sábado, 15 de novembro de 2008

Relembrando Eleanor Roosevelt

Tenho aqui em casa um livro que se chama Tempos muito estranhos de Doris Kearns Goodwin (Editora Nova Fronteira, 652 páginas). O livro conta os bastidores do governo Franklin Delano Roosevelt e as ações dos principais assessores do presidente.

Mas o que me chamou atenção mesmo no livro foi a atuação da primeira dama Eleanor Roosevelt. Vemos que ela era independente e, muitas vezes, constrangia os assessores presidenciais quando afirmava em público ser contrária a alguma medidas adotadas pelo marido. F.D.R. respondia quando perguntado sobre sua esposa: “Não mando nela”.

Num período de segregação racial, Eleanor defendeu os direitos dos negros. Cito um trecho do livro que mostra a reação da primeira dama ao saber que o New Deal não contemplava por completo os negros: Em grande parte pela ação de Eleanor, queixas dos negros contra os programas do New Deal foram ouvidas na Casa Branca e, em 1935, o presidente concordou em assinar um decreto banindo a discriminação nos projetos da WPA. Dali por diante, a participação negra no New Deal aumentou. “Pela primeira vez,” comentou uma delegação de assistentes sociais negros que visitaram Hyde Park no verão de 1939, “as mulheres e homens negros tiveram motivo de orgulho para acreditar que seu governo se preocupa com eles.

Já que falam que Barack Obama é o novo F.D.R. seria interessante relembrar Eleanor Roosevelt. E o New Deal, tão relembrado nos dias de hoje, nos dias de crise econômica mundial, discriminava os negros. Ainda bem que Roosevelt não mandava na sua esposa.

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