sábado, 9 de fevereiro de 2008

Voltando ao início

Uma reportagem da revista The Economist fala sobre a expansão do Bolsa Família pelo mundo afora. Fala também do sucesso do programa social aqui no Brasil. E acrescenta ainda as falhas como fraudes e acusações de compra de votos. Antes de comemorar esta exportação do Bolsa Família precisamos voltar ao início. O programa foi criado em 2003 por Lula. Eu disse criado? Não! O programa foi juntado. Isso mesmo! O Bolsa Família é uma “unificação”, como diz a Lei 10.836 de 9 de janeiro de 2004: O Programa de que trata o caput tem por finalidade a unificação dos procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Educação - Bolsa Escola, instituído pela Lei nº 10.219, de 11 de abril de 2001, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação - PNAA, criado pela Lei n o 10.689, de 13 de junho de 2003, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à Saúde - Bolsa Alimentação, instituído pela Medida Provisória n o 2.206-1, de 6 de setembro de 2001, do Programa Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto nº 4.102, de 24 de janeiro de 2002, e do Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto nº 3.877, de 24 de julho de 2001.
Lula juntou os programas sociais existentes. A oposição incompetente não soube mostrar isso durante o primeiro mandato e a campanha presidencial de 2006. Geraldo Alckmin fez jus ao apelido de “chuchu”. Não teve coragem de esfregar na cara de Lula a verdadeira face do Bolsa Família. Lula é esperto. Juntou o que o governo anterior deixou e nem agradeceu. Ele fala do programa como se fosse cria dele. E não é! A lei mostra que não é.
Não adianta ler a reportagem da revista The Economist e comemorar o sucesso do Bolsa Família lá fora. A reportagem tomou como exemplo o estado de Alagoas. Recordou a pobreza do estado de Fernando Collor de Melo e Renan Canalheiros. O Bolsa Família valoriza o pobrismo, promove a compra de votos e a dependência dos mais pobres ao estado-paizão. Claro que Lula não é besta. Ele se aproveita da herança bendita do governo anterior e a maquia como se fosse uma obra das suas mãos. E não é! A Lei 10.836 de 9 de janeiro de 2004 está aí para mostrar a “unificação”. E a reportagem deixa bem claro as deficiências do programa. Outra deficiência é a oposição formada pelo PSDB e o DEMO que deixam Lula e sua tropa de choque fazer do Bolsa Família uma invenção deste governo. Não vamos cair no ufanismo petista. Não foi Lula que criou este programa social que unificou os outros programas que já existiam e que está fazendo sucesso no exterior.

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