quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A calma das autoridades

O ministro da Saúde José Gomes Temporão disse que todas as pessoas que vão para alguma área de risco de febre amarela têm que ser vacinadas. Ele citou o caso da cidade de Pirenópolis, aqui em Goiás. Temporão foi lá com a família há dois, mas antes tratou de tomar a vacina. Pirenópolis é uma cidade histórica e possui diversas cachoeiras e atrai muitos turistas. Eu fui pra lá duas vezes e não sabia que estava entrando numa área de risco. E olha que eu tomei a vacina contra a febre amarela no domingo passado.
E agora, ministro? Será que lá em Pirenópolis já tem vacina suficiente para a população e os turistas que ali desejam visitar? E as outras áreas de risco? Já tem também algum aviso, alguma informação para que as pessoas que ali adentrarem tomem a vacina contra a febre amarela?
José Gomes Temporão lembra muito o ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo. Ele assumiu o cargo em abril de 2006 quando Geraldo Alckmin deixou o Palácio dos Bandeirantes para se candidatar à Presidência da República. Dias depois da posse, a cidade de São Paulo foi surpreendida com vários ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC). Os bandidos simplesmente pararam a maior cidade da América Latina. O que Cláudio Lembo fez? Culpou a “elite branca” pela onda de violência. Com esta expressão, Lembo virou ídolo dos petistas. Lembro dele no Jornal Nacional pedindo calma para a população depois dos ataques. Fazer alguma coisa para conter a violência ele não fez, afinal, só ficaria no governo até dezembro de 2006. A calma de Temporão com as notícias de pessoas morrendo de febre amarela me faz lembrar a calma de Lembo quando o PCC tocava o terror em São Paulo. É aquela calma de quem sabe que tudo vai passar e os fatos ocorridos serão esquecidos. Aliás, você se lembra daquele ataque do PCC lá em São Paulo em 2006?

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