quarta-feira, 1 de abril de 2009

Confusão entre doações legais e ilegais provoca polêmica

Por Marcelo Godoy e Roberto Almeida
no Estadão

Além de prisões e buscas, a Operação Castelo de Areia gerou dúvidas e suspeitas e pôs mais uma vez responsáveis por uma investigação na defensiva. A busca de documentos no escritório do departamento jurídico da Camargo Corrêa, a falta de distinção entre doações legais a partidos e políticos daquelas ilícitas e até mesmo o fato de a decisão do juiz Fausto Martins De Sanctis não citar o PT e outras duas siglas (PTB e PV) estão entre as maiores polêmicas despertadas pela operação.Os delegados envolvidos na investigação se defendem afirmando que relataram os indícios de possíveis crimes eleitorais à 6ª Vara Criminal Federal por dever de ofício, fazendo eco à nota oficial divulgada ontem pelo órgão em São Paulo. Caberia ao juiz do caso extrair cópias do material sobre as doações a partidos e a políticos e enviá-las à Justiça Eleitoral. Para que um inquérito sobre um crime eleitoral seja aberto, afirmam os federais, é necessário uma decisão da Justiça, pois a PF não pode, por lei, iniciar de ofício um inquérito sobre o tema.Delegados afirmam que o objetivo da Operação Castelo de Areia era verificar a existência de crime financeiro e reclamam que esse aspecto da operação não teve atenção da mídia. Sobre esses delitos, dizem, o inquérito "reuniu provas importantes contra os doleiros e os diretores da construtora".Eles ainda afirmam que os indícios de supostos crimes eleitorais que surgiram durante essa investigação foram todos relatados em relatórios parciais sobre as interceptações telefônicas. Ou seja, alegam que a PF não sonegou nenhuma informação sobre legenda ou político citado nos grampos. Leia mais aqui.

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