quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Lula quer 23 governadores em ato pró-CPMF

Por Lígia Formenti e Christiane Samarco
no Estado de São Paulo

O lançamento de um pacote de medidas e investimentos para a área da saúde - o chamado PAC da Saúde -, hoje, no Palácio do Planalto, será um palanque pró-CPMF. Preocupado com a falta de votos para prorrogar o imposto do cheque, o governo mobilizou os governadores para pressionar os parlamentares. Até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez convites pessoais por telefone para garantir o auditório lotado. Pela contabilidade do palácio, 23 governadores estarão em Brasília.Na lista dos “quase confirmados”, estavam os tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Serra, segundo sua assessoria, alegava conflito de agenda para não comparecer: deveria acompanhar hoje a abertura da final da Jornada de Matemática e viajar para Mato Grosso. Mas o Planalto iria insistir uma vez mais.Para a platéia, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, deverá descrever as linhas gerais da política, prevista para ser executada nos próximos quatro anos. Deverão ser investidos R$ 89 bilhões - R$ 24 bilhões viriam de um porcentual recolhido com a CPMF. Embora o cenário da prorrogação da CPMF não esteja ainda definido, integrantes do ministério consideram certo o aporte de recursos adicionais para a saúde.Nas conversas com convidados para a cerimônia, o presidente Lula revelou-se otimista quanto à prorrogação da CPMF, mas pediu a todos que insistam com os senadores de seus Estados na necessidade de aprovar a proposta.
AVANÇO
“Estivemos muito perto de um acordo entre o PT e o PSDB, mas os movimentos em torno do terceiro mandato acabaram pondo a perder esta aproximação entres petistas e tucanos”, diz o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), um dos que se comprometeram a ir a Brasília e estimular os colegas a fazerem o mesmo. “O governo avançou e tem um clima político mais favorável à negociação, pela superação de algumas incertezas que turvaram o ambiente político”, insistiu.“Foram as articulações para aprovar o terceiro mandato do Lula que puseram um ponto final no diálogo com a oposição”, concorda a governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius.

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