terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sobre o nepotismo

Estou lendo um livro que se chama O Dinossauro – Uma pesquisa sobre o Estado, o patrimonialismo selvagem e a nova classe de intelectuais e burocratas do diplomata José Osvaldo de Meira Penna.
Leio a parte que ele fala do brasileiro não saber distinguir o que é público e o que é privado (eis o homem cordial que Sérgio Buarque de Holanda fala em Raízes do Brasil).
Estou na página 148. Eis que encontro um trecho que cai como uma luva na questão do nepotismo: O homem público que acha que seu cargo é um patrimônio pessoal e familiar legítimo não compreende a acusação. A distinção necessária entre a esfera do público e do privado só aparece num estágio muito mais avançado de consciência política o qual, infelizmente, ainda não alcançamos...

Enquanto ainda não alcançamos este estágio avançado de consciência política que permita distinguir o público do privado, vamos vendo as safadezas dos homens públicos que acham que os cargos que ocupam são seus ou dos seus familiares e fingem de bestas quando o Supremo Tribunal Federal proíbe o nepotismo. É, meus amigos, o STF da Ilha Brasilis não tem nenhuma credibilidade. Corretos estão os políticos que abrigam parentes nos seus gabinetes e o delegado maluquinho Protógenes Queiroz.

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