domingo, 5 de outubro de 2008

Bota o retrato do véio

Quando o São Paulo foi campeão do Campeonato Brasileiro do ano passado, Juca Kfouri escreveu no seu blog que o meu time ganhou com o pé nas costas. Assim foi Iris Rezende. Ele ganhou estas eleições com um pé nas costas. Talvez sua eleição tenha sido garantida quando o PT se dividiu e uma ligeira maioria decidiu apoiar sua candidatura. Talvez um candidato petista no páreo poderia levar as eleições para o segundo turno.
Iris Rezende mora num prédio em frente ao Bosque dos Buritis. Moro mais ou menos perto já escuto os rojões. Imagino Iris sorridente, abrindo os braços e, é lógico, no seu “intindimentu” planejando os próximos quatro anos. Quatro anos? Será que o PT apoiaria Iris Rezende sem querer nada em troca? Epa! Aí tem coisa. Tem coisa para a oposição. Eu falei em oposição? Ora essa, Iris Rezende praticamente não teve oposição neste primeiro mandato como prefeito. Humberto Aidar denunciou que a prefeitura havia beneficiado a irmã de Iris? Veja onde o petralha está agora.
Com o PT ao seu lado, Iris Rezende poderá pensar em 2010. Eram os petralhas que o acusava de deixar a prefeitura para se candidatar ao governo. Agora o petralhismo virou irista. Tudo o que Iris Rezende fizer terá a aprovação dos petralhas.
E Delúbio Soares? Será que vai ao prédio de Iris abraça-lo? Dá uma vergonha quando leio nos jornais do eixo Rio-São Paulo que Delúbio anda tranquilamente aqui. Sem nem levar uma ovada na cara. Mas pra que criar confusões neste domingo de festa? Para homenagear o velho e seus amigos petralhas relembro uma marchinha de carnaval de 1950 que comemorava a volta de Getúlio Vargas à presidência destêpaiz:

Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar

Eu já botei o meu
E tu, não vai botar?
Já enfeitei o meu
E tu vais enfeitar ?
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar



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