terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Senador afirma ser vítima de retaliação por causa de CPMF

Na Folha de São Paulo

No último dia de sessão no Senado, Mozarildo Cavalcanti (PTB-PR) afirmou ontem que encaminhou um pedido de investigação à Procuradoria Geral da República sobre suposta retaliação que o governo teria praticado por conta da votação da CPMF. O petebista faltou à sessão em que o governo não conseguiu os 49 votos necessários para aprovar a prorrogação da contribuição até 2011.Em discurso da tribuna, ele disse que o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, tomou uma medida administrativa para prejudicar um genro dele como forma de retaliação. Procurado pela Folha pelos telefones de sua assessoria, Toffoli não foi encontrado.Segundo Mozarildo, o advogado-geral da União assinou, no dia 14, o ato regimental nº 8 em que proíbe a cessão de procuradores federais a Estados com menos de 500 mil habitantes. A medida atinge o genro do senador, que trabalha como procurador cedido a Roraima."Ora, só tem Roraima que não tem 500 mil habitantes! É uma portaria destinada, digamos assim, para me chantagear de novo. Nós não estamos mais brigando para que meu genro fique à disposição do Estado", disse. O senador acusou ainda o governo de direcionar emendas.Ontem, na última sessão do ano, além de Mozarildo, só outros 7 dos 81 senadores estavam no plenário. Nem o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), permaneceu em Brasília.

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