Como é que é? Os lulistas bolivarianos falam que a imprensa é golpista, que odeia Lula? Como é que é? Qualquer movimento contra a corrupção hoje é criticado e ridicularizado? Só na Era Lula mesmo. Lula comprou os antigos manifestantes. Vejam a matéria que saiu na Folha de São Paulo no dia 16 de maio de 2001 assinada por Daniela Mendes:
Estudantes do Rio saíram às ruas do centro, no final da tarde de hoje, com faixas pedindo a cassação dos senadores Jáder Barbalho (PMDB), Antonio Carlos Magalhães (PFL) e José Roberto Arruda (PSDB). Pediam, também, a instalação da CPI da Corrupção no Congresso Nacional.
A chuva fina que atingiu a cidade durante toda a tarde não desanimou os cerca de 300 estudantes presentes à passeata.
A mobilização começou no início da tarde em frente ao MAM (Museu de Arte Moderna), onde se reuniram representantes de oito escolas particulares do Rio e universitários da PUC (Pontifícia Universidade Católica), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Em discursos, líderes estudantis pediam a cassação dos senadores e criticavam a postura do governo em relação à CPI e ao possível corte de energia. "Esse governo já está desmoralizado porque, além de abafar a CPI, ainda vai colocar a gente no escuro", discursou o estudante Bernard Brito, 24, que cursa ciências sociais na UFRJ.
Com apitos, faixas e narizes de palhaço, os estudantes seguiram pela avenida Presidente Wilson até a sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). À frente, caixões com os rostos de ACM, Arruda e Barbalho.
As manifestações de apoio vieram em forma de papel lançado das janelas dos prédios.
Na OAB, artistas como Marcos Winter, Paloma Duarte, Jonas Bloch e Beth Goulart aguardavam a chegada dos estudantes para iniciar a leitura de um manifesto pela ética na política. O documento teve 93 assinaturas de artistas, políticos, religiosos e lideranças sindicais.
"É afrontoso aos princípios da representação popular e da moralidade pública a permanência no Congresso de políticos que cometem sucessivos assaltos ao dinheiro público", diz o documento.
Viram? Quando os petistas eram da oposição, qualquer crítica, qualquer manifestação contra político corrupto era visto como uma manifestação democrática, como consciência política. Agora que os vagabundos que eram oposicionistas no passado assaltam os cofres públicos quando assumiram o governo não se pode criticar ou fazer manifestações contra a corrupção e desvio de verbas públicas. Cadê os estudantes revoltados contra a corrupção no Brasil? Lula comprou-os. Eles se venderam e Lula comprou a mercadoria. Quem critica o mensalão, o caixa 2 hoje é um golpista, um manipulado pela mídia que odeia Lula. Em 2001, a imprensa também denunciava a pouca vergonha dos políticos. E os petistas aproveitavam para colocar a boca no trombone. Hoje, os antigos corruptos são aliados dos vagabundos que até bem pouco tempo atrás queriam ética na política. Os intelectuais e artistas que diziam: É afrontoso aos princípios da representação popular e da moralidade pública a permanência no Congresso de políticos que cometem sucessivos assaltos ao dinheiro público são os mesmos que dizem que roubar, desviar dinheiro público é normal. Eu não tenho uma memória prodigiosa como a do Paulo Vinícius Coelho (aliás, leiam a reportagem que a Piauí fez sobre ele na edição deste mês), mas eu me lembro que, em 2006, Paulo Betti disse que na política tinha que enfiar a mão na merda mesmo. Já imaginou se, no meio dos protestos contra Jader Barbalho, Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda alguém dissesse que política era assim mesmo, que desde o governo Fernando Collor de Melo que a corrupção se arrasta, o que os manifestantes gritariam, xingariam e atirariam? Lula comprou os manifestantes do passado. Hoje tudo é normal. Aliás, nem tudo é normal. Sempre existe alguém ou algum grupo que não tolera as safadezas dos políticos. Sim, são poucos, mas ainda existem. Não, não se venderam para as propostas indecentes do lulismo. Devemos sempre relembrar o que essa gente dizia e fazia no passado. Devemos sempre relembrar que a ética na política já esteve na pauta desses vagabundos que acham hoje tudo normal. A Era Lula não é normal. É muito anormal. O problema é que o Brasil só vai ver o erro que foi eleger e reeleger Lula depois que ele sair do poder. Isto é, se ele sair do poder. É bem capaz de algum vagabundo fazer manifestação para Lula continuar no poder. Mas eles não terão trégua. A minoria que sempre enche o saco do governo e dos seus puxa-saco vão mandar o seu recado.
Estudantes do Rio saíram às ruas do centro, no final da tarde de hoje, com faixas pedindo a cassação dos senadores Jáder Barbalho (PMDB), Antonio Carlos Magalhães (PFL) e José Roberto Arruda (PSDB). Pediam, também, a instalação da CPI da Corrupção no Congresso Nacional.
A chuva fina que atingiu a cidade durante toda a tarde não desanimou os cerca de 300 estudantes presentes à passeata.
A mobilização começou no início da tarde em frente ao MAM (Museu de Arte Moderna), onde se reuniram representantes de oito escolas particulares do Rio e universitários da PUC (Pontifícia Universidade Católica), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Em discursos, líderes estudantis pediam a cassação dos senadores e criticavam a postura do governo em relação à CPI e ao possível corte de energia. "Esse governo já está desmoralizado porque, além de abafar a CPI, ainda vai colocar a gente no escuro", discursou o estudante Bernard Brito, 24, que cursa ciências sociais na UFRJ.
Com apitos, faixas e narizes de palhaço, os estudantes seguiram pela avenida Presidente Wilson até a sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). À frente, caixões com os rostos de ACM, Arruda e Barbalho.
As manifestações de apoio vieram em forma de papel lançado das janelas dos prédios.
Na OAB, artistas como Marcos Winter, Paloma Duarte, Jonas Bloch e Beth Goulart aguardavam a chegada dos estudantes para iniciar a leitura de um manifesto pela ética na política. O documento teve 93 assinaturas de artistas, políticos, religiosos e lideranças sindicais.
"É afrontoso aos princípios da representação popular e da moralidade pública a permanência no Congresso de políticos que cometem sucessivos assaltos ao dinheiro público", diz o documento.
Viram? Quando os petistas eram da oposição, qualquer crítica, qualquer manifestação contra político corrupto era visto como uma manifestação democrática, como consciência política. Agora que os vagabundos que eram oposicionistas no passado assaltam os cofres públicos quando assumiram o governo não se pode criticar ou fazer manifestações contra a corrupção e desvio de verbas públicas. Cadê os estudantes revoltados contra a corrupção no Brasil? Lula comprou-os. Eles se venderam e Lula comprou a mercadoria. Quem critica o mensalão, o caixa 2 hoje é um golpista, um manipulado pela mídia que odeia Lula. Em 2001, a imprensa também denunciava a pouca vergonha dos políticos. E os petistas aproveitavam para colocar a boca no trombone. Hoje, os antigos corruptos são aliados dos vagabundos que até bem pouco tempo atrás queriam ética na política. Os intelectuais e artistas que diziam: É afrontoso aos princípios da representação popular e da moralidade pública a permanência no Congresso de políticos que cometem sucessivos assaltos ao dinheiro público são os mesmos que dizem que roubar, desviar dinheiro público é normal. Eu não tenho uma memória prodigiosa como a do Paulo Vinícius Coelho (aliás, leiam a reportagem que a Piauí fez sobre ele na edição deste mês), mas eu me lembro que, em 2006, Paulo Betti disse que na política tinha que enfiar a mão na merda mesmo. Já imaginou se, no meio dos protestos contra Jader Barbalho, Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda alguém dissesse que política era assim mesmo, que desde o governo Fernando Collor de Melo que a corrupção se arrasta, o que os manifestantes gritariam, xingariam e atirariam? Lula comprou os manifestantes do passado. Hoje tudo é normal. Aliás, nem tudo é normal. Sempre existe alguém ou algum grupo que não tolera as safadezas dos políticos. Sim, são poucos, mas ainda existem. Não, não se venderam para as propostas indecentes do lulismo. Devemos sempre relembrar o que essa gente dizia e fazia no passado. Devemos sempre relembrar que a ética na política já esteve na pauta desses vagabundos que acham hoje tudo normal. A Era Lula não é normal. É muito anormal. O problema é que o Brasil só vai ver o erro que foi eleger e reeleger Lula depois que ele sair do poder. Isto é, se ele sair do poder. É bem capaz de algum vagabundo fazer manifestação para Lula continuar no poder. Mas eles não terão trégua. A minoria que sempre enche o saco do governo e dos seus puxa-saco vão mandar o seu recado.
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