sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tempos de chuva e as catástrofes de sempre

Finalmente começou o período chuvoso aqui em Goiânia. Eu já estava achando estranho o calor que fez em outubro. Mas as nuvens cinzas de novembro anunciam períodos chuvosos e um clima agradável (não que o céu azul seja desagradável).

Com a abertura das torneiras por São Pedro vamos vendo a incompetência dos nossos governantes. Só mesmo o céu para abrir o que eles escondem. Todo ano, ou melhor, todo final de ano é a mesma coisa: deslizamento de terras, casas soterradas, pessoas mortas, estradas destruídas. É o PAC! Todo final de ano é a mesma coisa. E todo final de ano os nossos governantes culpam São Pedro por não continuar fazendo o que eles demoraram anos para fazer (trocando em miúdos: nada). Perdoa-os, São Pedro, eles não sabem o que fazem. Bem, eles sabem sim, mas sempre falam que não sabem.

E este tempo de chuva lembra dengue. Água parada. O Jornal do Brasil de hoje mostra que lá no Rio de Janeiro uma moça de 24 anos morreu por dengue hemorrágica. E agora? Vamos esperar mais quantas mortes para tomarem alguma atitude? O que mais chama atenção na reportagem é que a família da moça procurava alertar os vizinhos sobre os perigos de deixar água parada. E a família que queria combater a dengue vai enterrar um ente querido morto pela dengue.

É o tempo de chuva. E é tempo dos políticos mostrarem suas caras de piedade com tanta destruição. Aí vêm os ecologistas falando em mudanças climáticas. Eu não culpo a natureza. Eu culpo os políticos que não sabem fazer nada. Só aquela carinha de choro quando alguma catástrofe acontece. Carinha de choro que vai para a televisão e catástrofe que poderia ser evitada.

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