sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Presta atenção!

Alfredo Luiz Filho
do Jornal da Tarde - 12.10.2007


Uma hora de conversa a portas fechadas. Esse foi o saldo da terceira derrota consecutiva do São Paulo em um intervalo de apenas uma semana - todas por 1 a 0: Flamengo e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, e Millonarios, pela Copa Sul-Americana. Algo que não acontecia pelos lados do Morumbi desde 2004, quando o Tricolor foi superado por Once Caldas (2 a 1), Paysandu (1 a 0) e Palmeiras (2 a 1).Preocupado com o efeito da seqüência de resultados negativos, Muricy Ramalho tratou de juntar o elenco para um papo sério. Nada de puxão de orelha. Só para passar tranqüilidade a seus jogadores e lembrar que o time ainda tem uma vantagem confortável na liderança do Campeonato Brasileiro. São 11 pontos sobre o Cruzeiro, o segundo colocado: 63 a 52. 'Gordura' que pode diminuir na próxima rodada, já que o São Paulo tem um confronto complicado diante do Fluminense, amanhã à tarde, no Rio.'Tem que jogar com os números. Ser inteligente, focar algumas coisas para não perder o rumo que é ganhar o Campeonato Brasileiro', avisou Muricy, logo após o fiasco na Copa Sul-Americana. 'Não seria um desastre perder para o Fluminense porque as contas continuariam favoráveis. A gente pode aumentar muito ou ficar parecido como está porque temos na seqüência o jogo com o Cruzeiro.'Os grandes adversários do técnico são-paulino continuam sendo a maratona de jogos e o enxuto elenco que tem nas mãos. Muito mais o segundo do que o primeiro, já que na atual temporada o time fez 'só' 64 jogos. Em 2006, por exemplo, foram 73 partidas. Em 2005, 79 compromissos - que aumenta para 81 se contabilizados os jogos anulados pelo STJD por causa do escândalo do apito. E em todos esses anos, o Tricolor faturou pelo menos um caneco.'Não é problema de planejamento. Acho que apareceu a oportunidade e vendemos alguns jogadores. Isso que não estava no planejamento', discursou o treinador, que ao longo do ano perdeu para o exterior: Ilsinho, Josué, Lenilson, Edcarlos, Marcel e Thiago Ribeiro.Para complicar, a diretoria teve dificuldade para encontrar as peças ideais de reposição. Quem veio, passou de solução a problema com o fantasma das contusões, como Fredson e Zé Luís. E nas últimas semanas, a lista de lesionados aumentou, com Rogério Ceni, Borges, Dagoberto e Souza. Sem contar ainda os suspensos por cartões, como Richarlyson, que está fora do jogo de amanhã, contra o Fluminense.Com tudo isso, as opções vão diminuindo e Muricy Ramalho se vira como pode. 'Não dá para poupar ninguém. Vamos para ganhar do Fluminense. É um jogo importante e decisivo. Vamos com tudo mesmo porque depois teremos uma semana livre até o jogo com o Cruzeiro', lembrou Muricy.

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