quinta-feira, 5 de março de 2009

Tem que investigar mesmo

No Jornal do Brasil:

O Conselho Nacional de Justiça, com o voto de minerva do corregedor-geral de Justiça, ministro Gilson Dipp, aprovou ontem uma recomendação aos tribunais ­ proposta pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes ­ para que "priorizem e monitorem constantemente o andamento de processos judiciais envolvendo conflitos fundiários" e "implementem medidas concretas e efetivas objetivando o controle desses andamentos". O ministro Gilmar Mendes ­ que passara a presidência da sessão do CNJ para o ministro Dipp ­ disse, mais tarde, que a providência nada tinha a ver com críticas veladas que fizera à atuação do Executivo e do Ministério Público no combate às invasões de fazendas pelo Movimento dos Sem-Terra e similares: ­ É bom que haja uma atuação do MP, fazendo a distinção entre repasses legítimos e ilegítimos a esses movimentos. Mas é preciso haver decisão. Já estamos a dois anos do final do governo Lula. Essas investigações vão ser feitas no próximo governo? Os recursos públicos não são recursos do governo, e a sociedade não tem de pagar por isso. Não podemos esperar mais.

O presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes é uma das poucas vozes lúcidas no Brasil. É preciso investigar com urgência as verbas que Lula passa para os “movimentos sociais”. É preciso saber de tudo! E Gilmar Mendes tocou num ponto interessante: será que o próximo governo vai dar andamento às investigações sobre os repasses aos baderneiros de plantão?

Um comentário:

Anônimo disse...

Reproduzo aqui um post no blog do noblat, o melhor blog do Brasil. Considero o amis isento dos jornalistas. Critica governo e oposição de maneira igual. E fica tirando fotinho com ar de satisfação com o Serra

"o mea-culpa, no discurso e nos apartes

Do blog de César Rocha:

Definitivamente, só a sociedade civil organizada salva - se é que isso existe ainda.

Acompanhei por dever de ofício e paixão pela história contemporânea do Brasil todo o pronunciamento do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e os apartes que se seguiram.

Óbvio, claro e ululante que a sociedade deseja e quer imediatamente a moralização da política. Nada mais urgente. É possível ver isso aqui da janela.

Aquela gente maltrapilha que vagueia pelas ruas do bairro de Santo Amaro, polo de violência e agressão aos direitos humanos, é o retrato disso.

Mas não dá para apostar que o Brasil vá melhorar depois de observar um ex-governador por dois mandatos seguidos; ex-prefeito do Recife por outros dois mandatos acusando o mundo de coisas (algumas delas) que praticou quando administrava o estado e o município.

Ora, ora, ora. Por que Tasso Jereissati quando foi governador por outras tantas vezes, no Ceará, não deu a contribuição dele à moralização da política, ao fim do loteamento de cargos públicos?

Por que Tasso, Marconi Perillo – que presidiu a sessão “histórica” do Senado e é ex-governador de Goiás – e Arthur Virgílio, ex-homem forte nos anos de governo Fernando Henrique Cardoso, não expurgaram o loteamento de cargos e outras práticas tão banais da política?

Por que eles não condenaram, quando deveriam, o senador Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, pelo envolvimento dele no mensalão mineiro e por introduzir na cena nacional aquela figura do Marcos Valério?

E o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB? Como ele administrou os cargos que ocupou nos governos Jarbas e nos de Miguel Arraes?

Por que Guerra não mudou a forma de condução da máquina pública no Lafepe? E na secretaria de Desenvolvimento Urbano?

Ora, porque está cada dia mais claro que o movimento deles tem outro objetivo, o de influir de alguma maneira nas eleições gerais de 2010.

Amig@s, essa polarização não nos interessa. É preciso rejeitar o mensalão petista, mas também o tucano.

Por que o governador José Serra não adota no governo de São Paulo aquilo que se defendeu hoje? Por que não na cidade de São Paulo, administrada pelo Democratas? E no Rio Grande do Sul?

Quem disse alguma palavra minimamente crítica em relação a Cássio Cunha Lima, governador tucano cassado na Paraíba?

Infelizmente, é pouco provável, pelo menos hoje, que o movimento liderado por Jarbas surta efeitos práticos.

Para isso, seria preciso, antes de mais nada, fazer um mea-culpa. E acima de tudo assumir o compromisso de mudar a prática política no governo – agora e amanhã, caso vençam as eleições com Serra.

Ah, sim, quase me esqueço: aquele aparte de Tião Viana (PT) foi quase um “minha máxima culpa”, ou melhor, “vamos registrar aqui a nossa máxima culpa!”.