quarta-feira, 4 de março de 2009

A tapas e pontapés

Na Folha online:

A aliança firmada entre o PT e o PSDB nas eleições para a presidência do Senado não conseguiu garantir a vitória da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) para presidir a Comissão de Infraestrutura do Senado. Apesar de três senadores tucanos terem declarado apoio à petista na comissão, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-SP) foi eleito com 13 votos para o cargo com o apoio do DEM e do PMDB --partido do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A vitória de Collor fortaleceu o PMDB no Senado, especialmente o líder do partido, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan conseguiu mobilizar aliados para aprovar a indicação de Collor depois que o PMDB prometeu a presidência de uma comissão permanente da Casa para o ex-presidente --em troca do apoio do PTB na campanha do senador José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa.

O PT, que se uniu ao PSDB na campanha do senador Tião Viana (PT-AC) para a presidência do Senado, votou unido em favor de Ideli na comissão --que obteve o total de dez votos. O PSDB, com quatro vagas na Infraestrutura, concedeu apenas três votos a petista --uma vez que o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), aliado de Sarney, se ausentou da votação.

Além da chamada "tropa de choque" de Renan na comissão, Collor ainda contou com o voto da bancada do DEM --que se uniu ao PMDB na campanha de Sarney. DEM e PSDB seguiram caminhos opostos desde a disputa pelo comando do Senado, quando os dois partidos de oposição concederam separadamente apoios a Tião e Sarney.


Que bela oposição nós temos. O PSDB apóia o PT e o DEMO apóia Fernando Collor de Melo. Collor é do PTB, partido da base aliada de Lula que, por sua vez, é do PT. Todos são iguais, não é mesmo? Portanto, devem receber o mesmo tratamento: a tapas e pontapés.

PS: Por que o senador goiano Marconi Perillo (PSDB) se ausentou da votação. Por falar nele, para ressaltar que, na política, todo mundo é igual, a reportagem fala que o ex-governador de Goiás é aliado de José Sarney. Este é do PMDB e o PMDB de Goiás é adversário de Marconi Perillo. Mais tapas e pontapés neles!

Um comentário:

Anônimo disse...

no blog do reinaldo azevedo tem um post do historiador marco antonio villa defendendo que a ditadura brasileira não foi assim tão barra-pesada. então uma pequena pergunta : se a ditadura brasileira foi "branda" como defende alguns, então não podemos afirmar que existe ditadura na venezuela, bolívia e equador. temos que ter coerência. não pode alguém em sã consciência dizer que o brasil teve ditabranda e depois fazer ataques incisivos contra o regime do chávez ! aí é incoerência. da mesma maneira do que atacar a ditadura brasileira e falar que cuba não é ditadura. vamos colocar os pingos nos i : O REGIME MILITAR FOI DITADURA ENTRE 1964-1985 (PODEMOS COLOCAR 1979-85 COMO TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA, MAS NÃO ERA DEMOCRACIA AINDA)! CUBA É DITADURA ! E A VENEZUELA TEM UM REGIME PERSONALISTA E AUTORITÁRIO QUE PODE VIR A SE TORNAR UMA DITADURA DE FATO !!!! O RESTO É IDEOLOGIA BARATA OU POLITIZAÇÃO DOS FATOS HISTÓRICOS !