sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O PT goiano tem memória fraca

A vereadora petista Marina Sant’ana concedeu uma entrevista ao jornal Tribuna do Planalto na sua última edição. Ela negou uma possível aliança do PT com o PMDB de Íris Rezende nas eleições municipais do ano que vem. Seleciono duas perguntas da entrevista realizada por Eduardo Sartorato, Filemon Pereira e João Camargo Neto:

Se a decisão for por composição com o prefeito Iris, a sra. é candidata à reeleição?
Não há essa possibilidade. Minha resposta para todas as perguntas acumuladas: não há essa possibilidade.

É impossível ver no ano que vem a sra. se justificando do porquê de ter aceitado a vice de Iris?
Não há essa possibilidade. E eu não sei por que as coisas estão sendo colocadas desse modo. Se há possibilidade de coligação, todos os nomes devem ser colocados à mesa. Mas como o prefeito está no cargo, naturalmente ele é visto como candidato à titularidade. Não significa que nós não poderíamos ter uma menção diferente. Se todos nós estivéssemos fora da prefeitura poderíamos ter um campo de centro-esquerda. Poderíamos. Agora, não é o caso. Mas como nós temos posições diferentes, leituras político-administrativas diferentes, não só do conteúdo programático, mas também do modo de gestão.

O petismo goiano tenta negar uma possível coligação com o PMDB de Íris Rezende. Marina não sabe “por que as coisas estão sendo colocadas deste modo”. A petêzada tem memória curta ou não quer lembrar o que fez num passado não muito distante.
No jornal Hoje do dia 5 de outubro de 2006 era noticiada a aliança do PT de Marina Sant’ana com o PMDB de Maguito Vilela (e Íris Rezende junto). A matéria é assinada por Marjorie Avelar que transcrevo um trecho logo abaixo:

Em plenária realizada ontem em Goiânia, na sede do PT Municipal, o deputado federal eleito, Pedro Wilson (PT), lançou o movimento político "Agora é Lula" com o objetivo de fortalecer a campanha de Lula em Goiás no segundo turno. Além disso, ele revela que, amanhã, seu partido fará um ato político declarando apoio oficial ao governadoriável Maguito Vilela (PMDB), que disputa o segundo turno contra Alcides Rodrigues(PP).Pedro Wilson garante que a parceria com o peemedebista goiano segue orientações do PT, ou seja, não está baseada em acordos pessoais. "É claro que temos a intenção de participar de um governo mais moderno, mas não negociamos cargos. Parte do PMDB nacional segue com Lula e aqui, em nosso Estado, vamos de Maguito", reforça.

Depois Marina não sabe o motivo de tanta gente perguntar sobre uma possível coligação do PT com o PMDB. Os dois partidos sempre foram ferrenhos adversários aqui em Goiás. Mas, para manter Lula no poder e receber em troca uns cargos a mais, eles fazem de tudo. Sabe onde está Maguito Vilela? Numa vice-presidência do Banco do Brasil. Será que, se o PMDB de Maguito não tivesse apoiado Lula teria ele recebido este cargo tão importante no governo federal? É, Marina, mais uma vez Paulo Betti estava certo: “na política tem que enfiar a mão na merda”. E o PT já provou inúmeras vezes que adora fazer isto.

Nenhum comentário: