quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Educação no Brasil não é prioridade

Hoje é dia do professor. Eu lembro que uma vez meus pais compraram várias caixas de bombons para as minhas professoras da quarta série do Colégio Agostiniano. Eu ia lá todo feliz entregar o pacote e as professoras me davam um beijo. Que inocência.
Os professores têm que comemorar alguma coisa hoje? Não, hoje quem só comemora são os alunos que estão dispensados das aulas.
O Brasil não se interessa pela educação. Eu já tinha certa suspeita sobre isto que foi confirmada na eleição presidencial de 2006. Cristovam Buarque era o único candidato a presidente comprometido com a Educação e só alcançou 2% dos votos. Isso mesmo. Por mais que se diga que a solução destêpaiz é a educação, só damos 2% dos nossos votos para o candidato que se compromete com a, como posso dizer, “causa”.
Podem escrever o que quiser sobre educação que todo mundo vai achar bonito, mas na hora da prática já era. Temos um presidente popular que se orgulha da sua ignorância. E ainda tem gente que tem fé nestêpaiz.
Já acredite nos ideais de Paulo Freire. Lembro dos meus tempos de Pedagogia e o tanto que a “Pedagogia do Oprimido” me fascinava. Graças a Deus me livrei da esquerdopatia. É preciso ensinar a ler e escrever, mostrar aos alunos o caminho da biblioteca, que eles leiam muito, muito, muito mesmo e deixem este negócio de luta de classes ou ódio à burguesia para pelegos desocupados.
Já que a Educação não é prioridade nestêpaiz e aproveitando a data que lembra os professores, incentivo meus cinco leitores a estudarem sozinhos, a ler muito, muito, muito e pensar independentemente do que a maioria aceita ou elogia. Eu não quero aplausos, eu quero livros. Quando meus filhos estiverem na escola e o dia 15 de outubro chegar não pedirei a eles que dêem uma caixa de bombom para as professoras. Talvez eu nem sugira isso. Quero que meus filhos tenham professoras comprometidas com o conhecimento que a humanidade produziu ao longo do tempo.

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