segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Cristovam e o "deixa como está"

Nas eleições presidenciais de 2006 votei em Cristovam Buarque para presidente no primeiro turno. Ele defendia a educação. Como muitos dizem por aí, só a educação transforma o Brasil. Mas, Cristovam não foi eleito. Muita gente, mas muita gente mesmo, não pensa igual a mim e os outros que votaram em Cristovam. Vai ver nós fomos enganados e a educação não muda o Brasil.
Hoje me decepcionei com Cristovam. Ele é do PDT. O presidente do partido Carlos Lupi é ministro do Trabalho. Ou seja, além de presidir o partido fundado por Leonel Brizola é ministro de Estado. A Comissão de Ética Pública recomendou que Lula o demitisse. Não pode ser duas coisas ao mesmo tempo. Ou é presidente do PDT, ou é ministro do Trabalho. O pedido de demissão está dando o que falar. Todo mundo sabe que Lupi está errado. Todo mundo sabe que não pode ter este “choque de funções” como alega a comissão. Mas, sempre tem aquele grupo que fala “Ah, com fulano não fizeram nada”. Quer dizer, se os outros erraram no passado os erros devem permanecer no presente. Cristovam engrossa o coro dos descontentes. Ele acha que há “alguma coisa por trás” nesta decisão da Comissão de Ética Pública. Diz o senador: Eu não nego que, apesar do meu carinho pelo presidente Lupi, ele não poderia ficar com as duas funções. Mas não por uma decisão da comissão de ética do governo. Cristovam sabe que o presidente do seu partido está errado e mesmo assim entra neste joguinho de empurra-empurra, de que “deixa como está”. Não! Se um dos membros do partido acha que há choque de funções, que não se pode presidir um partido e ser ministro de Estado, então Lupi tem que sair. Sai, Lupi! Pede pra sair! Só não pode é “deixar como está”.

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