domingo, 31 de agosto de 2008

Oposição é aqui na internet

Ontem, aqui no blog, comentei a alta aprovação de Lula na cidade de São Paulo. Uma das principais razões da popularidade lulista é culpa da oposição. Segue abaixo o que foi publicado aqui ontem à noite:

Segundo DataFolha Lula tem o maior índice de aprovação na cidade de São Paulo. O Apedeuta é aprovado por 49% dos entrevistados. Além da economia estar indo bem e da podridão na política ser tratada como algo normal, a oposição é uma das culpadas pelo grande índice de aprovação do Apedeuta. Até hoje, desde 2003, o PSDB e o DEMO não fazem oposição. Olhamos para o governo e nos perguntamos: Cadê a oposição? Na década de 1990 Lula e seus petralhas faziam muito barulho. Eles sabiam fazer oposição. Quem não se lembra do barulho que Lula e a petralhada toda faziam a cada nova denúncia contra um aliado do governo? Infelizmente são poucos os que continuam na luta contra o petralhismo. Lula pode continuar com essa aprovação. Nós não vamos largar do pé dele e dos petralhas. Oposição mesmo é aqui na internet.

Pois é. Oposição mesmo é aqui na internet. Esperar do PSDB ou do DEMO alguma atitude contra o lulismo bolivariano é perda de tempo. Hoje, o Estado de São Paulo traz uma matéria relatando esta troca de gentilezas entre governo e oposição, principalmente no auge do escândalo do mensalão. A matéria está postada na íntegra no post abaixo deste.
Lula e seus petralhas procuraram Fernando Henrique Cardoso diversas vezes em meados de 2005. Era uma tentativa desesperada de Lula de acalmar os ânimos da oposição e evitar o seu impeachmeant. Por que será que Lula temia tanto a oposição? Qual governante não gostaria de ter uma oposição igual a do PSDB e do DEMO? Mas Lula foi lá e conversou com FHC. E os ânimos oposicionistas acalmaram. E mesmo com os dólares na cueca, com o dinheiro não contabilizado, com a grana que Duda Mendonça recebeu no exterior Lula continuou firme e forte, com o consentimento da oposição.
Na reportagem do Estadão Fernando Henrique Cardoso afirma que adversários políticos não podem ser tratados como inimigos. Ora, claro que não. Eles podem ser gentis em outros lugares, mas não no campo político. Este apoio de FHC à Lula no mensalão explica um pouco a desastrosa campanha de Geraldo Alckmin à presidência em 2006. O chuchu paulista não falou quase nada sobre o mensalão. Aliás, o dinheiro não contabilizado dos aloprados teve mais importância que os dólares na cueca e o depoimento de Duda Mendonça à CPI dos Correios. Por que Alckmin poupou tanto os petralhas? Por que, até hoje, ele não ataca o PT ao invés de mostrar que é um bom moço? Adversários políticos podem conversar numa boa, mas não podem combinar estratégias que beneficiam apenas um lado. O que FHC ganhou com esta troca de gentilezas? Lula continua descendo a lenha no seu antecessor. Será que esta linha direta, como a reportagem denominou as conversas, vai amenizar o discurso agressivo de Lula em relação ao governo passado?
Deixemos Fernando Henrique aconselhar Lula. Deixemos os tucanos e demônios na oposição. Oposição? Epa! Oposição ao lulismo bolivariano é aqui na internet. E não tem papo com eles.

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