sábado, 22 de março de 2008

Vai ver a culpa é da imprensa

E a dengue se alastra pelo Rio de Janeiro. Isto me faz lembrar a propaganda eleitoral de 2002. Lula criticava o governo Fernando Henrique Cardoso pelo aumento do número das vítimas de dengue naquele ano. Seu adversário era o ex-ministro da Saúde José Serra. Com Lula no governo já tivemos problemas sérios com febre amarela e agora com a dengue. Lula e seus aloprados adoravam descer a lenha no governo que não evitou a epidemia de dengue em 2002. Agora que Lula é presidente seus aloprados procuram culpar a imprensa pelos seus erros. Que imprensa maldosa! Ao invés de mostrar os feitos nunca vistos na história destêpaiz fica mostrando dengue, febre amarela. Vai ver a culpa é da imprensa mesmo e o inocente seja José Gomes Temporão.

Só São Francisco de Assis


O governador de Goiás Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, pediu para seu novo secretário de Planejamento Oton Nascimento Júnior seja um instrumento de paz no governo. O único instrumento de paz confiável é São Francisco de Assis:


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Alckmin quer prévia

Geraldo Alckmin quer prévias no PSDB para a escolha do candidato a prefeito de São Paulo. Como disse muitas vezes aqui: depois da campanha ridícula de Alckmin em 2006 ele deveria ser o último a dar palpite no ninho tucano. Ele e seu grupo estão desestruturando as coisas.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Dona Supla passando por cima das leis

Dona Supla tentou driblar a fila da Polícia Federal no raio-x das bagagens no aeroporto de São Paulo. Como se não bastasse a tentativa de furar a fila, Dona Supla disse que, no Brasil, certas exigências não valem para autoridades. Só no Brasil mesmo. Esta madame quer ser prefeita de São Paulo. O pensamento da rainha das plásticas mostra o que os lulistas bolivarianos pensam desde 2003: eles estão acima do bem e do mal, acima das leis. Mas, ainda bem que tem gente descente nestêpaiz. Ainda bem que teve gente que mostrou sua indignação.

Relaxa, Dona Supla

Por Lauro Jardim
na Veja

Não foi exatamente tranqüilo o início do vôo 455 da Air France que na terça-feira passada decolou de São Paulo para Paris. A responsável pela trepidação foi Marta Suplicy, que ia para a China, com escala em Paris. Ao embarcar, o casal Marta e Luis Favre relaxou e decidiu não passar pela revista de bagagem de mão feita por raios X. Os Favre furaram a fila da Polícia Federal. Vários passageiros se revoltaram. Marta respondeu que, no Brasil, para as autoridades não valem as exigências que recaem sobre os brasileiros comuns. Os passageiros não relaxaram com a explicação. Continuaram a reclamar, mesmo com todos já embarcados. Deu-se, então, o inusitado: o comandante do Boeing 777 saiu do avião, chamou a segurança e disse que não decolaria até que todos os passageiros passassem suas bagagens de mão pelo raio X. Marta Suplicy deixou seu assento na primeira classe (Favre estava na executiva) e dignou-se fazer o que o comandante pediu. Nesse instante, os passageiros "relaxaram e gozaram".

Mudar pra onde?

Muitos apóiam Barack Obama porque ele é o candidato da mudança. Mas ele vai mudar pra onde?

"E vence o candidato negro. E então, nos EUA..." por Roberto Pompeu de Toledo

O romance O Presidente Negro (ou O Choque das Raças), publicado por Monteiro Lobato em 1926, previa, para o ano de 2228, uma eleição presidencial nos Estados Unidos em que concorriam um negro e uma mulher, além do homem branco candidato à reeleição. Venceu o negro, ficando a mulher em segundo lugar. Como se dizia em 1926: "Hurra!". Um autor brasileiro, oitenta anos atrás, previu o que está acontecendo hoje! Como se diz em 2008: "Menos, menos". Guardemos a comemoração para depois de saber do que trata, exatamente, o livro.
Monteiro Lobato era, em 1926, aos 44 anos, o mais famoso e mais lido autor brasileiro, não só por causa do Sítio do Picapau Amarelo mas também pelo tipo do Jeca Tatu, pelos contos de Urupês e de Cidades Mortas, pelos artigos nos jornais. Era também um raro modelo de escritor que se desdobrava em empresário; entre outros empreendimentos, foi fundador, sócio majoritário ou sócio importante de sucessivas editoras (Monteiro Lobato e Cia, Companhia Editora Nacional, Brasiliense). Lobato pensava grande. Em 1926 teve um estalo: ia entrar no mercado dos EUA. Sonhou, em carta ao amigo Godofredo Rangel, vender 1 milhão de exemplares. Foi com esse propósito que escreveu O Presidente Negro.
Os EUA imaginados por ele para o ainda hoje distante 2228 tinham uma população de 314 milhões de habitantes – 206 milhões de brancos, 108 milhões de negros. Lobato tinha admiração pela grande república da América do Norte; Henry Ford, a quem dedica parágrafos entusiasmados no livro, era o seu ídolo. Os EUA de 2228, tal qual os concebeu, estavam melhor ainda por causa do aprimoramento da raça. Para começar, haviam trazido de volta as "sábias leis espartanas" de eliminação, no nascedouro, dos portadores de defeito físico. Para completar o serviço, decidira-se esterilizar "os tarados, os malformados mentais" e outros capazes de "prejudicar com má progênie o futuro da espécie".
A utopia de Lobato é o triunfo da eugenia, conceito então em voga e cujos desdobramentos práticos o mundo logo conheceria – o nazismo já dobrava a esquina. Não se procriava às tontas, em 2228, como em 1926 ou em 2008. Só podiam fazê-lo os casais portadores do "brevê de pais autorizados", emitido pelo Ministério da Seleção Artificial depois de rigorosos testes de sanidade. Esse admirável mundo novo era perturbado no entanto por um entrave incontornável – a divisão da sociedade entre brancos e negros. A questão tornou-se aguda, às vésperas da eleição presidencial de 2228, em virtude de uma cisão nas hostes brancas; embaladas pelas ilusões do feminismo, as mulheres lançaram candidatura própria. Resultado: venceu Jim Roy, o candidato dos negros.
Que fazer? Os brancos, tanto homens como mulheres, ficaram em estado de choque. As mulheres, arrependidas, correram de volta aos maridinhos. Melhor assim, mas restava o problema do inaceitável resultado eleitoral. Golpe de estado nem pensar. A Constituição dos pais fundadores continuava sagrada. Foi aí que luziu o gênio do inventor John Dudley. Ele lançou no mercado, com vistas aos consumidores negros, uma milagrosa loção de alisar o cabelo. O sucesso foi absoluto. Até Jim Roy aderiu à loção "desencarapinhante", sem suspeitar do efeito secundário que o esperto Dudley introduzira no produto: ela esterilizava o usuário. Os EUA, com isso, não só se livraram do presidente negro, morto na véspera de tomar posse em circunstâncias não muito bem esclarecidas pelo livro, mas de toda a população negra. Antecipando um famoso adepto do esporte, Lobato inventou a solução final – ele que, anos mais tarde, seria um adversário tenaz dos fascismos, tanto os europeus como o brasileiro do Estado Novo.
O sonho de arrebatar o mercado americano deu em nada. Um dos poucos editores dos EUA que se dignaram dar-lhe uma resposta explicou que o negro é "um cidadão americano, parte integrante da vida nacional, e sugerir seu extermínio por meio da sabedoria e da capacidade superior da raça branca levaria a uma dissensão tão violenta no espírito dos leitores quanto faria um conflito entre dois partidos políticos, ou duas religiões, em que um extirparia o outro". No Brasil, onde as teorias racistas foram moeda comum entre os intelectuais da segunda metade do século XIX até a primeira do XX, a história chocava menos do que naqueles EUA em que a segregação era consagrada em lei.
A moda no Brasil era acreditar na maldição da mestiçagem. Ela teria criado uma raça fraca de corpo e mentalmente inepta. Nos EUA, ao contrário, a segregação, conforme diz Lobato no livro, gerou "a glória do eugenismo humano". Lido hoje, O Presidente Negro deixa uma dúvida: o autor falava a sério ou estaria usando da ironia para denunciar o despropósito da eugenia e do racismo? O tom não engana: é a sério. Miss Jane, a personagem do livro que narra a história, tal qual a viu no "porviroscópio", um aparelho de enxergar o futuro, fala por Lobato, em O Presidente Negro, tanto quanto, nos livros para crianças, fala por ele a boneca Emília.

"Eu gosto do Império" por Diogo Mainardi

– Cem anos no Iraque!
Esse era o mote da campanha eleitoral de John McCain. Ele foi ainda mais longe. Declarou que estaria disposto a manter as tropas americanas no Iraque por mil anos, por dez mil anos. Quando o eleitorado chiou, ele deu para trás, garantindo que a guerra terminaria muito antes disso. E terminaria porque ele saberia como ganhá-la.
Eu elegeria um candidato que prometesse:
– Cem anos na Rocinha!
Melhor ainda:
– Mil anos na Maré! Dez mil anos no Cantagalo!
A guerra no Iraque acaba de completar cinco anos. Em seu discurso no Pentágono, George W. Bush reconheceu a impopularidade do conflito, repetiu que os Estados Unidos acertaram ao derrubar Saddam Hussein e acrescentou que se trata de uma guerra que pode e tem de ser vencida. Os americanos erraram tudo nesses cinco anos. Erraram militarmente, erraram politicamente, erraram estrategicamente. O custo da guerra foi alto demais. George W. Bush tem de ser responsabilizado por isso. Mas eu topo dizer que os Estados Unidos acertaram ao derrubar o tirano genocida Saddam Hussein. E topo dizer também que a guerra no Iraque pode e tem de ser vencida.
O fracasso no Iraque está gerando uma onda isolacionista nos Estados Unidos. Uma onda igual a outra do passado: a que tentou impedir o país de entrar na II Guerra Mundial. Em vez de Charles Lindbergh, o herói do momento é Barack Obama. Isso é o pior que poderia acontecer. Eu gosto do Império. Eu gosto da idéia do Império. Creio que ele tem um papel regulador sem o qual o mundo acabaria se esfarelando. Eu sou o tupinambá colonizado que aceita voluntariamente parar de comer carne humana. Eu sou o caraíba rendido que oferece passivamente suas filhas púberes ao conquistador. Mas tem de haver uma contrapartida: o Império deve assumir suas responsabilidades de Império. No caso do Iraque, assumir responsabilidades significa combater até o fim a Al Qaeda, reprimir os bandos religiosos armados e fazer jorrar dez vezes mais petróleo. Nem que leve cem anos. Nem que leve mil anos. Nem que leve dez mil anos.
O debate político se infantilizou tremendamente nos últimos tempos. Foi mais um dos efeitos deletérios da guerra no Iraque. A retirada das tropas americanas produziria um massacre generalizado no país. Que essa hipótese atraia tanto consenso nos Estados Unidos é sinal de um abastardamento das idéias. O mundo é brutal. O mundo é perigoso. Alguém tem de policiá-lo. Alguém tem de bombardear os terroristas. Alguém tem de impor regras que sejam acatadas por todos. Alguém tem de deter os planos nucleares iranianos. Alguém tem de armar Israel. Só os Estados Unidos podem fazer tudo isso. O trato é muito simples: nós entramos com as filhas púberes, eles entram com os tanques.
– Cem anos no Iraque!

O Chávez do Paraná

O governador do Paraná Roberto Requião atacou a imprensa. Disse ele que a imprensa era golpista e quer derrubar Lula. Requião é o Chávez brasileiro, o aloprado bolivariano do Paraná. Requião quer acabar com a imprensa, quer acabar com a liberdade de expressão, quer jornais e revista que louvem os feitos seus e de Lula. Requião é o Chávez brazuca. Falta alguém falar para ele: “Por que não te calas?”

Eta gente que adora dinheiro

Lula e seus aloprados disseram que, sem a CPMF, a saúde seria prejudicada, o Bolsa Família seria prejudicado, enfim, o país iria para o beleléu. Mas, como mostra a reportagem da Folha de São Paulo de hoje, a arrecadação em fevereiro aumentou 10%. Se sem a CPMF o governo aumento o saque ao nosso bolso imagine se o famigerado imposto do cheque (Era um imposto tão bom pra saúde. Os nossos hospitais estão uma maravilha, os agentes de saúde trabalham com um sorriso largo) tivesse valendo? E aí? Será que Lula e seus aloprados vão cortar alguns impostos? Claro que não! Quando mais esses vigaristas metem a mão no nosso bolso mais eles gostam. Eta gente que adora dinheiro!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Lula griladinho

E de repente o homem que não sabia de nada que acontecia a um palmo do seu nariz começa a dar bronca nos seus assessores que colocam na sua mesa números errados a respeito do PAC. O que houve com Lula? Cansou de não sabe de nada? Ele disse que qualquer um pode passar de mentiroso menos o presidente da República. Lula sempre chamou os seus antecessores de mentirosos. Só ele não quer passar de mentiroso... Interessante. Mas as mentiras de Lula ainda virão à tona. Pode ter certeza.

O que ele estava fazendo ali?

Como é que é? João Pedro Stédile foi convidado para dar a aula magna na Universidade Federal do Rio de Janeiro? E ainda foi aplaudido de pé? Isso é um absurdo. Realmente a educação nestêpaiz não é levada a sério. Se levam um baderneiro para dar aula magna numa instituição federal de ensino superior é uma amostra da decadência da educação no Brasil.
Stédile disse que a decisão da Justiça de multá-lo caso volte a liderar invasões na Vale deixou ele e seus companheiros muito bravos. Stédile debocha da Justiça. O MST debocha da Justiça porque não possui personalidade jurídica. Mesmo com estes deboches este senhor é aplaudido de pé na Universidade Federal do Rio de Janeiro. A educação no Brasil vai de mal a pior.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Aos pacifistas de plantão

No mundo inteiro pacifistas protestam contra a guerra no Iraque. Só uma perguntinha para eles: Vocês preferem um Iraque com ou sem Saddam Hussein?

Preconceito?

Assim não, Jorge Hage! O ministro da Controladoria Geral da União disse: Se tivesse sido um sanduíche do McDonald's, a compra de um hamburger [pronunciado pelo ministro com sotaque norte-americano], talvez não tivesse tanto apelo. Alguém ia denunciar? Pronto! Já está justificado o roubo dos petralhas. Por que tanto alarde para quem pegou o cartão corporativo e gastou com tapioca? Era só o que faltava. O lulismo está espalhando o roubo no país. Está divulgando a idéia de que os ladrões dos cofres públicos são vítimas de preconceito. Coitado do ministro Orlando Silva. Foi um inocente, um idiota. Deveria ter comprado um Big Mac. Mas, como a nossa imprensa é golpista, pega no pé do ministro por causa da tapioca. É, quem sabe da próxima vez o ministro não compra alguma coisa mais extravagante. Quem sabe a Controladoria Geral da União saiba pronunciar as próximas mordomias dos petralhas. É tudo preconceito. Quem não tem preconceito é quem acha normal um ministro usar dinheiro público para comprar uma tapioca. Se ele usa dinheiro público para comprar tapioca imagine o que ele não deve fazer por coisas mais extravagantes.

O primeiro lugar e o picolé de chuchu

Desde as eleições presidenciais de 2006 que eu tenho birra com Geraldo Alckmin. Depois daquela campanha pífia ele deveria ser o último a comentar alguma coisa no ninho tucano. Eu já falei disso aqui. Ontem, Alckmin disse: Claro que sou favorável [à manutenção da aliança]. Agora, por que quem está em primeiro lugar precisa abrir mão para quem está em terceiro? Eu nunca vi isso. Ah, ele não viu? Pois é, no começo de 2006 o primeiro colocado nas pesquisas presidenciais era José Serra. Ele era o único capaz de vencer Lula. Tinha pesquisa que até apontava vitória do então prefeito de São Paulo no primeiro turno. O que os tucanos fizeram? Escolheram um desconhecido nacionalmente para disputar as eleições presidenciais daquele ano. O primeiro lugar teve que ceder lugar para um desconhecido. Alckmin só era conhecido em São Paulo. No resto do país ele era famoso pelo apelido “picolé de chuchu”. Ele fala que nunca viu o primeiro lugar nas pesquisas abrir mão para quem está em terceiro. Pois é, eu já vi um político que estava em primeiro lugar e com grandes chances de vencer as eleições ceder o lugar para um “picolé de chuchu”. Alckmin deveria ser o último tucano a dar palpite. Mas, tem gente no ninho que dá trela para ele. Portanto, se alguma coisa acontecer de errado nas eleições de outubro e Dona Supla voltar a ser prefeita de São Paulo, coloquem na conta do “picolé de chuchu”.

Ele se apresentou


E não é que Silvio Pereira se apresentou a Subprefeitura do Butantã em São Paulo? Vamos esperar para ver qual trabalho ele vai fazer. Varrer rua, tapar buraco, desobstruir boca de lobo? Silvinho não tem direito de escolha. Ou faz o que mandam ou volta para o banco dos réus.

Eu não estou cansado

O novo secretário do Planejamento Oton Nascimento Júnior disse que o assunto da reforma administrativa já cansou. A mim não cansou. Continuo perguntando quando esta crise começou, como começou e porque começou. Até hoje o governo Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, não respondeu as perguntas feitas sobre a reforma. Eles dizem que as contas do estado estão melhorando. É mesmo? Eu quero saber quando, como e porque as contas do estado começaram a melhorar. Não, sr. Secretário, eu não me cansei do assunto da reforma administrativa. É o seu governo que se cansou de inventar desculpas para não responder as perguntas sobre a crise financeira do estado.

Aliança PT-PMDB

Os petistas estão doidos para fechar aliança com o PMDB nas principais capitais brasileiras. Em São Paulo, PT e PMDB estão próximos de fechar um acordo em torno da candidatura de Marta Suplicy para a Prefeitura de São Paulo. O deputado petista Henrique Fontana disse: Conversamos hoje [ontem] sobre a importância de criar um ambiente de governabilidade nacional, onde PT e PMDB têm muita importância em todo o país. Queremos construir um ambiente favorável em todo o país. É, pelo visto aqui em Goiânia o PT irá apoiar o PMDB de Íris Rezende. Não adianta Marina Santanna tentar melar o acordo. Sabe como é o PMDB apóia Lula e Lula é a coisa mais importante para o PT. Já estou vendo os petistas levantando a mão do velhinho dizendo: “Este é o nosso candidato”. Críticas do passado? O que importa mesmo é Lula. O resto é resto e o passado é passado.

É hoje

Segundo a Subprefeitura do Butantã Silvio Pereira, aquele fã do jipe Land Rover, deverá começar hoje a prestar serviços comunitários. Esta prestação de serviços é uma troca pela suspensão do processo do mensalão. Será que, finalmente, Silvinho vai colocar a mão na massa? Aguardemos.

Todo mundo tem carta branca de Lula

Lula continua a distribuir carta ou cheque em branco para seus aliados. Roberto Jefferson disse certa vez que Lula lhe daria um cheque em branco como prova de confiança. Pois é, o PT confiou tanto no general da tropa de choque do Collor que acabou resultando nas denúncias do mensalão. Ontem, a ministra do Turismo Marta Suplicy disse que Lula lhe deu carta branca. Ou ela fica no ministério, ou sai candidata à Prefeitura de São Paulo. Aí quando a coisa não dá certo Lula fala que não deu nenhuma carta ou cheque em branco. Ah, ele fala também que não sabia de nada. É aquela velha lorota que, infelizmente, nós acostumamos a ouvir. Guardemos bem: Lula deu carta branca para Marta Suplicy.

terça-feira, 18 de março de 2008

"O fim de um petista americano" por Olavo de Carvalho

O pessoal aí no Brasil não está entendendo direito o que aconteceu com o ex-governador de Nova York Eliot Spitzer. O sujeito parece vítima de perseguição moralista, mas não é nada disso. Primeiro, prostituição em Nova York não é crime nenhum. Crime – crime federal – é levar prostitutas de um Estado para fazer michê em outro. Isso é assim precisamente por causa da diferença entre as leis dos vários Estados, um restinho de federalismo que tem de ser respeitado, principalmente – ora bolas! – se você é governador de um dos Estados envolvidos. Segundo: Spitzer fez carreira no moralismo acusatório com tons anticapitalistas no mais puro estilo PT. Sua atuação lembra muito a de José Dirceu e Aloysio Mercadante nas célebres CPIs do começo da década de 90, cortando a esmo cabeças de culpados e inocentes e subindo aos píncaros da glória sobre montanhas de reputações destruídas. Não tem cabimento ficar com dó de um malicioso que se afoga no seu próprio veneno. O tipo de retórica de Spitzer é de sucesso muito fácil porque as mesmas multidões que se elevaram a um padrão de vida decente graças ao capitalismo ignoram como o sistema funciona, e guardam sempre um fundo de inveja rancorosa baseado na crença de que a riqueza de uns é obtida à custa do empobrecimento de outros. Ironicamente, essa crença é verdadeira no que diz respeito a todos os demais sistemas econômicos que já existiram no mundo – a comunidade agrária, o escravismo, o feudalismo e o socialismo. A diferença específica do capitalismo – e a única razão do seu sucesso – é que ele funciona precisamente ao contrário desses sistemas. É impossível um sujeito enriquecer por meio de investimento capitalista (mesmo puramente financeiro) sem espalhar riqueza pela sociedade em torno, mesmo que não queira fazê-lo. O capitalismo é em seu mecanismo mais íntimo um efeito multiplicador, que faz “justiça social” por automatismo, e o faz melhor do que qualquer governo soi disant idealista e humanitário. Vejam anualmente o index de Liberdade Econômica da Heritage Foundation e me mostrem um único regime intervencionista onde as pessoas tenham padrão de vida melhor do que nas nações de economia mais livre. No entanto, por força da sua mesma prosperidade incontornável, o capitalismo fornece a vastas multidões de classe média os meios de acesso à educação universitária e depois não tem como dar a essa gente uma função útil na economia. O remédio é expandir ilimitadamente a "indústria cultural" para dar emprego à nova classe ociosa. Resultado: aumenta a cada dia o exército de pseudo-intelectuais frustrados, ressentidos, ávidos de um poder à altura dos méritos ilusórios dos quais se imaginam portadores. O progresso do capitalismo cria inexoravelmente a cultura da revolta socialista. Não o proletariado, mas a arraia-miúda universitária – o "proletariado intelectual", como o chamava Otto Maria Carpeaux – é a verdadeira classe revolucionária. A composição sociológica de todos os partidos esquerdistas do mundo comprova isso da maneira mais patente. No entanto, não se pode dizer que Marx acertou nem mesmo nesse sentido imprevisto ao dizer que "o capitalismo traz em si a semente da sua própria destruição". A classe revolucionária não destrói o capitalismo: só o perverte mediante arranjos que elevam os revolucionários à condição de classe dominante ao mesmo tempo que mantêm em funcionamento aquele mínimo de liberdade de mercado sem o qual o socialismo, que só pode existir como promessa indefinidamente adiada, se transmutaria em realidade e se extinguiria automaticamente. A cultura do socialismo é a doença congênita do capitalismo avançado. Ele pode sobreviver indefinidamente a essa doença, mas à custa de destruir todos os bens culturais, morais e políticos que justificam a sua existência. A degradação da democracia genuína em "democracia de massas" – a ditadura da burocracia imperando sobre as formas vazias de instituições que perderam todo o sentido – é o preço de um capitalismo incapaz de criar uma cultura capitalista. Gerar e destruir incessantemente tipos como Eliot Spitzer e José Dirceu é apenas um dos vícios estruturais inumeráveis que constituem o repertório de possibilidades da "democracia de massas".
No comments
No documentário de Ben Stein, Expelled: No Intelligence Allowed , o dr. Richard Dawkins, que seus devotos consideram a encarnação mesma da razão científica em luta contra as trevas do obscurantismo e da superstição, faz uma revelação altamente significativa: ele não acredita no Deus dos cristãos e judeus, mas acredita... em deuses astronautas! Stein, que é um tremendo gozador, refreia-se e, por caridade, transmite a declaração sem comentários. Só não farei o mesmo porque não me sai da cabeça a frase célebre de G. K. Chesterton: "Quando os homens param de acreditar em Deus, não é que não acreditem em mais nada – eles passam a acreditar em tudo."

Lula e as medidas provisórias

Lula disse que é humanamente impossível governar sem medidas provisórias. É mesmo? Ele, quando era só um líder oposicionista, criticava os presidentes que emitiam medidas provisórias. Lula no poder faz o que os outros faziam e esconde suas críticas.

Eles vão com o velhinho

É bem capaz do PT daqui de Goiânia embarcar na candidatura de Íris Rezende nas eleições municipais de outubro. Dizem que os petistas estão divididos. Será? Eles vão com o velhinho e ponto final.

Que vergonha!

O PT de São Paulo está doidinho para apoiar o peemedebista Orestes Quércia. Eles apóiam Quércia se tiver apoio dele para a candidatura de Marta Suplicy a Prefeitura de São Paulo. Que vergonha! Os petistas paulistas sempre criticaram Orestes Quércia. Numa campanha eleitoral, Quércia disse que Lula não sabia nem dirigir um carrinho de pipocas. Em resposta, Lula disse que não roubava as pipocas. É, minha gente, o cara que não sabia dirigir carrinho de pipocas se alia ao ladrão de pipocas. Que vergonha!

O golpe eleitoral

Lula vai ampliar o Bolsa Família em ano eleitoral. É mais um golpe do petismo. Até quando vamos continuar assistindo Lula e seus aloprados passando por cima da Lei? Até quando vamos ver os aloprados petistas tentando calar o ministro do STF Marco Aurélio Melo quando este critica as atitudes lulistas populistas feitas neste ano que tem eleições? O Bolsa Família beneficiou Lula na campanha eleitoral de 2006. Amigo que é, companheiro que é, vai usar o mesmo artifício para eleger ou reeleger seus aloprados. É o golpe eleitoral de Lula em ação.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Um direitista discreto

Um amigo meu me disse que eu era um direitista discreto. Ele disse que eu não expressava minhas idéias num debate recheado de esquerdistas. Ele tem razão. Eu não participo de um debate recheado de esquerdistas. Claro, se eles me chamarem eu vou. Eu vou sabendo o jeito deles de debater: só eles têm razão e o resto é um bando de burgueses manipulados pela mídia. Debater com esquerdista é um saco, mas se eles me chamarem pra briga eu vou. Sou discreto mesmo, fico na minha. Mas experimenta me provocar.

Eles não são dos trabalhadores

Discutir com petista é um saco. Eles sempre estão com a razão. Eles sempre são os donos da verdade. No meio da discussão o petista bate no peito e fala que ele e o seu partido são os representantes do povo, representantes dos trabalhadores.
Por que estou falando isso? Porque o Seu Silvio Pereira não compareceu a Subprefeitura do Butatã em São Paulo para começar o seu trabalho na troca que ele fez com a justiça que julga os mensaleiros. Na hora do vamos ver, na hora desta cambada trabalhar eles fogem da raia. Que vergonha, Seu Silvio Pereira! Próxima vez que discutires com um petista e ele bater no peito afirmando em alto e bom som que é o representante dos trabalhadores lembre-se do Silvio Pereira. Na hora dessa gente pegar no batente eles fogem que nem o diabo corre da cruz.

Quem diria...

O PT goiano sempre foi contra o PMDB de Íris Rezende. E não é que o PT goiano quer apoiar o PMDB de Íris Rezende nas eleições de outubro? Não é só em Minas Gerais que o petismo alia com adversários. Aqui em Goiás é a mesma coisa. Em 2006 este mesmo PT aliou com o PMDB nas eleições para o governo do estado. Nunca me esquecerei do Pedro Wilson dividindo palanque com Íris Rezende. Nunca me esquecerei da Neyde Aparecida dividindo caçamba de camionete com Maguito Vilela. O PT briga com o PSDB, mas os dois se aliam em Minas Gerais. O PT briga com o PMDB, mas os dois se aliam em Goiás. É mole ou quer mais? Ovos podres e tomates amassados nos cocorutos dessa gente.

Até quando?

Está bem, porcada! Podem zuar com a nossa cara. Não é toda hora que vocês aplicam uma goleada como a de ontem. Também, onze anos sem ganhar do Tricolor Paulista. Mas, convenhamos, até quando o Valdivia vai ficar comemorando seus gols com aquele choro?

Enquanto isso na terra do mensalão...

Em Minas Gerais o PT está muito perto de fazer uma aliança com o PSDB para as eleições municipais de outubro. Quem diria os petistas e os tucanos juntos na terra do mensalão. Reparem que eles não sentem um pingo de constrangimento. Nem parece aqueles partidos no ano de 2005, cada um tentando esconder suas relações com o carequinha Marcos Valério. É, Paulo Betti, você estava certo quando disse: “Na política tem que enfiar a mão na merda mesmo”.

Falta pressão

Quando estoura algum escândalo político sempre se faz pressão pela criação de uma comissão de inquérito para apurar as denúncias. Infelizmente esta pressão só fica no pedido de CPI. Pressionar os deputados ou senadores para que trabalhem dignamente quase não acontece. É preciso pressionar mais a galera. É preciso fiscalizar mais os trabalhos das CPI’s. A oposição caiu no jogo governista. Os petistas adoram jogar fezes no ventilador. Eles sempre falam: “Ah, sempre foi assim”. Não me venham com essa conversa mole. Eram os petistas que batiam no peito dizendo que eram os mais éticos. É preciso pressionar esta cambada de mentirosos. Quem vai pressionar? A oposição já mostrou que não quer bater de frente com a petêzada e corre para defender o seu governo. Engraçado, eles só defendem o governo Fernando Henrique Cardoso quando o PT ameaça espalhar fezes pelo ventilador. É o petralhismo defendendo Lula e a oposição blindando Fernando Henrique Cardoso. No apagar das luzes essa gente faz um acordo, apaga a luz da sala da CPI e ninguém mais vai se lembrar dos escândalos que abalaram as paredes de Brasília. E aí, alguém vai ou não vai pressionar?

A semana inteira relembrando

Meu Deus! Esta semana promete. Vamos relembrar a goleada do Palmeiras sobre o São Paulo. Uma coisa é certa: o planejamento do Morumbi não deu certo. Até o Marco Aurélio Cunha não confia muito no São Paulo na Libertadores. Seria um ano perdido? Sei não. Temos ainda o Brasileirão. Até lá Adriano e Carlos Alberto já foram embora e, quem sabe assim, o São Paulo não volta a ser o time que era nos últimos anos.

domingo, 16 de março de 2008

Que desagradável

Não vou nem comentar o jogo do São Paulo contra o Palmeiras.

Vamos lá

Vai começar daqui a pouco o clássico São Paulo x Palmeiras. Vamos ver no que vai dar.

Só quer saber da verdade?

Marcondes Perillo esteve ontem no encontro do PSDB mulher em Mineiros, interior de Goiás. Ele disse que é importante a criação de uma CPI sobre os gastos do governo estadual. Segundo ele, “o PSDB quer sempre a verdade”. Será? Será que o PSDB do Marcondes quer mesmo a verdade? Em março de 2006, pouco antes de deixar o governo e tentar uma vaga no Senado, Marcondes concedia entrevistas dizendo que Alcides Rodrigues, o popular Cidinho, então vice-governador, assumiria o governo no dia 1º de abril de 2006 sem nenhum problema na estrutura do estado, que os tempos chuvosos já haviam passado. Agora nós vemos Cidinho, reeleito governador de Goiás, não dar conta do recado. Ele não consegue colocar estêstado para funcionar.
O PSDB do Marcondes não quer a verdade. Aliás, é sempre bom lembrar que Marcondes é o rei das propagandas enganosas aqui em Goiás. Vai ver este apoio a CPI dos gastos estaduais seja só um marketing, uma forma de blindar a sua imagem nestes tempos chuvosos de dinheiro escasso e escassas justificativas do Palácio das Esmeraldas para tantos problemas.

Oposição busca palanques ao lado de Lula

Por Letícia Sander
na Folha de São Paulo

Em contraste com o discurso da oposição sustentado sobretudo no Congresso, pelo país afora proliferam exemplos de oposicionistas "subindo no palanque" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob o pretexto de acompanharem lançamentos de obras e programas voltados a suas regiões de origem, políticos do DEM e do PSDB, por vezes, contrariam posições defendidas por seus comandos nacionais.Terça-feira passada, por exemplo, na inauguração de barragem no interior do Tocantins, o prefeito de Porto Alegre do Tocantins, Adeljon Nepomuceno de Carvalho (DEM), entre um elogio e outro lançados ao microfone, fez praticamente uma apologia do terceiro mandato do presidente.O prefeito, em conversa com a Folha, demonstrou o seu "pragmatismo" ao falar sobre a relação com o governo federal. "A gente que está aqui [cerca de 350 km de Palmas] depende das boas ações dos governantes. Nestes momentos, a gente não tem de ver o partido e sim o desempenho de quem está na linha de frente".No mesmo evento estava a deputada federal Nilmar Ruiz (DEM-TO). A congressista refuta o apoio a Lula. Explica que, no Tocantins, os democratas são aliados do governador Marcelo Miranda (PMDB), e que, portanto, estava no evento ao lado do "meu governador"."Para os prefeitos, de forma geral, a parceria com os governos do Estado e o federal é fundamental. Os prefeitos estão longe da política nacional, estão preocupados com questões locais", justifica. Ruiz deve disputar a Prefeitura de Palmas este ano. Na eleição de 2006, o presidente Lula, com quem a deputada dividiu o palanque na terça-feira, obteve 72,3% dos votos na cidade.Líder do DEM na Câmara, o deputado ACM Neto (BA) nega ruídos na posição do partido no plano federal e nos municípios. "É uma voz isolada [a defesa do prefeito de Porto Alegre do Tocantins], que não fala pelo partido. Prefeitos e governadores têm posição institucional, o que não tem nada a ver com apoio político ou eleitoral". Ele afirma, também, que não há nenhum "enfraquecimento interno" nas posições do partido. "Nossas diretrizes são apoiadas pelas bases", garante.No ninho tucano, também aparecem contradições. No final de fevereiro, durante lançamento do Territórios da Cidadania no Palácio do Planalto, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), não só estava presente como discursou, elogiando as ações de Lula.Dias depois, o partido do governador, aliado ao DEM, entrou com ação na Justiça contra o programa, tachado de "eleitoreiro". O lançamento regional do programa em Quixadá (CE) também teve a presença de prefeitos tucanos.O presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), não vê problemas na relação. "Relacionamento com o presidente da República não compromete ninguém. Ele é nosso adversário, não nosso inimigo", disse.Tida como normal pelas cúpulas partidárias, a participação em eventos ao lado de Lula não agrada a todos os oposicionistas. Prefeito do Rio, César Maia (DEM) recentemente recusou convite para subir no palanque de Lula em lançamento de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em três favelas da capital.

Governo quer conter ações de movimentos

Por Eduardo Scolese
na Folha de São Paulo

O governo federal deu início a um trabalho conjunto de logística e de inteligência que tem como objetivo impedir ações de movimentos sociais em áreas tidas como "prioritárias de infra-estrutura", ou seja, aquelas que, se afetadas de alguma forma, podem trazer prejuízos econômicos ao país.Barricadas em estradas, bloqueios em ferrovias e invasões a usinas hidrelétricas são exemplos já ocorridos e que, agora, o governo quer evitar -ou ao menos encontrar meios para amenizar seus efeitos.Nos últimos dias, integrantes desses movimentos invadiram uma carvoaria da Vale, no Maranhão, bloquearam uma ferrovia da mineradora, no interior de Minas Gerais, e montaram acampamento em frente ao canteiro de obras da hidrelétrica de Estreito (MA).O monitoramento dos serviços de inteligência aos movimentos sociais é antigo. Diante de uma alegada precaução econômica, tal ação desta vez será feita às claras, inclusive com a participação de ministérios.O primeiro passo, em curso e sob a coordenação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência, é identificar os pontos prioritários de infra-estrutura do país, no caso, instalações, serviços ou bens que, se de alguma forma forem destruídos ou interrompidos, irão provocar impacto social, econômico, político, internacional ou à segurança nacional.Concluída essa identificação, o segundo passo do governo será traçar um plano específico de ação para cada um deles, a depender sempre do grau de vulnerabilidade e de risco encontrado no local. Essa estratégia pode incluir o aumento da segurança local, o deslocamento de tropas do Exército e a criação de rotas alternativas, no caso de uma rodovia bloqueada, por exemplo.Exemplo: o governo identifica que determinado ponto de uma rodovia, usada para o escoamento de uma carga específica, tem sido alvo de bloqueios de sem-terra e que, nas imediações, não existe uma base militar. Dá-se início então a uma ação que pode incluir a fixação de uma base do Exército nas imediações e/ou a abertura de estradas vicinais que sejam usadas como rotas de fuga em caso de novas barricadas.Para evitar novas invasões de hidrelétricas, a idéia do GSI é que as usinas sejam orientadas a reforçar a segurança e a criar salas de comando alternativas.O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) informaram que, por ora, preferem não comentar o plano do governo.
Grupos ministeriais
A vigília aos movimentos sociais é só um braço de um plano nacional para evitar apagões em áreas prioritárias.Segundo portaria do GSI do mês passado, serão criados os GTSICs (Grupos Técnicos de Segurança de Infra-estruturas Críticas), formados por representantes do GSI, de ministérios e de entidades. Os grupos vão propor ações nas áreas prioritárias.