terça-feira, 16 de outubro de 2007

Eu ainda tenho dúvidas

Perguntaram para o Tribunal Superior Eleitoral: “Afinal, de quem é o mandato do parlamentar: do político ou do partido?” O TSE responde: “É do partido”. Beleza, o mandato pertence ao partido. Mas o que fazer com os parlamentares que já mudaram de partido? E o pessoal que começou esta legislatura como oposicionista e agora desfruta dos prazeres da base aliada? Eu ainda tenho dúvidas. Além de não saber se os pula cerca vão ou não vão receber punição, eu gostaria de saber o que a base aliada está oferecendo para os parlamentares da oposição para virar a casaca e defender o governo do nuncantesnahistóriadestêpaiz. Até o senador goiano Demóstenes Torres do DEMO, tão crítico de Lula, já foi sondado pelos líderes aliados para mudar de barco. O mais interessante é que tem muito deputado e senador que sobe na tribuna ou dá uma entrevista defendendo as reformas, entre elas a política. E o mais engraçado é que um dos principais itens da reforma política é a fidelidade partidária. Depois vemos estes reformistas de araque mudando de partido e tentando, a todo custo, justificar a mudança. Quem poderá justificar um cara deixar de ser oposicionista e ser governo em menos de 24 horas. Eu tenho minhas dúvidas, mas suspeito que a mala está rolando solta pelo Congresso.

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