quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Túlio e Nego Jobis

Vejam vocês o que é a natureza. Túlio Maravilha e Nego Jobis comporão a Câmara Municipal de Goiânia no ano que vem. O primeiro é um vovô jogador do Vila Nova e o outro um gari que fazia tempo que tentava chegar lá.
Cileide Alves comenta a eleição dos dois na sua coluna de hoje no jornal O Popular. Fala da dificuldade do vovô jogador em conciliar a carreira de jogador e a atuação na Câmara. Concordo com ela. Túlio quer muito alcançar o milésimo gol (será que as contas deles estão certas?). Vai ser difícil pedir para ele ficar só como vereador. Terá que viajar com o Vila Nova, faltará a votações talvez importantes para a cidade. Sem contar a idéia do vovô jogador de usar seu mandato para criar o Instituto Túlio Maravilha para incentivar crianças carentes a jogar futebol. Mas será que foi preciso Túlio ser eleito para criar tal instituto? Vai ter dinheiro público aí?
Vamos agora a Nego Jobis. Muitos ficaram impressionados com a entrevista que ele concedeu ao Popular ontem. Um vereador eleito para ficar literalmente. Ele quer ser bem assessorado, quer cuidar da cidade, enfim, quer fazer coisas para ser reeleito daqui quatro anos. Já que ele perdeu tantas eleições por que não ficar mais tempo? Ao ler a entrevista do vereador eleito lembrei daquele ditado: “De boas intenções o inferno está cheio”. Quero ver se ele vai ter força e habilidade para driblar os vícios da Câmara Municipal de Goiânia e fazer o que ele deseja fazer. Resta saber também se o que ele disse na entrevista não foi apenas uma conseqüência da euforia depois da vitória. Sei não. Precisamos vigiar mais os vereadores. Não somente os reeleitos que votaram por mais salários como os novatos que querem criar instituições que não se sabe se vai rolar dinheiro público e sonhadores que não se sabe se o sonho vai acabar na primeira tentação que bater na porta do seu gabinete.

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