sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Em um minuto estaremos no Galeão... assim espero

Domingo estarei embarcando para o Rio de Janeiro. As eleições municipais aqui em Goiânia já estão asseguradas. Não adianta mais bater em todo mundo porque todo mundo vai estar no mesmo lugar. Iris Rezende cai um pouquinho, Sandy Júnior sobe um pouquinho, Martiniano Cavalcante e Gilvane Felipe têm menos intenções de voto do que as margens de erro das pesquisas. Vou para o Rio dar um cascudo na cabeça do neolulista Eduardo Paes. Vou para o Rio exigir respostas de Marcelo Crivela sobre o tal “Cimento Social”. Vou para o Rio tomar uma água de coco com Fernando Gabeira e discutir sobre a luta armada nos anos 1960. Essas discussões e esses cascudos serão bem mais proveitosos do que falar sobre Iris Rezende, Sandy Júnior, Martiniano Cavalcante e Gilvane Felipe. Epa! De Gilvane Felipe só espero o telefone da Lara Britto. Quem sabe ela não me faz companhia numa caminhada pelo calçadão de Copacabana?
Vou para o Rio de Janeiro participar de um congresso de História Antiga. Se eu gosto de História Antiga? Não me dá tesão, mas leio sobre. Vou mais porque as horas deste congresso completarão o que preciso para concluir o total de horas extra-curriculares e assim me formar em História. Vou mais porque é no Rio de Janeiro.
Meus amigos me perguntam se tenho medo de bala perdida. Dia desses li no Jornal do Brasil que Ruy Castro está lançando uma coletânea de crônicas publicadas na Folha de São Paulo. Numa dessas crônicas, Ruy fala deste problema. Ele diz que mais gente morre atingida por um raio em São Paulo do que bala perdida no Rio. Será? Sei lá. Não quero ter nenhum destes dois destinos apesar de sentir uma vontade imensa de visitar as duas cidades. Se eu morrer, meus amigos, foi lindo!
Mas vamos continuar falando de vida. Vamos falar de história. Faz muito tempo que eu estou querendo ir ao Rio de Janeiro. Quero visitar a Central do Brasil, o Palácio do Catete, a Igreja da Candelária, o Maracanã (pena que o São Paulo não vai jogar lá), mergulhar nas praias cariocas (como bom caipira não vou provar da água). Quem sabe não encontro com Fernando Calazans e Joaquim Ferreira dos Santos na sede do Globo? Quem sabe não tiro uma foto ao lado do Márcio Guedes e da Marluce Martins do Dia? Se eu encontrar algum global ou proto-celebridade fingirei que não conheço.
Vou à Livraria Travessa, vou aos sebos. Quero trazer um monte de livros, discos (vinis mesmo), cd’s. Ainda bem que estou indo para o Rio de Janeiro no ano do cinqüentenário da Bossa Nova. Quem sabe não participo de alguma coisa a respeito?
Não vejo a hora de entrar no avião, esperar uma hora, uma hora e meia e ver o Corcovado, o Pão de Açúcar, a Guanabara, ou como cantava Tom Jobim:

Minha alma canta,
Vejo o Rio de Janeiro,
Estou morrendo de saudade.

Rio, teu mar, praias sem fim,
Rio, você foi feito pra mim.

Cristo Redentor, Braços abertos sobre a Guanabara.

Este samba é só porque,
Rio, eu gosto de você,
A morena vai sambar,
Seu corpo todo balançar.

Rio de sol, de céu, de mar,
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão.

Cristo Redentor,Braços abertos sobre a Guanabara.

Este samba é só porque,
Rio, eu gosto de você,
A morena vai sambar,
Seu corpo todo balançar.

Aperte o cinto, vamos chegar,
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós.


Depois das denúncias do Fantástico estou com medo de viajar de avião. Na época em que Tom Jobim compôs esta música não precisava se preocupar se o controlador de vôo estava num bom ou naqueles dias. Vou tentar não me concentrar nisso. Quero admirar a paisagem carioca da janela do avião. Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão... assim espero. E vamos nós. Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara.

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