sábado, 16 de agosto de 2008

Tá errado

Abaixo postei uma matéria que saiu no Jornal do Brasil de 17 de agosto de 1977 falando sobre a morte de Elvis Presley. A reportagem fala que Elvis nasceu em 10 de abril de 1916. Que isso. Então ele morreu com 61 anos. Brincadeira... Corrigindo: Elvis nasceu no dia 8 de janeiro de 1935, portanto, há 31 anos ele morria aos 42.

31 anos sem Elvis Presley


Notícia publicada no Jornal do Brasil do dia 17 de agosto de 1977

Elvis Presley morreu aos 42 anos em Memphis, Tennesse, EUA. Seu empresário, Joe Esposito, encontrou-o inconsciente, caído no chão da sua casa. Elvis Aron Presley nasceu em 10 de abril de 1916 em Tupelo, no Mississipi. Foi o sobrevivente de dois gêmeos, e depois do parto sua mãe tornou-se incapaz de gerar mais filhos. O futuro Rei do Rock canalizou então todo o afeto dos pais. Morou com eles em condições precárias por bastante tempo, mas tudo mudaria para ele ­ e para a indústria americana do disco ­ com a gravação de aniversário para a sua mãe. Na primavera de 1954 um rapaz alto, de longas costeletas e pernas compridas, entrou na modesta gravadora Sun Records, em Memphis, e pagou US$ 4 para gravar um disco que daria à sua mãe de presente de aniversário. O controlador da mesa de gravação falou para Elvis que ele tinha uma voz incomum, e pediu-lhe para deixar o contato. Passou-se quase um ano até que ele recebesse um telefonema de Sam Phillips, da Sun Records, propondo-lhe gravar, como experiência, uma balada. Elvis começou a batucar no violão acompanhando-se em That's all right mama de uma maneira to- talmente original. Logo em segui- da, de um só fôlego, Elvis emendou I don't care if the sun goes down e Blue moom of Kentucky. As duas últimas músicas foram postas em disco e lançadas no mercado regional. Apenas uma semana depois, já haviam sido vendidas 7 mil cópias da gravação. Em 1955 Elvis foi contratado pela RCA e começaram os tours. Aos poucos ele descobria que podia fazer as platéias gritarem histericamente com o rebolado. O verdadeiro estouro veio em janeiro de 1956, quando a RCA lançou seu primeiro disco com Elvis Presley, Heartbreak hotel.

Pobres tucanos

Não me interessa saber a lista de amigos do governador Aécio Neves (PSDB-MG). Muito menos me interessa saber se ele e Lula têm uma relação pessoal. Ontem, Aécio disse que é amigo de Lula há muito tempo. Porém, ele não deixou de fazer algumas crítica ao governo petralha. Disse que Lula não investiu em segurança pública como deveria. Mas aí, depois da crítica, Aécio disse que, por ser de um partido de oposição, não poderia deixar de reconhecer os méritos do lulismo. O que ele citou como mérito lulista? A área econômica. Lula seguiu a risca o que o governo anterior (do partido de Aécio) fez no passado. Lula seguiu a risca o que sempre criticou. E o PSDB nem sabe fala sobre isso. E olha que não faltaram oportunidades. Na campanha presidencial de 2006 o então candidato Geraldo Alckmin nem sequer falou da continuidade da política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso. Pior: preferiu negar seu passado, suas convicções. Ver Alckmin negando as privatizações foi desagradável.
Pobres Tucanos... Desde 2003 na oposição e não sabem fazer oposição ao lulismo. Sempre a mesma ladainha: criticam para depois reconhecer os méritos. Mesmo que estes méritos sejam conseqüências da continuidade de uma política econômica iniciada por eles.

Para Aécio, Lula gasta mal

No Jornal do Brasil

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), destacou, ontem, sua relação de amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas afirmou que o governo federal "gasta mal". ­ Eu tenho uma relação pessoal com o presidente Lula que, às vezes, incomodava alguns parceiros meus de partido e jamais deixei de tê-la ­ disse. ­ Uma relação de amigo. Convivi com ele no Congresso. Jamais deixei de ter com ele essa relação antes dele ser presidente da República, antes de eu sequer pensar em ser governador do Estado. Mas jamais deixei de fazer minhas críticas pontuais. Acho que o governo gasta mal. Acho que o governo, no campo da segurança pública, poderia estar investindo mais. Aécio ainda reconheceu as virtudes do governo Lula: ­ Ao mesmo tempo, eu reconheço também que, por exemplo, na área econômica, o governo tem mérito, tem virtudes. Eu não acho que é porque alguém é de outro partido que só tenha defeitos. E, tampouco, acho que, por ser do meu partido, só tenha virtudes. Eu acho que a liberdade que tenho com o presidente e a minha responsabilidade como governador de Minas Gerais me obriga a reconhecer os avanços, as boas parcerias que tenho tido com o governo federal com as várias áreas, mas também me obriga, de forma muito clara, a dizer o que penso em relação aos equívocos do governo. O tucano fez críticas ao governo na área da segurança pública: ­ Eu acho que o governo federal não assumiu na dimensão que deveria assumir as suas responsabilidades na questão da segurança pública. E cito apenas dois exemplos: os recursos do Fundo Penitenciário e do Fundo Nacional de Segurança têm sido, constantemente, contingenciados.

E Sérgio Cabral?

As Forças Armadas foram chamadas para garantir a segurança das eleições neste ano. O que Sérgio Cabral Filho fez até hoje para combater a violência, a criminalidade do tráfico e das milícias. E César Maia? É melhor ele continuar no seu ex-blog, não é mesmo? Afinal, no final do ano ele vai embora. Está atestada a incompetência do governo do Rio de Janeiro. Então, que as Forças Armadas garantam a segurança.

Ataque atribuído às Farc mata 7

No Estadão

Pelo menos 7 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas ontem na explosão de uma bomba em uma pequena cidade colombiana, na Província de Antioquia (foto). O governador local, Alfredo Ramos, atribuiu o atentado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Um suspeito foi detido. De acordo com o jornal colombiano ?El Tiempo?, 17 feridos estão em estado grave, entre eles uma menina de 4 anos e um menino de 10. O atentado seria um dos mais graves realizados pela guerrilha.

Tarso, o manezão

Outra vez Tarso Genro fala asneira. Ele é o típico manezão. Acha que está abalando as estruturas quando, na verdade, não passa de um sujeito bobo, tosco. Uma hora ou outra ele ia acabar culpando a imprensa. Ontem, o manezão disse que a imprensa estaria despotencializando a Polícia Federal. É mesmo? Quem estaria fazendo isso? Ah, isso o manezão não fala. Este homem é valentão mesmo.
Tarso disse que quando os petralhas estavam sendo investigados não houve críticas à espetacularização e a ações persecutórias por escuta telefônica. Como criticar espetacularização se nem espetáculo teve nestas investigações? Alguém viu algum petralha sendo preso ou mesmo algemado no primeiro mandato de Lula?
Enquanto Tarso Genro, o manezão, diz as suas asneiras a Polícia Federal continua descontrolada. Ele poderia muito bem cuidar do Ministério da Justiça, mas prefere continuar na sua louca tentativa de abalar as estruturas. Não passa de um bobo, um tosco.

Tarso acusa mídia de ofensiva contra PF

Por Elder Ogliari
no Estado de São Paulo

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem que há "uma ofensiva de boa parte da imprensa" contra o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. A afirmação foi feita para cerca de 150 participantes de uma audiência pública sobre o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), promovida pela Comissão de Serviços Públicos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.Sem especificar em que meios vê a "ofensiva", Tarso deu a entender que acredita que a imprensa mudou sua postura à medida em que as investigações do Ministério Público e da Polícia Federal atingiram setores da elite econômica do Brasil. O ministro afiormou que, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando os inquéritos investigavam integrantes do PT, "também num trabalho sério", não havia críticas à "espetacularização e a ações persecutórias por escuta telefônica". Naquela época, acredita o ministro, havia "uma espécie de incensamento um pouco exagerado às ações".Na avaliação de Tarso, num segundo momento do governo Lula, depois de ser reequipada, a Polícia Federal passou a trabalhar de maneira "isenta", sem obedecer a critérios políticos, de classe ou funcionais."Essa neutralidade talvez incomode um pouco e confunda os observadores", reiterou o ministro, para quem a imprensa pode estar fazendo "um trabalho de despotencialização de um braço policial do Estado, que adquiriu uma nova dimensão republicana".O ministro insistiu em lembrar que o manual de procedimentos da Polícia Federal, criado em sua gestão, impede a exibição de presos à mídia, mas admitiu que, por violações ao código ou por esforço próprio dos jornalistas, a imprensa eventualmente consegue fotografar a detenção ou condução de pessoas. Ele ressaltou que o desrespeito às regras da PF deve ser punido e que não se pode coibir o trabalho da imprensa.
ALGEMAS
Tarso confirmou que, na segunda-feira, discutirá com a assessoria jurídica do ministério e com dirigentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal a aplicação da súmula do Supremo Tribunal Federal que limita o uso de algemas a casos em que o preso oferece grande possibilidade de agressão ou fuga e exige um relatório justificando o seu uso.As novas normas, acredita o ministro, ampliam o arbítrio do agente policial, que terá de avaliar no ato se a algema é necessária ou não, e geram "uma certa burocracia operacional''.Tarso adiantou a orientação que levará para a reunião, indicando que haverá casos em que a justificativa terá de ser escrita pelo agente antes da ação, se a prisão for de pessoa notoriamente perigosa, e depois, se a reação do detido exigir.

O mundo pirou

Espere um pouco. Que mundo é esse? A Rússia fala que a Polônia pode virar alvo de um ataque nuclear por conta da base antimísseis que os Estados Unidos pretendem instalar no seu território. Cadê os pacifistas de plantão? Cadê Bono Vox? Cadê os homens e as mulheres de bom coração que cantam “Give peace a chance” nas ruas quando alguma guerra está prestes a começar? O mundo não mudou. O mundo pirou. Estamos todos loucos. Deixem a Rússia fazer o que ela quiser. Depois não reclamem das conseqüências e nem cantem “Imagine” pelas ruas.

General russo diz que base antimísseis dos EUA expõe Polônia a ataque nuclear

Na Folha de São Paulo com agências internacionais

A Rússia reagiu ontem em várias frentes ao pré-acordo assinado pela Polônia para receber parte do escudo antimísseis que os EUA pretendem instalar no Leste Europeu. O presidente, Dmitri Medvedev, disse que a medida "tem claramente a Rússia como alvo". O número dois do Exército, Anatoli Nogovitsin, foi mais enfático e afirmou que a Polônia torna-se potencial alvo de ataque nuclear.Pelo documento, assinado anteontem, Varsóvia compromete-se a receber, até 2012, dez interceptadores de mísseis, em troca do reforço na cooperação militar e de defesa com Washington. O governo americano diz que o escudo, que contará ainda com um radar na República Tcheca, será uma defesa contra países como o Irã.Em entrevista coletiva ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, na cidade de Sochi, no litoral do mar Negro, Medvedev disse que o escudo "mira a Rússia". Para ele, o momento do anúncio foi escolhido deliberadamente e "comprovando tudo o que viemos dizendo recentemente" sobre o projeto.Em uma declaração alguns graus mais forte, Nogovitsin disse que a decisão de Varsóvia expõe a Polônia a um ataque, de acordo com a agência russa Interfax. O general, segundo na hierarquia militar, ressaltou que a doutrina russa prevê o uso de artefatos nucleares "contra aliados de países que possuem armas nucleares se de alguma forma os ajudarem".Dmitri Rogozin, enviado de Moscou para a Otan, a aliança militar ocidental da qual a Polônia faz parte, disse que o escudo antimísseis "não é contra o Irã, mas contra o potencial estratégico da Rússia". O chanceler russo, Sergei Lavrov, cancelou uma visita diplomática que faria à Polônia em setembro, segundo diplomatas poloneses.Em Tbilisi, ao lado do georgiano Mikhail Saakashvili, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, rebateu as acusações dizendo que Washington buscou trabalhar com Moscou para dirimir as suspeitas russas. À BBC, o chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, disse que a decisão nada tem a ver com o conflito na Geórgia.

PT pede que Lula vá a 40 cidades no 1º turno

Por Fábio Zanini, Letícia Sander e Simone Iglesias
na Folha de São Paulo

O PT fechou um roteiro da participação de Lula e dos ministros petistas nas eleições. Ao presidente foi apresentada uma proposta oferecendo um cardápio de 40 cidades a serem visitadas antes do primeiro turno. Para os ministros, o PT estimula a entrada desde já na campanha e solicitou que eles deixem pelos menos dois finais de semana livres para ajudar os candidatos da base.No caso do presidente, o PT listou municípios médios e grandes em que a presença de Lula no palanque petista não geraria grandes traumas na base aliada. O Palácio do Planalto deve dar uma resposta ao partido em até duas semanas.O PT incluiu na lista, segundo a Folha apurou, campanhas de São Paulo, Curitiba, Vitória, Natal e São Bernardo. Nessas cidades, a base está unida em torno de um só nome, ou com dissidências pontuais -caso do PC do B em Curitiba.A Direção Nacional do partido sabe que o presidente não irá às 40 cidades, mas ficará satisfeita se ele for a algo em torno de 10 ou 15. Segundo a proposta do PT, Lula viajaria nos finais de semana, começando pelo último de agosto, e manteria a rotina em setembro.Outras siglas também já enviaram ao Planalto pedidos para que o presidente visite algumas cidades ou grave programas para candidatos. Todos os dias chegam solicitações nesse sentido ao chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, ou ao ministro José Múcio (Relações Institucionais), responsável pela coordenação política.Na semana passada, Múcio entregou a Lula um mapa com cerca de 15 cidades onde há relativa paz entre os partidos aliados. Estão nessa lista Vitória, Natal, João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB). Segundo o Planalto, não há decisão do presidente sobre as visitas.No caso dos ministros, o PT pretende alugar jatinhos e pagar hospedagem e alimentação para que eles -especialmente Dilma Rousseff (Casa Civil), Tarso Genro (Justiça), Fernando Haddad (Educação) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social)- emprestem sua popularidade. A estratégia é levar Dilma a três palanques: Marta Suplicy, candidata em São Paulo; Gleisi Hoffmann, que disputa em Curitiba, e Maria do Rosário, em Porto Alegre. Ontem, Dilma esteve em ato de Gleisi.A Patrus caberá ajudar candidatos do PT em regiões de maior adesão ao Bolsa Família. Os ministros já vêm intensificando suas agendas em seus Estados de origem. Paulo Bernardo (Planejamento), marido de Gleisi, costuma ir a Curitiba às sextas para ajudar na campanha petista.

Marta abre 15 pontos sobre tucano, diz Ibope

Na Folha de São Paulo

Marta Suplicy subiu sete pontos percentuais na corrida pela prefeitura, de acordo com o Ibope, e abriu uma vantagem de 15 pontos sobre o segundo colocado, Geraldo Alckmin.A petista aparece com 41% das intenções de voto, segundo pesquisa divulgada ontem. O tucano, que tinha 31% em julho, caiu para 26%.A margem de erro do levantamento, encomendado pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", é de três pontos para mais ou para menos.O prefeito Gilberto Kassab (DEM) continua empatado na terceira colocação com Paulo Maluf (PP). Ele oscilou de 10% para 8%, enquanto o ex-prefeito manteve seus 9%.Soninha (PPS) continua com 2%. Ivan Valente (PSOL) atingiu 1%. Ciro Moura (PTC), que antes tinha 1%, agora não pontuou. Os votos brancos e nulos somam 7%, 5% não sabem em quem votar ou não opinaram.Com 41%, Marta, para vencer no primeiro turno, precisa ter mais pontos do que a soma de todos os seus adversários, que, hoje, têm juntos 46%.O Ibope ouviu 805 pessoas entre os dias 12 e 14 deste mês. O levantamento foi registrado na 1ª Zona Eleitoral da capital sob o número 01700108-SPPE.A divulgação da pesquisa ocorre às vésperas do início do horário eleitoral gratuito de rádio e TV, que começa a ser veiculado a partir de terça-feira da semana que vem, com os candidatos à Câmara Municipal. No dia seguinte, serão veiculados os primeiros programas da campanha majoritária.Nas simulações de segundo turno, Marta conseguiu superar Alckmin numericamente, mas, por conta da margem de erro, o empate técnico permanece. A situação dos dois candidatos praticamente se inverteu. Marta subiu de 43% para 47%, enquanto Alckmin caiu de 47% para 42%, aponta o Ibope.Num eventual segundo turno, Marta venceria Kassab por 55% a 30%. Se a disputa fosse entre Alckmin e Kassab, o tucano ganharia com 57%, contra 20% do democrata.

Cabral pede ajuda do Exército na campanha eleitoral do Rio

Por Raphael Gomide
na Folha de São Paulo

Um dia após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizar o emprego das Forças Armadas nas eleições no Rio, o governador do Estado, Sérgio Cabral, enviou ontem ofício ao TSE pedindo tropas federais para atuar na segurança pública durante o período eleitoral "o mais breve possível". Ele disse que "seria um belo presente" se ficassem no Rio após a eleição.O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) apoiou a decisão. Até o início da noite de ontem, o Exército informou não ter recebido ofício do TSE requisitando sua atuação no Rio. No texto enviado ao presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, Cabral diz que o governo é "favorável a qualquer medida que tenha por fim dar maior segurança aos seus habitantes" e que "a vinda de forças federais se soma ao esforço do nosso governo no combate à criminalidade"."Gostaria que as forças federais viessem para cá o mais breve possível, para nos ajudar a combater a criminalidade e a garantir o ir e vir de candidatos e da imprensa. Vejo isso como uma parceria fundamental. E, de preferência, ficar para nos ajudar", disse Cabral: "O que o povo do Rio de Janeiro deseja é o combate à criminalidade, a tranqüilidade da sociedade e as forças federais podem colaborar muito. Já estão colaborando, mas vindo mais, vindo Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional, o que vier será bem-vindo para o Rio".A decisão do TSE contrariou afirmação anterior de Ayres Britto, que não via necessidade da ida das Forças Armadas ao Rio. O TSE disse ter levado em conta documento em que o procurador-geral de Justiça do Rio, Marfan Vieira, descreve o cenário como "desolador".Ayres Britto disse que irá fazer um trabalho de mapeamento para saber em quais áreas as Forças Armadas deverão atuar. Ele quer se reunir com os ministros Tarso Genro (Justiça) e Nelson Jobim (Defesa), além de representantes do Estado: "A idéia é identificar pontos de maior fragilidade estrutural, de maior dependência dessa influência nociva das duas forças, do tráfico e das milícias, de modo mais direcionado", disse.
"Ruído de convivência"
A Secretaria de Segurança não sabe se os militares ocuparão as favelas onde houve denúncias de que candidatos e jornalistas foram impedidos de circular ou se dará apoio ao TRE na fiscalização e retirada de cartazes de candidatos "únicos" em favelas. O secretário José Mariano Beltrame sempre foi contrário às Forças Armadas no patrulhamento ostensivo. Ele defende o apoio logístico e de inteligência. Beltrame reclama que o Exército nunca se prontificou a fornecer o material pedido pelo Rio para combater a criminalidade.Cabral criticou o general Luiz Cesário da Silveira Filho, comandante do Comando Militar do Leste: "Aqui no Rio há um certo ruído de convivência, diria francamente, com o Comando do Exército local. Mas isso é um detalhe. A relação com o ministro da Defesa é muito boa, com o comandante do Exército é excepcional, com o presidente da República é pública e notória. O detalhe de o Comando Militar do Leste estar na mão de um general que não é muito proativo não compromete. Para o comando dessa operação virão outros oficiais das Forças Armadas".Por meio do Centro de Comunicação do Exército, Cesário afirmou que "todos os pedidos que o governador fez para empregar o Exército em segurança pública foram em desacordo com o estamento jurídico e por isso não atendeu".

"Dantas, o aborrecido" por Diogo Mainardi

Meu filho torceu o pé. Ainda bem. Parei de assistir ao depoimento de Daniel Dantas na CPI dos Grampos e fui pegá-lo na escola. Se meu filho torcesse o pé mais vezes, minha rotina seria infinitamente mais gratificante: mais tempo com ele e menos tempo com Daniel Dantas.
O que penso sobre Daniel Dantas é mais ou menos o que penso sobre Lula. Mas Daniel Dantas é mais aborrecido. Ele diz tudo pela metade. Depois nega. Quando foi preso, VEJA listou algumas perguntas que ele teria de responder. Imediatamente, juntei-me ao coro: "Fala, Dantas!". E o que ele fez no depoimento à CPI dos Grampos? Contando com o medo e com o espantoso despreparo dos parlamentares, fez o mesmo de sempre: falou apenas pela metade. Ou metade da metade. Depois negou.
Dois anos atrás, depois de interrogá-lo para a coluna, desisti de tentar arrancar respostas de Daniel Dantas. Era uma perda de tempo. Concluí que só a lei poderia obrigá-lo a esclarecer os negócios nebulosos em que ele se metera, dos tempos de Fernando Henrique Cardoso até hoje, com a compra da Brasil Telecom pela Oi. Por isso, comemorei quando ele foi preso. Ele e Naji Nahas.
Comemorei também por um fato pessoal, menorzinho. Eu sou pessoal. Eu sou menorzinho. Nos últimos anos, fiz uma montanha de artigos sobre o assunto, denunciando a promiscuidade entre as empresas de telefonia e o lulismo. Analisei cada detalhe dos documentos que recebi. Um dia, depois de esgotar o tema, enfiei o material numa pasta e encaminhei-o ao Ministério Público Federal. Mais especificamente, ao procurador Rodrigo de Grandis. Quando Daniel Dantas e Naji Nahas foram presos, descobri que o procurador conduzia o inquérito contra os dois. Como confio inteiramente nele, sei que algumas de minhas perguntas agora podem ser respondidas.
Na CPI dos Grampos, falou-se sobre a Kroll. Acompanhei de perto essa história. Daniel Dantas espionou a Telecom Italia. A Telecom Italia reagiu espionando Daniel Dantas. A magistratura italiana está processando a turma da Telecom Italia. À magistratura brasileira cabe processar Daniel Dantas. Simples? Simples. Em seu depoimento, Daniel Dantas se apropriou malandramente de uma das teses de seus inimigos: a de que o processo italiano o inocentaria. É mentira. O Ministério Público italiano demonstrou que Daniel Dantas foi espionado, mas o que consta de todos os documentos é que ele também mandou espionar, e mandou espionar antes. Por que Daniel Dantas se defende citando o processo italiano? Porque ele sabe que ninguém pretende tocar num assunto que pode importunar o governo. O álibi perfeito.
O pé de meu filho sarou. Obrigado pelo interesse. O procurador Rodrigo de Grandis continua trabalhando. Eu sei disso. Daniel Dantas ainda é uma perda de tempo. Esgotei o que eu tinha a dizer sobre ele.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Dança, dança, dança

Dilma Rousseff vai participar de campanhas eleitorais neste ano. Como sabemos as campanhas exigem que os candidatos que delas participam façam coisas ridículas, chamem a atenção do público e da imprensa. Lula é um caso a parte. Ele, mesmo quando não é época de eleição, é um ser ridículo. É ridículo ver Ciro Gomes dançando xaxado. É ridículo ver José Serra tentando dançar pagode. Mas, eles estão aí para isso, para fazer palhaçada em busca de voto.
Ao ler a notícia que Dilma vai participar de campanhas eleitorais neste ano a minha mente voou outra vez. Imagino ela dançando xaxado, bolero, samba, funk... Funk! Imagine Dilma dançando creu. Meu Deus! Dança, dança, dança, dança...

Quem diria...

Quem diria que um seminário estrelado por Paulo Maluf seria disputado por estudantes... O Jornal do Brasil de hoje questiona o marasmo do movimento estudantil nesta campanha. Parte do movimento apóia Lula. A outra parte aplaude Maluf.

Cabral vai pedir Força Nacional para garantir segurança antes e depois das eleições

Por André Zahar
na Folha online

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse hoje que é favorável ao envio das forças federais --Forças Armadas e Força Nacional de Segurança-- para auxiliar nas eleições do Estado. Ele disse que enviará ainda hoje um ofício ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, pedindo o envio de reforço na segurança das eleições.
"Para mim, não há o menor problema que as forças federais venham ao Rio nos ajudar. Se o governo tiver que ser a autoridade a solicitá-las, eu oficializo agora essa solicitação. Já disse ao presidente do TSE que é o meu desejo que venham", disse ele hoje antes de participar um seminário na Fecomercio.
Ele pediu que os militares da Força continuem atuando no Rio após o período eleitoral. "Se puderem continuar, vai ser um presente", afirmou. "As forças federais são muito bem vindas no Rio. A população do Rio necessita de tranqüilidade no período eleitoral e fora do período eleitoral."
Cabral não soube dizer quantos homens das forças federais serão alocados no processo eleitoral do Estado nem quando a ajuda chegará.
Os ministros do TSE decidiram nesta quinta-feira, por unanimidade, enviar homens das Forças Armadas para o Rio de Janeiro. Para isso, o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, disse que era preciso aguardar a requisição do governador Sérgio Cabral.
O presidente do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro, desembargador Roberto Wider, manifestou apoio à decisão do TSE de envio de homens das Forças Armadas para as eleições locais.
"Eu e o ministro Britto [presidente do TSE, Carlos Ayres] conversamos longamente ainda na noite de quinta-feira e manifestei meu total apoio às decisões do TSE, inclusive colocando à disposição desse esforço toda a estrutura do TRE do Rio de Janeiro. Há uma sintonia muito grande nas nossas visões e preocupações, de maneira que a Justiça Eleitoral vai continuar trabalhando unida para garantir a segurança, a tranqüilidade e a lisura das eleições de 2008", afirmou Wider.
No final do mês passado, o TRE-RJ, TSE e equipe de Cabral começaram a discutir o possível envio da Força Nacional para as eleições do Rio. Na ocasião, o governo do Estado disse que o pedido deveria ser feito pela Justiça Eleitoral. Mas o TRE e TSE afirmaram que a solicitação deveria partir de Cabral.

Ainda bem

Gilberto Kassab (DEMO) esteve ontem no Santuário do Terço Bizantino acompanhando uma missa celebrada pelo Padre Marcelo Rossi. Teve bolo, velas e o “parabéns pra você”. Num determinado momento da missa Padre Marcelo pergunta para Kassab qual música seria tocada: ou “Eu celebrarei”, ou “Forró de Jesus”. O que? “Forró de Jesus”? Confesso que já tive certa simpatia pelo padre cantor. Hoje o repudio. Ele esteve presente na Festa do Divino Pai Eterno em Trindade. Eu, é lógico, não fui.
Mas eu fiquei curioso para saber como é este forrozinho. Imagino Padre Marcelo Rossi dançando dois passinhos para a direita e mais dois para a esquerda.
Ano passado o Papa Bento XVI esteve no Brasil. Muitos só prestaram atenção nos seus gestos para comparar com seu antecessor. O papa não teve o privilégio de ver seu sacerdote com uma sanfona na barriga dançando dois passinhos para a direita e mais outros dois para a esquerda. Ainda bem! O fundamental foram as homilias maravilhosamente escritas por Sua Santidade. São pensamentos que nos fazem refletir sobre a nossa vida de cristão. Ainda bem que o Padre Marcelo não dançou o “Forró de Jesus” para o papa. Bentão foi poupado desta cena ridícula

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O trânsito de Goiânia

Está cada vez mais difícil andar de carro aqui em Goiânia. A cidade não é tão grande para ter a quantidade de carros que circulam por aqui. Tudo isso sem contar as motos... Os nossos ilustres candidatos apresentam suas propostas. No papel é uma maravilha, mas na prática... Quero ver se eles vão ter peito de enfrentar a fúria dos motoristas quando começarem as obras das trincheiras ou a construção do metrô. Mas é preciso fazer alguma coisa. Resta saber se o vitorioso de outubro vai ter peito de cumprir suas promessas e a fúria dos motoristas.

TSE autoriza envio das Forças Armadas para o Rio, se governador pedir

Por Diego Abreu
no G1

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou nesta quinta-feira (14) o envio das Forças Armadas para reforçarem a segurança na campanha eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, mas com a condição de que o governador Sérgio Cabral faça um pedido oficial.

O anúncio foi feito pelo presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, durante sessão ordinária do tribunal, em Brasília.

Pelo entendimento do TSE, Britto poderá determinar o deslocamento das tropas, em caso de um pedido de Cabral, sem ter de submeter o tema ao plenário do tribunal.

Segundo o presidente do TSE, ele já conversou três vezes por telefone com o governador Sérgio Cabral, que teria reiterado o desejo do estado em contar com o reforço de homens das Forças Armadas para garantir a segurança nas eleições.

Situação real

Logo no começo da sessão desta noite do TSE, Ayres Britto, que visitou o Rio na última segunda (11), apresentou aos colegas ministros a real situação do estado.

Segundo ele, dois movimentos fora da lei atuam no estado: grupos de traficantes de entorpecentes e forças milicianas. “Ambos estão a patrocinar candidaturas próprias e nessa medida têm dificultado a candidatura de quem não recebe esse apoio, de quem atua independentemente desses dois segmentos”, destacou Britto. O presidente do TSE afirmou também que a situação compõe um quadro extremamente preocupante. Segundo ele, a violência no Rio abate três direitos legítimos: ao voto livre por parte dos cidadãos; aos candidatos de fazerem suas campanhas livremente; e a imprensa de realizar a cobertura da campanha eleitoral.

Na segunda, durante reunião no Rio de Janeiro, representantes dos governos federal, estadual e da Justiça Eleitoral decidiram que não seriam convocadas "neste momento" forças federais de segurança para atuar durante a campanha eleitoral no Rio.

Nunca vi petralha preso

Tarso Genro disse hoje que ao se limitar o uso das algemas a Polícia Civil pode se tornar mais violenta. Disse o valentão: Isso aí [a restrição ao uso de algemas] pode gerar uma reação mais violenta na pessoa [um eventual preso], o que leva a Polícia Civil a ter mais violência para se proteger. É mesmo? Eu nunca vi nenhum petista algemado. Fico agora imaginando Delúbio Soares algemado. José Dirceu algemado. José Genoino algemado. Lula algemado. Fico imaginando o que estes caras podem fazer e como a polícia vai revidar.

Já tem olho grande

Antes do PAC começar já tinha empresa de olho na quantidade enorme de dinheiro que Lula liberaria. Já tinha esquema pronto para superfaturar as obras. Lula disse hoje que o lucro do petróleo descoberto na Bacia de Santos deveria ficar no Brasil. Pode ter certeza que já tem gente de olho grande na Bacia de Santos. Pode ter certeza que esquemas de desvio de verbas estão sendo armados.

Rússia rompe trégua; EUA elevam tom e anunciam ajuda à Geórgia

No Estadão com agências internacionais

Tanques e soldados russos continuaram ontem a avançar sobre cidades da Geórgia, violando o cessar-fogo acertado na véspera entre Moscou e Tbilisi. Os relatos do governo georgiano, confirmados por jornalistas e organizações internacionais, levaram os Estados Unidos a intervir mais diretamente no conflito.
O presidente americano, George W. Bush, exigiu ontem que a Rússia cumpra a promessa de suspender operações militares e anunciou que enviará ajuda humanitária por meio de aviões e navios militares à Geórgia, como informa de Washington a correspondente Patrícia Campos Mello. "Os EUA estão do lado do governo eleito democraticamente da Geórgia e insistem que a soberania e a integridade territorial do país devem ser respeitadas", disse Bush, pedindo que os russos respeitem o cessar-fogo. "A Rússia deve manter sua palavra e agir para encerrar a crise."Bush também ameaçou com um boicote contra Moscou em instituições internacionais. "A Rússia tem tentado se integrar nas estruturas diplomáticas, econômicas, políticas e de segurança do século 21 e os EUA têm apoiado esses esforços. Agora, a Rússia está arriscando suas aspirações ao agir na Geórgia de forma inconsistente com essas instituições", disse o presidente americano.
ISOLAMENTO
Segundo analistas, os EUA e a União Européia (UE) podem tentar isolar a Rússia no G-8, vetar a entrada do país na Organização Mundial de Comércio (OMC) e adiar a conclusão do acordo de parceria e cooperação entre Rússia e UE, além de suspender a concessão de vistos para empresários russos. Mas o Pentágono descartou a possibilidade de qualquer tipo de intervenção militar.Saakashvili havia interpretado a operação americana de ajuda como uma decisão de defender os portos e aeroportos da Geórgia, mas funcionários do Pentágono deixaram claro que esse não era o caso.Reunidos em Bruxelas, os chanceleres dos 27 membros da UE concordaram em enviar observadores para a Ossétia do Sul para supervisionar o cessar-fogo. A decisão deixou claro um racha no bloco. Grã-Bretanha e os países do Leste Europeu são favoráveis a ações mais duras, enquanto França, Itália e Alemanha preferem uma atuação diplomática menos agressiva.
RESPOSTA
A Rússia não gostou do tom usado pelos americanos. Em Moscou, o chanceler russo, Sergei Lavrov, respondeu ao presidente Bush afirmando que os EUA devem se decidir entre uma parceria com o Kremlin ou com a liderança georgiana, que ele descreveu como um "projeto virtual" da Casa Branca. "Entendemos que a atual liderança da Geórgia é um projeto especial dos EUA. Mas, um dia, os EUA terão de escolher entre apoiar um projeto virtual ou engajar-se em uma parceria real com a Rússia, que requer ação conjunta", afirmou Lavrov. No sinal de apoio mais importante dado por Washington desde o início do conflito entre russos e georgianos pelo controle da província separatista da Ossétia do Sul, Bush disse que enviará a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, à França e à Geórgia para discutir a paz na região. Condoleezza chega hoje a Paris para reunir-se com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, antes de seguir para Tbilisi. "Não estamos em 1968 e isso aqui não é a invasão da Checoslováquia, quando a Rússia podia ameaçar seus vizinhos, ocupar a capital, derrubar o governo e não sofrer as conseqüências. As coisas mudaram", disse Condoleezza antes de partir.Segundo o governo da Geórgia, mesmo após o acordo de cessar-fogo, os russos continuaram a bombardear a cidade de Gori e a saquear casas e edifícios públicos em território georgiano. Moscou nega a acusação, mas relatos de jornalistas confirmam que os combates continuam (leia mais na página A13). Testemunhas disseram que o Exército da Rússia estabeleceu dois pontos de controle a poucos quilômetros de Gori, que teria sido ocupada por tanques russos. O governo de Moscou negou, mas imagens de TV mostraram que pelo menos 50 tanques entraram ontem na cidade. Na Abkházia, os rebeldes separatistas teriam fincado uma bandeira às margens do Rio Inguri, também na Geórgia. A Rússia teria se retirado da cidade de Zugdidi, mas os rebeldes abkházios mantiveram o controle da Garganta de Kodori, que estava sob poder de Tbilisi antes do conflito.Rússia e Geórgia divulgaram ontem um balanço das vítimas militares. Moscou diz ter perdido 74 soldados e Tbilisi, 175.

Enquanto isso...

Enquanto isso a Rússia continua avançando sobre as cidades da Geórgia. O esquerdismo ainda predomina. Imagine se fossem os Estados Unidos avançando. Ah, quanta chiadeira. Como é a Rússia o silêncio impera.

STF reage ao uso de algemas por federais

Por Luiz Orlando Carneiro
no Jornal do Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) reagiu com indignação à insistência da Polícia Federal no uso indiscriminado de algemas na prisão de investigados em suas operações. Aprovou, na sessão plenária de ontem, o texto da 11ª Súmula Vinculante ­ a mais detalhada e contundente até hoje redigida ­ a partir da decisão tomada por unanimidade, semana passada, que anulou o julgamento de um réu, acusado de homicídio, por ter sido mantido algemado à frente dos jurados, por ordem da juíza. Depois de contribuições e veementes intervenções de vários ministros, a súmula ficou com o seguinte enunciado: "Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado". O tribunal decidiu também dar às súmulas vinculantes "caráter impeditivo de recursos". O "esboço de verbete" inicialmente proposto pelo ministro-relator, Marco Aurélio, limitava-se a proclamar que "a utilização de algemas, sempre excepcional, pressupõe o real risco de fuga ou a periculosidade do conduzido, cabendo evitá-la, ante a dignidade do cidadão". O ministro Cezar Peluso apresentou um enunciado mais rigoroso, que deixasse claras as conseqüências jurídicas de seu descumprimento. ­ Parece que estamos vivendo uma época surrealista ­ afirmou. ­ Qualquer agente policial sabe distinguir se deve ou não usar algemas. Na súmula, devem ficar claras as responsabilidades de agir dos policiais, do Ministério Público, do diretor da Polícia Federal e dos juízes. É nas mãos deles que está o dever de resguardar o que está na Constituição. Integridade física Marco Aurélio e os demais mi- nistros concordaram com a intervenção de Peluso, na linha do dispositivo constitucional fundamental da "dignidade da pessoa humana" e do dispositivo do artigo 5º, pelo qual "é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral". Celso de Mello afirmou que a prisão "não pode ser uma cerimônia de degradação moral, fora dos limites do bom senso e do que já está previsto em lei, até no Código de Processo Penal Militar". E acrescentou: ­ Não se questiona que cabe ao agente policial uma avaliação das circunstâncias e das situações em que se impõe o uso de algemas. Manuais de operações (policiais) não podem sobrepor-se à Constituição e às leis da República. Desafiar o STF é um exercício inútil. Menezes Direito foi também veemente: ­ O que estarrece é que, diante de decisão já tomada pela Corte, um delegado da PF simplesmente queira desqualificá-la. Temos que explicitar que o descumprimento desta súmula traz conseqüências, como crime de desobediência, no plano penal. De acordo com a Lei 11.417/06, o STF pode, "após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação (...) terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal".

Sempre bronzeados

Outra Olimpíada e outra vez o Brasil voltará da China bronzeado. Será? Será que os nossos atletas ganharão só medalha de bronze? Ah, como eu me lembro da euforia criada nos Jogos Pan-Americanos por conta das medalhas de ouro que o Brasil ganhou. Ah, como foi bom ver a equipe de basquete comemorando a vitória que lhe garantiria o ouro fazendo a popular “Dança do Siri” e Galvão Bueno anunciando a dança em plena transmissão da Globo. Pois é, minha gente! Não é bom comemorar tanto assim, achar que tudo está uma maravilha. Não, minha gente! Não está uma maravilha. Li no Blog do Juca Kfouri que apenas 12% das nossas escolas contam com área de esporte. Se as coisas continuarem do jeito que estão sempre voltaremos dos jogos olímpicos sempre bronzeados.

Governo veta concessão no pré-sal

Por Christiane Samarco, Ribamar Oliveira e Sérgio Gobetti
no Estadão

O governo do presidente Lula já tem definidas as quatro grandes linhas estratégicas para a exploração de petróleo na camada do pré-sal: 1) serão garantidos os blocos já leiloados e respeitados os contratos assinados; 2) não será mais concedido à iniciativa privada ou à Petrobrás nenhum novo bloco nessa área ou na franja do pré-sal, pois Lula decidiu que o regime a ser adotado será o de partilha de produção; 3) será mesmo criada uma empresa estatal, não operacional, para gerir todos os contratos de exploração do pré-sal; 4) o Brasil terá um regime misto de exploração do petróleo, sendo de concessão para áreas de alto risco exploratório e de partilha de produção para o pré-sal.A nova estatal não vai concorrer com a Petrobrás nem com as demais companhias petrolíferas, nacionais ou estrangeiras, mas, na prática, as novas regras não mais permitirão que empresas privadas tenham concessões para explorar o petróleo em campos do pré-sal. A ordem do Planalto é esta: "Descobertas futuras ficam totalmente com a União e com o Brasil".Sobre contratos já assinados, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), foi categórico: "É preciso que fique bem claro que nada afetará os contratos existentes. Todos os contratos serão respeitados porque esta é a conduta deste governo", disse ele, ontem, ao Estado. A estatal será criada por projeto de lei, e Lula já mandou os ministros, principalmente Dilma Rousseff (Casa Civil) e Lobão, conversar com líderes dos partidos para fechar um acordo político que facilite a tramitação e aprovação do projeto que criará a empresa.Lula já orientou Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, a mostrar aos acionistas da empresa que essa política para o pré-sal será adotada como "decisão de Estado", e não de maneira unilateral pela Petrobrás. Em contato com alguns governadores, Lula tem usado o caso do poço de Tupi, na Bacia de Santos (SP), como justificativa para criar uma política específica para o pré-sal. Tupi pode ter reservas de 5 a 8 bilhões de barris, e todos os campos de pré-sal, somados, podem ter até 50 bilhões de barris, quatro vezes mais do que todo o petróleo descoberto até hoje no País. No bloco de Tupi, a Petrobrás tem 65% , a BG inglesa, 25% e a Galp portuguesa os 10% restantes do bloco de exploração. Mas Lula tem lembrado a interlocutores que, "do capital privado da Petrobrás, 50% estão nas mãos dos acionistas americanos." No PMDB, o assunto já é tratado como bandeira política: "A nova empresa é para resguardar a riqueza de um oceano de petróleo dos brasileiros, é uma bandeira nacionalista, defendida pelo ministro Lobão, que é do nosso partido. O PMDB está fechadíssimo com essa proposta", disse o líder peemedebista, Henrique Eduardo Alves (RN).

Dantas diz que chefe da Abin encomendou operação da PF

Por Hudson Correa e Maria Clara Cabral
na Folha de São Paulo

O empresário Daniel Dantas disse ontem na CPI dos Grampos ter recebido informação, em novembro de 2007, de que o diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda, encomendou uma operação da Polícia Federal contra ele. Em julho, a PF deflagrou a Operação Satiagraha que prendeu Dantas.Dantas disse ainda que o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, o informou que investigaria o filho do presidente Lula: "Ele me disse que iria em cima de mim. Tinha comentado que ainda viria alguma coisa para criar constrangimento, para evitar a compra da Brasil Telecom pela Telemar. Ele citou que iria investigar o filho do presidente Lula", disse Dantas.Integrantes da CPI disseram ter entendido que o alvo da investigação seria Fábio Luís, filho mais velho de Lula, um dos acionistas da Gamecorp, que recebeu injeção de R$ 10 milhões da Telemar. Quando estava sob o controle de Dantas, a Brasil Telecom também tentou adquirir participação na Gamecorp. Assessorado por seis pessoas, Dantas não deixou de responder a nenhum questionamento da comissão e aproveitou para mandar recados. Um dos alvos seria Lacerda."Em novembro do ano passado, fui informado de que existia uma operação encomendada na Polícia Federal [...]. Diziam que isso tinha sido pedido pelo diretor da Abin. E que isso ocorria como uma retaliação ao fato de doutor Paulo Lacerda me atribuir a responsabilidade por ter entregado a uma revista ["Veja'] um relatório que constava contas do exterior que lhes foram atribuídas". E acrescentou: "As informações vieram nessa linha e, basicamente, eu me lembro do termo que dizia que ele [Paulo Lacerda] iria me colocar um par de algemas".Dantas disse que "começou a ficar mais atento", quando saíram notas da imprensa de que ele seria preso. "Daí a Folha de S.Paulo publicou uma matéria de 26 de abril, coincidentemente no dia seguinte a assinatura do contrato da Brasil Telecom a Telemar. Era uma matéria muito completa. É difícil que a Folha de S.Paulo, um jornal desse porte, iria permitir a publicação com elemento totalmente especulativo. Aí eu fiquei preocupado". Disse suspeitar que "tinha sido uma operação articulada pelos mesmos participantes que trabalhavam para Telecom Itália para impedir o acordo da venda da Brasil Telecom para Telemar". Pelo acordo, Dantas deixou o quadro societário da Brasil Telecom, abrindo caminho para a venda da empresa à Telemar.Dantas disse ter procurado pessoas próximas a Lacerda. "Eu estive com o senador Heráclito Fortes, que tinha estado com o doutor Paulo Lacerda. Ele falou que o Paulo Lacerda teria dito a ele que de fato tinha pedido a investigação, mas que nada tinha sido encontrado".Dantas disse que não mandou o ex-presidente da BrT Humberto Braz subornar um delegado da PF. Sobre o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), Dantas disse: "O deputado Greenhalgh, uns seis meses ou mais, foi me apresentado pelo Guilherme Sodré [ligado a Dantas]. Ele me disse que poderia ser útil numa negociação com os fundos de pensão. Ele tinha uma relação boa com o Previ [do BB]. Ele fez uma negociação para tentar acabar com conflito societário entre nós e a Previ. Com a possível compra pela Previ de nossa participação na Brasil Telecom", disse.Os fundos controlam a Brasil Telecom, do qual o grupo de Dantas era acionista até abril passado. Na sua ação, Greenhalgh "materializou algo".No começo do depoimento, Dantas negou que tenha feito espionagem e disse acreditar que a Kroll foi contratada pela Brasil Telecom para investigar a Telecom Itália devido a uma briga societária. O banqueiro disse acreditar que setores do governo, comandados pelo ex-ministro Luiz Gushiken, criaram dificuldades para tirar dele o controle da Brasil Telecom.Ele disse ter sofrido pressão do ex-presidente do BB Cássio Casseb e que participou de duas reuniões com o ex-ministro José Dirceu sobre o tema.Na fase final do depoimento, o relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA), perguntou se Dantas conhecia a jornalista da Folha Andréa Michael, acusada pelo delegado Queiroz de ter dado informações privilegiadas ao empresário. "Ela nunca escreveu nada que fosse do nosso interesse. Acho uma leviandade absoluta levantar suspeita sobre essa jornalista". Michael foi a autora da reportagem sobre a investigação da PF que desembocou na Satiagraha.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Rússia diz ter abatido aviões espiões georgianos; Bush oferece apoio a Geórgia

Da Folha online com agências internacionais

O Ministério da Defesa russo afirmou hoje que a Rússia abateu três aviões espiões georgianos não-tripulados: um deles foi abatido na noite de terça-feira e os outros dois, nesta quarta-feira. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters. Também nesta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou que enviará ajuda humanitária à Geórgia --que está em conflito com a Rússia desde a semana passada.
"Apesar das garantias feitas pela Geórgia de que eles encerraram todas as atividades militares, três aviões georgianos foram abatidos pelas forças russas --um ontem à noite e dois durante o dia", disse um porta-voz do ministério, cujo nome não foi divulgado pela agência de notícias Reuters.
Segundo o coronel Igor Konoshenkov, citado pela agência de notícias Interfax, o avião georgiano abatido ontem à noite "tentava reunir dados sobre as posições das unidades de manutenção da paz e forças subordinadas".
Nesta quarta-feira, a Geórgia acusou a a Rússia de
quebrar um acordo de cessar-fogo estabelecido ontem e intermediado pela União Européia, acusação negada por Moscou.
O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, afirmou também à rede de TV CNN que, ao invés de recuar, como previa o acordo, as forças russas estavam
avançando para a capital georgiana, Tbilisi, e tentando sitiá-la. A Rússia também negou a acusação.
Os conflitos entre Geórgia e Rússia começaram na última quinta-feira (7), quando a Geórgia, que é aliada dos EUA, enviou tropas para retomar o controle da
Ossétia do Sul, região separatista que declarou independência no começo dos anos 90. Moscou reagiu à ofensiva porque apóia o pequeno território e mantém forças de paz na região.

Bush

Nesta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou que
enviará a secretária de Estado do país, Condoleezza Rice, para ajudar nas negociações de cessar-fogo entre sua aliada, a Geórgia, e a Rússia.

"Os Estados Unidos defendem o governo democraticamente eleito da Geórgia e insistem para que a soberania e a integridade territorial do país sejam respeitadas", disse Bush. Conforme o anúncio, Rice irá primeiro a Paris e, depois, a Tbilisi. Na viagem, segundo o presidente norte-americano, Rice "continuará nossos esforços para unir o mundo livre em defesa de uma Geórgia livre".
Em um comparecimento nos jardins da Casa Branca, Bush --cercado por Rice e pelo secretário de Defesa americano, Robert Gates-- mostrou sua insatisfação com a suposta ruptura do cessar-fogo por parte da Rússia e pediu que mantenha abertas "todas as linhas de comunicação e transporte, incluindo portos, rodovias e aeroportos" para a ajuda humanitária.
"Esperamos da Rússia que cumpra seu compromisso de deixar entrar toda forma de assistência humanitária. Esperamos da Rússia que garanta que todas as vias de comunicação e de transporte, incluindo portos, aeroportos, estradas e o espaço aéreo, se mantenham abertas para a transferência de ajuda humanitária e trânsito civil", disse Bush.
Bush também criticou duramente a Rússia por romper a trégua e exigiu que "cumpra seu compromisso de suspender todas as atividades militares na Geórgia e que retire todas suas forças que entraram nos últimos dias na Geórgia".
O presidente compareceu na Casa Branca depois que o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, criticou, em uma entrevista à rede CNN, a resposta de Washington, que --segundo o líder da Geórgia-- era "suave" demais no início do conflito.
Cessar fogo
Ontem, os presidentes da Geórgia e da Rússia, Dmitri Medvedev, assinaram um acordo pelo fim dos combates. Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que intermediou as negociações entre as duas autoridades e levou o documento de Moscou a Tbilisi, afirmou que a aplicação das normas de não-agressão e de retração das tropas devem ser aplicadas já nesta quarta-feira.
O governo russo diz que comunicou cessar-fogo às tropas ainda na terça-feira, logo depois do anúncio da assinatura do acordo por parte do presidente. Durante todo o dia, no entanto, o governo georgiano denunciou novos ataques.
Os números relativos às vítimas são dissonantes. Enquanto a Rússia diz que 1.600 civis da Ossétia do Sul morreram; a Geórgia diz que há "quase 200" mortos e centenas de feridos. Nenhum dos números foi verificado por fontes independentes. A ONU afirmou nesta terça que quase 100 mil pessoas tiveram de sair de suas casas.

Acordo

O
acordo prevê a renúncia ao uso da força por parte dos dois países; o fim definitivo das ações militares; o livre acesso de ajuda humanitária; e o retorno tanto de tropas da Rússia quanto da Geórgia às suas posições originais, entre outros pontos.
Originalmente, o documento previa também debates sobre o futuro das áreas separatistas da Ossétia do Sul e da Abkházia. Para contar com o apoio de Saakashvili, porém, esse item teve de ser eliminado. "É um documento político. É um acordo de princípios, e eu acho que nós concordamos quanto a isso", afirmou Saakashvili em entrevista coletiva.
Durante a conversa com Saakashvili, Sarkozy telefonou duas vezes para o presidente russo para buscar concordância sobre modificações solicitadas pelo líder georgiano. Outros pontos polêmicos do acordo --como o que prevê a permanência de tropas de paz russas na região separatista-- teriam permanecido.

Será?

Vejo tantas matérias com o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc. Será que ele está fazendo mais do que a ex-ministra Marina Silva? Sei não... Talvez ele esteja fazendo festa, comemorando o que ela plantou nos seis anos que esteve a frente do ministério.

Dantas acusa Telecom Italia de fazer escutas para prejudicá-lo

Por Cida Gomes
no Estadão online

BRASÍLIA - O sócio-fundador do banco Opportunity, Daniel Dantas , negou na CPI de Escutas Telefônicas, que tenha feito interceptação telefônica ilegal e que tenha contratado a empresa Kroll, na época da disputa pelo controle da Brasil Telecom. Ele disse que quem contratou a Kroll foi a Brasil Telecom e que o contrato com a empresa foi recomendado pelo Citibank. Segundo Dantas, quem fez escutas ilegais foi a Telecom Itália, que utilizou uma estrutura no Brasil para prejudicá-lo. A briga entre as empresas começou em 2000, com a disputa entre sócios da Brasil Telecom (BrT) - Grupo Opportunity e Telecom Itália (TI) - pelo controle da empresa.

Ao chegar, Dantas disse na comissão que não fará nenhuma exposição inicial e que responderá às perguntas dos parlamentares. Na entrada, Dantas disse aos jornalistas que estava tranqüilo.

Na semana passada, o delegado da Polícia Federal Élzio Vicente da Silva confirmou à CPI que a Kroll fazia escutas contra a Telecom Itália. Silva comandou a Operação Chacal. Também em depoimento na CPI na semana passada, o delegado Protógenes Queiroz, ex-coordenador da Operação Satiagraha, confirmou que o grupo de Daniel Dantas está sendo investigado pela prática de escuta telefônica ilegal, além de crimes financeiros, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha.

Dantas foi preso duas vezes pela Polícia Federal no mês passado, ambas por causa do inquérito da Satiagraha. Ele conseguiu a liberdade graças a liminares concedidas pelo presidente do STF, Gilmar Mendes. As decisões geraram críticas de vários setores do Ministério Público, um embate com o juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto Martins De Sanctis, que determinou as duas prisões, e um bate-boca com o ministro da Justiça, Tarso Genro.

Entenda a briga

O engenheiro e economista Daniel Dantas, de 54 anos, entrou para cena nacional durante a privatização do sistema Telebrás, em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso. Como dono do Banco Opportunity, liderou o bloco que arrematou a Brasil Telecom, operadora de telefonia que atua nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.
Mesmo com uma participação minoritária na sociedade que formou ao lado do Citigroup, dos fundos de pensão da Caixa, da Petrobras e do Banco do Brasil, e da Telecom Itália, Dantas assumiu o controle da empresa. Em 1999, começou a disputa societária que seria definida como 'a maior da história do Brasil'. A empresa italiana achava que os acordos da fundação da sociedade eram lesivos a seus interesses.Em 2004, a Brasil Telecom foi acusada de contratar a Kroll para espionar a Telecom Itália. As investigações teriam extrapolado o mundo empresarial, atingindo figuras do governo federal. Na época, Dantas negou que tivesse pedido à Kroll a violação do sigilo telefônico de pessoas. O banqueiro foi destituído do controle da empresa em setembro de 2005.

Depois não falem que eu não avisei

Como já disse aqui diversas vezes: quem poderia levar as eleições municipais de Goiânia para o segundo turno era Demóstenes Torres (DEMO). Mas, o Palácio das Esmeraldas decidiu apoiar Sandy Júnior (PP). De acordo com pesquisas recentes, Iris Rezede (PMDB) demoliria seu opositor já no primeiro turno. Leio no jornal Hoje que Sandy Júnior não mudará a rotina da sua campanha. Lembremos: Iris demoliria Sandy no primeiro turno. Mas, Sandy prefere manter a rotina. É mais uma derrota anunciada. Depois não falem que eu não avisei.

Será que ele é aliado de Daniel Dantas?

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa garantiu a Daniel Dantas o direito de ficar calado no depoimento que presta à CPI dos Grampos hoje. Aí fica a pergunta: será que o ministro do STF é aliado de Daniel Dantas?

Aprovados 3 mil cargos no Executivo federal

Por Denise Madueño
no Estadão

A Câmara aprovou ontem a criação de um total de 3.090 cargos no Executivo. Quando todos os cargos estiverem preenchidos o impacto dos gastos será de, pelo menos, R$ 257 milhões por ano. Além dos 440 cargos para Agência Brasileira de Inteligência (Abin), instituídos por medida provisória, foram criados mediante projeto de lei 2.650 postos - com gasto adicional de R$ 190 milhões por ano, conforme o Ministério do Planejamento. O preenchimento dos cargos será por meio de concurso público. "Isso não é um trem da alegria, é um transatlântico", criticou o deputado Mendes Thame (PSDB-SP). O também tucano Arnaldo Madeira (SP) fez as contas e totalizou, com a aprovação de ontem, a criação neste ano de mais de 60 mil cargos e funções em comissão - gratificações que são pagas aos servidores. "É a marcha da insensatez. A situação é de insegurança internacional e o País está criando cargos para a sociedade pagar. Depois reclamam da taxa de juros, quando não se faz uma política fiscal séria de controle dos gastos públicos", afirmou Madeira. Na justificativa que encaminhou ao Congresso, o governo afirma que 2.400 cargos de analista técnico de políticas sociais vão atender às necessidades emergenciais do setor. Outros 250 cargos serão do quadro de pessoal da Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia ligada ao Ministério da Fazenda. Desses cargos, 200 são de nível superior e 50 de nível médio. O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), em discurso no plenário citou os gastos do governo para concluir: "Em tempo de Olimpíadas e de recordes, o governo Lula é o campeão mundial de gastança." De acordo com números do líder tucano, a despesa do governo com pessoal subiu de R$ 79 bilhões em 2003 para R$ 127 bilhões em 2007. Um crescimento de 61%.

É sempre ela

Álvaro Lins teve seu mandato de deputado estadual cassado. Abaixo copiei e colei uma matéria que saiu no Jornal do Brasil que fala sobre a cassação. Lins culpou a Polícia Federal e a mídia. Ele se acha um herói e, como tal, é perseguido. É interessante como ultimamente os políticos corruptos, quando estão com a corda no pescoço, descem a lenha na imprensa. É preciso ficar e olho nisso.
Lembro que no ano passado Renan Canalheiros também criticou a mídia. Eles não falam que o que está escrito ali é mentira. Eles falam que estão sendo perseguidos, mas não conseguem se defender de uma forma coerente.
Nunca vi a imprensa ser tão atacada. E o pior: atacada por safados e pilantras.

Deputados derrubam mandato de Álvaro Lins

Por Felipe Sáles
no Jornal do Brasil

Em votação secreta numa disputa acirrada, o deputado estadual Álvaro Lins (PMDB) foi cassado ontem na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) por 36 votos a favor – o mínimo exigido pela Casa – e 24 contra. Acusado pela Polícia Federal de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e descaminho, o peemdebista foi escorraçado por 11 deputados que abriram seu voto no plenário. Nenhum dos 24 que votaram a favor defendeu Lins em público antes da votação, marcada por protestos do lado de fora e dentro da Alerj.
– Quem fica rico no poder é ladrão – fuzilou a deputada Cidinha Campos (PDT), depois de citar a casa luxuosa de Lins e seus dois carros importados blindados. – Não é à toa que o senhor é conhecido como Tio Patinhas.
Com aparente tranqüilidade, Álvaro Lins ouviu durante uma hora e meia 11 deputados citarem os crimes de que foi acusado pela Polícia Federal. Todos argumentavam que a imagem da Alerj seria abalada caso o deputado fosse absolvido. A votação, porém, foi extremamente apertada e, depois de dois terços de apuração, Lins parecia ter a absolvição garantida. A cassação foi decidida no último voto.
Ao se defender, Lins argumentou que o Poder Legislativo estava sendo afrontado. Acusado de se associar à máfia dos caça-níqueis, o deputado disse que foi o delegado que mais apreendeu caça-níqueis – "mais de três mil" – e que só não fez mais operações porque recebia ordens judiciais para abortá-las. O deputado criticou a imprensa e comparou a mídia e a PF a porcos e cachorros. Lins chegou a se comparar a super-heróis de histórias em quadrinhos – como Homem Aranha e Batman – que são perseguidos pela mídia. Lins deixou a Alerj dizendo apenas não tinha "nada a declarar".
– Os jornais não gostam de heróis – comparou. – Não vai ser atirando um deputado aos leões que os porcos e cachorros vão cessar o ataque. Os canalhas que se escondem nos porões da Polícia Federal fazem relatórios de inteligência apócrifos, como na época da ditadura.
Antes da votação, do lado de fora da Alerj, cerca de 100 estudantes, policiais e funcionários da Cedae em greve penduraram faixas, simulavam a cassação e vaiavam cada deputado que chegava à Alerj. Entre os manifestantes estava o delegado Alexandre Neto, que em setembro do ano passado sofreu um atentado acusou Lins de ter sido o mandante do crime. Neto leu o nome dos 40 deputados que votaram pela libertação do peemedebista quando ele foi preso, em 29 de maio.
– A Alerj não pode ser asilo político de criminosos – vociferou o delegado. – Deputados não são carcereiros.
Quando a sessão estava prestes a começar, os manifestantes tentaram entrar na Alerj mas foram impedidos. O grupo só entrou após a intervenção de alguns deputados. No plenário, cerca de 50 pessoas da Baixada Fluminense – recrutadas por um candidato a vereador amigo de Lins – já lotavam as bancadas.

Terceiro deputado cassado

Além de três abstenções, sete deputados não votaram: Dionísio Lins (PP), Graça Pereira (DEM) e Sula do Carmo (PMDB) estavam de licença e Beatriz Santos (PRB), Altineu Côrtes (PT) e Roberto Dinamite (PMDB) faltaram – além do deputado Natalino DEM), que está preso acusado de chefiar milícias na Zona Oeste. Com Lins, foi o terceiro deputado estadual cassado este ano, ao lado de Jane Cozzolino (PTC) e Renata do Posto (PTB). O deputado Marcelo Freixo (PSOL) – que já havia pedido a cassação de Lins no ano passado – comemorou.
– Sabíamos que seria apertado. O voto secreto é uma afronta à democracia e dificulta muito a legitimidade do processo – criticou. – Mesmo assim, conseguimos cassar o deputado e esperamos melhorar a imagem da Casa.
Ex-chefe de Polícia Civil, Lins foi eleito com 108.552 votos. No dia 29 de maio, ele foi preso em flagrante na operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal, por estar num apartamento luxuoso em que vivia, que teria sido pago por ele e colocado no nome de parentes. O deputado, porém, foi solto no dia seguinte com base num decreto aprovado por 40 deputados da Alerj. Lins foi acusado de ser um dos chefes de uma organização criminosa que atuava na cúpula da Polícia Civil. Entre os crimes praticados pelo grupo, de acordo com a Polícia Federal, estava o loteamento de delegacias através da cobrança de pedágio de delegados.

OAB quer eliminar ‘Guardião’

Por Luiz Orlando Carneiro
no Jornal do Brasil

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acolheu, ontem, na reunião do Conselho Federal, proposta do conselheiro Henry Clay Andrade, de Sergipe, para que a Comissão de Estudos Constitucionais da entidade analise a propositura de ação, no Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de interditar o sistema "Guardião" de escuta telefônica – mantido e operado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e por secretarias estaduais de Segurança – e suspeito de constituir uma "invasão autoritária" da privacidade dos cidadãos.
O presidente da OAB-SE fez críticas duras ao uso indiscriminado do sistema, que não estaria se limitando a interceptações telefônicas judicialmente autorizadas, durante ato de desagravo aos conselheiros da OAB Nélio Machado (Rio de Janeiro) e Luiz Carlos Madeira (Rio Grande do Sul), "que foram ofendidos durante a Operação Satiagraha da PF". Para Henri Clay, o "Guardião" – responsável oficialmente por mais de 400 mil escutas telefônicas nos últimos dois anos – estaria sendo usado "de modo exorbitante, transformando-se numa estrutura com superpoderes, de caráter autoritário, uma verdadeira ‘grampolândia’, uma espécie de ‘big brother’ brasileiro".

Garantias individuais

Ainda segundo o conselheiro sergipano, "o Guardião estaria atingindo milhares de cidadãos que não estão sob investigação, afrontando assim direitos e garantias individuais consagrados na Constituição" - fatos que já mereceriam um questionamento da sua constitucionalidade pela OAB.
O conselheiro da OAB disse ao JB que a Comissão de Estudos Constitucionais vai decidir que tipo de medida judicial pode ser tomada para "garantir" que o direito à privacidade – cláusula pétrea do artigo 5º da Constituição – não esteja sendo "ofendido". A OAB poderá optar por uma ação civil pública ou por uma ação de descumprimento de preceito fundamental.

''O assunto está encerrado'', dizem comandantes

Por Tânia Monteiro
no Estadão

Depois do recuo do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre a revisão da Lei de Anistia, forçado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a parar de criar polêmicas com os militares, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica consideraram o assunto "encerrado". "A página está virada", disse Jobim, após informar que se reuniu com o presidente Lula na manhã de ontem. De acordo com Jobim, Lula avisou que não trataria do tema na cerimônia em que foi apresentado aos oficiais-generais promovidos, pois já tinha mandado Tarso acabar com a polêmica e "não queria mais ouvir falar no assunto". Mas no final do dia, em cerimônia da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio, o presidente deu uma declaração no mínimo controversa. Lula afirmou que era preciso "transformar os mortos em heróis e não em vítimas". A frase foi recebida com surpresa na área militar, embora ninguém queira mais discutir este assunto. Os militares passaram o fim de semana pressionando por um pronunciamento do presidente Lula para encerrar o assunto. Mas ontem, depois de verem que o presidente mandara Tarso baixar o tom e mudar de posição publicamente e de se reunir com Jobim, além de conversar com o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, reconheceram que um pronunciamento público do comandante-em-chefe das Forças Armadas não era necessário. Na cerimônia de apresentação dos oficiais-generais promovidos, Jobim mandou dois recados: um para Tarso, dizendo que a pauta dele, como ministro da Defesa, é o reaparelhamento das Forças, política industrial da defesa, nacionalização da indústria bélica, melhoria da infra-estrutura na Amazônia, sugerindo que não estava interessado em tratar de anistia e tortura. Outro recado foi para os militares, ao dizer aos novos oficiais-generais que eles não têm necessidade de, "individualmente, produzir biografias", acrescentando que "não há nenhum oficial-general que pretenda ser ele o grande chefe". "Quer ele servir, com a capacidade individual de cada um à própria Força e à Força ao País."O recado de Jobim estava direcionado mais exatamente para o comandante militar do Leste, general Luiz Cesário que,apesar de ser da ativa, foi ao seminário no Clube Militar, no Rio, semana passada, em protesto contra a tentativa de Tarso de reabrir a discussão sobre a Lei de Anistia. Ontem à tarde, em uma segunda cerimônia militar, Jobim circulou entre os integrantes do Alto Comando do Exército, cumprimentando cada um deles, inclusive o general Cesário.O comandante do Exército, que chegou à cerimônia no Planalto, pela manhã, ao lado de Lula, foi o primeiro a dizer que o assunto estava encerrado. "O presidente falou, o ministro comentou e, portanto, o assunto está encerrado", afirmou. "Estamos exatamente seguindo o caminho orientado pelo presidente da República que declarou ontem (anteontem) que não é um assunto para ser tratado pelo Executivo. Essa é a posição do presidente da República e qualquer coisa que se diga será recorrente", emendou o comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto. Questionado sobre o desgaste causado pelas manifestações de Tarso, o comandante disse que "o assunto está resolvido pelo presidente e ele já deu as declarações que considera necessárias". "O presidente sempre sabe o que faz. O assunto está encerrado", disse o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.

Geórgia aceita paz que beneficia Rússia

Na Folha de São Paulo

A Geórgia aceitou um plano de cessar-fogo que a França negociou com a Rússia em nome da União Européia, pondo fim à guerra de seis dias, no Cáucaso, pelo controle das regiões autonomistas da Ossétia do Sul e da Abkházia.O plano atende às principais exigências de Moscou, entre elas a que de a Geórgia se comprometa a não tentar retomar pela força os dois territórios alinhados a Moscou, que reivindicam independência.O presidente francês, Nicolas Sarkozy, que exerce a presidência rotativa da UE, esteve durante o dia em Moscou, negociando com o presidente Dmitri Medvedev, e, no final da tarde, rumou para Tbilisi, a capital georgiana, onde se avistou por quatro horas com o presidente Mikhail Saakashvili.Já na madrugada desta quarta, horário local, Sarkozy e Saakashvili anunciaram o acordo. O plano -cuja versão final será apresentada hoje em reunião da União Européia e servirá de base para resolução do Conselho de Segurança da ONU- aparentemente reconhece apenas aos russos o direito de manter militares na Ossétia do Sul e na Abkházia.A Geórgia sai enfraquecida, mesmo se Saakashvili afirmasse, ao lado de Sarkozy, que não aceitará o comprometimento de sua integridade territorial. Segundo o presidente georgiano, foi retirada do plano acertado em Moscou a proposta de uma discussão internacional sobre o futuro da Ossétia do Sul e da Abkházia.A integridade territorial da Geórgia está "garantida pelo espírito do texto", disse o francês, que foi vago sobre detalhes. "Tenho um acordo de todos os protagonistas", afirmou.
Forças de paz russas
O plano prevê a cessação das hostilidades, veta o emprego da força e dá a missões de ajuda humanitária acesso à Ossétia do Sul e à Abkházia, que na prática se tornaram, em 1992, "protetorados" da Rússia.A guerra começou quando a Geórgia invadiu a Ossétia do Sul para reincorporá-la ao seu território. A Rússia reforçou suas forças na Ossétia e passou a atingir alvos na Geórgia que não estavam em litígio.Moscou já mantinha militares na Ossétia do Sul e da Abkházia desde o acordo de 1992 com Tbilisi, que selou a autonomia das duas regiões russófilas.Pelo plano, os contingentes militares da Geórgia retornam para suas bases, e os contingentes da Rússia, mesmo recuando, "tomarão medidas adicionais de segurança".Essas "medidas adicionais", segundo o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, significam retaliar militares georgianos, caso não se recolham aos quartéis. De modo indireto, o Kremlin agora rejeita a presença de 500 militares georgianos na Ossétia do Sul, garantida pelo armistício de 1992.O "Financial Times" diz que Sarkozy fez uma concessão de peso a Medvedev, abrindo mão da idéia de uma força internacional formada por militares europeus. A solução fora proposta na véspera por Saakashvili, ao receber o chanceler francês, Bernard Kouchner.Na coletiva com Sarkozy, o presidente georgiano disse que, apesar de aceitar o acordo, ainda espera a instalação dessa força. "Estes são arranjos temporários, que devem ser substituídos mais tarde por um processo internacional", insistiu.Na entrevista do Kremlin, ao lado do presidente francês, Medvedev afirmou que as forças russas permaneceriam na Ossétia do Sul e na Abkházia, apesar da oposição da Geórgia
Conselho de Segurança
A missão de Sarkozy acabou por eclipsar as demais articulações diplomáticas geradas pelo conflito. Na Organização das Nações Unidas, o Conselho de Segurança congelou suas deliberações.Há ainda, agendado para hoje, o encontro dos chefes da diplomacia dos 27 países da União Européia. Itália, França e Alemanha não querem que o encontro se torne uma pajelança diplomática contra a Rússia. Mas a Polônia pretende justamente que isso aconteça.Em Bruxelas, os 26 países da Otan apoiaram a Geórgia, enquanto o secretário-geral, o holandês Jaap de Hoop-Scheffer, disse que o governo georgiano poderia manter o plano de ingressar na aliança militar.

Presidente do Conselho de Ética sugere a extinção do órgão

Por Maria Clara Cabral
na Folha de São Paulo

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), defendeu ontem o fim do colegiado, responsável por analisar casos de quebra de decoro parlamentar.Moraes argumenta que os processos deveriam ser julgados pelo Judiciário, já que há um "desconforto" em analisar no Congresso a conduta de colegas deputados."Isso tinha que ser feito pelo Judiciário. [Na Câmara] pode ter perseguição ou proteção. Eu não sei se o conselho é isento ou não, mas ele julga colegas. É muito desconfortável. O ideal era ir direto para o STF [Supremo Tribunal Federal]", afirmou.A declaração foi dada no momento em que o Conselho de Ética volta a trabalhar no processo que julga o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, por quebra de decoro. Moraes mostrou-se insatisfeito com o rumo das investigações.Segundo o presidente, o conselho não conseguiu reunir até agora provas do envolvimento de Paulinho em irregularidades no BNDES e na ONG Meu Guri, administrada por Elza Pereira, mulher do pedetista."Eu ainda não vi o relatório. Tomara que ele traga fatos novos, porque até agora, não há. Não podemos condenar alguém por imaginar que fez algo. Temos que ter provas", disse Moraes.O relator do caso, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), discorda do presidente do Conselho. Para o relator, o colegiado tem total competência e a obrigação de julgar outro parlamentar, pois o Legislativo "não está com a imagem muito boa".Piau disse acreditar que o depoimento marcado para hoje, do delegado da Polícia Federal em São Paulo Rodrigo Levin, responsável pela Operação Santa Tereza -que apontou o envolvimento de Paulinho com as supostas fraudes dos empréstimos no BNDES- ajude nas investigações. Como o caso corre em segredo de Justiça, o depoimento de Levin será fechado."Queremos que o delegado tenha liberdade para falar. Ele foi chefe da operação, tem todas as escutas, todos os depoimentos, espero que ele agregue informações novas ao processo", disse Piau.Com o argumento de que não terá tempo suficiente para ouvir as 18 testemunhas do caso, o relator pediu mais prazo para entregar o seu relatório. Em seu requerimento, que ainda deve ser votado pelos membros do conselho, Piau pede mais 90 dias para finalizar o seu trabalho além do dia 15 de setembro, data inicialmente estabelecida para a conclusão dos trabalhos dos congressistas.

Viva a Banânia

O juiz Fausto Martin De Sanctis está certíssimo: o Brasil não é um país civilizado. Esta é a única frase que podemos retirar de bom do seu depoimento na CPI dos Grampos. Ele está certíssimo. Enquanto o mundo evolui o Brasil continua na mesmice de sempre. Ah, se o Brasil fosse um país civilizado... Com certeza a Polícia Federal não estaria descontrolada e a Justiça cortaria as asinhas de juiz que deseja ardentemente saber o que cada cidadão fala ao telefone

Lei de país civilizado não serve ao Brasil, afirma juiz

Por Maria Clara Cabral e Hudson Correa
na Folha de São Paulo

Em depoimento ontem à CPI dos Grampos da Câmara, o juiz Fausto Martin De Sanctis, responsável por autorizar as prisões da Operação Satiagraha, afirmou que não adianta aprovar no Brasil lei de país civilizado porque esse "país não é"."Temos que fazer uma lei adequada ao nosso país. Não adianta querer fazer lei de país civilizado porque esse país não é." De Sanctis, que deu a declaração ao defender realização de interceptações telefônicas por tempo indeterminado, tentou se corrigir em seguida: "Quis dizer que não somos um país de Primeiro Mundo".Para o juiz, o limite para escutas previsto em projeto do governo pode dificultar investigações que requerem mais tempo. A proposta, enviada em abril ao Congresso, prevê que o prazo de duração da quebra do sigilo não exceda 60 dias, prorrogáveis por iguais e sucessivos períodos, por, no máximo, 360 dias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já determinou que ministros viabilizem a votação do projeto no Congresso. A lei atual não prevê tempo máximo para a duração dos grampos.Segundo De Sanctis, o medo de interceptações é "folclórico" e favorece a impunidade. "Todo mundo acha que está sendo monitorado, o que é isso? É uma síndrome do pânico, vamos parar com isso! Isso é folclórico, é uma tentativa de acabar com o que está funcionando, isso é um factóide", disse.O juiz defendeu a independência da Polícia Federal ao comentar o afastamento do delegado Protógenes Queiroz da Operação Satiagraha. "Acho que a PF precisaria ser independente. Às vezes, delegados são afastados sem muito questionamento", afirmou De Sanctis, que rejeitou proposta do presidente da CPI, Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), para que a sessão de ontem fosse fechada.Ele jogou a responsabilidade sobre o vazamento de informações para as operadoras de telefonia. "É sobre elas [teles] que deviam cuidar para termos um controle mais rígido, porque o vazamento está acontecendo por meio delas. Se querem aprimorar a legislação, não é limitando [o grampo] a 360 dias."De Sanctis também negou que haja um exagero nas autorizações de escutas. Segundo dados levantados por ele, dos 842 inquéritos em andamento na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, da qual ele é titular, apenas 21 foram contemplados com interceptações telefônicas, o que representa 2,43%.Ainda durante depoimento à CPI, o juiz negou que tenha autorizado a instalação de qualquer tipo de escuta no STF (Supremo Tribunal Federal) para monitorar o presidente Gilmar Mendes. Em meio à Operação Satiagraha, Mendes recebeu denúncia de que seu gabinete teria sido monitorado pela PF a pedido do juiz. "Em nenhuma hipótese, cogitei ou admiti monitorar qualquer pessoa com prerrogativa de foro, leia-se: desembargador do tribunal ou ministro do STF. Nunca fiz isso e nunca farei. Essa é a verdade, acreditem ou não", afirmou.De Sanctis disse que recebeu, após decretar pela segunda vez a prisão do empresário Daniel Dantas, uma telefonema da vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região em São Paulo, Suzana de Camargo Gomes. "Ela tomou conhecimento por parte do ministro [Mendes,] de que, segundo versão dela, estava realmente irado. Ele tomou isso como um ato pessoal, o que não foi."Depois da decisão, Mendes mandou soltar Dantas pela segunda vez. "Ligações de desembargadores para saber sobre um caso concreto não têm ocorrido", disse o juiz afirmando que não aceita tentativa de interferência. Ele, porém, não acusou a desembargadora de interferir na operação.Perante os deputados, o juiz defendeu o uso de senhas pelas autoridades policiais, que dão acesso aos dados cadastrais e também ao histórico de ligações dos clientes de telefonia. "A polícia precisa saber quem está ligando e, por isso, ela pede senhas para saber o histórico e quem está ligando. Se houver reiteradas ligações para o suspeito, a polícia pode fazer novo pedido de interceptação dessa nova linha", declarou.De Sanctis disse que os deputados não "podem e não devem alicerçar seus pensamentos em matérias jornalísticas alarmistas que fazem propiciar a todos um sentimento equivocado de instabilidade e terror".

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Povo? Que povo?

Lula disse que o petróleo não é do governo e sim do povo. Povo? Que povo? Todas as vezes que algum integrante do governo falar em petróleo não podemos nos esquecer do que Marco Aurélio Garcia, assessor top top top de Lula, disse no último encontro do Foro de São Paulo ocorrido em junho passado: Tivemos recentemente grandes descobertas de petróleo em nosso litoral. Nós queremos produzir uma parte disso. Mas queremos também que a América Latina participe da produção petrolífera, que tem de ser um instrumento que alavanque não só a economia brasileira como também a economia de toda a região. Segundo Lula, o petróleo é do povo. Resta saber qual povo ele está se referindo.

Maioria dos eleitores não acredita em eleições limpas no Brasil, diz Vox Populi

Por Eduardo Cucolo
na Folha online

A maioria dos eleitores considera que os políticos não cumprem as promessas que fazem, usam a política em benefício próprio e também afirmam que as eleições no Brasil não são feitas de maneira limpa. Esse é o resultado de uma pesquisa feita pelo instituto Vox Populi a pedido da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).
Para 82% dos eleitores, a maioria dos políticos eleitos não cumpre promessas feitas durante a campanha. Além disso, 85% consideram a política como uma atividade que só beneficia os próprios políticos, e não o povo.
Ainda segundo a pesquisa, 52% dizem que os resultados das eleições não são alcançados de "maneira limpa, sem fraudes" e com resultados confiáveis. Apenas 30% avaliam que as eleições são limpas e outros 18% não manifestaram opinião.
O presidente da AMB, Mozart Valadares Pires, disse acreditar que a questão das fraudes está relacionada a casos de uso da máquina administrativa para beneficiar candidatos e não a fraudes na votação, embora esse entendimento não esteja explicitado na pesquisa, feita por meio de questionários.
"Quando ele falou de fraude, falou no uso da máquina administrativa e do poder econômico durante o período eleitoral. São atos ilícitos para beneficiar determinados candidatos", afirmou.
Pires destaca que, apesar desse descrédito, 51% disseram que iriam votar e 11% afirmaram que provavelmente votariam mesmo que o voto não fosse obrigatório. Outros 30% afirmavam que não votariam se não fossem obrigados.

Corrupção

Apesar de considerar que o resultado das eleições não é muito confiável, a maioria dos eleitores afirmou desconhecer casos de corrupção.
A maioria dos entrevistados (69%) afirmou não conhecer casos de compras de votos. Se soubessem, 44% denunciariam com certeza e 16% "provavelmente denunciariam" o candidato.
Outros 22% disseram que não fariam a denúncia, enquanto 13% provavelmente não denunciariam.
Não houve perguntas sobre a questão da ficha suja de candidatos que respondem a processos, porque a pesquisa também foi feita em parceria com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Na semana passada, uma pesquisa apenas da AMB mostrou que 88% não votariam em candidatos que respondem a processos na Justiça.

Partido x pessoa

A pesquisa também mostra que o partido político tem pouco peso na escolha do eleitor. Apenas 10% dos eleitores afirmaram que escolherão os candidatos nas próximas eleições mais pelo partido, enquanto 76% levarão em conta "mais a pessoa".
Na escolha do candidato, o critério considerado mais importante foi a proposta de trabalho, seguido pelos benefícios para a sua comunidade e a experiência do político. Esses três critérios são considerados importantes ou muito importantes para cerca de 90% dos entrevistados.
Já o partido político tem importância apenas para 54% dos eleitores.

Responsabilidades

Em relação às obrigações dos políticos, um dado mostra uma tendência dos eleitores de quererem obter benefícios pessoais junto aos políticos eleitos.
Cerca de 95% dos entrevistados disseram considerar como obrigações dos vereadores discutir e aprovar leis e fiscalizar as contas das prefeituras.
Mais de 80% também listaram como obrigações, no entanto, ajudar a resolver problemas com órgão públicos e pagar despesas de hospital e enterro para pessoas necessitadas.
Em relação aos prefeitos, essas questões sobre assistencialismo são destacadas por cerca de 85% dos entrevistados.
O levantamento foi realizado entre os dias 27 de junho e 6 de julho, com 1.502 pessoas em todo o país. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.

Ah, se fossem os Estados Unidos

Me impressiona a reação dos jornais ocidentais sobre o ataque da Rússia na Geórgia. Os russos podem fazer o que quiser. Já os Estados Unidos têm que se calar. É impressionante a reação dos nossos pacifistas de plantão. Será que Bono Vox vai fazer um show para ajudar os georgianos ou pedir uma audiência com Vladmir Putin? Ah, se fossem os Estados Unidos...

Eles não aprenderam nada

Até hoje o PSDB não se tocou que Geraldo Alckmin é um desconhecido. Desde 2006 que a mensagem está no ar e o tucanato não captou. Os alckmistas estão preocupados. Alckmin é pouco lembrado nas pesquisas espontâneas. Só nas estimuladas que ele encosta na Dona Supla. Ah, o PSDB nunca vai aprender com seus erros. Em 2006 eles preferiram Alckmin a José Serra e deu no que deu. Hoje eles optaram por Alckmin ao invés de Gilberto Kassab.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Patrícia Pillar é melhor

Quer dizer que Ciro Gomes poderá ser candidato à presidência em 2010 para combater o neoliberalismo? Que interessante. O Estadão online fala que o deputado do PSB esteve hoje em Belo Horizonte prestigiando a campanha de Márcio Lacerda que concorre à prefeitura da capital mineira. E quem Ciro conversava e trocava elogios? Com o governador de Minas Gerais Aécio Neves. Aliás, Aécio é do PSDB, partido mais atacado por ser “neoliberal”. É, Ciro começou muito bem a sua luta contra o neoliberalismo. É melhor a gente ver a reviravolta na novela A Favorita, que tem Patrícia Pillar, esposa de Ciro e que está se destacando muito.

Tem protesto sim


Já que os famosos pacifistas não foram para as ruas protestarem contra a invasão russa, tem gente que protesta.

Washington envia US$ 250 mil em ajuda de emergência para a Geórgia

Da Agência AFP
no JB online

WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos disponibilizou US$ 250 mil em ajuda de emergência para a aliada Geórgia, no intuito de socorrer a população afetada pelo conflito com a Rússia, informou o Departamento de Estado, nesta segunda-feira.
Os Estados Unidos já começaram a enviar ajuda humanitária para a Geórgia, em caráter de urgência, mas 'a expectativa é que os suprimentos (distribuídos pela embaixada americana em Tbilisi) estejam esgotados até o final do dia (segunda-feira)', afirmou o porta-voz do Departamento de Estado Robert Wood.
A embaixada publicou uma declaração de desastre, hoje, 'liberando US$ 250.000 como um fundo inicial que poderá fornecer suprimentos de ajuda de emergência e poderá assistir a 10.000 pessoas', disse Wood aos jornalistas.
Remédios e outros itens de primeira necessidade já se encontram na Alemanha, em pontos pré-estabelecidos, e as autoridades dos EUA estão consultando as Nações Unidas para conseguir que sejam transportados para a Geórgia o mais rápido possível, esclareceu o porta-voz.
A embaixada americana em Tbilisi já distribuiu suprimentos de emergência preparados para uso após desastre natural: barracas, cobertores e lençóis, kits de higiene, roupas, leitos e remédios.

Vamos continuar

Trecho de uma notícia que saiu na Folha online:

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, criticou hoje a retomada do debate sobre a revisão da Lei de Anistia. Ele defendeu o encerramento dessa discussão e alertou sobre o risco de instabilidade institucional que esse tipo de discussão provoca.

Não! Não vamos encerrar esta discussão! Vamos discutir o assunto sim. Vamos aproveitar o momento e denunciar o terror da esquerda. É sabido que militares torturaram. Mas é pouco sabido que a esquerda torturou, matou, seqüestrou durante a ditadura militar. É preciso mostrar os dois lados da história. Portanto, vamos continuar com a discussão.

Blogs no banco dos réus

Tarso Genro me dá preguiça, mas vamos lá. Ele disse ontem que esse negócio de revisar a Lei da Anistia e punir os militares que torturaram durante a ditadura é uma “falsa polêmica”. Disse o valentão: Defendemos que tortura não é crime político. Essa interpretação de que queremos colocar militares nos bancos dos réus, que não sei de onde veio, transitou por blogs, espalhou-se pela imprensa e provocou uma situação de desconforto em determinados setores da reserva. A abertura de processos contra militares não foi tratada na audiência e não é da nossa competência.
Tava na cara que Tarso colocaria a culpa na imprensa. E tem mais: a culpa também é dos blogs. Malditos blogs! Quem sabe o valentão não queria colocar os blogs no banco dos réus?

domingo, 10 de agosto de 2008

E o bispo sumiu ou Cadê a Letícia Sabatella?

E se intensificam as obras da transposição do Rio São Francisco. Quando falávamos nesta obra sempre vinha na nossa cabeça duas pessoas: Dom Luiz Cappio e Letícia Sabatella. O bispo fez greve de fome contra a transposição e a atriz deixou os estúdios do Projac no Rio de Janeiro para ir até Brasília e bater boca com Ciro Gomes. Hoje, as obras que levarão as águas do Rio São Francisco para o Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba seguem a todo vapor, sem greve de fome ou lágrimas cinematográficas. Cadê todos os defensores do “Velho Chico”? É mesmo. É melhor o bispo cuidar dos seus fiéis e a atriz decorar os textos para o próximo capítulo da novela.

O silêncio dos sem-vergonha

Imagine se os Estados Unidos estivessem invadido a Geórgia? Seria um Deus nos acuda. Veríamos um monte de gente saindo pelas ruas pedindo a paz mundial, xingando Bush e seus aliados. A Rússia atacou a Ossetia do Sul. E agora? Não vi nenhuma manifestação contra os russos. E olha que eu sempre sapeco pelos sites de notícias. Cadê os pacifistas? Quer dizer que só se luta pela paz quando os Estados Unidos declara guerra? Ou vamos ter que analisar com mais calma como a região chegou a este ponto? O governante da Geórgia não vale nada? E Saddam Hussein valia alguma coisa?
Cadê os pacifistas? Cadê Bono Vox cantando “Imagine”? Cadê as pessoas de bom coração pedindo para que parar de jogar bombas na Geórgia? Cadê? Cadê? Cadê? É o silêncio dos aproveitadores, dos caras de pau, dos sem vergonha. Contra os Estados Unidos eles aparecem aos montes. Quando um país (que não é os Estados Unidos) que invade o outro é preciso analisar com calma a região. Bando de caras de pau!

Quarto lugar, sexto título

O São Paulo terminou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro em quarto lugar. Ganhou apertadamente do Goiás por 2 a 1 no Morumbi. Sem Hernanes e Alex Silva, Muricy Ramalho terá que refazer o esquema de jogo do tricolor paulista. Agora sim é hora de usar os jogadores da base.
Bem, dizem que o campeão do primeiro turno vence o segundo neste campeonato de pontos corridos. Acho que este ano não será assim. Porque o campeonato está mais disputado e dificilmente um time irá disparar deixando os outros para trás. Mas eu ainda acredito no hexa sãopaulino. Só para acabar com esta história de quem foi o primeiro pentacampeão brasileiro.

O que aconteceria?

Acabo de ler no Estadão, na matéria que fala sobre esta pendenga dos militares e o Ministério da Justiça, que estudantes da UNE protestaram em frente ao Clube Militar no Rio de Janeiro. Hummm... E o que aconteceria se alguém protestasse na frente da sede da UNE, no dia da visita de Lula, e chamasse os estudantes ali presentes de pelegos, de mamadores das tetas do Estado?

O estrago

No último encontro do Foro de São Paulo ocorrido no Uruguai, o assessor top-top-top Marco Aurélio Garcia disse que o petróleo descoberto na Bacia de Santos deveria ser socializado pelos demais países latinos. Os países cujos presidentes fazem parte do foro. A Folha de São Paulo de hoje fala que o governo teme que a Petrobrás possa ficar com múltiplos poderes se ficar só em suas mãos a exploração da Bacia de Santos. Sei não. Como eu escrevi num post abaixo: precisamos ficar de olho. Se a gente descuidar veremos milhares de bolivarianinhos correndo pra cá tentando tirar uma casquinha. E tem mais: será que não existe nenhuma lei que estabeleça limites para os poderes da Petrobrás? Algo de podre virá. E veremos os amiguinhos do Foro de São Paulo levando petróleo daqui. Pobre Brasil! Vamos ter que esperar Lula sair do Planalto para ver o estrago que ele fez.

Iris é do rock

Rock in Iris

É preciso ficar de olho

O Jornal do Brasil fala dos candidatos que usarão a imagem de Lula para tentar aproveitar do sucesso do governo. Até a oposição vai maneirar nos ataques. Aí tem coisa. Será que tem dinheiro sujo rolando nesta campanha? É lógico que sim! Por isso precisamos ficar de olho. Ficar mais atentos. A cada dia que passa Lula injeta mais anestesia no país. Os políticos viraram lulistas de carterinha. É preciso ficar de olho. É preciso ficar atentos para que esta troca de apoio não vire mudança na Constituição para que Lula dispute o terceiro mandato. Pelo visto só veremos as desgraças do lulismo depois de 2010 (se Lula não der o golpe). É bom mesmo a gente ficar atento. Atento para ver quem apóia Lula para depois cobrar o preço.

Todo mundo é lulista (Parte 2)

Segue abaixo reportagem assinada por Renata Victal no Jornal do Brasil. Comento no próximo post.

Navegar numa economia estável, em céu de brigadeiro e com a imagem descolada de qualquer escândalo. O cenário de sonho que vive o presidente Lula transformou sua imagem em mercadoria de alto valor. Sabendo disso, os candidatos à prefeitura prometem disputar, minuto a minuto, o prestígio do ex-líder operário nos seus programas de TV. Apesar de Alessandro Molon ser candidato único do PT, Jandira Feghali (PCdoB), Eduardo Paes (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB) já anunciaram que pretendem tirar suas ‘casquinhas’. Acuado, Molon ameaça recorrer à Justiça.
– Ele só estará em nosso programa eleitoral – ressalta Molon. – E não pode aparecer em outro programa. É proibido pela lei eleitoral. Tenho certeza que a marca do presidente e sua popularidade vão ser muito importantes para nosso crescimento.
O prestígio do presidente entre os cariocas é tão grande que nem mesmo os candidatos de oposição querem correr o risco e minimizam as críticas ao governo federal. A avaliação é de Geraldo Tadeu Monteiro, cientista político e diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social.
– A última pesquisa aponta que Lula tem 44,4% de aprovação entre os cariocas e apenas 16,2% de reprovação. A imagem de Lula é tão boa no Rio que 47,4% disseram que votariam em um candidato apoiado por ele – lembra o cientista. – O escândalo do mensalão não colou em Lula. Colou em vários políticos próximos a ele, mas os programas sociais, a estabilidade da economia, o aumento real do salário mínimo e as obras do PAC falaram mais alto.
Marcelo Serpa, professor de política eleitoral da UFRJ, tem a mesma opinião:
– A estratégia é trazer um pouco da popularidade e da aceitação de Lula para a própria campanha – explica Marcelo. – É uma estratégia antiga de propaganda. Todos querem agregar a simpatia de Lula.
Slogans parecidos
A comunista Jandira Feghali diz que vai explorar uma brecha na norma eleitoral para ter o presidente em seu programa de TV. Além disso, o publicitário Paulo de Tarso Lobão Morais usará slogan semelhante ao de Lula em 2002: "Jandira já".
– Ele não pode é gravar para mim. No que for compatível com a parceria, não tem problema. Podemos usar imagens de eventos em que ele tenha participado.
De olho na mesma brecha, Eduardo Paes diz que também vai utilizar algumas imagens.
– Vamos usar imagens do presidente, sem problemas – garante.
Nem mesmo o senador Marcelo Crivella abre mão de se colar às boas ações do governo federal. Esta semana, ele começou a gravar seus programas de TV e até mesmo o slogan da campanha de Lula foi adaptado. O "Crivella lá" somado à participação do vice-presidente José Alencar, de seu partido, é uma das principais armas.
– Todos sabem que o presidente Lula tem pelo José Alencar, pelo PRB e pelo Crivella, um apreço especial, ele já declarou isso – diz o bispo. – Mas disse também que não ia fazer campanha no primeiro turno para nenhum partido onde a base estivesse dividida, é o caso do Rio. Seria constrangedor.

Estratégia

Para impregnar ainda mais a marca Lula em seu programa, Molon pretende contar com a ajuda de alguns ministros. Hoje, os ministros de Justiça, Tarso Genro, do Meio Ambiente, Carlos Minc, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, e de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, vão entrar em estúdio para gravarem mensagens em seu apoio. Além destes, já gravaram os ministros da Educação, Fernando Haddad, e o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.