sábado, 20 de outubro de 2007

Os idiotas revolucionários

Estado de São Paulo de hoje
Um grupo de vândalos jogou ontem um líquido que deixou vermelhas as águas da Fontana di Trevi, no centro de Roma. A ação foi reivindicada pela FTM Ação Futurista 2007, que distribuiu folhetos com críticas à globalização e homenagens à escola de arte futurista, nascida em Paris (França), em 1909, que sugeria uma vanguarda “de todos contra todos, com espírito de luta e sã violência”. O futurismo revolucionou as artes e estimulou ataques a monumentos públicos, mas numa reação contra o regime fascista de Benito Mussolini - para o qual só existia a chamada “arte oficial”. A tinta pode pôr em perigo o conjunto de mármore da fonte mais famosa de Roma. As autoridades cortaram o abastecimento no monumento, para evitar que o movimento da água e as pequenas cascatas da fonte possam danificar as imagens esculpidas nela, enquanto esperam o resultado de uma análise mais aprofundada do corante.CINEMANo texto de 30 linhas dos panfletos, lido por centenas de turistas que visitam a Fontana di Trevi todos os dias, o movimento também criticou o Festival de Cinema de Roma, iniciado anteontem. “Para vocês, o tapete vermelho; para nós, uma cidade inteira em vermelho vivo.”Foi graças ao cinema que a Fontana di Trevi ganhou parte de sua fama internacional. Em 1960, Federico Fellini filmou ali uma cena antológica de La Dolce Vita, na qual a atriz sueca Anita Ekberg toma banho na fonte, observada por Marcello Mastroianni.Em seu manifesto, a FTM defende ainda um movimento em favor dos idosos, dos enfermos e dos desempregados. Prega como base de sua atuação “uma concepção violenta da vida e da história, que exalta a batalha contra a paz e critica os aduladores do poder e os escravos da globalização”.

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