terça-feira, 18 de novembro de 2008

Não eram eles que mudariam tudo?

Será que a gente é que é diferente
Será que os outros são tão iguais
Honestidade é marca da gente
Ser diferente é bom até demais


Eis o trecho de uma música bastante tocada pelos petistas aqui em Goiás. Nas suas constantes passeatas contra isso e contra aquilo, nos seus horários eleitorais gratuitos sempre essa musiquinha embalando imagens dos petralhas contra o FMI, contra os Estados Unidos, contra FHC, contra a corrupção. O PT passou 22 anos prometendo ética na política caso fossem eleitos. O PT sempre se dizia melhor do que “os que estão aí”. De 2003 até hoje, quando Lula tomou posse na presidência, o PT não mudou nada do que prometeu mudar. Só podemos concordar com a permanência da política econômica iniciada em meados dos anos 1990 e que foi alvo da ira petista. Já imaginou se o PT resolve botar para quebrar assim que colocasse suas patas no Banco Central? Neste ponto devemos aceitar a não mudança.

Quem vê Tarso Genro falando que o sistema partidário político está falido só pode rir. Ele não sabia que o sistema político brasileiro era podre quando ele e seu partido eram da oposição. Ele não sabia dos esquemas, de tudo de ruim que rolavam e ainda rolam no meio político. Agora eles querem adotar a postura da pureza. Vamos purificar, vamos mudar... Ah, tenham a santa paciência.

Quem é que disse que foi sempre assim em 2005, quando os lulistas foram flagrados fazendo fila para pegar dinheiro sujo para pagar dívidas de campanha? Quem é que disse que o PT fez o que sempre foi feito sistematicamente nestêpaiz? Mas não era este o partido da mudança? Quem é o PT para falar que o sistema político está falido?

As antas e os petralhas não são diferentes. Eles mentiram. Passaram 22 anos mentindo para chegar no poder e não fazer o que prometeram. Eles usaram e abusaram dos esquemas sujos e ilegais do sistema político, tão combatido por eles, e agora querem acabar com isso. Aliás, algum mensaleiro festeiro foi punido? Pois é, quem pedia punição aos corruptos do passado inventam mil e uma desculpas (Epa! Desculpa não! Tramas, teorias conspiratórias) para justificar os seus erros. E pior: abraçam os corruptos do passado como se fossem amigos de infância.

O melhor não é a reforma política. O melhor é a reforma dos políticos. Políticos que cumpram o seu papel, que sejam fiscalizados diariamente, que sejam obrigados a prestarem contas dos seus serviços não somente em épocas eleitorais, mas em qualquer momento, em qualquer hora, a qualquer pedido de qualquer cidadão. O problema não é a política que está falida, mas sim quem contribuiu para a sua falência. Querem saber quem são os responsáveis? Um deles admite que o sistema político está falido. O outro ocupa a cadeira de presidente do Brasil. Este disse que haviam 300 picaretas no Congresso. Ao afirmar isso não poderíamos comparar com este sistema falido que Tarso Genro admite?

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