sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A culpa é do FHC também?

Ontem, vários estados do nordeste tiveram apagões. Até agora o Ministério de Minas e Energia não sabe o que causou. Quer ver que vai ter petralha culpando o governo Fernando Henrique Cardoso? Há dez anos atrás enfrentávamos uma crise energética. Passado o governo Lula que, como dizem por aí, fez tudo que tinha que ser feito desde a chegada de Pedro Álvares Cabral, ainda existem apagões. Vale lembrar que a atual presidente destêpaiz foi ministra de Minas e Energia.
Aos poucos nós vamos vendo que Lula não fez tantas coisas que deveriam ser feitas desde a chegada de Pedro Álvares Cabral no Brasil.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Infidelidade?

O PMDB goiano quer expulsar Thiago Peixoto porque aceitou o convite de Marconi Perillo para ser secretário da Educação. Quem é o PMDB goiano para exigir fidelidade de algum correligionário?
Em 2004, o PMDB de Iris Rezende disputou a eleição para a Prefeitura de Goiânia contra o PT de Pedro Wilson. A disputa foi acirrada, com críticas ácidas dos dois lados. Quatro anos depois o mesmo Iris Rezende disputava a reeleição tendo Paulo Garcia como vice. Um petista na chapa de um peemedebista.

Como se não bastasse este exemplo de infidelidade, o PMDB de Iris Rezende recebeu de braços abertos o apoio do então governador Alcides Rodrigues e do seu candidato derrotado Vanderlan Cardoso. Foi em 2010. Em 2006, ou seja dois anos antes, o PP de Cidinho e o PMDB de Iris não poderiam nem sentar perto porque poderia sair fogo.

Se Thiago aceitou o convite de Marconi é porque não via no seu partido nenhum espaço para amadurecer politicamente e desenvolver seus projetos na área da Educação. O PMDB ao expulsar Thiago mostra que nunca vai respirar ares novos e vai sempre continuar debaixo do braço de Iris Rezende. 

Te vira, Marconi!

Assim como Paulo Maluf apoiou a candidatura de Celso Pitta à Prefeitura de São Paulo em meados da década de 1990, Marconi Perillo apoiou a candidatura de Alcides Rodrigues ao governo de Goiás em 2006. Maluf chegou ao cúmulo de dizer que, se Pitta não fosse um bom prefeito o povo paulistano não precisava mais votar nele. Marconi não ousou tanto. Quando ganhou a fácil eleição para o senado naquele ano, ele mergulhou de cabeça na campanha de Alcides. O adversário era do PMDB, Maguito Vilela. O apoio marconista valeu a pena: Alcides foi eleito (ou melhor, reeleito porque ele já ocupava a cadeira de governador quando Marconi renunciou para se candidatar ao Senado).

Mas em 2007, depois da posse, Alcides começou a dizer que o negócio não estava tão bom como ele mesmo disse na campanha. O Estado estava quebrado e era preciso fazer reformas. Cidinho passou quatro anos dizendo que havia feito reformas e que o Estado estava enxuto. Eis que Marconi retorna ao governo e diz que o Estado não está enxuto como dizia Alcides Rodrigues, seu antigo aliado.

Alcides foi vice de Marconi de 1999 até 2006. Foi intervetor em Anápolis. Marconi sabia muito bem o produto que estava oferecendo ao eleitorado. Se Cidinho traiu o problema é dos dois. Não vou ficar aqui adulando Marconi. Já temos o Diário da Manhã que está fazendo isso muito bem. O que digo a Marconi é: "Te vira!"

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Só o PSDB que não sabe disso

Chico Buarque elogia Fernando Henrique Cardoso. Até ele, um dos principais porta-vozes do petismo na MPB. Só o PSDB, partido de FHC, não sabe elogiar o ex-presidente. Segue um trecho do que está no Estadão online:


Em uma entrevista ao jornal espanhol ‘El País’, o cantor, compositor e escritor Chico Buarque, que sempre se mostrou crítico de Fernando Henrique Cardoso, desta vez teceu elogios ao ex-presidente.
Após enaltecer a prioridade do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tirar o maior número de pessoas da miséria e dizer que isso continua com a presidente Dilma Rousseff, Chico afirmou que os méritos desses avanços também vieram “das bases da política econômica empreendida por Fernando Henrique Cardoso”.
Segundo ele, esta “foi a chave sem a qual não se poderia avançar. Toda essa transformação foi levada a cabo com as regras do capitalismo para criar uma riqueza que devia ser distribuída. Alguns esquerdistas podem pensar que não foi suficientemente humanitário, mas ninguém pode negar que foi o mais inteligente.”

O PT não quer CPI

O PT não quer CPI. Nem CPI sobre Furnas. Se algum tucano ou democrata estivesse enrolado em alguma acusação aí sim veríamos muitos petistas pedindo não somente ética na política como comissões parlamentares de inquérito para investigar as irregularidades. Tem muita coisa podre em Furnas que podem incriminar tanto o PT como o PMDB.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tem gente que bota fé no deputado das bolachas

Aqui em Goiás, muitos jornalistas fazem de tudo para mostrar serviço aos seus políticos. Tem jornalista apoiando a candidatura de Sandro Mabel à presidência da Câmara. Meu Deus! Só por que ele prometeu um prédio novo para os gabinetes de suas excelências? E no quesito trabalho? O que Sandro Mabel vai contribuir para agilizar o andamento de projetos de lei? 
O deputado das bolachas só tem apoio de alguns jornalistas desta terra mesmo.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Oposição dura? Vamos ver

Apesar de, quantitativamente, nós estarmos mais frágeis do que estávamos na legislatura anterior, eu acho que temos plenas condições de qualificar a nossa oposição. O papel da oposição tem que ser propositivo, além do papel fiscalizador que faremos em profundidade.

Quem disse o que está acima foi o senador Aécio Neves. É engraçado ver a oposição falando em ser dura com Dilma Rostock. Como ela vai fazer alguma coisa se os dois partidos que fazem oposição ao governo estão divididos? O PSDB quer reformular deixando José Serra fora da discussão e o DEM altera documento para que favorecer Rodrigo Maia e "obrigar" Gilberto Kassab a migrar para o PMDB. 
Aécio Neves fala em qualificar a oposição. Como qualificar se ela está toda rachada e ninguém se dispõe a uni-la. Vamos ver.

Sarney outra vez?

É... Pelo visto José Sarney vai mesmo comandar o Senado Federal pelos próximos dois anos. Há dois anos atrás ele afundava a Casa na sua pior crise. Ninguém foi punido, nenhuma reforma foi feita e os vícios continuam.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Não podemos esquecer

O primeiro mês do ano está acabando. E nós não podemos jamais nos esquecer da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. Aos poucos o noticiário vai deixando de lado o que aconteceu em Petrópolis, Nova Friburgo e região porque outros assuntos também relevantes vão surgindo e precisam ser noticiados e analisados. Porém, não podemos jamais nos esquecer de cobrar dos governantes se as medidas prometidas estão sendo cumpridas.
Precisamos sempre cobrar do governador do Rio Sérgio Cabral o que ele está fazendo para que não se repita o que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro no primeiro mês deste ano. 

'Preciso desencarnar da Presidência', diz Lula

Por Eduardo Kattah
no Estadão



Empenhado em não fazer declarações de conteúdo político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que precisa "desencarnar da Presidência" e "reencarnar como cidadão brasileiro".
Depois de receber o título de doutor honoris causa na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na noite de sexta-feira, o ex-presidente foi agraciado neste sábado com uma comenda oferecida pela prefeitura de Ubá, em Minas.
Durante uma rápida cerimônia no aeroporto da cidade, Lula evitou responder às abordagens de jornalistas e reiterou que pretende se manter em "férias" até o fim do carnaval.
"É a minha primeira atividade depois que eu deixei a Presidência. Eu, na verdade, não quero ter atividade até março, vou esperar o carnaval. A companheira Dilma (Rousseff) está montando seu time e eu preciso desencarnar da Presidência. Então, quanto mais quieto eu ficar, quanto menos falar, melhor será para todos nós", disse o ex-presidente.
Questionado pelo Estado, ele não quis fazer nenhum prognóstico em relação ao caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti. No seu último dia de mandato, o ex-presidente negou a extradição pedida pela Itália. A defesa de Battisti, condenado por assassinatos em seu país, já pediu sua libertação, o que deverá ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro. Lula também evitou falar sobre o governo de sua sucessora.
Críticas. Menos comedido que o ex-presidente, a quem acompanhou na visita a Minas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, reagiu às recentes críticas do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), que usou o Twitter para criticar o "vexame" do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os problemas verificados no portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Haddad não escondeu a irritação com o ataque feito na rede de microblogs pelo ex-candidato do PSDB à Presidência. "Serra tem de responder pela administração dele", rebateu o ministro da Educação. "Acho pequeno a pessoa que pretendeu governar o País se aliar ao que tem de menor para fazer uma crítica desse tipo. Está havendo enchente em São Paulo, as pessoas estão morrendo na zona leste (da capital) há anos. Acho que é muito mais grave isso." 

Comentário
Fernando Haddad só fica uma fera mesmo quando está perto de Lula. Ao lado de Dilma Rostock, ele cancela as férias e tem que dar entrevista para esclarecer os problemas no Enem e no Sisu. 

Egito ignora promessas e volta às ruas

Por Samy Adghirni e Rebeca Rocha
na Folha



A promessa de reformas feita anteontem pelo ditador do Egito, Hosni Mubarak, 82, teve efeito contrário no país de 80 milhões, o maior do mundo árabe.
Ontem, os egípcios tomaram mais uma vez as ruas, exigindo a saída de Mubarak, há 30 anos no poder. Pelo menos 102 pessoas morreram em cinco dias.
Cerca de 50 mil pessoas voltaram à praça Tahir, centro do Cairo. Houve manifestações em Alexandria, Suez e Rafah, na divisa com a faixa de Gaza.
No fim do dia, Mubarak, numa nova cartada, nomeou o diretor de inteligência do país, Omar Suleiman, para um novo posto de vice-presidente. Já o novo premiê será um militar da confiança do ditador, Ahmed Shafik.
As nomeações podem significar um desejo de endurecer a repressão aos manifestantes. Mas alguns analistas especulavam que Mubarak na verdade escolheu pessoas próximas para herdar o país após uma eventual renúncia.
A internet continuava precária ontem. Mas os celulares, depois de ficarem fora de serviço por ordem do governo, voltaram a funcionar.

CAOS NO AEROPORTO
Ao cair da noite, Cairo e outras cidades registraram uma onda de saques.
No aeroporto da capital, houve caos. Mais de mil turistas e funcionários de embaixadas tentavam sair do país.
Ontem à noite, os passageiros que chegavam não conseguiam deixar o local devido ao toque de recolher (das 16h às 8h).
Para piorar, não era possível encontrar água nem comida. Carrinhos de bagagem eram usados como cama.
Além disso, havia boatos de que gangues leais a Mubarak estariam circulando com facas e armas de fogo. O objetivo seria criar uma sensação de desordem para que o ditador argumente que seu regime é necessário para manter a ordem pública.
Hoje, dia útil no país, a Bolsa de Valores estará fechada. O acesso a pontos turísticos como as pirâmides foi restrito, e há relatos de que duas múmias do Museu do Cairo foram danificadas.
Por conta das limitações, muitas pessoas estão com dificuldades de encontrar suprimentos e se apressam para criar estoque, inflacionando os preços.
"Estou rodando toda a cidade em busca de gasolina e não acho mais. O governo acha que vai nos impedir, mas não vai conseguir", declarou o empresário Haiderf, que não deu o sobrenome.
Além de privar os cidadãos de recursos, o governo tem omitido informações.
A agência estatal divulga só imagens de ruas vazias ou lugares supostamente queimados pelos manifestantes, além de contar prejuízos.
A reação internacional ao movimento teve o efeito colateral irônico de aproximar EUA e Irã.
O governo norte-americano pediu reformas a Mubarak e pode rever sua ajuda militar ao país, de US$ 1,5 bilhão ao ano.
Já o governo do Irã, rival regional do Egito, pediu que se "permita o despertar da onda islâmica".

Atrasos e cortes ameaçam obras propostas por Dilma

Por Gustavo Patu
na Folha



Atrasos herdados da administração anterior e a necessidade de cortar investimentos para equilibrar as contas do governo ameaçam algumas das principais promessas da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff.
Manter em dia o cronograma de realizações significa construir, só neste ano, 3.288 quadras esportivas em escolas, 1.695 creches, 723 postos de policiamento comunitário, 2.174 Unidades Básicas de Saúde e 125 Unidades de Pronto Atendimento, além de centenas de milhares de moradias subsidiadas para a população de baixa renda.
As metas constam do planejamento oficial que embasou a elaboração do Orçamento deste ano -até hoje não sancionado pelo Planalto, o que reduz a virtualmente zero a possibilidade de liberar dinheiro público para novos projetos.
Fora os compromissos de apelo popular mais imediato, há ainda R$ 7 bilhões destinados a novas obras em rodovias, ferrovias, portos, irrigação e saneamento, igualmente incluídas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, batizada de PAC 2.
Completar um mês sem iniciar investimentos é usual para um começo de administração, mesmo no caso de um governo de continuidade. A equipe econômica, porém, já prepara o terreno para uma demora maior.
É preciso combinar dois objetivos: o fiscal -bloquear despesas e elevar os recursos para o abatimento da dívida pública, desde 2009 abaixo do prometido- e o gerencial -encerrar a lista de obras e projetos prioritários inacabados, grande parte deles coordenados pela própria Dilma nos tempos de ministra-chefe da Casa Civil.
Em um cenário de recursos escassos, as obras já em curso ganham primazia, como já indicaram a Fazenda e o Planejamento. Mais delicado politicamente seria citar pelo nome os candidatos a serem preteridos.
O exemplo de maiores proporções é o da segunda etapa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que pretende viablizar a construção e a aquisição de 2 milhões de casas e apartamentos até 2014.
Há R$ 12,7 bilhões autorizados no Orçamento de 2011 para a iniciativa, de longe o maior volume destinado a um programa de caráter não permanente nem obrigatório.
Mas, ainda que escape dos cortes a serem anunciados até março, a verba terá de acomodar também R$ 9,5 bilhões em despesas que ficaram por ser executadas da primeira etapa do Minha Casa -na qual as moradias efetivamente concluídas não chegaram a um quarto do 1 milhão contratado no papel.
O mesmo acontece com as novas Unidades de Pronto Atendimento, os prontos-socorros 24 horas que estrelaram a plataforma petista para a saúde. Os recursos reservados para iniciar as 500 UPAs programadas até 2014 terão de disputar espaço com a conclusão das outras 500 que deveriam ter sido entregues até 2010.
Pelos dados do Ministério da Saúde, apenas 91 UPAs estavam em funcionamento até o início de dezembro.
Sintomaticamente, a bancada governista no Congresso ajudou a promover, sem alarde, um corte de 15% nos recursos para as UPAs e a construção de postos UBS (Unidades Básicas de Saúde) durante a tramitação do projeto de lei orçamentária.
Maior ainda, de quase 35%, foi a redução da verba para a construção e adequação de quadras esportivas nas escolas de ensino médio, ação também classificada como prioritária, incluída no PAC 2 e repetida na campanha eleitoral.
Outro complicador é que todas essas metas -incluindo a construção de creches e de postos de policiamento- dependem da participação de governos estaduais ou prefeituras para elaboração de projetos, cessão de terrenos e custeio das unidades.