quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Adeus, anta

A anta tá que tá. Ela quer que eu especifique os vários ramos da esquerda. Aé, mané? Esquerda democrática? É uma piada? Faça o que você mesmo diz: ESTUDE! Eu estudo! E sempre continuarei estudando. Sempre continuarei lendo. Esquerda democrática? É, mesmo, anta, você tem toda razão! A China de Mao Tse-Tung, a URSS de Stálin e a Cuba de Fidel e Raúl são exemplos de democracia, não é mesmo?

Augusto Nunes vai direto ao ponto no seu artigo de hoje no Jornal do Brasil. Os próprios esquerdistas não queriam democracia aqui no Brasil e sim uma ditadura do proletariado.

Sobre o golpe militar de 1964 (que muitos chamam de revolução) se deve ao despreparo de João Goulart. Desde 1961 que o país vivia num clima de instabilidade. Jango caiu para a esquerda porque não tinha apoio no Congresso Nacional e nem outro lugar. Ao invés de pacificar o país depois da renúncia de Jânio Quadros e as loucuras de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul, Jango preferiu peitar os militares. Quebrou a hierarquia, um dos pilares das Forças Armadas. E tem mais, anta: os militares tiveram o apoio de muita gente. É que esperavam que os militares pacificariam o país e devolveriam o poder aos civis em 1965. Mas, infelizmente, prevaleceu a turma do general Costa e Silva que queria o endurecimento do regime. O ano de 1964 o Brasil poderia ser golpeado tanto pela direita como pela esquerda. É, anta, a esquerda queria derrubar o governo sim! Queria a ditadura do proletariado sim! Discordo de muitos artigos, mas Elio Gaspari escreveu uma coletânea sobre a história da ditadura militar. Não, eu não vou pedir para você ler porque eu tenho certeza que você não vai ler.

Adeus, anta! Já dei atenção demais para você! E se comentar de novo, vai pro lixo! Eu não quero ter uma “multidão de leitores”. É como dizia Paulo Francis num belo artigo publicado no Pasquim:

Dizem que o negócio é viver; prefiro ler. Só me sinto absolutamente feliz (bem, em suma) quando estou em casa, sozinho, lendo, com a empregada muda e fornecendo o cafezinho de meia em meia hora. (...) Sou uma pessoa muito particular. Minhas amizades íntimas são pouquíssimas, e nenhuma é total, quer dizer, aberta por completo. A idéia de ter uma massa ululando a cada palavra minha me horroriza além de qualquer descrição. (grifo meu).

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