sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Eu defendo minha Igreja

Aqui no Brasil não pode defender a Igreja Católica. Quem a defende sempre recebe alguma repreensão de algum progressista. Um católico não pode defender sua igreja na Ilha Brasílis. Tem que agüentar calado um escritor português dizer que foi ela que inventou o pecado e outras bobagens. Talvez se eu aplaudisse as palavras deste escritor eu receberia aqui um monte de comentários dizendo que eu era um progressista e que a Igreja Católica conservadora acabaria logo, logo. Mas eu não sigo o que diz a maioria. Eu não quero aplausos. Quero apenas escrever aqui o que penso sobre as coisas e, de vez em quando, o que sinto. Só isso e nada mais.

Fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus processaram a Folha de São Paulo e sua jornalista Elvira Lobato por uma reportagem que questionava os lucros da igreja do bispão Edir Macedo. Cada processo foi sendo derrubado pela Justiça. A liberdade de expressão venceu. Se vou processar o escritor português? Não compensa. Quem ainda acredita no socialismo não compensa fazer mais nada.

O Papa Bento XVI fez um brilhante discurso aos jovens na sua visita ao Brasil no ano passado. Destaco um trecho:

Mas, sobretudo, o Papa espera que saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna, cumprindo as obrigações frente ao Estado: respeitando as suas leis; não se deixando levar pelo ódio e pela violência; sendo exemplo de conduta cristã no ambiente profissional e social, distinguindo-se pela honestidade nas relações sociais e profissionais. Tenham em conta que a ambição desmedida de riqueza e de poder leva à corrupção pessoal e alheia; não existem motivos para fazer prevalecer as próprias aspirações humanas, sejam elas econômicas ou políticas, com a fraude e o engano.

O escritor português disse que a Bíblia estava cheia de maus conselhos e que o pecado e o demônio eram crias da Igreja Católica. Não compensa processá-lo. Para que perder tempo na Justiça com um cara que ainda acredita no comunismo? Prefiro muito mais ler a Bíblia, seguir os seus conselhos (o que é muito difícil, mas não custa tentar) a mandar que este escritor português se cale. Ele pode defender seu ateísmo na Ilha Brasilis que será louvado pela maioria de politicamente corretos. Errada é a minoria que tenta defender sua igreja. Mas o Papa Bento XVI disse que devemos cumprir as obrigações frente ao Estado. E uma das obrigações é a liberdade de expressão. Se o escritor português pode declarar seu ateísmo por que eu não posso defender minha igreja? Uma Igreja que está aí, apesar dos pesares, há mais de dois mil anos. A Igreja Católica continuará conservadora como sempre foi. Continuará defendendo seus princípios como sempre defendeu. E, mesmo que algum escritor ganhador do Prêmio Nobel de Literatura queira criticá-la ela não mudará suas posições. E é esta firmeza de princípios que me faz querer sempre continuar sendo católico apostólico romano.

Se o escritor português não vai mudar seu posicionamento a respeito do comunismo eu também não mudarei a minha fé. Ela é pequena, eu sei, mas resistente.

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