sábado, 25 de outubro de 2008

Eles tocam a campainha e saem correndo

Nós, oposicionistas do Lula, somos os culpados pela crise. Se ela chegou até aqui foi porque os nossos pensamentos maldosos atraíram as coisas ruins que estavam saindo de Wall Street. É a força do pensamento. Eu, que não acredito nestas coisas de auto-ajuda, estou começando a mudar de idéia. O pensamento age sim. Se a fé move montanhas, o pensamento oposicionista trouxe a crise para cá.
Um leitor me mandou um comentário questionando se eu e meus ídolos (Reinaldo, Mainardi e cia) queríamos a crise aqui no Brasil só para abalar a popularidade de Lula. Repare que ele (ou ela, não sei, o comentário veio anônimo) está mais preocupado com os efeitos da crise na popularidade do Apedeuta e não no futuro do país. Isso me lembra uma carta escrita por Marilena Chauí dias depois do acidente com o Airbus da TAM no ano passado. Ela não estava interessada nas vítimas e nos seus familiares. Queria mais saber o que estava acontecendo no Palácio do Planalto, se algum golpe seria dado contra Lula.
O anônimo que me manda um comentário faz parte da tropa de choque lulista. A tática é culpa a oposição por tudo de ruim que acontece por aqui. Não se pode mais criticar o desdém da equipe econômica quando a crise estava lá nos Estados Unidos. Agora. que ela não somente atravessou o Atlântico como o Caribe e chego até aqui, a culpa é nossa.
Ontem postei aqui algumas matérias falando sobre a atuação oposicionista petista quando estourou a crise econômica no começo de 1999. Um tal de José Dirceu propôs até processar a equipe econômica do governo Fernando Henrique Cardoso. Por aí os meus cinco leitores vão vendo quem realmente apostava no “quanto pior melhor”. Lula está bem servido de defensores. Desde uma filósofa farofeira até um anônimo que deixa seu recado na caixa postal. Eles tocam a campainha e saem correndo.

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