partido em busca de apoio para retornar às hostes petistas – e já avisou que vai apresentar seu pedido de refiliação no próximo ano. O plano é parte de outro projeto que segue firme e forte. Delúbio quer ser candidato a deputado federal por Goiás em 2010 e tem dito que não admite disputar a eleição por um partido que não seja o PT. Nos últimos dias, ÉPOCA acompanhou os passos do ex-tesoureiro petista em Goiânia. Sua rotina é a de um político em franca atividade. Ele tem participado de encontros políticos e passado horas despachando no comitê de campanha do irmão, Carlos Soares, vereador de Goiânia e candidato à reeleição.
O presidente do diretório municipal de Goiânia, Luiz Alberto de Oliveira, é um desses dirigentes petistas que já foram procurados por Delúbio. Mas diz que, se o pedido de refiliação for apresentado em Goiânia, Delúbio certamente enfrentará oposição das correntes contrárias a seu grupo político. “Eu respondi que, como ele foi expulso pela direção nacional, considero que o pedido de refiliação teria que ser apresentado diretamente à cúpula do partido”, disse Luiz Alberto a ÉPOCA. Mas o próprio Delúbio diz possuir um “plano B”: apresentar o pedido no diretório petista de Buriti Alegre, sua cidade-natal, onde não teria de enfrentar nenhuma resistência. Nesse caso, ele garantiria a filiação e deixaria para depois o debate na direção nacional do partido. Os movimentos do ex-tesoureiro não se limitam a Goiás. Há duas semanas, ele reuniu sindicalistas e petistas no auditório da CUT em Belo Horizonte para pedir apoio.
Mesmo fora do partido, Delúbio Soares mantém o bom trânsito no PT. Foi ele, por exemplo, o artífice da articulação que levou o PT a apoiar a reeleição de Íris Rezende em Goiânia. A aprovação da aliança, pela diferença de um voto, deixou o partido em crise. Há mais de 20 anos, PT e PMDB eram adversários ferrenhos na política local. Correntes contrárias ao grupo de Delúbio o acusam de, mesmo expulso, ter transformado o partido num balcão de negócios. A desenvoltura se estende ao cenário nacional. Apadrinhados de Delúbio, aos poucos, retomam posições em Brasília. O ex-tesoureiro alimenta a fama de que segue com prestígio e poder, e dá de ombros para as críticas dos ex-companheiros que o acusam de ter enriquecido no PT. Mesmo com os planos de voltar ao partido, não está nem aí para mudanças de hábito. O professor de matemática mantém o alto padrão de vida que passou a ter depois de ascender na hierarquia petista. Veste roupas de grife, continua fumando charutos caros, come em bons restaurantes e anda em carros de luxo.


"A guerra acabou" por Diogo Mainardi

A guerra no Iraque acabou. Só que ninguém parece ter notado. O Iraque se tornou O Deserto dos Tártaros dos americanos. Isso mesmo: Dino Buzzati. No romance, os soldados italianos, entrincheirados num forte, preparam-se para o ataque do inimigo. O ataque nunca acontece. Passam-se décadas e mais décadas. Aos 54 anos, o protagonista finalmente adoece e morre. Sem jamais ter abandonado o forte. Sem jamais ter combatido os tártaros.
Como é que alguém pode afirmar com tanta certeza que a guerra no Iraque acabou? Pelo número de fatalidades. Em julho deste ano, morreram apenas treze soldados americanos, oito dos quais em combate e os outros por causas acidentais ou naturais, como o protagonista de O Deserto dos Tártaros. Compare com a mortandade do mesmo período do ano passado. Em julho de 2007, morreram 79 soldados americanos – seis vezes mais. O inimigo sumiu.
Uma queda semelhante ocorreu entre os civis iraquianos. Em julho de 2007, de acordo com o site independente Iraq Coalition Casualty Count, foram mortos 1 690 iraquianos. A imprensa repetia todos os dias que o Iraque já mergulhara numa guerra civil, e que a estratégia dos Estados Unidos de aumentar o número de tropas fracassara tragicamente. De lá para cá, tudo mudou. Em julho de 2008, foram assassinados somente 402 iraquianos. A maioria em atentados de mulheres-bomba.
Pode-se argumentar que uma guerra é mais do que uma simples contabilidade macabra. Mas trata-se de um argumento fajuto. Uma guerra é isso mesmo: sangue. De um lado e do outro. E, em matéria de sangue, o Iraque está normal. Aliás, esse foi o termo usado, na semana passada, pelo comandante militar dos Estados Unidos, o general David Petraeus: normal. Agora, prepare-se para passar mal e cair do sofá estrebuchando: proporcionalmente, nos últimos dois meses, matou-se menos no Iraque do que no Rio de Janeiro. Doeu? Doeu. Caiu do sofá estrebuchando? Estrebuchando e babando.
A campanha presidencial americana, como o forte de Dino Buzzati, também reflete um distanciamento amalucado da realidade. A plataforma dos candidatos para a guerra no Iraque baseou-se no cenário de um ano atrás. Barack Obama apostou numa derrota americana e prometeu fugir em disparada. John McCain apostou numa batalha longa e sangrenta, perfeita para alguém com seu passado militar. O que nenhum dos dois podia imaginar é que a guerra acabaria com tanta rapidez. O primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que era ridicularizado por todos, agora controla o país. Os soldados iraquianos, que se rendiam em massa aos insurgentes, acabam de iniciar a quinta campanha militar dos últimos meses, em Diyala. Os terroristas da Al Qaeda foram dizimados. Os milicianos de Al Sadr se entregaram. Ao contrário do que dizia Barack Obama, os Estados Unidos derrotaram os tártaros. Ao contrário do que dizia John McCain, seus soldados já podem se preparar para a retirada.
Ainda está estrebuchando e babando?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Um encontro com o Rei

Eu não vi o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo ontem na Band. Eu estava no show do Roberto Carlos. Foi um showzaço. O Rei está vencendo a batalha contra o TOC (Transtorno Obcessivo Compulsivo) e voltou a incluir no seu repertório a música Negro Gato. Roberto fez um passeio pela sua carreira cantando clássicos da Jovem Guarda, românticas dos anos 1970 e até algumas da década de 1990 como Mulher Pequena e Mulher de 40. O Rei também falou dos carros. Falou não, cantou! Desde Parei na contramão até Caminhoneiro.
Um descontraído Roberto Carlos até tentou reger a orquestra que o acompanhava. Ainda bem que ele decidiu continuar cantando e deixar a regência para o excelente Eduardo Lages.
Não, Roberto Carlos não dedicou o show à Maria Rita. Todo mundo sabe que ele a ama do fundo do coração e que ela sempre será sua Amada Amante, aquela que ele dedicou todo o seu Amor sem Limite.
Depois de tantas emoções eu nem me lembrava que Geraldo Alckmin, Marta Suplacy e Gilberto Kassab debateriam na Band.

E o Sandy Júnior?

Enquanto Iris Rezende faz caminhada, Sandy Júnior justifica a demora na entrega do material de campanha. É como eu venho falando aqui há muito tempo: o velhinho não tem adversário.

Ela voltou

Dora Kramer voltou das férias e a escrever sua coluna diária sobre política. A acompanho pelo O Popular. Na sua volta, Dora fala da necessidade de reorganizar as estratégias de algumas campanhas. Em São Paulo Gilberto Kassab terá que lidar com o vazamento do e-mail que ele mandou para alguns sub-prefeitos pedindo para que eles tomassem providências buscando divulgar as ações da administração já que o Datafolha faria pesquisa de intenção de voto. No Rio de Janeiro os candidatos têm que driblar os fuzis e os maconheiros se querem encontrar com os moradores das favelas. E em Belo Horizonte o candidato oficial de Aécio Neves e Fernando Pimentel, Márcio Lacerda, ainda não emplacou nas pesquisas.

E Delúbio sorri

Delúbio Soares dispensa apresentações. Ontem ele estava presente no primeiro ato de campanha de Iris Rezende. Delúbio raramente concede uma entrevista longa. Só responde com monossílabos as perguntas que lhes são feitas. Ele sorri. Sim, Delúbio sorri. É a realização daquela profecia feita por ele no augo do mensalão: que as denúncias contra ele virariam piadas de salão.

O lulismo e as Farc

Veja só! A Folha e o Estadão mostram nas suas edições de hoje que a revista colombiana Cambio divulgou ontem os documentos entregues pelo governo colombiano à Lula. Os documentos contém e-mails da alta cúpula das Farc. Mostra-se o bom relacionamento entre os terroristas colombianos e integrantes do PT. Isso mesmo! As Farc ligadas ao petismo. Alguma novidade? Quem lê os textos de Olavo de Carvalho, Graça Salgueiro e Reinaldo Azevedo sabem muito bem sobre a ligação asquerosa do petismo com os narcoterroristas. Sim, Lula tem em mãos os documentos que mostram a ligação das Farc com o seu partido. Marco Aurélio Garcia já tratou de dizer que estes documentos são “irrelevantes”. É o petismo já dando mostras que não vai fazer nenhuma investigação e que prefere que as ligações com as Farc fiquem escondias, assim como estavam escondidas desde 1990, data da criação do Foro de São Paulo. O lulismo e as Farc detalhadas em documentos. Alguém precisa de mais provas sobre esta ligação asquerosa?

Revista relata contatos das Farc com membros do governo brasileiro

No Estadão

A revista colombiana Cambio divulgou ontem documentos que teriam sido entregues pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, ao seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e supostamente provariam os contatos de integrantes do governo brasileiro e do Partido dos Trabalhadores (PT) com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Os documentos seriam transcrições de 85 e-mails do computador do líder guerrilheiro Raúl Reyes, morto em março num ataque do Exército colombiano contra seu acampamento no Equador, trocados entre 1999 e fevereiro de 2008 com o líder da guerrilha, Manuel Marulanda,o chefe militar, Mono Jojoy; Oliverio Medina (representante das Farc no Brasil) e dois homens identificados como Hermes e José Luis. A reportagem usa tons duros em sua denúncia (como "vínculos que chegaram a níveis escandalosos"), apesar de reconhecer que nenhum dos funcionários do governo brasileiro citados passou e-mails diretamente para membros das Farc. Também contém imprecisões - José Dirceu, por exemplo, é identificado como ministro e não ex-ministro da Casa Civil. Segundo a publicação, os documentos mostram vínculos das Farc com "cinco ministros, um procurador-geral, um assessor especial da Presidência, um vice-ministro, cinco deputados, um vereador e um juiz". Em entrevista ao repórter Lourival Sant?Anna, publicada pelo Estado no domingo, o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, já havia revelado que, no calor da visita de Lula à Colômbia, nos dias 19 e 20, foram entregues ao governo brasileiro informações sobre as Farc no Brasil. "Há uma série de informações de conexões (das Farc) que entregamos ao governo brasileiro para que ele possa reagir como considerar mais apropriado", disse Santos. Na segunda-feira, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, negou que qualquer relatório sobre as Farc tivesse sido repassado a Lula durante a viagem. Ele admitiu que, antes dela, algumas informações foram trocadas, mas todas "irrelevantes". A Cambio, porém, não só reafirmou a existência do "dossiê brasileiro" como publicou detalhes sobre ele. Ontem, o governo brasileiro reagiu com cautela às novas revelações (leia ao lado).Em um e-mail de 2006, Medina diz a Reyes que pode receber a visita de um assessor de Lula: "É possível que me visite um assessor especial de Lula chamado Silvino Heck que, junto com Gilberto Carvalho (chefe de gabinete), foi outro que nos ajudou bastante." Em outra mensagem, de 2005, José Luis menciona o nome de Dirceu: "Um jovem que se apresentou como Breno Altman (militante do PT) me disse que vinha de parte do ministro José Dirceu e que, por motivos de segurança, eles tinham concordado que as relações não deviam passar pela Secretaria de Relações Internacionais, mas sim pelo ministro, com a representação de Breno." Altman não foi localizado para dar sua versão.O deputado distrital Paulo Tadeu (PT) e o sindicato dos servidores da Companhia Energética de Brasília (CEB) aparecem em uma lista das pessoas e entidades que contribuíram com dinheiro para a guerrilha: US$ 833,33 e US$ 666,66, respectivamente. Procurados pela reportagem, os sindicatos não se manifestaram. Tadeu, que foi diretor do sindicato dos eletricitários, está de férias e não foi localizado.Vereador em Guarulhos, Edson Albertão (PSOL) é mencionado numa mensagem como emissário das Farc para o contato com o chanceler Celso Amorim. "Por intermédio do líder do PT Plínio de Arruda Sampaio, chegamos ao Celso Amorim. Plínio mandou dizer ao Albertão que o ministro está disposto a nos receber, assim que tiver espaço em sua agenda", diz o e-mail de 22 de fevereiro de 2004. "Nunca neguei minhas ligações com as Farc", disse Albertão ao Estado. O ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, atualmente no PSOL, disse ontem não saber se a reunião entre Medina e o ministro ocorreu. Arruda diz ainda desconhecer ligações do PT com as Farc.É notável a diferença no modo como a Colômbia denunciou, em março, as ligações das Farc com a Venezuela e o Equador usando as informações encontradas no mesmo PC de Reyes. Na ocasião, o próprio Uribe foi à televisão para criticar, num discurso inflamado, as conexões dos vizinhos com a guerrilha. Dessa vez, em nome das boas relações com o Brasil, preferiu pedir providências a Lula numa reunião fechada. Bogotá diz que "respeita a autonomia" do Brasil na análise das informações do computador de Reyes. "É o Brasil que deve avançar em atribuir as eventuais responsabilidades", afirmou o chanceler Jaime Bermúdez.

Lula recebeu dossiê contra o "embaixador" das Farc

Por Cláudio Dantas Serqueira
na Folha de São Paulo

O Palácio do Planalto vê pressão política por traz da divulgação, pela revista colombiana "Cambio", de uma coletânea de e-mails atribuídos a dirigentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) citando membros do governo brasileiro. O teor das mensagens -que o governo colombiano afirma ter encontrado nos computadores pertencentes ao número dois da guerrilha, Raúl Reyes, morto em março- já havia sido revelado pela Folha há um mês.Ontem, um assessor próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse à Folha que o governo da Colômbia quer "pôr a mão" no ex-padre guerrilheiro Olivério Medina. A idéia seria usar os e-mails do computador de Reyes para conseguir a anulação do status de refugiado político obtido por Medina na Justiça e conseguir sua extradição.Medina, cujo nome verdadeiro é Francisco Antonio Cadena Collazos, vive em Brasília sob proteção jurídica desde abril de 2006. Para conseguir esse benefício, ele se comprometeu a abandonar as atividades políticas, especialmente aquelas relacionadas às Farc. Mas as informações coletadas pelos serviços de inteligência da Colômbia sugerem que Medina manteve sua militância.Num e-mail de 19 de janeiro de 2007, Medina comenta com Reyes a importância do novo emprego da mulher, Ângela Slongo, na Secretaria de Pesca. "Para evitar que a direita em algum momento a importune, a deixaram na Secretaria de Pesca, trabalhando no que chamam um cargo de confiança ligado à Presidência da República", disse.Tratada carinhosamente por Medina de La Mona, Slongo atua num programa de alfabetização de pescadores. Para o embaixador das Farc, uma posição útil. "É possível que dada sua preparação e conhecimentos sobre o marxismo, seu aporte seja de utilidade", disse. Há outras correspondências ao longo de 2007. O último e-mail data de 2 de fevereiro de 2008, no qual Medina trata de preparativos para uma visita da senadora colombiana Piedad Córdoba ao Brasil.
Naturalização
Na visita a Bogotá há duas semanas, Lula recebeu do presidente colombiano, Álvaro Uribe, um relatório informando que Medina tem participado informalmente de eventos políticos e até de bancas examinadoras em universidades particulares de Brasília.De posse desses novos fatos, o Conare (Comitê Nacional para Refugiados) poderia reavaliar a concessão do status de refugiado, expondo o colombiano a um novo pedido de extradição. Uribe tem pressa, pois foi informado que Olivério Medina entrou com pedido de naturalização no Ministério da Justiça. Com cidadania e passaporte brasileiros, ele poderia viajar sem restrições ao exterior.O chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, confirmou ontem que a coletânea de 85 e-mails, trocados entre 1999 e 2008, foi entregue ao governo Lula há mais de um mês, como revelou a Folha. Ele disse que "respeita a autonomia" das autoridades brasileiras na análise da informação. "É o Brasil, com a informação que tem em suas mãos, que deve avançar em apurar eventuais responsabilidades", disse Bermúdez. No governo brasileiro, ninguém quis se manifestar oficialmente.Com base nos e-mails, a revista "Cambio" escreveu que as presença das Farc no Brasil "chegou até as mais altas esferas" do governo Lula. Nas reportagens publicadas no final de junho e início de julho, a Folha mostrou que a troca de mensagens entre dirigentes das Farc não revelava tal acesso privilegiado ao governo.Em alguns casos, os e-mails sugerem simpatia de certos assessores, mas não demonstram uma relação institucional do Palácio do Planalto com o grupo colombiano. A lista de brasileiros citados nos e-mails tem cerca de 60 nomes, entre vereadores, deputados, senadores, acadêmicos, juízes, procuradores e ministros. São citados, além do PT, PDT, PCdoB e PSol.

Ainda sobre os valentes

Tanto que a esquerdopatia deseja que só o seu lado prevaleça que na audiência pública que discutiu a eliminação da Lei da Anistia para os acusados de tortura na ditadura militar que nenhum representante das Forças Armadas foram chamados para participar do debate. Que coisa não? Só os amiguinhos participando do clube.

E o outro lado?

Quer dizer que os esquerdistas capitaneados por Tarso Genro querem punição para quem torturou durante o regime militar? É mesmo? Será que na mente destes valentes tem espaço para discutir as ações dos esquerdistas que também torturam, que também mataram e que também seqüestraram durante a ditadura? Até quando teremos que tolerar certos esquerdopatas tentando deturpar a história? Até quando só o lado deles irá prevalecer? Vamos ser justos. Vamos punir todos os torturadores durante o regime militar. Vamos? Será que os esquerdistas capitaneados por Tarso Genro topam pedir punição para Dilma Rousseff que participou de assaltos a bancos para financiar a tal da “revolução”?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Que tal cancelar as eleições?

O candidato a prefeito do Rio de Janeiro Chico Alencar (PSOL) propôs que todos os candidatos que disputarão a prefeitura da cidade nas próximas eleições fizessem um acordo conjunto para combater os currais eleitorais nas favelas cariocas. Um acordo entre os candidatos? Eu sugiro outra coisa: que tal cancelar as eleições? Já que os eleitores dos morros sofrem com a pressão dos traficantes e dos milicianos, já que os candidatos vêem pessoas fumando maconha, segurando um fuzil e fingem que não vê, então é melhor cancelar tudo. Para político, fazer acordos é natural, ou melhor, é necessário. Eles são craques nisso. Fazem acordos com o partido x (muitas vezes estes acordos são fechados de acordo com o dinheiro que cai na conta corrente ou que vem em malas e cuecas) nas vésperas das eleições. Acordo é muito fácil de ser feito. Quero ver quem topa pedir o cancelamento das eleições.

Alckmin bravo?

Uma eleitora disse para Geraldo Alckmin ser mais bravo, deixa de ser bom moço. Aí lá vou eu de novo relembrar a campanha presidencial de 2006. No primeiro debate do segundo turno, quando Alckmin pegou pesado com Lula, logo depois nós vimos o Picolé de Chuchu amolecer e Lula conquistar o segundo mandato. Alckmin tem que continuar coma brabeza. Mas acho que ele continuará sendo esse bom moço.

Não me impressiona

A má fase que o Flamengo vive não me impressiona. Não é de hoje que os times comandados por Caio Júnior dão uma arrancada e depois perdem a força. No primeiro semestre Caio estava no Goiás. O time da Serrinha goleou vários times no Campeonato Goiano. Chegando na final, contra o Itumbiara, perdeu feio. Meu palpite: na próxima rodada o Flamengo estará fora do G4.

Eu escolheria o Demóstenes

Pelo que estou vendo até agora Sandy Júnior não tem chances contra Iris Rezende. Eu escolheria Demóstenes Torres que, diga-se de passagem, estava muito bem nas pesquisas ao contrário de Sandy. Mas é aquela velha história tão usada pelo PSDB: é preferível escolher um candidato em segundo lugar nas pesquisas.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Stalin vive?

Stálin foi um dos maiores sanguinários da história da humanidade. Disputa o título pau-a-pau com Hitler e Mao. Vejo na Folha online que estudantes fizeram uma manifestação contra o imperialismo na porta do consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro. É, minha gente! Foi-se o tempo em que se protestava contra político ladrão. Na Banânia é melhor protestar contra os Estados Unidos. Deixem que roubem a nossa grana.
Aí eu olho no site da Folha uma foto da manifestação. Um estudante (será que é mesmo?) segurando um cartaz com o rosto do assassino soviético com os seguintes dizeres: “Stálin vive!” Aí eu perguntei pra mim mesmo: “Stálin vive?” Se vive está neste momento recebendo mais uma picada do espeto do Capeta ao lado de Che Guevara, Lênin, Mao... Só falta Fidel Castro! Talvez Fidel seja o mais sanguinário de todos porque nem o capeta o quer no inferno.
Será que veremos alguma reprovação contra o cartaz do dito “estudante”? Como estamos na Banânia é bem capaz do protesto passar em branco.

Chega de "deve"

No post abaixo deste eu disse que Gilberto Gil deve sair do Ministério da Cultura. Não deve mais. Já saiu.

Lembranças

Gilberto Gil deve realmente deixar o Ministério da Cultura. Ele deve se reunir com Lula daqui a pouco. É preferível cantar por aí a ouvir reclamações de intelekituwayways pedindo mais verbas para as suas produções. Literalmente Gil vai colocar a viola na sacola.
A saída dele me faz lembrar a posse de Lula em janeiro de 2003. Ah, meus 19 anos que não voltam mais. Votei em Lula nos dois turnos das eleições de 2002. Sim, eu me arrependo. Sim, é por isso que eu pego ainda mais nos pés dos petralhas.
A posse de Lula foi tratada como se fosse a realização de um sonho. Parecia que a partir do momento que o metalúrgico do ABC terminasse de subir a rampa do Palácio do Planalto tudo estaria mudado, o Brasil nunca mais seria o mesmo.
Eu estava em Marília, interior de São Paulo, visitando alguns parentes. Na tarde do dia 1º de janeiro de 2003 eu estava assistindo à TV Globo e emocionado com a posse de Lula. Eu, com os meus 19 anos, estava eufórico. Eu fazia parte dos milhões de bobocas que imaginaram que Lula mudaria tudo que estava ali.
José Dirceu era o novo ministro da Casa Civil. Dilma Rousseff foi para a pasta de Minas e Energia. Os rebeldes de 1968 chegavam ao poder. E os bobocas assistiam a tudo aquilo abestalhadamente. Gilberto Gil era um dos rebeldes de 1968. Ele e Caetano Veloso lideraram a Tropicália no referido ano. Dois mil e três era a realização do sonho de 68.
Ainda bem que eu acordei a tempo. Menos de um ano depois da posse de Lula eu acordei e vi que os petralhas não eram aquelas almas bondosas que pintavam de colorido as campanhas do PT. Acordei bem antes do primeiro escândalo sacudir a sala de Lula: o escândalo Valdomiro Diniz.
A saída de Gilberto Gil do Ministério da Cultura me fez lembrar dessas coisas. O sonho acabou mesmo. Gil vai cantar por aí e vai ganhar muito mais do que ganhava no ministério. Os rebeldes ganham dinheiro com as suas rebeldias e os bobocas ainda caem no conto de que o sonho não acabou e o que está lá em Brasília é a realização das vontades de José Dirceu, Dilma Rousseff e Gilberto Gil idealizadas em 1968. Ah, os bobocas... Talvez nem acordem!

O legado de Gil

Gilberto Gil deve deixar o Ministério da Cultura. Clique aqui e veja o seu legado.

"Vergonha é ser ignorante"

Nas suas memórias o ex-presidente Juscelino Kubitscheck ressalta a influência de sua mãe, Dona Júlia, na sua formação. Ela era professora primária na cidade de Diamantina, interior de Minas Gerais, e tinha que se virar para cuidar dos seus dois filhos ainda mais depois da morte de seu marido. No começo do século XX o salário do professor era uma mixaria e continua sendo 100 anos depois.
JK fala do esforço da sua mãe em garantir os estudos dos filhos. Dona Júlia falava que deixaria como herança a educação. Ela dizia que não era vergonha ser pobre, mas sim ser ignorante. O ex-presidente teve uma origem humilde, mas isso não o impediu de estudar, de se esforçar ao máximo para garantir a sua formação. Vale a pena ler as memórias de JK.
Mas por que estou falando disso? Porque hoje a Folha de São Paulo noticia que Lula foi aplaudido em Salvador ao dizer que não tinha diploma universitário. Lula valoriza a ignorância. Lula fala mais uma vez que não é necessário estudar. Muitos podem dizer que isso é preconceito contra um pobre metalúrgico que chegou à presidência do seu país. Este discurso de preconceito contra Lula não cola. É puxasaquismo ou falta de vergonha na cara.
Pouca gente ressalta que JK também veio de uma família humilde. Mas, o ex-presidente não se fez de vítima. Ele foi lá e fez. Ele foi lá e estudou. Lula também veio de uma família humilde, mas poderia muito bem terminar seus estudos. Oportunidade ele teve de sobra. Poderia até ter pedido para o seu compadre Roberto Teixeira custear seus estudos. Mas Lula não fez isso. Não fez porque prefere fazer o papel de vítima. Lula é esperto, minha gente. Bobo é quem acha que ele não sabe de nada. Se Lula não estudou é porque não quis, porque ele sabe que tem muita gente (a esquerda principalmente) que valoriza essa ignorância, essa falta de estudo. O que falta à Lula não é estudo e sim vergonha. Afinal, como disse Dona Júlia: “Vergonha é ser ignorante”. É vergonhoso ver um presidente louvando sua ignorância. Mais vergonhoso ainda é ver gente que aplaude.

Estamos em campanha eleitoral?

A reportagem do Popular de ontem estava certa: Goiânia ainda não entrou no clima da campanha eleitoral. As ruas continuam movimentadas, mas sem nenhuma animação vinda dos cabos eleitorais e dos candidatos. Será que todo mundo envolvido nas eleições de outubro acha que Iris Rezende já está reeleito e que nada pode ser feito? Julho acabando e agosto batendo na porta. Será que os candidatos vão esperar começar a propaganda no rádio e na televisão para colocar o bloco na rua? Depois não reclamem do resultado!

Celso Amorim e a Rodada Doha



Fudeu!!!



terça-feira, 29 de julho de 2008

A falência do Estado

O que acontece no Rio de Janeiro só mostra a falência do Estado. O governador Sérgio Cabral disse: O combate à criminalidade, da nossa parte, é antes, durante e depois das eleições. É muito grave você ter candidatos que não podem entrar em área ou candidatos beneficiados por estruturas paralelas. E mais grave ainda jornalistas não podendo realizar seu trabalho.
Epa! Negativo, governador! Se os candidatos não podem entrar em área ou são beneficiados por estruturas paralelas é porque o Estado não chegou nestas áreas. É porque o governo foi incompetente antes das eleições. Ou será que Cabral acha que tudo isso que está acontecendo nesta campanha surgiu do nada?

O telegrama de Chinaglia

O presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia mandou um telegrama para os 512 deputados convocando-os a comparecerem a Casa e participarem das sessões deliberativas (com votações) nos dias 4, 5, 6, 7, 12, 13 e 14 de agosto. Quem não comparecer e não tiver uma justificativa para a falta terá o salário cortado. É mesmo? Eu nunca vi deputado faltoso tendo o salário cortado. Vi sim deputados dando desculpas esfarrapadas para não comparecer às sessões do Congresso. Não vai ser com telegramas que Chinaglia irá garantir a presença de todo mundo. Ainda mais com as eleições municipais batendo na porta.

Campanha fria

O Popular de hoje traz uma reportagem falando que Goiânia é a única capital onde a campanha eleitoral ainda não tomou conta das ruas. É verdade. Até agora não vi a animação dos cabos eleitorais. Em eleições anteriores, nesta época, a cidade já estava pipocando. Uns dizem que é a legislação que ficou mais rígida. Outros falam que o favoritismo de Iris Rezende está desanimando os outros candidatos e seus cabos eleitorais. É uma campanha fria e, a cada dia que passa, vamos vendo Iris sendo reeleito e deixando Sandy Júnior comendo poeira. Mas tem a televisão e o rádio que começam a mostrar as caras de pau de sempre em agosto. Será que vai esquentar?

Coitado do próximo presidente

Eu tenho dó do próximo presidente, caso Lula não dê o golpe, que assumirá o governo em 2010. Será que a nossa economia vai agüentar o tranco da crise americana até quando? Sem contar que a oposição petista ficará mais chata do que era no passado. Fico imaginando José Genoino na tribuna da Câmara falando que o governo Lula fez o que nunca foi feito na história destêpaiz.
Um futuro sombrio nos espera. É a conta do lulismo que não tarda a chegar.

O que o DEMO está esperando?

Não li em nenhum jornal que o DEMO irá expulsar o deputado estadual carioca Natalino Guimarães que, segundo a polícia, comanda a milícia Liga da Justiça no Rio de Janeiro. Por que, até agora, o partido não tomou nenhuma posição em relação ao caso?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O que Lula disse na sua segunda posse

O Rio de Janeiro está um caos? No dia da sua segunda posse com presidente da Banânia, Lula comentou a barbaridade que assolou os cariocas nos últimos dias de 2006. Reproduzo logo abaixo um trecho do discurso de posse de Lula que ele comenta a violência e fala em tomar providências. Volto em seguida:

O que eu queria dizer para vocês, e quero aproveitar porque eu sei que o governador Sérgio Cabral está aqui, como também quero falar para os governadores de outros estados: eu vou discutir com o meu Ministro da Justiça, porque essa barbaridade que aconteceu no Rio de Janeiro não pode ser tratada como crime comum. Isso é terrorismo e tem que ser combatido com uma política forte e com uma mão forte do Estado brasileiro. Aí já extrapolou o banditismo convencional que nós conhecíamos. Quando um grupo de chefes, de dentro da cadeia, consegue dar ordens para fazer uma barbaridade daquelas, matando inocentes, eu quero dizer ao meu governo e aos governos estaduais: nós precisamos discutir profundamente, porque o que aconteceu no Rio de Janeiro foi uma prática terrorista das mais violentas que eu tenho visto neste País e, como tal, tem que ser combatida. Se tem uma coisa que nós precisamos garantir é o direito de homens livres e honestos, homens trabalhadores, saírem de casa de manhã e voltarem para casa à tarde com o sustento da sua família. Nós não podemos continuar permitindo a inquietação dentro de cada casa, a inquietação dentro de cada cidade ou de cada estado, e essa é uma tarefa que não é de um homem e não é de um partido, é de toda uma nação, de todos os estados e de todas as cidades.

Voltei
O que será que Lula fez depois deste discurso para combater a violência não somente no Rio de Janeiro, mas em todo país? Será que ele discutiu profundamente esta prática terrorista nunca vista na história destêpaiz? Vamos lembrar que este discurso foi feito no dia 1º de janeiro de 2007, ou seja, há um ano e meio. Vemos o Rio de Janeiro no mesmo caos, vemos bandidos comandando ações terroristas (como o Apedeuta classificou) do lado de dentro das prisões. Pois é, neste um ano e meio nada mudou na Banânia. Estamos achando tudo normal. O problema é esse: estamos achando tudo normal.

O que mais pode acontecer?

Com certeza tem dinheiro sujo rolando nesta campanha. Com certeza tem político comprando voto (e se ele compra é porque tem gente que vende). Com certeza os candidatos à reeleição estão usando a máquina pública para garantir mais quatro anos no poder. Tudo isso todo mundo já sabe. Tudo isso é errado, mas, atualmente, perdemos a vergonha e dizemos que tudo isso descrito aí acima é normal e atire a primeira pedra o político que não fez caixa 2.
Mas podemos adicionar mais um caso na lista de coisas sujas que acontecem nas campanhas eleitorais. Os traficantes e os milicianos atuarão sim nestas eleições. Veja o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Veja os candidatos que recebem o apoio do tráfico e das milícias. Veja que os moradores estão sendo pressionados a votar neste ou naquele cara porque o chefe do tráfico está mandando. Caso contrário, nem Deus sabe o que pode acontecer.
Além disso, deve-se levar em conta o medo dos candidatos à prefeitura carioca de subir nos morros. Quando vêem gente fumando maconha, gente com fuzil nas mãos, eles correm que nem o diabo corre da cruz ou pior, fingem que não percebem o que está acontecendo. Os candidatos dizem que estão indignados com os currais nas favelas. Eles estão indignados? Pois não deveriam! Quem deveria estar indignada é a população. Político não tem que estar indignado. Tem que estar pronto para fazer valer a lei seja na praia, seja no morro, em qualquer lugar. Tem que fazer valer o Estado legal e não fingir que não vê a ilegalidade a um palmo de distância do nariz de plástico.
Estas eleições têm os mesmos defeitos de sempre: compra de votos, caixa 2, uso indevido da máquina pública. Outra coisa que podemos incluir nestes defeitos: os traficantes e milicianos obrigando moradores de favelas a votarem neste ou naquele candidato do agrado deles. O que mais pode acontecer na Banânia?

O vereador que diz NÃO

Estava lendo o Jornal do Brasil quando vejo no pé da página A4 uma propaganda do candidato a vereador Paulo Izecksohn do PT do B. Ele tem um slogan bastante interessante: "um vereador que diz NÃO!" Isso mesmo! Ele diz não! Vai ver, no vocabulário dele, a palavra sim esteja riscada.

Irrelevante

O governo colombiano manda para o governo brasileiro dados sobre as Farc. Hoje, como mostra o Estadão, o assessor top-top-top de Lula Marco Aurélio Garcia disse que estas informações são “irrelevantes”. Como assim “irrelevantes”, cara pálida? Esperar outra reação do secretário do Foro de São Paulo seria estranho. Ele é amigo das Farc. Tudo que for contra os guerrilheiros será considerado irrelevante.

A morosidade da Justiça

Em entrevista à Folha de São Paulo de hoje o juiz Sérgio Fernando Moro disse que o Brasil é o país dos recursos, é a “Justiça que nunca termina”. Ao ler a entrevista me lembrei da lista dos políticos com ficha suja. Muitos foram processados, absolvidos, mas, muitas vezes, o Ministério Público recorreu da decisão. É, como disse o juiz, a “Justiça que nunca termina”. É preciso agilidade, colocar um limites nestes recursos.

Dantas e os políticos

A cada dia que passa vemos as falcatruas de Daniel Dantas. Por que não falas? Muita gente graúda não quer que Dantas fale. Se ele falar veremos muitos petistas e tucanos tentando se esconder. Para eles é melhor Daniel Dantas ficar calado.

domingo, 27 de julho de 2008

Pobre Rio

Leio na Folha de São Paulo de hoje que jornalistas foram ameaçados por traficantes na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Repórteres e fotógrafos dos jornais O Globo, O Dia e Jornal do Brasil cobriam a passagem do candidato Marcelo Crívela na região. Os traficantes mandaram apagar as fotos que registravam Crivela cumprimentando os moradores da região.
O candidato achou a atitude revoltante. O governador Sérgio Cabral divulgou uma nota classificando a ação como “gravíssimo”. Atitudes concretas ninguém toma. Só essas notinhas revoltadas que não alteram em nada a situação caótica dos morros cariocas.
Não é de hoje que estamos vendo o tráfico e as milícias comandando as favelas cariocas. Os candidatos a prefeito sobem os morros escoltados por seguranças ou não sobem. Pobre Rio... Pobre futuro prefeito que já assumirá o cargo morrendo de medo dos traficantes e dos milicianos.