domingo, 23 de dezembro de 2007

A ANAC sabia dos problemas nos aviões da TAM

Sim, minha gente. O ano de 2007 está acabando e crise aérea ainda afeta os aeroportos brasileiros. Publiquei aqui no blog duas matérias da Folha online. As duas eram do mesmo dia. Uma do ano passado e a outra deste. As notícias eram praticamente as mesmas: atraso e cancelamento de vôos, aeroportos superlotados, passageiros irritados. O que mudou em 365 dias foram os nomes dos comandantes do sistema aéreo brasileiro. O presidente da ANAC não é mais Milton Zuanazzi. Agora quem comanda a agência é Solange Vieira. Não sei cadê o Zuanazzi. Não sei se ele vai viajar de avião neste final de ano. Só queria que ele esclarecesse uma outra reportagem que eu achei da mesma Folha online do dia 22 de dezembro de 2006:

Os atrasos nos pousos e decolagens continuaram subindo e atingiram quase metade dos vôos nesta sexta-feira, em 67 aeroportos do país. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), 583 dos 1.214 vôos tiveram atrasos superiores a uma hora e outros 40 vôos foram cancelados, o que representa um índice de 48,02%. A FAB (Força Aérea Brasileira) considera normais atrasos de até 40 minutos.

O índice contraria a previsão da própria agência, que acreditava na normalização do movimento a partir desta sexta-feira, terceiro dia seguido de caos nos terminais.

O mau tempo na quarta-feira (20) e as empresas aéreas, principalmente a TAM foram apontados pela Anac como causadores dos atrasos. Na quarta, o tempo ruim deixou Congonhas fechado por 50 minutos e seis dos 85 aviões da TAM tiveram problemas, criando um efeito cascata de atrasos em todo o país.

Hoje, com a continuidade dos problemas nos aeroportos e nos vôos da TAM, a Anac proibiu a empresa de vender passagens para vôos desta sexta, sábado e domingo, ou até que os pousos e decolagens estejam normalizados.

Além da proibição, as últimas medidas para tentar normalizar a situação foram o aumento de funcionamento do aeroporto de Congonhas (em São Paulo), que permanecerá aberto durante a madrugada, e o fretamento de aeronaves da FAB pela TAM. Ao todo, oito aviões com 472 lugares no total serão usados.

Da reportagem acima destaco o seguinte:


O mau tempo na quarta-feira (20) e as empresas aéreas, principalmente a TAM foram apontados pela Anac como causadores dos atrasos. Na quarta, o tempo ruim deixou Congonhas fechado por 50 minutos e seis dos 85 aviões da TAM tiveram problemas, criando um efeito cascata de atrasos em todo o país.

Quer dizer: em dezembro de 2006 a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sabia que os aviões da TAM tinham problemas. Como mostra a reportagem seis dos 85 aviões da empresa tiveram problemas agravando ainda mais o caos nos aeroportos. Mas nós sabemos que a ANAC comandada por Milton Zuanazzi passava a mão na cabeça das empresas aéreas. Se seis aviões da TAM estavam com defeito era obrigação da ANAC fiscalizar se a empresa havia consertado as aeronaves e se fazia a manutenção das outras. Que nada! A ANAC do Milton Zuanazze e da Denise Abreu deixou a coisa rolar. A farra aconteceu até o dia 17 de julho quando o AirBus da TAM explodiu no Aeroporto de Congonhas. Foi neste acidente que descobrimos a incompetência daqueles que comandavam a ANAC. Descobrimos que a TAM utilizava aviões com problemas na turbina e a ANAC só de bobeira inventando alguma desculpa para apresentar à imprensa sobre mais um caos nos aeroportos. Em dezembro de 2006 a ANAC sabia que seis aviões da TAM tinham problemas. Será que o Airbus que explodiu em Congonhas estava nesta lista? Quem sabe o Milton Zuanazzi e a Denise Abreu não esclarecem pra gente?

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