segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Retrospectiva 2007 - Parte 3

O rei da Espanha Juan Carlos fez o que todo mundo queria, mas ninguém tinha coragem de fazer: mandou Hugo Chávez calar a boca. Nem George Bush fez isso. No mundo moderno ainda precisamos de um rei para colocar as coisas no lugar. Chávez enfiou o rabinho no meio das pernas, não sabia o que fazer. Aliás, dias depois do “cala boca” que recebeu do rei, Chávez perdeu o referendo na Venezuela que daria mais poderes implantando de uma vez por todas a ditadura bolivariana. Não! Venceu o Não! Chávez fecha o ano de 2007 ouvindo um “Por que não te calas?” e “Não!”.
O Brasil recebeu a visita do Papa Bento XVI. Nós estávamos acostumados com as palmas, as danças e todo o gingado do Papa João Paulo II e esperávamos a mesma coisa deste papa. Bento XVI passou cinco dias no Brasil. Canonizou o Frei Galvão, visitou uma fazenda que cuida de jovens drogados, se reuniu com o alto clero brasileiro e abriu a Conferência Episcopal Latino Americana em Aparecida do Norte antes de embarcar de volta para Roma. Não vimos acrobacias e nem rodadas de bengala. Vimos um papa sorridente, contrariando as previsões mais geladas, e discursos maravilhosos de um papa que entende as coisas e sabe transmitir todo o seu conhecimento para o seu povo. Um dos melhores discursos do papa (já falei aqui disso diversas vezes) foi aquele proferido no encontro com os jovens no Estádio do Pacaembu.
Lula fez a mesma coisa de sempre quando o assunto é visita internacional. Deu um passeio pelas ditaduras africanas. Na sua visita a um país africano que agora me foge o nome, a visita de Lula coincidiu com os festejos de mais um ano da ditadura ali imposta. Claro que Lula não sabia. A culpa é da sua assessoria.
O ano de 2007 termina com um fato lamentável. O assassinato da líder da oposição do Paquistão Benzair Bhutto coloca mais lenha na fogueira da já esquentada situação política do país. Até agora ninguém arrisca uma previsão sobre o futuro paquistanês. Assim como ninguém apóia a renúncia do presidente Pervez Mursharraf. O Paquistão tem a bomba atômica e isso sim preocupa o mundo inteiro. Vai que a tecnologia nuclear do país caia nas mãos dos adoradores de Bin Laden. O Iraque, que assistia a volta dos seus refugiados depois da queda de Sadam Hussein, perde o foco para o tumulto e as incertezas do Paquistão. Vamos ver o que os candidatos à presidência dos Estados Unidos têm as nos dizer, já que no ano que vem teremos eleições para o substituto de George W. Bush.

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