quinta-feira, 5 de março de 2009

Farinha do mesmo saco

Na Folha:

Tidas como órgãos vitais do Poder Legislativo, as 31 comissões permanentes do Congresso serão comandadas por 11 parlamentares investigados ou processados no Supremo Tribunal Federal. Alguns deles receberam doações de campanha de empresas diretamente interessadas em temas tratados nas comissões que vão dirigir.
Os presidentes das 20 comissões permanentes da Câmara e 11 do Senado foram eleitos ontem, depois de designados pelos partidos. Entre eles, 17 não têm formação profissional relacionada aos assuntos usualmente discutidos nas reuniões, segundo suas biografias.
Não à toa, as indicações foram precedidas de grande disputa. As comissões são responsáveis pela análise prévia dos projetos. Lá pode ser agilizada ou emperrada a tramitação de uma proposta. Elas também têm poder de convocar autoridades, como ministros, a prestar esclarecimentos.
Alguns presidentes indicados pelas legendas estão envolvidos em novas denúncias. À frente da Comissão da Amazônia, Silas Câmara (PSC-AM), já fora acusado de por ex-funcionários de seu gabinete de ter embolsado parte de seus salários. Agora é suspeito de falsificar a certidão de nascimento da filha adotiva do parlamentar para inscrevê-la no plano de saúde de funcionários da Casa.
No Senado, o tucano Eduardo Azeredo (MG), agora presidente da Comissão de Relações Exteriores, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por envolvimento no mensalão mineiro, esquema de desvio de verba supostamente ocorrido no período em que ele tentava se reeleger ao governo de Minas, em 1998.
A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que comandará a Comissão de Assuntos Sociais, responde a inquérito por crime de responsabilidade, do tempo em que foi prefeita de Mossoró, suspeita de favorecer uma empresa em uma obra na cidade.
Além dos três, também são investigados os deputados Roberto Rocha (PSDB-MA), Sabino Castelo Branco (PTB-AM), Eduardo Sciarra (DEM-PR), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Eduardo Gomes (PSDB-TO); e os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Fernando Collor (PTB-AL).


Tanto o governo como a oposição tem políticos devendo explicações na Justiça e mesmo assim são escolhidos para comissões no Senado. Vai ver ninguém sabe de nada lá na Casa, não é mesmo?
Quando o PT era oposição não me lembro de falarem da relação Roberto Teixeira – Lula. Aliás, para saber mais sobre as armações petralhas no período em que a turma batia no peito e se dizia ética sugiro a leitura do livro Já vi esse filme de Luiz Maklouf Carvalho.
Já que todo político está no mesmo saco, tratemo-os a tapas e pontapés.

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