Estado de São Paulo de hoje
Um grupo de vândalos jogou ontem um líquido que deixou vermelhas as águas da Fontana di Trevi, no centro de Roma. A ação foi reivindicada pela FTM Ação Futurista 2007, que distribuiu folhetos com críticas à globalização e homenagens à escola de arte futurista, nascida em Paris (França), em 1909, que sugeria uma vanguarda “de todos contra todos, com espírito de luta e sã violência”. O futurismo revolucionou as artes e estimulou ataques a monumentos públicos, mas numa reação contra o regime fascista de Benito Mussolini - para o qual só existia a chamada “arte oficial”. A tinta pode pôr em perigo o conjunto de mármore da fonte mais famosa de Roma. As autoridades cortaram o abastecimento no monumento, para evitar que o movimento da água e as pequenas cascatas da fonte possam danificar as imagens esculpidas nela, enquanto esperam o resultado de uma análise mais aprofundada do corante.CINEMANo texto de 30 linhas dos panfletos, lido por centenas de turistas que visitam a Fontana di Trevi todos os dias, o movimento também criticou o Festival de Cinema de Roma, iniciado anteontem. “Para vocês, o tapete vermelho; para nós, uma cidade inteira em vermelho vivo.”Foi graças ao cinema que a Fontana di Trevi ganhou parte de sua fama internacional. Em 1960, Federico Fellini filmou ali uma cena antológica de La Dolce Vita, na qual a atriz sueca Anita Ekberg toma banho na fonte, observada por Marcello Mastroianni.Em seu manifesto, a FTM defende ainda um movimento em favor dos idosos, dos enfermos e dos desempregados. Prega como base de sua atuação “uma concepção violenta da vida e da história, que exalta a batalha contra a paz e critica os aduladores do poder e os escravos da globalização”.
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